Até o momento, 9 casos
suspeitos da doença estão sendo monitorados no país. Ministério da Saúde
recomenda que empresas não realizem pessoalmente reuniões com pessoas que vêm
da China
Foto: Gustavo Frasão /
ASCOM MS
O Ministério da Saúde passará
a atualizar as informações sobre a situação do novo coronavírus no Brasil
diariamente. A informação foi dada pelo secretário-executivo do Ministério da
Saúde, João Gabbardo, em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira
(29), em Brasília (DF). Na ocasião foram atualizados os casos suspeitos do novo
coronavírus. Até o momento, nove casos se enquadraram na atual definição de
caso suspeito para nCoV-2019 (o novo coronavírus), estabelecida pela
Organização Mundial da Saúde (OMS).
Durante a coletiva de
imprensa, o Ministério da Saúde anunciou também a ampliação das recomendações
para que empresas não realizem pessoalmente reuniões com pessoas que vêm da
China e indicou a utilização de métodos online, como teleconferências como
alternativa para essas situações. A pasta reforçou a recomendação de que
viagens para o principal país afetado pela doença, a China, só devem ser
realizadas em casos de extrema necessidade.
Itens relacionados
“Recomendamos que as empresas
no Brasil tenham essa preocupação em não realizar reuniões com pessoas que vêm
da China ou enviar alguém para lá. A orientação que o Ministério da Saúde dá é
de substituir reuniões comerciais feitas pessoalmente por reuniões online”,
destacou o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo.
Até às 12h desta quarta-feira
(29), o Ministério da Saúde recebeu a notificação de 33 casos para investigação
de possível relação com a infecção humana pelo novo coronavírus. Todas as
notificações foram recebidas, avaliadas e discutidas, caso a caso, com as
autoridades de saúde dos estados e municípios. Desse total, 24 já foram
descartados ou excluídos para suspeitos do novo coronavírus.
Somente 9 casos permanecem em
investigação para doença em Minas Gerais (1), Rio de Janeiro (1), Santa
Catarina (2), São Paulo (3), Paraná (1) e Ceará (1). São pessoas que
apresentaram febre e, pelo menos um sinal ou sintoma respiratório, e viajaram
para área de transmissão local, a China, nos últimos 14 dias antes do início
dos primeiros sintomas. Os demais não cumpriram a definição de caso, foram
excluídos ou apresentaram resultado laboratorial para outros vírus
respiratórios como o vírus Influenza A/H1N1, Influenza A/H3 e Rhinovirus.
A atualização dos dados pelo
Ministério da Saúde ocorrerá uma vez ao dia por meio de coletivas de imprensa
que acontecerão às 16h, com transmissão online nas redes sociais da pasta. Os
dados de casos suspeitos e outras informações serão atualizadas pelo órgão
federal, de acordo com os dados repassados pelos estados e municípios.
BRASIL ESTÁ PREPARADO
Apesar do cenário de alerta
global, o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson
de Oliveira, reforçou que o Brasil está preparado para atender situações de
emergência e que os laboratórios centrais e de referência do Brasil estão aptos
para realizar os testes e definir diagnósticos. “Temos laboratórios
qualificados para os testes, capazes de olhar para eventos do passado como
experiência para lidar com esse contexto epidemiológico. Temos total capacidade
de responder à situação”, afirmou o secretário de Vigilância em Saúde do
Ministério da Saúde, Wanderson de Oliveira, ao lembrar que o sistema de
vigilância do Brasil é referência para outros países da América Latina.
O secretário-executivo do
Ministério da Saúde, João Gabbardo, destacou que testes que incluem técnicas de
detecção do genoma viral são realizados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz-RJ)
e que outros laboratórios de referência como o Instituto Adolfo Lutz, em São
Paulo, e o Instituto Evandro Chagas (IEC), no Pará, estão sendo preparados para
esta finalidade. “Nosso sistema de vigilância está em construção para
identificar com precisão o novo coronavírus. Além disso, temos hospitais de
referência, com ampla capacidade de atendimento, que seguem protocolos do plano
de contingência alinhado às realidades de cada estado do país”, disse.
Por Vanessa Aquino, da Agência Saúde
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