Os estudos devem ter parceria
com pelo menos um pesquisador proveniente de algum país dos BRICS. Os
resultados da iniciativa brasileira podem contribuir para intervenções nos
sistemas de saúde do bloco
O Ministério da Saúde abriu,
nesta segunda-feira (30), chamada pública para seleção de projetos de pesquisa
para o combate à tuberculose no âmbito dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China
e África do Sul). A ideia é apoiar projetos e pesquisas que tenham como
objetivo contribuir significativamente para o desenvolvimento científico,
tecnológico e na inovação do Brasil na área. Os projetos devem focar no
desenvolvimento de novas intervenções e esquemas terapêuticos, além de novos
métodos de diagnóstico e acesso ao tratamento da doença que sirvam como
instrumento para os cinco países.
Para o financiamento das
pesquisas, o Ministério da Saúde do Brasil está investindo R$ 16 milhões.
Os estudos devem apresentar parceria com pelo menos um pesquisador
proveniente de algum país dos BRICS. Os resultados da iniciativa brasileira podem
contribuir para intervenções nos sistemas de saúde do bloco. Cada proposta de
projeto de pesquisa deve apresentar valores entre R$ 2 a R$ 8 milhões e deve
ser executada em até três anos. Podem participar pesquisadores com título de
doutor ou livre docência, com o currículo lattes atualizado e vinculados à
Instituição Científica, Tecnológica e de Inovação (ICT). O prazo de submissão
dos trabalhos é até o dia 30 de março de 2020.
“A definição das linhas de
pesquisas para tuberculose que constam nesta chamada pública foram subsidiadas
pela Agenda de Prioridades de Pesquisa do Ministério da Saúde ( APPMS) e
validadas com o Plano Nacional de Controle da Tuberculose, que visa atender às
principais necessidades da população brasileira”, apontou a diretora do Departamento
de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos
Estratégicos do Ministério da Saúde, Camile Sachetti.
SOBRE A TUBERCULOSE
A tuberculose segue como um
grave problema de saúde pública no mundo. Segundo a Organização Mundial da
Saúde (OMS), é a doença infecciosa de agente único que mais mata no mundo,
superando o vírus HIV. Em 2016, 10,4 milhões de pessoas adoeceram de
tuberculose no mundo, e cerca de 1,3 milhão de pessoas morreram em decorrência
da doença. O Brasil tem conseguido avanços significativos no cuidado e
tratamento da tuberculose. O país atingiu as Metas dos Objetivos do
Desenvolvimento do Milênio (ODM) de enfrentamento à tuberculose, que previa
reduzir, até 2015, o coeficiente de incidência e de mortalidade da doença em
50% quando comparado com os resultados de 1990.
Neste ano, o Brasil está na
presidência pró-tempore dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do
Sul) – grupo de países formado por economias emergentes. E, assim, também
preside a Rede de Pesquisa em Tuberculose, criada em 2017, no âmbito dos BRICS,
com o objetivo de aumentar a colaboração entre os cinco países, que são
responsáveis por aproximadamente 40% da carga de Tuberculose do mundo. Durante
este mandato brasileiro, o Ministério da Saúde tem buscado fortalecer a atuação
dos pesquisadores e dos países para o avanço e desenvolvimento de iniciativas
inovadoras em tuberculose.
“Não há nada mais trágico do
que um vasto potencial de diagnóstico e de medicamentos ainda estar em
depósitos e prateleiras, ao invés de à disposição da população para salvar
vidas. Vamos continuar a falar em voz alta que precisamos aumentar em escala
nossos investimentos em novos diagnósticos, medicamentos e vacinas, garantindo
que sejam acessíveis para todos”, afirmou o Ministro da Saúde Luiz Henrique
Mandetta.
Da Agência Saúde
Com informações do
Nucom/SCTIE
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