A venda de agroquímicos no
Brasil faturou US$ 10,788 bilhões no ano de 2018, de acordo com dados
divulgados pela AENDA (Associação Brasileira dos Defensivos Genéricos) e
complementados por balanços publicados pelas empresas. O resultado representou
uma significativa alta de 21,21% na receita em comparação com a performance das
empresas de defensivos agrícolas em 2017, quando foram vendidos US$ 8,9 bilhões
em pesticidas no Brasil.
De acordo com reportagem
publica no Portal chinês Agropages esta
é a primeira alta no setor após quatro quedas consecutivas dos agroquímicos no
Brasil. As maiores empresas de pesticidas não registravam alta nas vendas desde
o ano de 2014, quando faturaram US$ 12,3 bilhões.
De acordo com dados do
Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg), o
faturamento das empresas de defensivos agrícolas no Brasil foi um pouco menor,
de US$ 10,52 bilhões no ano passado. As maiores vendas seguiram sendo do
segmento de inseticidas: US$ 3,07 bilhões, seguidos pelos herbicidas, com US$
3,42. Na sequência aparecem os fungicidas US$ 2,97, sendo que todos os outros
tipos de defensivos (acaricidas, nematicidas, miticidas, formicidas,
bactericidas e outros) somam US$ 1,06 bilhão.
Entre as culturas, a soja continua
sendo a responsável pela maior fatia de compras de agroquímicos, com 50,25%. A
oleaginosa foi seguida pela cana-de-açúcar, com 11,70,%, o milho (10,64%), o
algodão (8,86%), café (3,14%), pastagem (3,00%), citros (1,95%), culturas de
inverno (Trigo, Aveia, Centeio, Cevada) com 1,91%, arroz (1,39%), feijão
(1,38%) e outros (5,78%).
As vendas por região do
Brasil, em 2018, continuam apontando a Região Centro-Oeste como a maior
compradora, com US$ 3,969 bilhões. A segunda maior em faturamento para os defensivos
agrícolas é a Região Sudeste (US$ 2,535 bilhões), seguida pela Região Sul (US$
2,519 bilhões), Região Nordeste (US$ 1,092 bilhão) e Região Norte (US$ 408
milhões).
Foram vendidos 276,83 mil
toneladas de defensivos genéricos no ano passado, que representaram um
faturamento de US$ 4,84 bilhões. Por outro lado, foram comercializadas 63,33
mil toneladas em 2018, o equivalente a US$ 5,57 bilhões.
Um dos destaques foram as
vendas de defensivos biológicos, que cresceram 77% em 2018, com faturamento de
R$ 464,5 milhões de Reais, contra os R$ 262 milhões registrados em 2017. Os
números foram um recorde para o setor, segundo a Associação Brasileira das
Empresas de Controle Biológico (ABCBio).
De acordo com o novo
presidente-executivo da associação, Arnelo Nedel, o aumento nas compras de
biofungicidas, cujas vendas cresceram 148%, foi decisivo. O trabalho das
empresas junto aos produtores, desmistificando e esclarecendo a eficácia dos
produtos biológicos, foi o principal responsável pelo desempenho. Há muita demanda
de produtos mais sustentáveis e de menor risco.
Vendas das Top 20
empresas agroquímicas no Brasil - 2018*
|
||||
Ranking
(por vendas
2018)
|
Empresa
|
2018 (em
milhões US$)
|
2017 (em
milhões US$)
|
Variação %
|
1
|
Syngenta
|
2.000
|
1.587
|
+26.0
|
2
|
Bayer
|
1.685
|
1.036
|
+62.6
|
3
|
Corteva
|
1.180
|
-
|
-
|
4
|
BASF
|
990
|
890
|
+11.2
|
5
|
UPL
|
961
|
500
|
+92.2
|
6
|
FMC
|
910
|
642
|
+41.7
|
7
|
Nufarm
|
594
|
504
|
+17.9
|
8
|
Adama
|
581
|
448
|
+29.7
|
9
|
Iharabrás
|
406
|
351
|
+15.7
|
10
|
Nortox
|
290
|
280
|
+3.6
|
11
|
CCAB**
|
260
|
173
|
+50.3
|
12
|
Ouro Fino
|
223
|
195
|
+14.4
|
13
|
Atanor/Albaugh
|
219
|
200
|
+9.5
|
14
|
HELM
|
135
|
115
|
+17.4
|
15
|
Sipcam Nichino
|
90
|
76
|
+18.4
|
16
|
Alta
|
68
|
-
|
-
|
17
|
Sinon
|
42
|
-
|
-
|
18
|
Stockton
|
40
|
-
|
-
|
19
|
Rotam
|
39
|
54
|
-27.8
|
20
|
CropChem
|
30
|
-
|
-
|
(*) Fonte: Levantamento não
oficial da Aenda, com dados divulgados pelas empresas
(**) O ano fiscal da CCAB
começa em 1º de Julho e termina em 30 de Junho do ano posterior.
(-) Dado não disponível
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