O MCTIC e a FAPESP, em
cooperação com o CGI (Comitê Gestor da Internet no Brasil), irão fomentar a
criação de até 8 Centros de Pesquisa Aplicada (CPA) em Inteligência Artificial
(IA).
Quatro destes CPA serão objeto
de Edital a ser publicado na próxima semana e uma chamada para mais quatro será
anunciada ainda em 2020.
Estes CPAs serão voltados para
o desenvolvimento de pesquisas científicas, tecnológicas e de inovação,
aplicadas e orientadas à resolução de problemas e que possam ser resolvidas com
IA. Os Centros serão apoiados por um período de 5 anos podendo ser renovados
por mais 5 anos, totalizando até 10 anos, de acordo com os resultados
alcançados. Cada CPA poderá receber até R$ 1 milhão por ano da FAPESP e mais R$
1 milhão de uma ou mais Empresas Parceiras.
Acredita-se que a IA seja uma
tecnologia transformadora e que por meio dela seja possível gerar soluções ou
sistemas disruptivos com potencial para: revolucionar como nós vivemos,
interagimos, trabalhamos, aprendemos, evoluímos e nos comunicamos; propiciar
benefícios socioeconômicos para a sociedade; melhorar qualidade de vida; alavancar
a prosperidade econômica e resolver grandes problemas que não tem soluções
hoje. IA está presente em diversas aplicações atuais (reconhecimento facial,
varejo, robôs, análise de crédito, saúde, financeira, jurídica, indústria,
entre outras) e estará presente em muitas outras aplicações em um futuro breve.
Esta percepção também está
presente em outros países como USA, China, Índia, Japão, União Europeia, uma
vez que estes países elaboraram estratégias específicas para IA e entendem que
esta tecnologia é um meio de crescimento econômico e progresso social.
O termo IA não é novo.
Entretanto, o grande aumento do poder computacional e o acesso a dados
propiciou grandes avanços práticos na aprendizagem de máquina/ Machine Learning
(ML). Isso abriu oportunidades para alavancar o desenvolvimento de ferramentas
de IA.
Este anúncio é parte do
esforço de construção de uma Estratégia Nacional de Inteligência Artificial e a
Estratégia Nacional de Segurança Cibernética (E-Ciber), dois alicerces da
Estratégia Brasileira para a Transformação Digital (E-Digital), que tem o papel
de coordenar diversas políticas públicas para que a apropriação das tecnologias
digitais ocorra de maneira ampla e criem um ambiente transformador em vários
setores da economia.
Um dos eixos temáticos de
transformação digital do E-Digital é a Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação.
Neste contexto, entende-se que para que o Brasil se torne referência em
Inteligência Artificial e seja inserido junto aos grandes players, é necessário
intensificar as atividades de pesquisa científica e tecnológica e escolher
nichos e problemas específicos do País que possam ser resolvidos. Dessa forma,
torna-se mais fácil articular uma rede de pesquisadores, empreendedores e
governo em torno de objetivos comuns: solucionar problemas.
As áreas focais destes quatro
primeiros CPA serão: Saúde, Agricultura, Indústria e Cidades Inteligentes.
Áreas correlacionadas ao Plano Nacional de Internet das Coisas (Decreto nº
9.854 de 2019) e consideradas como ambientes priorizados para aplicações de
soluções de IoT.
Espera-se que os CPAs em
Inteligência Artificial estimulem a pesquisa básica, aplicada e a inovação;
fortaleçam o desenvolvimento de produtos (hardware/firmware, software,
algoritmos e modelos matemáticos); contribuam fortemente para a conexão entre
ICTs, Governo e Empresas; que forneçam a infraestrutura necessária para
ampliação das redes de pesquisas; desenvolvam competências e capacitação
tecnológica avançada e qualificada; enfim, contribuam para o crescimento
econômico e progresso social do País.
Principais pontos do Edital:
Objetivos dos CPAs:
realizar pesquisas básicas e aplicadas orientadas a problemas; trabalhar em
parceria com órgãos governamentais ou não governamentais; gerar Startups;
contribuir para a formação de pessoal qualificado.
Áreas Focais dos CPA: Saúde,
Agricultura, Indústria e Cidades Inteligentes.
Composição das equipes dos CPA:
composição balanceada entre pesquisadores, pós-doutores, engenheiros e
técnicos, estudantes de pós-graduação e de graduação, pessoal técnico e pessoas
de notório saber e profissionais de mercado.
Governança dos CPAs:
Comitê Executivo (CE), composto pelo Diretor (Pesquisador Responsável),
Vice-Diretor, pelo Coordenador de Educação e Difusão de Conhecimento e pelo
Coordenador de Transferência de Tecnologia.
Equipe de P&D das Empresas
Parceiras: O Vice-Diretor de cada Centro deverá ser um pesquisador
vinculado à Empresa Parceira e será valorizada a participação de outros
profissionais, cientistas ou técnicos vinculados à Empresa Parceira.
Conselho Consultivo
Internacional: Cada Centro deve apresentar na proposta um
Conselho Consultivo Internacional (CC) composto por cientistas reconhecidos
internacionalmente.
Financiamento:
- Até R$ 1 milhão por ano da Fapesp;
- Contrapartida igual da Empresa ou Empresas
Parceiras;
- Outras fontes de recursos.
Prazo: Os
Centros serão apoiados por um período de 5 anos podendo ser renovados por mais
5 anos, totalizando até 10 anos, de acordo com os resultados alcançados.
Instituição Sede: ICT
que se responsabilizará pelo projeto e pelo apoio institucional ao CPA;
Instituições Associadas:
Outras ICTs associadas ao Centro, com estímulo à participação de instituições
de diferentes Unidades da Federação.
Cronograma:
- Prazo para apresentação de propostas:
20/05/2020
- Divulgação das Propostas selecionadas:
20/10/2020
Acesse o Edital http://fapesp.br/13896
Fonte: MCTIC
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