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quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Brasil monitora danos à saúde provocados por medicamentos


Anvisa conta com um sistema de informações que permite detectar situações de risco para pacientes e adotar medidas cautelares.

O uso de medicamentos pode causar problemas à saúde, algo que é conhecido tecnicamente como evento ou reação adversa. Embora não seja o efeito esperado em uma terapia, existe a possibilidade do produto não corresponder ao efeito desejado e frustrar as expectativas de profissionais de Saúde e pacientes quanto ao tratamento.

São casos em que o produto tem algum tipo de efeito nocivo não esperado. Podem causar reações leves, mas também há casos em que o resultado leva ao agravamento do estado de saúde da pessoa, prolongamento de períodos de internação e, em situações extremas, até ao óbito do paciente.

Quando situações como essas ocorrem, é necessária a avaliação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O órgão, responsável pela aprovação e pelo registro de medicamentos, também realiza o monitoramento dos produtos no mercado, por meio de relatos de casos e queixas registrados no Sistema de Notificação de Eventos Adversos (Notivisa)*.

“Um evento ou uma reação adversa inclui os casos previstos em bulas, como aqueles que são relativamente frequentes e esperados. São as reações mais comuns. Já as reações inesperadas e graves são incomuns e podem gerar sinais de alerta”, afirma a gerente-geral de Monitoramento de Produtos Sujeitos à Vigilância Sanitária (GGMON), Fernanda Maciel.

Monitoramento
Para a Anvisa, existem três pontos muito importantes relacionados à avaliação de medicamentos: segurança, eficácia e qualidade do produto. “O monitoramento deve ser entendido como uma ferramenta que nos permite detectar sinais de alerta sobre medicamentos que estejam sendo alvo de relatos de eventos adversos. Isso pode indicar problemas de qualidade, eficácia e até mesmo de segurança à saúde do paciente”, afirma a gerente-geral da área. Ela ressalta que, além da própria pessoa que está em tratamento e seus familiares, os profissionais de Saúde, como médicos, enfermeiros, odontólogos e farmacêuticos têm uma grande responsabilidade na observação e relato desses casos.

O Notivisa pode ser acessado no Portal da Anvisa, por qualquer pessoa, desde representantes de empresas fabricantes e cidadãos até serviços e profissionais de Saúde. Para tanto, basta preencher um cadastro e inserir as informações sobre o caso (clique aqui). No Portal da Anvisa, também é possível obter orientações sobre como notificar. O contato pode ser feito, ainda, por meio da Central de Atendimento da Anvisa. O número é o 0800-642-9782.

Avaliação diária
O Notivisa é acessado todos os dias pela área de monitoramento para a verificação e análise das notificações de eventos adversos graves, como os que envolvem óbitos, choque anafilático, convulsão e hepatite fulminante. Estas situações são avaliadas caso a caso. Também são verificados os eventos adversos não graves, tais como coceira, dor de cabeça e náuseas. “Realizamos a análise diária de informações do sistema como forma de manter permanente estado de alerta em relação aos casos que são informados”, diz Fernanda Maciel.

Dependendo do caso, a Anvisa pode desencadear uma série de ações importantes, como abrir processo de investigação, realizar inspeções nos estabelecimentos envolvidos, elaborar e divulgar alertas e informes para a sociedade em geral, além de solicitar a alteração de bulas e rótulos. Pode, também, restringir o uso ou a comercialização do medicamento e interditar lotes ou cancelar o registro do produto.

Dessa forma, as informações recebidas pelo Notivisa subsidiam o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) na identificação de reações adversas ou efeitos não desejados, são essenciais para o aperfeiçoamento contínuo do conhecimento sobre os produtos e contribuem para a promoção de ações de proteção à Saúde Pública.

Rede de vigilância sanitária
A notificação de eventos e reações adversas é parte do trabalho realizado pela Anvisa no âmbito da farmacovigilância, que é definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como “a ciência e atividades relativas à identificação, avaliação, compreensão e prevenção de efeitos adversos ou quaisquer problemas relacionados ao uso de medicamentos”.

Também são questões relevantes para a farmacovigilância os eventos adversos causados por inefetividade terapêutica, erros de medicação, uso de medicamentos para indicações não aprovadas no registro, uso abusivo, intoxicações e interações medicamentosas.

Além da estrutura no nível central da Anvisa, em Brasília, a vigilância sanitária está estruturada em todo o país de forma descentralizada, com unidades independentes ligadas aos governos de estados e municípios. Clique aqui para saber mais sobre as atividades da área de farmacovigilância da Anvisa.

Referência
Atualmente, a Anvisa centraliza os dados de notificações de eventos e reações adversas para consolidação e envio à OMS, cumprindo o seu papel previsto na legislação sanitária brasileira de ser o órgão federal responsável pela coleta final, análise e envio dessas informações, funcionando como centro de referência em farmacovigilância do país.

*Notivisa: sistema informatizado desenvolvido pela Anvisa para receber notificações de incidentes, eventos adversos (EA) e queixas técnicas (QT) relacionadas ao uso de produtos e de serviços sob vigilância sanitária.



Acordo de Resultados inclui metas da Saúde para 2018


Gestores da pasta também participarão de capacitação em Alta Liderança

A Secretaria de Saúde participou, nesta quarta-feira (21), no Palácio do Buriti, da assinatura do termo simbólico dos Acordos de Resultados e do lançamento do Programa de Capacitação em Alta Liderança, para qualificar 320 gestores públicos do Executivo local.

Em uma parceria entre o governo de Brasília e a Fundação Dom Cabral - considerada uma das melhores instituições de educação executiva do mundo, serão qualificados líderes estratégicos (80), táticos (160) e gestores (80), entre eles, profissionais da Secretaria de Saúde.


"Essa capacitação será feita a partir do próximo mês. É um investimento do governo em melhoria da qualidade da gestão estratégica na Secretaria de Saúde. Vamos ter uma grande capacitação de gestores de todas as áreas do governo, desenvolvida ao longo do ano, e que deixará um legado para o DF", destacou o secretário de Saúde, Humberto Fonseca.





Já o Acordo de Resultados é um documento no qual os secretários e dirigentes de entidades governamentais se comprometem a atingir metas para a melhoria dos serviços públicos, por meio de projetos e o acompanhamento de indicadores de desempenho. O compromisso, firmado anualmente desde 2016, foi assinado pelo governador Rodrigo Rollemberg e pela secretária de Planejamento, Orçamento e Gestão, Leany Lemos.

Os indicadores visam o alcance dos objetivos do governo, que compõem o mapa estratégico fixado para o período de 2016 a 2019, com o slogan "Orgulho de Viver em Brasília".
No caso da Saúde, foram 14 indicadores estabelecidos para 2018, cada um com sua meta:
. Zerar o número de leitos de UTI regulados indisponíveis;

. Ampliar para 70% a cobertura da Estratégia Saúde da Família (ESF); para 75% a proporção de nascidos vivos de mães com sete ou mais consultas de pré-natal; e para 50% a cobertura de acompanhamento das condicionalidades de saúde do Programa Bolsa Família;

. Aumentar para 0,60% a cobertura dos Centros de Atenção Psicossocial; para 96% o índice de disponibilidade de medicamentos da atenção básica na rede; para 96% o de medicamentos de média e alta complexidade na rede; para 50% o de insumos de laboratório; e para 96% o de materiais médicos.

. Fixar a taxa de incidência de dengue na população para 300 pessoas por 100 mil habitantes;

. Alcançar a proporção de 95% de vacinas do calendário básico de vacinação da criança com coberturas vacinais; e para 7,5% de absenteísmo de profissionais da saúde, observada cada categoria profissional;

. Ter 5% de aumento do faturamento no bloco de financiamento da Média e Alta Complexidade da Secretaria de Saúde;

. Disponibilizar 1.476 bolsas de estudo de residência médica e de áreas de profissionais da saúde.

De acordo com o governador Rodrigo Rollemberg, o governo já tem melhorado seus indicadores em várias áreas da Saúde. "Especialmente com a ampliação da capacidade da rede de atenção primária, que era uma das questões consideradas fundamentais para organizar todo o sistema de saúde. Já estamos percebendo os primeiros resultados disso", comentou.

Outro exemplo citado pelo governador foi a recente mudança no modelo de gestão do Instituto Hospital de Base do Distrito Federal (IHBDF). "Esse também já apresenta resultados muito significativos, como a redução nos prazos de compra de medicamentos e recuperação de equipamentos", apontou.

Leandro Cipriano, da Agência Saúde

Fotos: Mariana Raphael/Saúde-DF 

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Cartilha da Fiocruz auxilia no controle de insetos bibliófagos





Fonte de conhecimento e porta de entrada para um vasto universo de histórias e fantasias, os livros não são apenas procurados por quem deseja se alimentar de saberes, mas, também, são os alvos preferidos de algumas espécies de insetos que devoram suas páginas. A partir de agora, os principais espécimes que provocam danos às bibliotecas e seus acervos históricos estão reunidos em um só lugar. Criada por pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), a cartilha Insetos Bibliófagos - Identificação, prevenção e controle apresenta, com o uso de imagens e de uma linguagem clara, as características básicas e os hábitos de traças, baratas, cupins, dentre outros insetos, e explica as formas mais eficazes para evitar, detectar e combater essas pragas. De autoria dos biólogos Jane Costa e Márcio Felix, do Laboratório de Biodiversidade Entomológica do IOC, o guia está disponível para download gratuito (clique aqui).

Os insetos bibliófagos compõem um grupo diverso que inclui traças, baratas, cupins, besouros e piolhos-de-livro. Alguns consomem e vivem no papel, outros preferem materiais aplicados ao papel, como cola, goma e gelatina. As traças-dos-livros ou traças-de-papel estão entre os principais causadores de danos aos livros e bibliotecas no Brasil. Pragas comuns em climas úmidos, elas possuem hábitos noturnos e podem ser reconhecidas por deixar superfícies ásperas, corroídas e buracos irregulares no papel. 

Os cupins, por sua vez, são altamente destrutivos em relação a madeiras estruturais, devido à facilidade com que se espalham em grande quantidade para mobiliários, prateleiras, arquivos e livros. Eles deixam rastros nas formas de buracos profundos, galerias de trajetos irregulares e rasuras. As fezes são geralmente numerosas e em aspecto de diminutos grãos claros.

Geralmente relacionadas a ambientes sujos como esgotos e sarjetas, as baratas também possuem função importante na deterioração de acervos. A cartilha destaca três espécies que apresentam diferentes perfis em relação à temperatura, umidade e tipo de alimentação. No que diz respeito aos danos, elas podem causar desgaste com formato irregular e manchas por conta das fezes escuras.

Prevenção e controle
Uma das formas mais eficientes para prevenir os danos causados por insetos bibliófagos é o estabelecimento de um programa de Controle Integrado de Pragas (CIP), que envolve, entre outras ações, a busca regular por sinais de pragas, o uso de armadilhas e o armazenamento dos livros em ambiente limpo e seco. “Essa cartilha tem um enfoque objetivo e pode ser aplicada às questões da preservação dos acervos bibliográficos. É dedicada a todos os profissionais responsáveis por acervos das mais diversas áreas do conhecimento, da saúde à economia, da história da humanidade à ecologia. O material oferece todo um auxílio no passo-a-passo para o monitoramento e controle desses insetos”, esclarece Jane Costa. 

Acesse o guia e confira todas as informações.



Profissionais de Relações Governamentais e Institucionais , CBO reconhece profissão de lobista


Ministério do Trabalho atualizou, nesta segunda-feira (19), a lista da Classificação Brasileira de Ocupações (CBO). Foram incluídas 19 novas atividades profissionais (veja tabela abaixo). Com as inserções, o número de ocupações reconhecidas no Brasil chega a 2.685. 
A CBO é um documento que retrata a realidade das profissões no mercado de trabalho. Sua atualização acompanha o dinamismo das ocupações, levando em conta mudanças nos cenários tecnológico, econômico, cultural e social do país. Seus dados alimentam as bases estáticas de trabalho e servem de subsídio para a formulação de políticas públicas de emprego. 

O reconhecimento de uma ocupação é feito após um estudo das atividades e do perfil da categoria. Durante o processo, são realizadas oficinas com os trabalhadores. A coordenadora da CBO no Ministério do Trabalho, Cláudia Maria Virgílio de Carvalho, explica que o reconhecimento da ocupação é uma construção entre o governo e a sociedade. Ela destaca a importância de ouvir todos os envolvidos, inclusive os trabalhadores. “Quem melhor pode falar sobre uma ocupação é quem desempenha a função”, pondera. 

As atualizações da CBO atendem a demandas da sociedade, entidades governamentais, conselhos federais, associações, sindicatos, empresas, instituições de ensino e trabalhadores autônomos. A solicitação de inclusão pode ser feita a partir de mobilização coletiva ou por e-mail (cbo.sppe@mte.gov.br). Nos dois casos, é necessário o envio de documentos com informações referentes à ocupação. 

Também foi publicada nesta segunda-feira uma atualização de conteúdo das ocupações da família de porteiros e vigias. O objetivo foi readequar o texto de acordo com as atividades desses profissionais.

Confira as novas ocupações reconhecidas pela CBO

Nova Ocupação
Família da Ocupação
 Engenheiro de Logística
Registrador de Câncer
Amarrador e Desamarrador de Embarcações
Polícia Legislativa
Instalador de Sistemas Fotovoltaicos
Rejuntador Cerâmico
Profissionais de Relações Governamentais e Institucionais
Assistente de direção (TV)
Continuísta
Diretores de Programação
Diretores de Produção
Diretor artístico
Coordenador de programação
Assistente de operações
Supervisor de operações (mídias audiovisuais)
Supervisor técnico (mídias audiovisuais)
Sonoplasta
Analista musical
Diretor de imagem (TV)

Ministério do Trabalho
Assessoria de Imprensa


terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Governo reconhece lobby como profissão no país - Notícias - UOL Economia


Renan Truffi
Brasília  20/02/2018    11h08 > Atualizada 20/02/2018    15h41

O Ministério do Trabalho incluiu nesta segunda-feira (19) o lobby no cadastro oficial de ocupações do país. Com o nome de relações institucionais e governamentais, a função passa a ser oficialmente reconhecida pelo governo, que se antecipa à possível regulamentação da profissão, ainda em discussão no Congresso.

No Congresso, a regulamentação do lobby é discutida há quase três décadas, mas ganhou força na atual legislatura.

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No fim do ano passado, a Câmara aprovou regime de urgência para uma proposta do deputado Carlos Zarattini (PT-SP), apresentada em 2007. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que a intenção é colocar o projeto em votação, mas não estabeleceu um prazo para que isso ocorra.

Na descrição incluída na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), o Ministério do Trabalho trata o profissional como "defensor de interesses (relações governamentais), profissionais de relações institucionais, profissional de relações governamentais". A CBO é utilizada para identificar as ocupações no mercado de trabalho.

Nos bastidores do Congresso, parlamentares pressionam para que o tema seja pautado ainda no primeiro semestre.

''A oficialização no ministério é muito importante. O projeto sempre teve o objetivo de transformar essa atividade numa atividade transparente, para que a sociedade pudesse fiscalizar. Então toda a ação que for nesse sentido é válida e ajuda".

Deputado Carlos Zarattini (PT-SP)


"A aprovação do projeto é a questão principal. Esperamos poder votar este ano", disse.

Um texto alternativo da proposta, feito pela deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ), também está em discussão na Casa. Ela retira do projeto, por exemplo, a previsão de quarentena para servidor ou parlamentar que tenha sido membro de determinado órgão público poder fazer lobby na mesma instituição.

Cristiane foi indicada no início do ano pelo seu partido para o cargo de ministra do Trabalho, mas não assumiu por decisão da Justiça. O ministro interino, Helton Yomura, é ligado ao seu partido. Procurado, ele não respondeu aos contatos.

'Vitória'

A Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais (Abrig), que reúne profissionais do lobby, estima que aproximadamente 4.000 pessoas tenham esta atividade como ocupação profissional no Brasil. Na avaliação da associação, a atualização da CBO é uma "vitória".

"As pessoas que criticam esse tipo de atividade são pessoas que não conhecem o processo legítimo de formulação de políticas públicas. Temos quase 400 associados, sem que nenhum tenha sido citado em nenhuma das operações policiais em curso".

Guilherme Cunha Costa, presidente da Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais

A atualização da CBO tem como base estudo elaborado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, da Universidade de São Paulo. Antes que uma ocupação seja incluída na classificação, são analisados aspectos como número de profissionais atuantes no mercado e formandos da mesma área.

No total, são 2.685 atividades registradas pelo ministério atualmente. Desse número, aproximadamente 80 estão regulamentadas.

As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".


Proibidos saneantes sem registro


Os produtos da linha MAPLE não possuem registro, notificação ou cadastro na Agência.

A Anvisa proibiu na última quinta-feira (15/2), a fabricação, distribuição, divulgação, comercialização e o uso dos produtos saneantes da linha MAPLE. Fabricados pela empresa WALLQUÍMICA COMÉRCIO DE PRODUTOS QUÍMICOS (CNPJ 10.743.512/0002-82), que não possui Autorização de Funcionamento. Os produtos não possuem registro, notificação ou cadastro na Anvisa. A Resolução-RE 375 foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (19/2).

Com a decisão, foi determinada a apreensão das unidades dos produtos descritos encontradas no mercado.  A Anvisa orienta os consumidores que fazem uso do produto a entrarem imediatamente em contato com o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) da empresa para instruções a respeito do recolhimento do produto.



Ministério da Saúde inaugura Hemonúcleo do Hospital Federal dos Servidores do Estado


Inauguração ocorreu nesta terça-feira (20/02). Capacidade é de obter 130 doações de sangue/dia e também suprir demanda de outras unidades hospitalares do Rio de Janeiro

Fotos: Marcelo Queiroz
Novo setor terá capacidade de realizar cerca de 30 doações de sangue/dia e suprir demanda de outras unidades do RJ

O Hospital Federal dos Servidores do Estado (HFSE) inaugurou nesta terça-feira (20/02) o novo Hemonúcleo, que deverá suprir a demanda por doações de sangue também de outras unidades hospitalares do município e do estado do Rio de Janeiro. Com uma área de 400m², localizada no térreo do hospital, o setor terá capacidade de realizar cerca de 130 coletas de sangue por dia e atuar com uma equipe composta de médicos, hemoterapeutas, hematologistas, enfermeiros, técnicos de laboratório, técnicos de enfermagem, biólogos, farmacêuticos e agentes administrativos.

O novo Hemonúcleo irá suprir a demanda interna da produção cirúrgica do hospital, que realizou no ano passado 12 mil cirurgias de média e alta complexidade (aquelas que geralmente necessitam de mais transfusões de sangue para os pacientes). A rede do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro, composta pelo HFSE e por outras cinco unidades hospitalares, realizou 46,3 mil cirurgias, 100 mil atendimentos de emergência, 800 mil consultas ambulatoriais, 52,2 mil internações em 2017 – ou seja, 1 milhão de atendimentos, ao todo –, em apoio às redes estadual e municipais de saúde.

“Diariamente, saem quatro ou cinco carros daqui do hospital para buscar sangue em diversos pontos da cidade, até mesmo fora do estado do Rio de Janeiro, para que a gente tente não perder cirurgias de alta complexidade”, ressalta o diretor do HFSE, o neurocirurgião Alexandre Amaral. “Pelo perfil de nossos pacientes e de nossas cirurgias, de média e alta complexidade, precisamos de muito sangue em estoque. Diante dessa demanda, estamos transformando o hemonúcleo em um verdadeiro hemocentro”.

A obra faz parte projeto Hemorrede Sustentável, cujo objetivo é a reabilitação ambiental sustentável dos Estabelecimentos Assistenciais da Saúde (EAS). Foi investido R$ 1,5 milhão na infraestrutura e mais R$ 500 mil em equipamentos. Agora, o HFSE tem a capacidade de processar todas as etapas: desde a classificação até a elaboração dos hemoderivados. “Agora poderemos dar maior agilidade e qualidade ao atendimento à população”, pontua o diretor do Departamento de Gestão Hospitalar do Ministério da Saúde (DGH), Alessandro Magno Coutinho.

SOLIDARIEDADE
Para Renata Neves, doadora há 14 anos, é um passo que estimula inclusive solidariedade. “Sou doadora frequente e sei o quanto é difícil conseguir uma bolsa de sangue para os pacientes. Por isso, estarei aqui no Hemonúcleo no dia 20 para doar sangue. Uma doação pode salvar quatro vidas”, conta ela, que começou a doar aos 24 anos, para um amigo do irmão que tinha anemia falciforme.

Os interessados podem doar, de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 12h30, no Hemonúcleo, levando um documento de identidade com foto, ter peso superior a 50 kg, idade de 16 a 69 anos e não estar em jejum. Doadores menores de 18 anos, só com autorização dos pais, através de formulários fornecidos pelo HFSE, além de identidade do responsável. Os doadores com idade superior a 60 anos só poderão doar se já tiverem realizado doações anteriormente.

Endereço do Hemonúcleo: Rua Sacadura Cabral, 178, bairro Gamboa, Rio de Janeiro/RJ

Por Ascom MS/RJ


CONSULTA PÚBLICA PARA PPP DE FRACIONAMENTO DE PLASMA NO BUTANTAN


Aberta nesta terça-feira, dia 20 de fevereiro de 2018 a Consulta Pública do Butantan que pretende consolidar o projeto de uma PPP para executar o fracionamento de plasma em sua planta a ser concluída pelo potencial parceiro detentor de tecnologia de medicamentos derivados do plasma humano.


Dentre os grandes players do mercado internacional, participam da CP a CCL, GRIFFOLS, ROCHE, PFIZER e a OCTAPHARMA e a BLAU que representa os interesses da GREEN CROSS da Coréia.




O Edital e as apresentações são muito semelhantes as utilizadas na apresentação do projeto realizada no final do ano passado.

Sobre a obtenção e processamento de plasma transmitiram a informação de uma previsão mínima para operação é 250 mil litros de plasma. Sem citar a subordinação ao MS para a gestão do plasma, consideram uma a possibilidade de obter a matéria prima de outros estados e até mesmo do exterior. Mas em primeira instância o plasma será oriundo da hemorrede de SP.




O Projeto da PPP está fundamentado nas seguintes premissas

 


















O Butantan, espera que o potencial parceiro apresente uma proposta, após ter acatado todos os termos do edital de mais de 150 páginas, mostrando o modelo de resultado abaixo, cujo vencedor será a empresa que oferecer o maior percentual de compartilhamento

 


















O Butantan receberá contribuições até o próximo dia 27 de fevereiro.


TECPAR APONTA MELHOR TECNOLOGIA PARA GERAÇÃO DE ENERGIA SOLAR EM CURITIBA


O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), como executivo do projeto Smart Energy Paraná, comparou o melhor custo-benefício de geração de energia solar com três tecnologias de painéis fotovoltaicos em Curitiba. Em três anos de pesquisa, o Tecpar constatou que o menor custo de produção na capital paranaense se dá com painéis policristalinos.

A plataforma de energias inteligentes instalada no campus CIC do Tecpar tem uma estação de geração de energia solar com três tipos de painéis fotovoltaicos: amorfo, monocristalino e policristalino.

Com os painéis amorfos, o Tecpar gerou, em 8,7 mil horas de funcionamento, 2,5 mil kWh, ao custo de produção de R$ 0,25 kWh por kW – os painéis amorfos ocupam uma área de 50 m². Já com a tecnologia monocristalina, foram geradas, em 10,2 mil horas, 6,7 mik kWh, em uma árae de 16 m² e ao custo de produção de R$ 0,17 kW.

A tecnologia mais eficiente, segundo a pesquisa, é a de policristalino, que em 10,4 mil horas gerou 7,5 mil kWh, em uma área de 16 m² e ao custo de R$ 0,16 por kW. “A pesquisa é relevante para mostrar o melhor-custo benefício na realidade local. Essa é uma das atribuições do projeto Smart Energy, desenvolver conhecimento no estado na área de energias renováveis e difundi-lo junto à sociedade”, destaca Júlio C. Felix, diretor-presidente do Tecpar.

O Smart Energy Paraná, como projeto do Governo do Estado para atração de investimentos e disseminação de conhecimento, investiu, por meio do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) e da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), investiu cerca de R$ 3 milhões ao longo dos últimos seis anos para desenvolvimento, aquisição de tecnologias e realização de planos anuais de trabalho.

Meio ambiente
O Tecpar realizou, em 2016, seu primeiro Inventário de Gases de Efeito Estufa (GEE), documento que contabiliza as emissões de todos os gases do efeito estufa emitidos pelo instituto. A mesma pesquisa que aponta a tecnologia policristalina como a mais eficiente em Curitiba mostra ainda que ao longo dos três anos em que o estudo foi realizado, o Tecpar gerou 16,8 mil kWh, compensando uma emissão de 13 toneladas de gases do efeito estufa.



Líderes mundiais se juntam a nova campanha para combater doenças crônicas não transmissíveis


A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou uma nova comissão de alto nível, composta por chefes de Estado e ministros, líderes em saúde e desenvolvimento e empresários. O grupo deve propor soluções arrojadas e inovadoras para acelerar a prevenção e o controle dos principais assassinos mundiais – as doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs), como doenças cardíacas e pulmonares, cânceres e diabetes. 

Comissão Independente Mundial de Alto Nível da OMS sobre DCNTs é co-presidida pelo presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez; pelo presidente do Sri Lanka, Maithripala Sirisena; pelo presidente da Finlândia, Sauli Niinistö; pela ministra da Saúde da Federação Russa, Veronika Skvortsova; e pela ex-ministra federal do Paquistão, Sania Nishtar. 

Sete em cada 10 mortes registradas no mundo todos os anos ocorrem devido às doenças crônicas não transmissíveis, sendo o uso do tabaco, consumo nocivo do álcool, dietas pouco saudáveis e inatividade física seus principais contribuintes. Mais de 15 milhões de pessoas com idade entre 30 e 70 anos morrem por DCNTs anualmente. Os países de baixa e baixa-média renda média são cada vez mais afetados – metade das mortes prematuras por DCNTs ocorrem nesses países. Muitas vidas podem ser salvas por meio do diagnóstico precoce e do acesso melhorado a tratamentos acessíveis e de qualidade, bem como de uma abordagem de todo o governo para reduzir os principais fatores de risco.

"As DCNTs são os principais assassinos evitáveis globais, mas o mundo não está fazendo o suficiente para preveni-los e controlá-los", disse Vázquez. "Temos que nos perguntar se queremos condenar as gerações futuras a morrerem muito jovens e viverem com problemas de saúde e oportunidades perdidas. A resposta é claramente ‘não’. Mas há muito o que podemos fazer para salvaguardar e cuidar das pessoas, protegendo todos do tabaco, uso nocivo do álcool, alimentos não saudáveis e bebidas açucaradas, para oferecer às populações os serviços de saúde que precisam para deter as DCNTs a tempo”.  

Michael R. Bloomberg, embaixador mundial da OMS para Doenças Crônicas Não Transmissíveis e membro da comissão, disse que "pela primeira vez na história, mais pessoas morrem por doenças não transmissíveis, como enfermidades cardíacas e diabetes, do que por doenças infecciosas. Essa perda de vida humana não poupa ninguém – rico ou pobre, jovem ou idoso – e impõe altos custos econômicos às nações. Quanto mais apoio público construímos para as políticas governamentais que comprovadamente salvam vidas – como essa Comissão –, mais progressos podemos fazer em todo o mundo".
A nova comissão foi criada pelo diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, e funcionará até outubro de 2019. Proporcionará recomendações viáveis para contribuir com a Terceira Reunião de Alto Nível da Assembleia Geral das Nações Unidas sobre DCNTs, programada para o segundo semestre de 2018. Isso inclui a apresentação do primeiro relatório ao diretor-geral, no início de junho."Todos merecem o direito a uma vida saudável", afirmou Tedros. "Podemos vencer os condutores da epidemia de DCNTs, que estão entre os principais obstáculos para a saúde no mundo. Espero que a comissão nos mostre novas formas de desbloquear as barreiras à boa saúde e identifique medidas inovadoras, audaciosas e práticas para aumentar a prevenção e o tratamento das DCNTs, proporcionando saúde para todos".

Nishtar explicou que o estabelecimento da comissão acontece em um momento oportuno, à medida que o mundo se prepara para a reunião de alto nível da ONU sobre as DCNTs. "Este ano, os governos serão responsabilizados pelo progresso que fizeram para proteger seus cidadãos das doenças crônicas não transmissíveis”, disse. "Embora tenha havido melhorias em alguns países e regiões, a taxa global de progresso foi inaceitavelmente lenta. Isso resulta em muitas pessoas sofrendo e morrendo desnecessariamente por DCNTs, deixando famílias, comunidades e governos a cargo dos custos humanos e econômicos".

A Assembleia Mundial da Saúde aprovou o conjunto de "melhores compras" da OMS e outras intervenções comprovadamente rentáveis para prevenir ou atrasar a maioria das mortes prematuras por DCNTs. Tais medidas, que podem ser facilmente ampliadas nos países, centram-se na prevenção, tratamento e conscientização sobre essas doenças.

[Conteúdo traduzido pela Representação da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) no Brasil. A versão original, em inglês, foi publicada pela sede da OMS no dia 16 de fevereiro de 2018, no seguinte link: http://www.who.int/mediacentre/news/releases/2018/world-leaders-ncds/en/]. 


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