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quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

Exercício físico excessivo induz alterações negativas em vários órgãos

Karina Toledo  |  Agência FAPESP – Atletas de elite costumam apresentar queda no rendimento quando submetidos a um treinamento muito intenso, sem período adequado de recuperação. O quadro é conhecido como síndrome do overtraining e pode incluir sintomas como perda de apetite e de peso, insônia, irritabilidade, queda na imunidade e depressão.
A explicação mais aceita para o fenômeno, até o momento, é a de que lesões no tecido musculoesquelético causadas pelo exercício excessivo induziriam a liberação na corrente sanguínea de substâncias pró-inflamatórias (proteínas produzidas por células de defesa e conhecidas como citocinas), que desencadeariam os efeitos sistêmicos. A teoria das citocinas, como ficou conhecida, foi formulada há duas décadas.
Recentemente, uma série de estudos conduzidos na Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto, demonstrou que as consequências do overtraining para o organismo vão muito além da queda no rendimento esportivo, havendo efeitos prejudiciais no tecido musculoesquelético, coração, fígado e sistema nervoso central.
Além disso, os resultados obtidos nos experimentos com camundongos contrariam a hipótese de que as citocinas pró-inflamatórias seriam o único fator responsável pela queda na performance, que, nos animais, se manteve prejudicada mesmo depois que o nível dessas substâncias no sangue se normalizou.
As pesquisas vêm sendo conduzidas nos últimos 10 anos, com apoio da FAPESP, sob a coordenação do professor Adelino Sanchez Ramos da Silva, da Escola de Educação Física e Esporte de Ribeirão Preto (EEFERP-USP). Os principais resultados foram reunidos em um artigo publicado na revista Cytokine, que reúne também dados de estudos feitos por outros grupos de pesquisa.
“Essas informações devem servir de alerta para quem treina de forma excessiva. Os atletas de elite, muitas vezes, não têm opção devido à pressão de treinadores, patrocinadores e competições. Mas é fundamental que seja ao menos respeitado o tempo mínimo de recuperação”, disse Silva à Agência FAPESP.
Diferentes protocolos de overtraining – corrida no plano, na subida e na descida – foram testados em camundongos pela equipe de Silva com o objetivo de entender a ação das citocinas pró-inflamatórias induzidas pelo exercício físico excessivo em diferentes tecidos. Em todos os casos, a duração do treino foi de oito semanas – sendo as quatro primeiras uma fase de adaptação.
“Na sétima semana do protocolo, os roedores foram colocados para correr em uma esteira rolante com intensidade equivalente a 75% da capacidade máxima do animal – previamente mensurada. O treino foi feito durante 75 minutos, uma vez ao dia, de segunda a sexta-feira. Na oitava semana, os animais passavam a correr duas vezes ao dia, com intervalo de quatro horas entre as sessões”, disse Silva.
Os três diferentes protocolos de overtraining induziram um aumento no nível de três citocinas pró-inflamatórias no soro sanguíneo: interleucina-1-beta (IL-1β), interleucina-6 (IL-6) e fator de necrose tumoral alfa (TNF-α). O aumento das moléculas pró-inflamatórias também foi observado no tecido musculoesquelético, com efeitos variados nos três protocolos.
Os animais submetidos ao overtraining na descida foram os mais prejudicados, pois apresentaram sinais de atrofia e de estresse de retículo endoplasmático [organela celular que, entre outras funções, faz com que as proteínas assumam sua forma funcional] nas amostras de tecido musculoesquelético.
“De forma simplificada, isso significa que as células da região passaram a ter proteínas malformadas em seu interior, o que pode comprometer seu funcionamento”, disse Silva.
Após duas semanas de repouso, o nível das citocinas pró-inflamatórias no soro e no tecido musculoesquelético retornou ao nível basal e houve um aumento no conteúdo de moléculas anti-inflamatórias. “No entanto, a performance dos animais na corrida permaneceu prejudicada, sugerindo haver outros mecanismos envolvidos nesse processo”, disse.
O protocolo de overtraining na descida também promoveu uma inflamação no hipotálamo – região do cérebro que regula diversos processos metabólicos –, acompanhada de perda de peso e de apetite. “No hipotálamo, todos os protocolos induziram o quadro de estresse de retículo endoplasmático. Não verificamos, porém, ocorrência de morte celular”, disse Silva.
Segundo o pesquisador, a inflamação observada no sistema nervoso central foi revertida após o descanso de duas semanas. O peso corporal e o apetite também foram normalizados.
Resistência à insulina e hipertrofia cardíaca
Todos os protocolos de overtraining provocaram prejuízo na via de sinalização da insulina no tecido musculoesquelético, ou seja, as células musculares ficaram com mais dificuldade de captar a glicose circulante no sangue. No entanto, os camundongos não apresentaram alteração negativa no teste de tolerância à glicose, que avalia se o açúcar está sendo metabolizado adequadamente pelo organismo.
“Suspeitamos que algum outro tecido estivesse atuando de forma compensatória para manter o equilíbrio. E as análises mostraram uma melhora na via de sinalização da insulina no fígado e um aumento no estoque de glicogênio hepático dos animais submetidos aos protocolos de overtraining na descida e na subida. Por outro lado, como adaptação negativa, observamos acúmulo de gordura e sinais de inflamação no tecido hepático”, disse Silva.
Os resultados sugerem ainda que o coração também atua de modo a compensar o prejuízo na captação de glicose pelas células musculoesqueléticas, pois foi observado acúmulo de glicogênio no tecido cardíaco em resposta a todos os tipos de overtraining.
Surpreendentemente, os três protocolos induziram sinais de fibrose no ventrículo esquerdo. Apenas os animais submetidos ao exercício excessivo na descida apresentaram sinais moleculares de hipertrofia patológica.
“Nos estudos realizados até o momento, não mensuramos os parâmetros funcionais do coração. Estamos agora reproduzindo os experimentos e faremos um ecocardiograma ao final do período de treinamento para avaliar se houve prejuízo funcional do ventrículo esquerdo”, disse o professor da EEFERP-USP.
O grupo ainda não avaliou se após o descanso de duas semanas as alterações moleculares observadas no coração e no fígado são revertidas. “Estimamos que isso deve ocorrer, mas ainda precisamos avaliar”, disse.
De modo geral, os prejuízos foram maiores para os animais submetidos ao protocolo de overtraining na descida. De acordo com Silva, isso está relacionado com a predominância de contrações excêntricas (quando o músculo alonga enquanto está sob tensão devido a uma força externa maior que a gerada pelo músculo) durante esse tipo de atividade.
Perspectivas futuras
Embora os resultados do grupo não suportem a hipótese de que as citocinas pró-inflamatórias sejam o único fator responsável pelo prejuízo do desempenho físico, uma dessas moléculas – a IL-6 – se mostrou envolvida na maioria dos efeitos observados nos diferentes órgãos e em todos os protocolos de overtraining.
Em experimentos recentes, os pesquisadores observaram que, em camundongos nocaute para IL-6 (modificados geneticamente para não expressar essa proteína), o estresse de retículo endoplasmático no tecido musculoesquelético induzido por uma única sessão de exercício exaustivo foi mais ameno que o observado em animais sem a alteração genética.
“Estudos futuros terão de investigar melhor o papel dessa citocina no metabolismo em condições de overtraining”, disse Silva.
Os trabalhos conduzidos pelo grupo da USP em Ribeirão Preto receberam apoio da FAPESP por meio de três projetos de Auxílio à Pesquisa – Regular concedidos a Silva em 2010, 2014 e 2018.
Também contaram com bolsas da FAPESP de: mestrado e doutorado para Ana Paula Pinto; iniciação científica, mestrado e doutorado para Alisson Luiz da Rocha; e iniciação científica e mestrado para Bruno Cesar Pereira.
O artigo The proinflammatory effects of chronic excessive exercise (doi: https://doi.org/10.1016/j.cyto.2019.02.016), de Alisson L. da Rocha, Ana P. Pinto, Eike B. Kohama, José R. Pauli, Leandro P. de Moura, Dennys E. Cintra, Eduardo R. Ropelle, Adelino S.R. da Silva, pode ser lido em www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1043466619300626?via%3Dihub.  

INSTRUÇÃO NORMATIVA PARAMETRIZA FISCALIZAÇÃO E CONTROLE DE BEBIDAS, VINHOS E DERIVADOS DA UVA E DO VINHO, NACIONAIS E IMPORTADOS


INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 75, DE 31 DE DEZEMBRO DE 2019

Estabelece os critérios e define os parâmetros analíticos que devem ser utilizados para fiscalização e controle de bebidas, vinhos e
derivados da uva e do vinho, nacionais e importados.

O MINISTRO DE ESTADO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO SUBSTITUTO, no uso da atribuição que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição Federal, com base no art. 1º, inciso III, do Decreto nº 8.851, de 20 de setembro de 2016, tendo em vista o disposto na Lei nº 7.678, de 8 de novembro de 1988, no Decreto nº 8.198, de 20 de fevereiro de 2014, na Lei nº 8.918, de 14 de
julho de 1994, no Decreto nº 6.871, de 4 de junho de 2009, e o que consta do Processo nº 04172.000010/2019-42,
resolve:

Art. 1º Estabelecer os critérios analíticos que devem constar dos laudos de análises laboratoriais que se destinam à fiscalização e ao controle de bebidas, vinhos e derivados da uva e do vinho, nacionais e importados, na forma desta Instrução Normativa.

Art. 2º Os parâmetros analíticos que deverão constar nos laudos laboratoriais para utilização na fiscalização e controle de bebidas, vinhos e derivados da uva e do vinho, nacionais e importados, são aqueles dispostos na Norma Operacional nº 1, de 24 de janeiro de 2019, disponível no link http://www.agricultura.gov.br/assuntos/inspecao/produtos-vegetal/legislacao-1/bebidas , consoante às seguintes situações indicadas:
  1. laudo estrangeiro: laudo ou certificado de análise emitidos por laboratório estrangeiro, devidamente cadastrados no Sistema de Cadastro de Organismos e Laboratórios Estrangeiros - SISCOLE para importação pelo Brasil;
  2. laudo Pré-Certificado de Inspeção de Importação: laudo emitido por laboratório da rede credenciada ao MAPA para subsidiar a emissão de Certificado de Inspeção de Importação - CII;
  3. laudo para exportação - Certificado de Livre Venda: laudo emitido por laboratório da rede credenciada ao MAPA para subsidiar a emissão de Certificado de Livre Venda ou qualquer outro certificado para exportação pelo Brasil quando o país de destino não especificar os parâmetros analíticos requeridos;
  4. laudo para controle do produto nacional: laudo emitido por qualquer laboratório para fins de autocontrole da produção brasileira;
  5. laudo de análise fiscal: laudo emitido por Laboratório Federal de Defesa Agropecuária para fins de análises de fiscalização; e
  6. laudo de análise fiscal especial: laudo emitido pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária, pela rede credenciada MAPA ou por outras instituições que detenham capacidade para execução das análises quando requeridas pelo MAPA em subsídio às ações de fiscalização e outras ações especiais.

§1º Mediante motivação e justificativa da autoridade fiscalizadora, poderão ser requeridas a realização de análises complementares àquelas indicadas como obrigatórias na Norma Operacional referida no caput, desde que estejam devidamente contempladas nos Padrões de Identidade e Qualidade das bebidas, vinhos e derivados da uva e do vinho sob controle e fiscalização.

§2º Somente será exigível a apresentação do parâmetro analítico no laudo Pré-Certificado de Inspeção de Importação, previsto no inciso II, quando houver a disponibilidade de ao menos dois laboratórios com escopo para a realização da referida análise constante do padrão de identidade e qualidade da bebida, do vinho e do derivado da uva e do vinho.

Art. 3º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

MARCOS MONTES CORDEIRO


FARMANGUINHOS CONTRATA SOLERI DO BRASIL EM REGIME DE EMPREITADA GLOBAL NO VALOR TOTAL DE R$ 6.329.999,09 PARA INSTALAR SISTEMA DE ÁGUA PURIFICADA


INSTITUTO DE TECNOLOGIA EM FÁRMACOS
EXTRATO DE CONTRATO Nº 51/2019 - UASG 254446
Processo: 25387000490201734. Regime de Execução: Empreitada por Preço Global. RDC ELETRÔNICO Nº 2/2019.
Contratante: FUNDACAO OSWALDO CRUZ -.CNPJ Contratado: 05271198000161. Contratado : SOLERI DO BRASIL LTDA
Objeto: Contração de empresa especializada para execução da montagem e instalação do sistema de estocagem e distribuição de água purificada do prédio 70, do CTM - Farmanguinhos. Fundamento Legal Lei 12.462/2011, Decreto 7581/2011 e Lei 8666/1993. Vigência: 17/12/2019 a 17/10/2020. Valor Total: R$6.329.999,09. Fonte: 6151000000 - 2019NE802063. Data de Assinatura: 17/12/2019.
(SICON - 31/12/2019) 254446-25201-2019NE800034


TRANSTUZUMABE BIOMANGUINHOS PUBLICA EXTRATO DE CONTRATO SOBRE PLANO DE TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA, VOLUME E PREÇOS DE REFERÊNCIA


INSTITUTO DE TECNOLOGIA EM IMUNOBIOLÓGICOS
EXTRATO DE CONTRATO Nº 520/2019 Número do Contrato: 520/2019. N° Processo: 25386. 101182/2019-05.
Contratante: FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ - INSTITUTO DE TECNOLOGIA EM IMUNOBIOLÓGICOS-BIOMANGUINHOS (CNPJ: 33781055/0015-30).
Contratado: Samsung Bioepis Co., LTD. e Bionovis S.A., Companhia Brasileira de Biotecnologia Farmacêutica.
Objeto: Estabelecer o Plano de Transferência de Tecnologia do produto trastuzumabe biossimilar, a Previsão de Volume Anual de Referência e o Preço de Referência. Fundamento Legal: Decreto nº 9.245, de 20 de dezembro de 2017.
Vigência: 30/12/2019 a 30/12/2029. Data de Assinatura: 30/12/2019.


ELIQUIS DA BMS USADO PARA REDUZIR RISCOS DE DERRAMES E EMBOLIAS PULMONARES TEM NOVO GENÉRICO, APIXABAN DA MICRO LABS E MYLAN APROVADO PELO FDA


O FDA dos EUA aprovou duas aplicações para os primeiros genéricos dos comprimidos Piquizer e Eliquis da Bristol-Myers Squibb, um medicamento usado para reduzir os riscos de derrame e embolias pulmonares.

A agência concedeu a aprovação dos pedidos genéricos de Apixaban aos Micro Labs da Índia e à Mylan Pharmaceuticals do Reino Unido. O Apixaban foi desenvolvido para pacientes com fibrilação atrial não valvar e aqueles que foram submetidos a cirurgia de substituição do quadril ou joelho. Também é usado para tratar trombose venosa profunda.
A Eliquis gerou US $ 8,5 bilhões em vendas para os o marketing Pfizer e BMS nos três primeiros trimestres de 2019.



CABOTEGRAVIR E RILPIVIRINA (CABENUVA) - FDA REJEITA MEDICAMENTO CONTRA HIV DE AÇÃO PROLONGADA DA Viiv (GSK, PFIZER e SHIONOGI)


O FDA dos EUA recusou a aprovação do Cabenuva da ViiV Healthcare, o primeiro medicamento contra o HIV experimental com ação prolongada.

A resposta NEGATIVA do FDA está relacionada a preocupações sobre o processo de Química, Manufatura e Controles, não à segurança ou eficácia do medicamento. De acordo com um comunicado à imprensa do ViiV (disponível no link: https://viivhealthcare.com/en-gb/media/press-releases/2019/december/complete-response-letter-from-us-fda/) "não há alterações no perfil de segurança dos produtos usados ​​em ensaios clínicos até o momento.
A ViiV Healthcare informa que trabalhará em estreita colaboração com o FDA para determinar os próximos passos apropriados para este novo pedido de medicamento".

O novo tratamento sem pílulas da ViiV, empresa global especialista em HIV, que tem como acionistas majoritária da GSK, com a Pfizer e a Shionogi, disponibilizaria os medicamentos para o HIV, cabotegravir e rilpivirina, na apresentação injetável de ação prolongada com uma aplicação mensal em um consultório médico ou clínica.

O cabotegravir é um inibidor da transferência de fita de integrase desenvolvido pela ViiV Healthcare e a rilpivirina é um inibidor da transcriptase reversa não nucleosídeo desenvolvido pela Janssen Sciences Ireland UC. O regime de ação prolongada de cabotegravir e rilpivirina é um produto experimental e não é aprovado em nenhum lugar do mundo.

Com base no anúncio da ViiV


NOTIFICAÇÃO DE DOENÇAS DE ANIMAIS - FERRAMENTA DO MAPA PARA PROTEGER A PECUÁRIA NACIONAL E A SAÚDE PÚBLICA, e-SISBRAVET ENTRA NO AR HOJE, 01 JANEIRO 2019


Anunciado em 6 de dezembro, o novo Sistema Brasileiro de Vigilância e Emergência Veterinária (e-Sisbravet) começa a funcionar nesta quarta-feira (1º).

A ferramenta lançada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) permitirá aos produtores rurais acompanhar, pela internet, a notificação de determinadas doenças animais, bem como as recomendações de medidas a adotar em casos de emergência veterinária ou situações suspeitas.

O sistema será integrado com todos os serviços de defesa agropecuária (federal, estadual e da iniciativa privada). Inicialmente, serão feitas notificações apenas de animais de produção (bovinos, suínos e aves, por exemplo), sem a inclusão de cães e gatos (animais domésticos). No futuro, poderão ser incluídos os animais aquáticos.

As notificações das suspeitas serão feitas pela internet, através de um link na página do Mapa. Também será possível registrar as ocorrências nos sites próprios de cada um dos órgãos executores de sanidade agropecuária (Oesas). As notificações serão direcionadas imediatamente às Unidades Veterinárias Locais que atuam na área onde fica a propriedade com caso suspeito.

Segundo o ministério, além de colocar fim aos formulários de papel, reduzindo a burocracia, o novo sistema permitirá a realização de estudos epidemiológicos e o gerenciamento da vigilância agropecuária do país. Foram investidos aproximadamente R$ 2 milhões só no desenvolvimento do e-Sisbravet.

De acordo com o Mapa, a notificação imediata ao Serviço Veterinário Oficial de ocorrências de determinadas doenças animais é de fundamental importância para proteger a pecuária nacional e a saúde pública. “Muitas doenças podem causar sérios impactos na produção animal e na saúde humana, e o diagnóstico rápido e a pronta reação são essenciais para impedir a disseminação e permitir seu controle ou erradicação”, explica a pasta na página do Sisbravet.

A lista de doenças de notificação obrigatória é estabelecida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, na Instrução Normativa nº 50, de 2013. Em caso de dúvidas, o interessado deve entrar em contato com a unidade mais próxima do Serviço Veterinário Oficial. É possível consultar na internet a lista de endereços das unidades veterinárias em funcionamento em todo o país.

Marcel Oliveira, AGÊNCIA BRASIL


ASTRAZENECA E MSD APROVAM LYNPARZA PARA CÂNCER DE PÂNCREAS


A AstraZeneca e o medicamento para câncer de ovário da Merck, Lynparza, receberam a aprovação do FDA dos EUA para o tratamento de câncer de pâncreas avançado.

O inibidor da PARP é agora o único medicamento aprovado em pacientes selecionados com biomarcadores com câncer pancreático avançado.

Em um estudo crucial da Fase III, Lynparza reduziu o risco de progressão ou morte da doença em 47% em pacientes cuja doença não progrediu em pelo menos 16 semanas de um regime de quimioterapia de primeira linha com base em platina.

Atualmente, o Lynparza é aprovado em 65 países para o tratamento de manutenção do câncer de ovário recidivado sensível à platina, independentemente do status BRCA. É aprovado nos EUA, UE, Japão, China e vários outros países como tratamento de manutenção de primeira linha para câncer de ovário avançado com mutação no BRCA após resposta à quimioterapia à base de platina. Também é aprovado em 44 países, incluindo EUA e Japão, para câncer de mama metastático com mutação no BRCA, negativo para HER2.



TOP 20 AGROQUÍMICAS BRASIL 2018: VENDAS VOLTAM A SUBIR


A venda de agroquímicos no Brasil faturou US$ 10,788 bilhões no ano de 2018, de acordo com dados divulgados pela AENDA (Associação Brasileira dos Defensivos Genéricos) e complementados por balanços publicados pelas empresas. O resultado representou uma significativa alta de 21,21% na receita em comparação com a performance das empresas de defensivos agrícolas em 2017, quando foram vendidos US$ 8,9 bilhões em pesticidas no Brasil. 

De acordo com reportagem publica no Portal chinês Agropages esta é a primeira alta no setor após quatro quedas consecutivas dos agroquímicos no Brasil. As maiores empresas de pesticidas não registravam alta nas vendas desde o ano de 2014, quando faturaram US$ 12,3 bilhões.

De acordo com dados do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg), o faturamento das empresas de defensivos agrícolas no Brasil foi um pouco menor, de US$ 10,52 bilhões no ano passado. As maiores vendas seguiram sendo do segmento de inseticidas: US$ 3,07 bilhões, seguidos pelos herbicidas, com US$ 3,42. Na sequência aparecem os fungicidas US$ 2,97, sendo que todos os outros tipos de defensivos (acaricidas, nematicidas, miticidas, formicidas, bactericidas e outros) somam US$ 1,06 bilhão.

Entre as culturas, a soja continua sendo a responsável pela maior fatia de compras de agroquímicos, com 50,25%. A oleaginosa foi seguida pela cana-de-açúcar, com 11,70,%, o milho (10,64%), o algodão (8,86%), café (3,14%), pastagem (3,00%), citros (1,95%), culturas de inverno (Trigo, Aveia, Centeio, Cevada) com 1,91%, arroz (1,39%), feijão (1,38%) e outros (5,78%).

As vendas por região do Brasil, em 2018, continuam apontando a Região Centro-Oeste como a maior compradora, com US$ 3,969 bilhões. A segunda maior em faturamento para os defensivos agrícolas é a Região Sudeste (US$ 2,535 bilhões), seguida pela Região Sul (US$ 2,519 bilhões), Região Nordeste (US$ 1,092 bilhão) e Região Norte (US$ 408 milhões).

Foram vendidos 276,83 mil toneladas de defensivos genéricos no ano passado, que representaram um faturamento de US$ 4,84 bilhões. Por outro lado, foram comercializadas 63,33 mil toneladas em 2018, o equivalente a US$ 5,57 bilhões.

Um dos destaques foram as vendas de defensivos biológicos, que cresceram 77% em 2018, com faturamento de R$ 464,5 milhões de Reais, contra os R$ 262 milhões registrados em 2017. Os números foram um recorde para o setor, segundo a Associação Brasileira das Empresas de Controle Biológico (ABCBio).

De acordo com o novo presidente-executivo da associação, Arnelo Nedel, o aumento nas compras de biofungicidas, cujas vendas cresceram 148%, foi decisivo. O trabalho das empresas junto aos produtores, desmistificando e esclarecendo a eficácia dos produtos biológicos, foi o principal responsável pelo desempenho. Há muita demanda de produtos mais sustentáveis e de menor risco.

Vendas das Top 20 empresas agroquímicas no Brasil - 2018*
Ranking
(por vendas 2018)
Empresa
2018 (em milhões US$)
2017 (em milhões US$)
Variação %
1
Syngenta
2.000
1.587
+26.0
2
Bayer
1.685
1.036
+62.6
3
Corteva
1.180
-
-
4
BASF
990
890
+11.2
5
UPL
961
500
+92.2
6
FMC
910
642
+41.7
7
Nufarm
594
504
+17.9
8
Adama
581
448
+29.7
9
Iharabrás
406
351
+15.7
10
Nortox
290
280
+3.6
11
CCAB**
260
173
+50.3
12
Ouro Fino
223
195
+14.4
13
Atanor/Albaugh
219
200
+9.5
14
HELM
135
115
+17.4
15
Sipcam Nichino
90
76
+18.4
16
Alta
68
-
-
17
Sinon
42
-
-
18
Stockton
40
-
-
19
Rotam
39
54
-27.8
20
CropChem
30
-
-
(*) Fonte: Levantamento não oficial da Aenda, com dados divulgados pelas empresas 
(**) O ano fiscal da CCAB começa em 1º de Julho e termina em 30 de Junho do ano posterior.
(-) Dado não disponível


ÍNDIA IMPORTA MATERIAL GENÉTICO DE GADO MODIFICADO NO BRASIL


A Índia anunciou que irá importar material genético de raças zebuínas melhoradas no Brasil. As tratativas foram feitas entre os chefes de P&D e TT da EMBRAPA Gado de Leite (Juiz de Fora, MG), Pedro Arcuri e Bruno Carvalho com o National Dairy Development Board (NDBB), órgão do Ministério da Agricultura da Índia. 

“A iniciativa é um indicativo de excelência do trabalho realizado no Brasil, da qual a Embrapa Gado de Leite é ponta de lança desde o início do programa de melhoramento, iniciado em 1985”, comentou Arcuri. 

Nesse cenário, um diretor da NDDB e um gerente técnico da área de melhoramento animal estiveram reunidos na Unidade para conhecer melhor os programas de melhoramento. Nisso, eles conseguiram inspecionar se os protocolos sanitários e de reprodução e se certificaram das possibilidades de entendimentos. 

“Na oportunidade, os pesquisadores da área, Frank Bruneli (coordenador do programa de melhoramento genético da raça Guzerá) Naiara Saraiva e Luiz Gustavo Siqueira participaram do encontro. O pesquisador Luiz Sergio Camargo, que está regressado das atividades como cientista visitante, aproveitou a visita e encontrou-se com os colegas indianos, com quem havia trabalhado quando realizou missão na Índia”, diz a Embrapa. 
De acordo com Arucri, o intercâmbio com a NDDB começou em 2016, quando foram realizadas visitas técnicas de pesquisadores à Índia por solicitação da instituição indiana. “Passaram por lá Marcos Vinícius, Bruno Carvalho, Luiz Sérgio e Luiz Gustavo Siqueira. A Unidade também recebeu técnicos da NDDB para treinamento em 2017 e 2018. Ao longo da Semana, a comitiva indiana também visitará propriedades associadas aos programas de melhoramento e outras instituições brasileiras”, completa o portal da Embrapa.

Imagem: Marcel Oliveira, Por: AGROLINK -Leonardo Gottems


TUBERCULOSE: ABERTAS INSCRIÇÕES PARA PESQUISAS NO ÂMBITO DOS BRICS


Os estudos devem ter parceria com pelo menos um pesquisador proveniente de algum país dos BRICS. Os resultados da iniciativa brasileira podem contribuir para intervenções nos sistemas de saúde do bloco

O Ministério da Saúde abriu, nesta segunda-feira (30), chamada pública para seleção de projetos de pesquisa para o combate à tuberculose no âmbito dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). A ideia é apoiar projetos e pesquisas que tenham como objetivo contribuir significativamente para o desenvolvimento científico, tecnológico e na inovação do Brasil na área. Os projetos devem focar no desenvolvimento de novas intervenções e esquemas terapêuticos, além de novos métodos de diagnóstico e acesso ao tratamento da doença que sirvam como instrumento para os cinco países.

Para o financiamento das pesquisas, o Ministério da Saúde do Brasil está investindo R$ 16 milhões.  Os estudos devem apresentar parceria com pelo menos um pesquisador proveniente de algum país dos BRICS. Os resultados da iniciativa brasileira podem contribuir para intervenções nos sistemas de saúde do bloco. Cada proposta de projeto de pesquisa deve apresentar valores entre R$ 2 a R$ 8 milhões e deve ser executada em até três anos. Podem participar pesquisadores com título de doutor ou livre docência, com o currículo lattes atualizado e vinculados à Instituição Científica, Tecnológica e de Inovação (ICT). O prazo de submissão dos trabalhos é até o dia 30 de março de 2020.

“A definição das linhas de pesquisas para tuberculose que constam nesta chamada pública foram subsidiadas pela Agenda de Prioridades de Pesquisa do Ministério da Saúde ( APPMS) e validadas com o Plano Nacional de Controle da Tuberculose, que visa atender às principais necessidades da população brasileira”, apontou a diretora do Departamento de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Camile Sachetti.

SOBRE A TUBERCULOSE
A tuberculose segue como um grave problema de saúde pública no mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é a doença infecciosa de agente único que mais mata no mundo, superando o vírus HIV. Em 2016, 10,4 milhões de pessoas adoeceram de tuberculose no mundo, e cerca de 1,3 milhão de pessoas morreram em decorrência da doença. O Brasil tem conseguido avanços significativos no cuidado e tratamento da tuberculose. O país atingiu as Metas dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio (ODM) de enfrentamento à tuberculose, que previa reduzir, até 2015, o coeficiente de incidência e de mortalidade da doença em 50% quando comparado com os resultados de 1990.

Neste ano, o Brasil está na presidência pró-tempore dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) – grupo de países formado por economias emergentes. E, assim, também preside a Rede de Pesquisa em Tuberculose, criada em 2017, no âmbito dos BRICS, com o objetivo de aumentar a colaboração entre os cinco países, que são responsáveis por aproximadamente 40% da carga de Tuberculose do mundo. Durante este mandato brasileiro, o Ministério da Saúde tem buscado fortalecer a atuação dos pesquisadores e dos países para o avanço e desenvolvimento de iniciativas inovadoras em tuberculose.

“Não há nada mais trágico do que um vasto potencial de diagnóstico e de medicamentos ainda estar em depósitos e prateleiras, ao invés de à disposição da população para salvar vidas. Vamos continuar a falar em voz alta que precisamos aumentar em escala nossos investimentos em novos diagnósticos, medicamentos e vacinas, garantindo que sejam acessíveis para todos”, afirmou o Ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta.

Da Agência Saúde
Com informações do Nucom/SCTIE 


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