Destaques

segunda-feira, 27 de junho de 2022

Vinte anos da Política Nacional de Enfrentamento das Hepatites Virais é tema de seminário

Encontro vai reavaliar as estratégias voltadas para a eliminação das hepatites até 2030

Com o objetivo de avaliar a trajetória e os avanços dos 20 anos da política brasileira de enfrentamento das hepatites virais, o Ministério da Saúde realiza, entre os dias 29 de 30 de junho, um seminário para debater o tema. De maneira conjunta com diversos atores e instâncias do Sistema Único de Saúde (SUS), o encontro vai realizar uma reavaliação das estratégias para a eliminação das hepatites até 2030.

O seminário tem como público-alvo os gestores dos programas de hepatites virais, as Sociedades Brasileiras de hepatologia, infectologia, nefrologia e medicina de família e comunidade, além de demais interessados na temática.

Dentre os temas dos debates, estão questões como as estratégias de enfrentamento às hepatites virais e o compartilhamento do cuidado da doença, ampliando acesso para alcançar a eliminação do agravo e o panorama recente acerca das hepatites virais no Brasil e no mundo.

O evento terá início às 9 horas, com transmissão online pelo site webinar.aids.gov.br e acontece por meio do Departamento das Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde.

Vão participar representantes do Ministério da Saúde, Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (CONASS), Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS), representantes do Conselho Nacional de Saúde (CNS) e de movimentos sociais.

Clique aqui para conferir a programação completa.

Ministério da Saúde

Publicado Manual de Aplicação de Assinatura de Laboratórios Analíticos

Documento traz orientações aos laboratórios analíticos, públicos ou privados, sobre a aplicação visual de assinaturas. Entenda!

A Anvisa acaba de publicar o Manual de Aplicação de Assinatura de Laboratórios Analíticos. O documento objetiva fornecer parâmetros e orientações para que os laboratórios analíticos, públicos ou privados, façam a aplicação visual adequada das assinaturas da Rede Brasileira de Laboratórios Analíticos em Saúde (Reblas), da Rede Nacional de Laboratórios de Vigilância Sanitária (RNLVISA) e dos laboratórios credenciados.

Os laboratórios da Reblas e aqueles credenciados podem exibir o logotipo específico em laudos de análises abrangidas pelos escopos de atuação, bem como em outros documentos do laboratório, desde que relacionados aos escopos habilitados/credenciados. 

Destaca-se que é proibido o uso do logotipo sem a finalidade especificada, estando o autor sujeito a penalidades legais. Acesse os arquivos nas páginas a seguir: Reblas,RNLVISA e laboratórios credenciados.

ANVISA

Anvisa abre prazo para consulta pública sobre o carbendazim

Interessados têm 15 dias para enviar sugestões à proposta de proibição do ingrediente em agrotóxicos no Brasil.

A Anvisa abriu, nesta segunda-feira (27/6), o prazo para enviar contribuições à Consulta Pública (CP) 1099/2022, que propõe a proibição do ingrediente ativo carbendazim em produtos agrotóxicos no Brasil.

O prazo para envio das contribuições será de 15 dias, ou seja, os interessados têm até o dia 11 de julho para enviar suas sugestões.

O prazo reduzido se deve ao fato da necessidade do cumprimento de ordem judicial (Ação Civil Pública 0051862-73.2013.4.01.3400 – 6ª Vara Regional Federal SJDF).

Como participar?

Após a leitura e a avaliação da proposta e dos documentos que embasaram a Agência, as sugestões podem ser enviadas por meio do preenchimento de formulário eletrônico específico.

Depois de preenchido o formulário, será disponibilizado o número de protocolo do registro, sendo dispensado o envio postal ou protocolo presencial de documentos em meio físico.

Destaca-se que as colaborações recebidas são consideradas públicas e estarão disponíveis a quaisquer interessados no menu “resultado” do formulário eletrônico, inclusive durante o processo da consulta.

Aqueles que não têm acesso à internet também podem participar. Nesse caso, as sugestões devem ser enviadas por escrito para: Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Gerência de Monitoramento e Avaliação do Risco – Gemar/GGTOX – SIA, Trecho 5, Área Especial 57, Brasília-DF, CEP 71.205-050. Excepcionalmente, contribuições internacionais poderão ser encaminhadas em meio físico para o mesmo endereço, mas direcionadas especificamente à Assessoria de Assuntos Internacionais (Ainte).

Após o término da consulta pública, as contribuições enviadas serão analisadas e o resultado será disponibilizado no portal da Anvisa. Se necessário, a Agência poderá se articular com órgãos e entidades envolvidos com o assunto, bem como aqueles que tenham manifestado interesse no tema, para subsidiar posteriores discussões técnicas e a deliberação final da Diretoria Colegiada.

Qual é a proposta?

A Anvisa iniciou o processo de reavaliação toxicológica do ingrediente ativo carbendazim em 2019, por meio do Edital n. 1, de 19 de dezembro de 2019, em razão das suspeitas de mutagenicidade, de carcinogenicidade, de toxicidade reprodutiva e de toxicidade para o desenvolvimento.

O carbendazim foi submetido a uma reavaliação, que concluiu que a substância apresenta propriedades toxicológicas que, segundo a legislação brasileira, são proibitivas para o registro de agrotóxicos. Tais características englobam o potencial de causar mutagenicidade, toxicidade para a fisiologia reprodutiva e toxicidade para o desenvolvimento embriofetal e neonatal, e a impossibilidade de determinação de limiares seguros de exposição humana para esses desfechos toxicológicos.

Portanto, está sendo proposta uma Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) da Anvisa que determina a proibição da produção, da importação, da exportação, da comercialização e do uso do ingrediente ativo de agrotóxico carbendazim, seus produtos técnicos e formulados.

Além disso, houve determinação judicial proferida nos autos da Ação Civil Pública 0051862-73.2013.4.01.3400, para que a Anvisa proceda a essa reavaliação no prazo máximo de 60 dias contados da sua intimação, ocorrida em 10/6/2022.

Vale destacar que a proposta de RDC é resultado da avaliação técnica feita por técnicos da Agência, com base nas evidências científicas mais atuais sobre o carbendazim. Ao todo, o processo contou com nove pareceres da Anvisa, os quais também estão disponíveis para consulta no portal da Agência.

Além dos estudos publicados sobre a substância em questão, a Anvisa também analisou uma série de dados nacionais sobre agrotóxicos. Entre as informações avaliadas, estão os dados do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos – PARA referentes ao período de 2013 a 2018 e dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Dados sobre o monitoramento de água para consumo humano no Brasil produzidos entre 2014 e 2019 também fizeram parte do esforço para entender o real risco do carbendazim para seres humanos no Brasil.

Acesse a Consulta Pública (CP) 1099/2022 e dê sua contribuição.

ANVISA

domingo, 26 de junho de 2022

Colaboração internacional com foco no paciente


Esta semana, o podcast Health Innovation aborda o ICH, fórum que atua na otimização do desenvolvimento e a aprovação de medicamentos.

Desde 2019, o Brasil é parte do Comitê Gestor do ICH, International Council for Harmonisation of Technical Requirements for Pharmaceuticals for Human Use ou, em português, Conselho Internacional de Harmonização de Requisitos Técnicos para Produtos Farmacêuticos de Uso Humano. Este é o fórum anual que atua na produção de critérios para a aprovação de medicamentos. A participação do Brasil pode trazer benefícios para a população, pois, quando os requisitos científicos de um medicamento são os mesmos entre os países, mais simples é o processo de implementação de medicamentos e menor é a carga administrativa para que as substâncias alcancem mais pacientes.

Nesse episódio, Laura Murta, Camila Pepe e Jonas Sertório convidam o Gerente-Geral de medicamentos e produtos biológicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Gustavo Mendes, para discutirem os benefícios da participação do órgão no fórum internacional.

Esse podcast é um oferecimento da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein.

https://anchor.fm/mittechreviewbrasil/episodes/Colaborao-internacional-com-foco-no-paciente-e1kbhdb/a-a85gvc

Comissão aprova proposta que prevê repasses específicos para combate ao câncer nos gastos da saúde

Projeto altera lei que trata dos valores mínimos a serem aplicados em ações e serviços públicos de saúde

Hélia Scheppa/Governo de Pernambuco


Para autores, o câncer precisa ser tratado no sistema público como prioridade absoluta

A Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei Complementar (PLP) 63/22, que determina a criação de dotação própria e específica destinada à Política Nacional do Câncer, a ser incluída na lista de recursos mínimos para despesas com ações e serviços públicos de saúde.

O relator no colegiado, deputado Luiz Lima (PL-RJ), recomendou a aprovação. “O câncer é um dos maiores problemas de saúde pública, levando a mais de 200 mil mortes por ano no País, e muitos desses óbitos poderiam ser evitados com uma política robusta de combate à doença”, afirmou.

O texto aprovado insere dispositivo na Lei Complementar 141/12, que trata, entre outros itens, dos valores mínimos a serem aplicados anualmente em ações e serviços públicos de saúde (União, estados, Distrito Federal e municípios).

Segundo os autores da proposta, os deputados Silvia Cristina (PL-RO) e Weliton Prado (Pros-MG), o objetivo é preencher lacuna na lei. “O câncer é uma doença quase tão mortal quanto a Covid-19 e precisa ser tratado no âmbito dos órgãos públicos como uma prioridade absoluta”, afirmaram.

Tramitação
O projeto ainda será analisado pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois seguirá para o Plenário.

Reportagem – Ralph Machado
Edição – Roberto Seabra

A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara Notícias'.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

sábado, 25 de junho de 2022

Comissão aprova proposta que visar aumentar participação da comunidade na gestão do SUS

Projeto condiciona repasses do Fundo Nacional de Saúde à existência de uma carta de serviços aos usuários e de uma ouvidoria pública

A Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 9226/17, o qual prevê que estados, municípios e o Distrito Federal elaborem carta de serviços aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) e mantenham ouvidoria pública para terem direito de receber recursos do Fundo Nacional de Saúde (FNS).

Apresentado pela deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e outros, o texto acrescenta dispositivos à Lei 8.142/90, que trata da participação da comunidade na gestão do SUS. Essa lei hoje já prevê que os entes federados contem com: Fundo de Saúde; Conselho de Saúde; plano de saúde; relatórios de gestão; contrapartida de recursos para a saúde no respectivo orçamento; e comissão de elaboração do plano de carreira, cargos e salários.

Billy Boss/Câmara dos Deputados


Padilha: vai ser importante exigir a carta de serviços

Conforme a proposta, as novas obrigações valerão também para os hospitais federais sob responsabilidade do Ministério da Saúde. O parecer do relator, deputado Alexandre Padilha (PT-SP), foi favorável ao projeto.

“Após quase três décadas de construção e estruturação do Sistema Único de Saúde, já parece ser hora de ambicionar mais e de dar à população meios de cobrar mais”, disse. “Condicionar os repasses do Fundo Nacional de Saúde à existência de uma carta de serviços aos usuários e de uma ouvidoria pública é um bom passo nessa direção”, completou.

Carta de serviços
Pelo texto, a carta de serviços deverá conter informações claras e precisas em relação aos serviços de saúde prestados no âmbito de atuação do estado ou município, apresentando, por exemplo, informações sobre:
– requisitos e documentos necessários para acessar o serviço de saúde, inclusive horário de funcionamento das unidades de saúde e a escala de trabalho dos profissionais;
– previsão do tempo de espera para atendimento;
– locais e formas de o usuário apresentar denúncia sobre possíveis irregularidades identificadas.

A carta deverá ser atualizada periodicamente e deverá ser publicada no sítio eletrônico do estado, do Distrito Federal ou do município e de suas respectivas secretarias de Saúde, bem como deverá será disponibilizada em meio físico nas unidades.

Ouvidoria
Já a ouvidoria deverá ser um espaço obrigatório de diálogo institucional direto entre o Estado e os cidadãos, com competência para viabilizar a resolução de problemas.

Pelo projeto, as ouvidorias públicas deverão ter autonomia administrativa para o exercício de suas atribuições. Os ouvidores deverão ser servidores públicos efetivos e exercerão mandatos de dois anos em regime de dedicação exclusiva, admitida uma única recondução.

O resultado das avaliações feitas pelas ouvidorias públicas também deverá ser tornado público no sítio eletrônico do estado, do Distrito Federal ou do município, bem como ser disponibilizado em meio físico nas unidades de saúde.

Tramitação
A proposta será analisada em caráter conclusivo pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei

Reportagem - Lara Haje
Edição - Ana Chalub

A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara Notícias'.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Comissão debate venda em supermercados de medicamentos isentos de prescrição

Medida está prevista em projeto de lei que está em análise na Câmara

Billy Boss/Câmara dos Deputados


Adriana Ventura é relatora de proposta sobre o assunto

A Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados promove audiência pública nesta terça-feira (28) sobre a venda de medicamentos isentos de prescrição em supermercados. O pedido para o debate foi apresentado pela deputada Adriana Ventura (Novo-SP), relatora do Projeto de Lei 1774/19, que prevê essa medida, em discussão na comissão.

Foram convidados para a audiência pública, entre outros:

  • o presidente do conselho consultivo da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para o Autocuidado em Saúde (Acessa), Jorge Raimundo;
  • o presidente da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad), Leonardo Miguel Severini;
  • a integrante do conselho diretor do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) Marilena Lazzarini;
  • representantes da Associação Brasileira do Comércio Farmacêutico (Abcfarma); da Associação Brasileira de Rede de Farmácias e Drogarias (Abrafarma); da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); do Conselho Federal de Farmácia (CFF); e do Ministério da Economia.

Confira a lista completa de convidados.

A reunião ocorre às 9h30, no plenário 7, com transmissão interativa pelo e-democracia.

Da Redação - GM

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Fonte: Agência Câmara de Notícias

sexta-feira, 24 de junho de 2022

Conexão Brasília com o jornalista Olho Vivo Edmar Soares

24.06.2022

- Grupo de trabalho da Câmara vai analisar nova legislação sobre cobertura obrigatória de planos de saúde

Operadoras só estão obrigadas a cumprir as terapias incluídas em lista da Agência Nacional de Saúde Suplementar

* A Câmara dos Deputados criou um grupo de trabalho para analisar uma nova legislação sobre a cobertura obrigatória de tratamentos por planos de saúde. Desde que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que as operadoras só estão obrigadas a cumprir as terapias incluídas em lista da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), diferentes deputados têm apresentado propostas para reverter os efeitos da decisão.

*O grupo de trabalho será coordenado pelo deputado Cezinha de Madureira (PSD-SP) e relatado pelo deputado Hiran Gonçalves (PP-RR). São, no total, 15 integrantes, que têm 90 dias, prorrogáveis por igual período, para concluir os trabalhos.

Poderão ser realizadas audiências públicas e reuniões com órgãos e entidades da sociedade civil organizada, bem assim com profissionais da área

da saúde, juristas e autoridades.

* A decisão de criar o grupo foi anunciada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), em Plenário na terça-feira (21).

- STJ rejeita pedidos de Arruda para suspender condenações e mantém inelegibilidade

O ex-governador José Roberto Arruda tentou mais uma vez, sem sucesso, suspender condenações por improbidade administrativa

* O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Gurgel de Faria rejeitou, nesta quarta-feira (22/6), os pedidos do ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda (PL) para suspender duas condenações por improbidade administrativa por prescrição. Assim, Arruda permanece inelegível.

* Gurgel entendeu que o STJ não tem competência para determinar a suspensão, já que esse mesmo pedido foi objeto de um outro processo que está sobrestado por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF).

Em abril deste ano, o ministro do STF Alexandre de Moraes determinou suspensão do prazo prescricional nos processos de repercussão geral reconhecidos com o mesmo tema. Assim, o caso só pode ser analisado após nova decisão da Suprema Corte.

- Reguffe fará anúncio sobre candidatura hoje

* Hoje é o dia de definição sobre o destino do senador José Antônio Reguffe (União-DF) nas eleições. Ele mantém a decisão em sigilo e até desconversa quando é questionado por políticos e estrategistas de campanha. Mas, como a coluna mostrou no último domingo, Reguffe vai anunciar pré-candidatura ao Palácio do Buriti. Ontem, ele divulgou nas redes sociais que fará um anúncio nesta sexta-feira, às 15h. O pronunciamento será transmitido pelo Instagram, YouTube e Facebook.

* A candidatura ao Palácio do Buriti é o que esperam aliados e eleitores do senador José Antônio Reguffe (UB-DF). É o caminho natural para quem foi campeão de votos nas duas últimas eleições que disputou. Em 2010, Reguffe teve 266.465 votos, o equivalente a 18,95% dos votos válidos. Foi proporcionalmente o deputado mais votado do país naquele pleito. Em 2018, teve mais votos que o governador eleito, Rodrigo Rollemberg (PSB). Foram 826.576 votos.

* Comentário de um importante integrante do PDT sobre a possibilidade de a senadora Leila Barros (PDT-DF) desistir da pré-candidatura ao governo para apoiar Reguffe: “No que depender dela e do PDT, é irreversível. Todas as chances foram dadas ao Reguffe de construir essa aliança, e ele não se posicionou. Mas as convenções começam mês que vem, e tudo pode mudar”. Ou seja, tudo pode acontecer.

- Petrobras: conselho se reúne e estatal pode ter hoje seu quinto presidente em menos de 2 anos

Comitê de Elegibilidade (Celeg) analisa nesta sexta indicação de Caio Paes de Andrade para comandar a empresa e envia aval ao conselho, que se reúne em seguida para aprovar e empossar executivo

* A Petrobras pode ter hoje seu quinto presidente desde fevereiro do ano passado. O Comitê de Elegibilidade (Celeg) da estatal se reúne na tarde desta sexta-feira para deliberar sobre a indicação de Caio Paes de Andrade para comandar a companhia.

Segundo fontes, a chamada "conformidade" foi positiva. O Celeg é parte do Comitê de Pessoas (Cope) da Petrobras, responsável por analisar informações e requisitos dos indicados pelo governo para exercer cargos na estatal. Após o comitê se reunir, a decisão será enviada ao Conselho de Administração.

- Moraes trava indicações de Bolsonaro para os Tribunais Regionais Eleitorais

O ministro Alexandre de Moraes, vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), tem travado de maneira habitual os julgamentos sobre o encaminhamento das indicações de nomes para os Tribunais Regionais Eleitorais ao Executivo. Na sessão plenária de quinta-feira (23) o ministro pediu vista de mais um processo com indicações da lista tríplice para o TRE do Distrito Federal.

Logo após o relator do processo, ministro Benedito Gonçalves, votar de forma favorável pelo encaminhamento da lista tríplice ao Executivo, o presidente do TSE, Edson Fachin, antecipou a decisão de Moraes. “Creio que haverá, da parte do ministro Alexandre, pedido de vista antecipada”, o que acabou se confirmando. “Eu já havia pedido vista de outras listas tríplices e peço vista dessa também. Antecipo a vista”, respondeu Moraes. O ministro já havia tomado a mesma decisão nas indicações para o TRE do Espírito Santo e do Mato Grosso.

- Governo quer aumentar Auxílio Brasil para R$ 600 para aliviar efeitos da inflação

Planalto busca alternativas de benefícios sociais também para amenizar as consequências do aumento no preço do combustível no bolso do consumidor

* O Governo Federal pretende elevar o Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600. O Congresso e o Planalto agora estudam soluções para colocar o novo valor do benefício em prática a 4 meses das eleições. O líder do governo no Senado, o senador Carlos Portinho (PL), teme que aos governadores não apoiem a ideia de zerar o ICMS dos combustíveis e então receber uma compensação da União desta renúncia de receita, e com base nisso os parlamentares buscam outras alternativas de benefícios para aliviar os efeitos da inflação no bolso do consumidor. Neste sentido, o governo gostaria de incluir no texto desta PEC, que ainda será votada, a possibilidade de um incremento no valor pago pelo Auxílio Brasil. Também existe a intenção de dobrar o valor pago no vale gás para que ele ultrapasse os R$ 100, quantia que é paga a cada dois meses para as famílias beneficiárias. O Planalto também quer criar um auxílio para os caminhoneiros com um pagamento no valor de R$ 1 mil.

- Bolsonaro sanciona redução de ICMS de combustíveis com vetos a garantia ao Fundeb

Veto ao trecho que garante repasse mínimo constitucional de recursos à educação, à saúde e ao Fundeb deve causar reação do Congresso

* O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), sancionou nesta quinta-feira (23) o projeto de lei que estabelece um teto para o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis, com uma série de vetos ao modelo de compensação financeira aos estados devido à limitação da alíquota do imposto.

Um dos vetos que mais devem causar reação do Congresso Nacional é o do trecho que garante o repasse mínimo constitucional de recursos à educação, à saúde e ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) se comparado com a situação em vigor antes da lei.

* O projeto aprovado pelo Congresso previa que a União compensaria os demais entes da Federação para que esses mínimos constitucionais tivessem os mesmos recursos de antes. Previa ainda que os estados, o Distrito Federal e os municípios beneficiários da compensação financeira pela União devessem manter a execução proporcional desses gastos mínimos constitucionais.

Resumo de sexta, 24 de junho de 2022 -Edição de Chico Bruno

Manchetes 

Valor Econômico – Bolsonaro planeja aumentar Auxílio Brasil para R$ 600

O GLOBO – Planalto dribla lei eleitoral e decide elevar Auxílio Brasil

O ESTADO DE S.PAULO – Delegado da PF vê interferência em operação; prisão é revogada

FOLHA DE S.PAULO – Lula tem 47%, e Bolsonaro marca 28%, aponta Datafolha

CORREIO BRAZILIENSE – Brasilienses “moram” na fila para serem atendidos no Cras

Destaques de primeiras páginas, fatos e bastidores mais importantes do dia

Bondade eleitoreira com prazo de validade - O governo de Jair Bolsonaro decidiu elevar de R$ 400 para R$ 600 o valor mínimo do Auxílio Brasil, numa decisão apressada pela crise gerada com a investigação do ex-ministro Milton Ribeiro por suspeita de corrupção. Para contornar a legislação eleitoral, que proíbe aumento de benefícios sociais em anos de disputa, o governo incluirá na PEC dos Combustíveis, que prevê, ainda, dobrar o valor do vale-gás e um voucher R$ 1 mil mensais para caminhoneiros. Especialistas afirmam que a medida pode criar um impasse jurídico e ser contestada.

Interferência política - O delegado Bruno Calandrini, responsável pela investigação que levou à prisão o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro e e pastores ligados ao ‘gabinete paralelo’ instalado na pasta – caso revelado pelo Estadão – denunciou suposto ‘tratamento privilegiado concedido’ pela Polícia Federal ao aliado do presidente Jair Bolsonaro. Em mensagem de agradecimento enviada à equipe que participou da Operação Acesso pago nesta quarta-feira, 22, Calandrini disse não ter ‘autonomia investigativa e administrativa para conduzir o inquérito policial do caso com independência e segurança institucional’. As informações sobre a mensagem do delegado Bruno Calandrini foram divulgadas pelo jornal Folha de S. Paulo. A reportagem do Estadão também teve acesso à íntegra da carta do delegado apontando ingerências na investigação que pegou o ex-ministro. O ex-ministro da Educação Milton Ribeiro deixou, ontem, a Superintendência da Polícia Federal, em São Paulo, onde estava preso desde a quarta-feira. A soltura dele foi determinada pelo desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1). O magistrado também ordenou a libertação de mais quatro investigados na Operação Acesso Pago: os pas[1]tores Gilmar Santos e Arilton Moura e os ex-assessores Helder Diego da Silva Bartolomeu e Luciano de Freitas Musse. Todos estavam detidos preventivamente por suspeita de envolvimento em um esquema de propina no Ministério da Educação.

Lula mantém distância - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) derrota seus principais adversários nas simulações de segundo turno feitas pelo Datafolha em sua nova pesquisa sobre a corrida eleitoral deste ano. Se enfrentar o presidente Jair Bolsonaro (PL), o petista ganha por 57% a 34%, números semelhantes aos levantados pelo instituto em 25 e 26 de maio (58% e 33%, respectivamente). Seguem sendo 8% os brancos e nulos. A margem de erro da pesquisa, contratada pela Folha e registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o número 09088/2022, é de dois pontos para mais ou menos. Nesta rodada, realizada nos dias 22 e 23 de junho, Lula tem 47% das intenções de voto para o primeiro turno, ante 28% de Bolsonaro e 8%, de Ciro Gomes (PDT). A cristalização do cenário eleitoral a 100 dias do pleito é vista por políticos como uma confirmação do caráter de segundo turno antecipado que se formou, embora ainda haja bastante chão pela frente. Para ganhar no primeiro turno, é necessário que o candidato some 50% dos votos válidos mais um. Lula tem 53%, ou seja, no mínimo 51% segundo a margem de erro. Já se o adversário de Lula numa segunda rodada for Ciro, que foi seu ministro nos anos 2000, o petista ganha por 53% a 31% (eram 55% a 29% em maio), com um índice de brancos e nulos de 14% (eram 15%). O pedetista segue à frente de Bolsonaro no embate direto também, derrotando o presidente por 51% a 37% num eventual segundo turno (52% a 36% na pesquisa anterior), com 11% de brancos/nulos (eram 10%). O Datafolha ouviu 2.556 pessoas. ​

Filas da vida - Para ver de perto a via-crúcis que pessoas em situação de vulnerabilidade enfrentam na tentativa de conseguir benefícios do governo do Distrito Federal, a reportagem do Correio foi a quatro regiões onde funcionam unidades do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e ouviu relatos de humilhação e revolta de quem precisa madrugar nas filas. Para isso, muitas delas levam colchão, lençóis, lona, cadeira e, à noite, fazem fogueira para suportar o frio. Como Edilene Miranda, 26 anos, uma das cerca de 10 mulheres acampadas em frente ao Cras da Estrutural. O caso dela é emblemático: desempregada, separada e morando de favor numa chácara, Edilene vive de bicos e deixa os filhos na escola para passar o dia e a noite na fila. “Depois que me separei, vim buscar ajuda do governo para conseguir me reerguer. Não tenho benefício nenhum. A única coisa que eu pegava era o auxílio emergencial”, diz. “É humilhante passar por isso”, desabafa.

Nova proposta do governo contra inflação gera troca de acusações entre senadores - A ideia do governo de aproveitar a PEC dos Estados para aumentar o valor do Auxílio Brasil virou motivo de discussão entre senadores em reunião ontem. A PEC nasceu da iniciativa do governo de reduzir tributos de combustíveis, acreditando que, com isso, os preços baixariam e Jair Bolsonaro lucraria eleitoralmente. Mas, na reunião, o líder do governo, Carlos Portinho (PL-RJ), expôs o receio de que a redução não surta efeito e colocou a culpa nos governadores e na Petrobras. Senadores do centro e da oposição se rebelaram. Afirmaram que haviam votado com o governo, comprando brigas a contragosto com governadores, e que, ainda assim, o governo não havia encontrado uma saída contra a inflação, o que sugere improviso.

Juiz diz ter recebido centenas de ameaças - O juiz Renato Borelli, da 15ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal, recebeu “centenas de ameaças” de apoiadores do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, contra quem o magistrado expediu ordem de prisão preventiva anteontem. A decisão se deu na investigação sobre o “gabinete paralelo” instalado no MEC com favorecimento de pastores na distribuição de recursos públicos – o caso foi revelado pelo Estadão. Segundo a Justiça Federal do DF, já foram encaminhados pedidos de investigação para a Polícia Federal (PF). O órgão não detalhou de que modo se deram as ameaças. Bolsonaristas recuperaram ontem uma decisão de Borelli, proferida em junho de 2020, para tentar atacar a ordem de prisão de Ribeiro. Na ocasião, Borelli determinou que o presidente Jair Bolsonaro fosse obrigado a usar máscara nos espaços públicos de Brasília, sob pena de pagar multa diária – decisão que foi derrubada pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região dois dias depois. Mensagens publicadas por aliados do presidente insinuam que o juiz teria alguma motivação ideológica para perseguir o presidente, mas o histórico de decisões de Borelli não atesta essa tese.

Para além da soltura - De posse do mandado de segurança concedido pelo desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, a defesa do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro pretende vasculhar os autos para saber se há prefeitos sob investigação na “Acesso Pago”, que levou o ex-ministro e pastores para a cadeia. É que, se houver gestores municipais no inquérito, o caso deve ficar a cargo do Tribunal Regional Federal (nessa situação específica, o TRF-1), porque é a instância que cabe tratar de processos envolvendo prefeitos no exercício do cargo. Na advocacia, há quem diga que, se o juiz Renato Borelli não deu acesso aos autos, o que foi considerado um erro, pode também estar com os prefeitos sob sua mira, extrapolando a sua competência. Até aqui, o juiz não deu sinais de que está investigando prefeitos.  Vale lembrar que, a questão da competência para investigar foi o que levou o caso do ex-presidente Lula à estaca zero, antes de o Supremo Tribunal Federal julgar a suspeição do ex-juiz Sergio Moro.

CPI da Educação avança - Após a prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, a CPI do MEC atingiu 28 assinaturas — uma mais do que o número necessário para sua instalação no Senado. De acordo com o líder da oposição, senador Randolfe Rodriguês (Rede-AP), a lista só será encaminhada ao presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), após atingir ao menos de 30 assinaturas. Pacheco, por sua vez, vem manifestando resistência à CPI. Cabe a ele determinar a abertura da investigação. Os senadores Alessandro Vieira (PSDB-SE) e Randolfe se empenharam na coleta de assinaturas desde a quarta-feira e, nesta quinta-feira, conseguiram o mínimo de um terço do Senado. O 27ª senador a assinar a lista foi Giordano (SP). Pouco depois, o senador Izalci Lucas (PSDB-DF) também deu o aval para a abertura da comissão. Nesta quarta-feira, Pacheco disse que a proximidade da eleição prejudica a instalação da CPI, já que "é uma investigação isenta, que tem um tempo necessário, a própria composição dela, com todos os senadores dedicados na comissão parlamentar de inquérito". Em resposta à declaração do presidente do Senado, Randolfe afirmou que a CPI deve ser priorizada pelos senadores que façam parte do colegiado, caso ele venha a ser aberto. Por causa disso, o senador, que é um dos coordenadores da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou que abre mão de fazer parte da coordenação. — Será incompatível ter as duas funções: estar atuando em uma campanha eleitoral e, ao mesmo tempo, ser membro da CPI. É uma escolha futura que terei de fazer, sobre [ser] um ou outro — disse Randolfe, que também afirmou: — Qualquer outra função, atuar em campanha, é secundária diante da condição de senador. Ser senador é o nosso mister [principal ofício].

Urna eletrônica é aberta pela primeira vez em uma rede social - Em mais uma ação de combate à desinformação, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) publicou em seu perfil na plataforma Kwai vídeos em que uma urna eletrônica foi aberta e mostrada por dentro. Os cinco vídeos foram publicados nesta quinta-feira (23), a cem dias das eleições. Neles, o coordenador de Tecnologia Eleitoral do TSE, Rafael Azevedo, abre a urna, explica como ela é montada, quais itens a integram, qual a funcionalidade de cada um deles, e outros detalhes. A urna eletrônica vem sendo atacada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados há meses. Por conta das informações falsas divulgadas, o presidente está respondendo a um inquérito no STF (Supremo Tribunal Federal). Como parte desse esforço de dar legitimidade ao processo eleitoral, será lançado também um hotsite com detalhes do equipamento, explicando como a engrenagem foi desenvolvida para atender à realidade brasileira. Uma página especial no Kwai com a tag #DeOlhonaUrna vai reunir as publicações dessa ação e encaminhar para o hotsite. O Kwai chegou ao Brasil em 2019 e tem, hoje, mais de 45 milhões de usuários ativos na média mensal, com maior presença entre os maiores de 25 anos. É de origem chinesa e compete com o TikTok.

Bolsonaro diz que 'exagerou' sobre botar cara no fogo por Milton - O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quinta-feira (23) que "exagerou" ao afirmar que botaria a "cara no fogo" pelo ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, que foi preso na quarta (22), mas solto nesta quinta (23) por decisão da Justiça. Apesar disso, o chefe do Executivo mudou mais uma vez de tom, defendeu Ribeiro e criticou a prisão dele, dizendo que ela foi determinada por um juiz que já deu outras decisões contrárias ao governo e que tenta "desgastar" sua gestão. Bolsonaro disse que não havia "materialidade" para a prisão e afirmou que "continua acreditando" no ex-ministro. "Eu falei lá atrás que botava a cara no fogo por ele. Eu exagerei, mas boto minha mão no fogo pelo Milton, assim como boto por todos meus ministros porque, pelo que conheço deles, vivência e etc, dificilmente alguém vai cometer um ato de corrupção", disse em sua live semanal.

Lula coloca em dúvida necessidade de prisão do ex-ministro - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) colocou em dúvida nesta quinta-feira (23) a necessidade de prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro sob suspeita de comandar um balcão de negócios no MEC. Sem citar o envolvimento de pastores, também presos, Lula se disse defensor do direito à defesa. Segundo ele, que passou 580 dias presos em Curitiba devido a condenação em processo da Lava Jato, "o direito à defesa é um valor monumental da democracia". "A prisão depende de apuração, depende de provas. Você não pode prender porque 'você vai prender', não", afirmou o ex-presidente em entrevista à rádio Difusora, de Manaus. O ex-presidente falou sobre o tema pela manhã, antes de um juiz federal ter determinado a soltura do ex-ministro de Bolsonaro.

Jantar com Moraes e Bolsonaro teve oração e defesa de diálogo - O jantar oferecido pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), pelos 20 anos do ministro Gilmar Mendes no STF (Supremo Tribunal Federal) teve uma oração iniciada pelo colega de tribunal André Mendonça e uma defesa pelo diálogo entre os Poderes feita pelo homenageado da noite. Na quarta-feira (22), Lira reuniu cerca de 40 integrantes dos três Poderes no jantar em homenagem Gilmar realizado na residência oficial da Câmara, em Brasília. O rol de convidados incluiu líderes da oposição, o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ministro Alexandre de Moraes, do STF. Moraes é alvo preferencial do bolsonarismo por relatar investigações que afetam aliados do presidente. Durante o jantar, Moraes e Bolsonaro chegaram a ter um encontro reservado, de cerca de 15 minutos, segundo revelou a coluna da Mônica Bergamo, da Folha. Participantes disseram que o jantar seguiu em clima amistoso. Bolsonaro ficou cerca de duas horas no encontro. Segundo relatos, o presidente cumprimentou todos os presentes, incluindo deputados da oposição que foram convidados. Ao chegar, ainda de acordo com relatos, disse em tom de brincadeira: "Aqui hoje só tem gente boa". Bolsonaro permaneceu na confraternização ao lado dos ministros Ciro Nogueira (Casa Civil) e Anderson Torres (Justiça e Segurança Pública) e do ex-ministro da Defesa Braga Netto, apontado como possível vice na campanha do presidente à reeleição. Braga Netto tem acompanhado o mandatário em eventos políticos. Gilmar fez uma fala ressaltando a importância do diálogo entre os Poderes. Lembrou da experiência de governos anteriores, como os de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Apesar da diferença, disse Gilmar, eles se sentavam à mesa para dialogar. Gilmar também disse, de forma geral, que é importante saber receber críticas e entender as razões de cada um.

Mais um suspeito se entrega - Um dos suspeitos de participação nos assassinatos do indigenista Bruno Pereira, 41, e do jornalista britânico Dom Phillips, 57, no Amazonas, entregou-se à polícia de São Paulo nesta quinta-feira (23). Trata-se de Gabriel Pereira Dantas, que se apresentou à Polícia Militar, foi levado ao 2º Distrito Policial da cidade e acabou preso em seguida. Segundo a polícia, ele admitiu participação no crime. Em seguida, gravou vídeo no qual aponta o seu papel em 5 de junho, data em que Bruno e Dom foram assassinados. Ele diz que apenas ajudou a pilotar o barco dos criminosos —Dantas nega que tenha atuado diretamente tanto nos tiros contra Bruno e Dom como na ocultação dos corpos na mata. "Eu só fiz tirar [os dois corpos do barco], eu fiquei no desespero." Dantas agora será encaminhado para a guarda da Polícia Federal, responsável pela apuração do caso, ao lado da polícia do Amazonas.

Bolsonaro sanciona teto para ICMS sobre combustíveis - O presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionou nesta quinta-feira (23) a lei que fixa um teto para as alíquotas de ICMS sobre combustíveis, energia, transporte e telecomunicações, mas vetou um dispositivo que buscava garantir a recomposição de verbas para saúde e educação em caso de prejuízo a essas áreas devido à perda de arrecadação. O dispositivo foi incluído durante votação do projeto no Senado Federal e foi mantido pela Câmara dos Deputados em meio a alertas de risco ao financiamento das políticas. A mudança, porém, não tinha apoio do governo. "Em que pese o mérito da proposta, a proposição legislativa contraria o interesse público, ao permitir a criação de despesa pública de caráter continuado, diferente das medidas temporárias aprovadas nos outros artigos da mesma proposição", disse o ministério da Economia ao pedir o veto.

Petroleiros tentam barrar nomeação de Paes de Andrade na Petrobras - Petroleiros tentam barrar a nomeação de Caio Paes de Andrade à presidência da Petrobras, alegando que o indicado do presidente Jair Bolsonaro (PL) não preenche os requisitos estabelecidos pela Lei das Estatais para ocupar o cargo. Nesta sexta-feira (24), o comitê interno que analisa as indicações para cargos de chefia na estatal deve concluir parecer sobre Paes de Andrade, e a expectativa é que o conselho de administração se reúna no início da próxima semana para confirmar a nomeação. Em carta ao comitê e membros do conselho, a Anapetro (Associação Nacional dos Petroleiros Acionistas Minoritários da Petrobras) e a FUP (Federação Única dos Petroleiros) fala em "inconsistências para a nomeação" e sugere que Paes de Andrade seja rejeitado. "Caso o nome seja aprovado, [a Anapetro] buscará os meios legais, tanto nos órgãos de controle, como a Comissão de Valores Mobiliários, quanto no Poder Judiciário, para que a decisão seja revista", diz a associação. Representante dos empregados da empresa no conselho de administração da Petrobras, a engenheira Rosângela Buzanelli também divulgou comunicado criticando a indicação. "A única incursão profissional de Caio Paes de Andrade compatível com a função pretendida foi a participação de um ano e meio no conselho da PPSA, estatal brasileira que administra exploração de petróleo", ressalta.

Menina estuprada consegue fazer aborto - O Ministério Público Federal disse nesta quinta-feira (23) que o Hospital Universitário de Florianópolis realizou um aborto na menina de 11 anos estuprada em Santa Catarina. Ela havia sido impedida de acessar o procedimento​ porque a gestação já passava de 22 semanas. Entretanto, não existe na lei essa limitação. Segundo o órgão, a gravidez foi interrompida nesta quarta-feira (22) à noite. A menina caminhava para a 29ª semana de gestação. Na quarta, a Procuradoria expediu uma recomendação ao hospital para que o procedimento fosse garantido a todas as pacientes que procurassem o serviço de saúde nas hipóteses de aborto legal, independentemente da idade gestacional e peso fetal.

Senado aprova projeto das 'boiadinhas' - O Senado aprovou nesta quinta-feira (23) o projeto de lei que isenta o Estado da responsabilidade de fiscalização sanitária do agronegócio e permite que tal atividade seja feita pela iniciativa privada.O texto integra o pacote apelidado por ambientalistas e parlamentares de "boiadinha", grupo de matérias de impacto ambiental que avançam no Senado sem a obstrução ou mesmo com a complacência do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Algumas dessas propostas, incluindo a de agora, driblam a Comissão do Meio Ambiente. A proposta do autocontrole foi votada apenas na CRA (Comissão de Agricultura e Reforma Agrária) e de forma terminativa —o que significa que a já está aprovada mesmo sem passar pelo plenário da Casa ou por outras comissões temáticas, caso não haja objeção nos próximos dias. Ainda podem ser apresentados requerimentos para que o projeto seja remetido ao plenário —isso precisa acontecer nos próximos cinco dias e com no mínimo dez assinaturas. Caso contrário, o projeto, que já passou pela Câmara, segue para sanção da Presidência —que foi a propositora inicial do tema. O texto aprovado permite que a iniciativa privada faça a fiscalização da atividade agropecuária, por exemplo de frigoríficos de carne, atividade que hoje é de responsabilidade do Estado. Na sua justificativa, o governo alega que não tem atualmente os recursos necessários para realizar a fiscalização.

Defesa e Forças Armadas apresentam notícia-crime contra Ciro - O Ministério da Defesa e as Forças Armadas apresentaram uma notícia crime ao procurador-geral da República, Augusto Aras, contra o pré-candidato do PDT à presidência da República, Ciro Gomes, por suposto crime de "Incitar, publicamente, animosidade entre as Forças Armadas, ou delas contra os poderes constitucionais, as instituições civis ou a sociedade”. Segundo a nota divulgada pelo ministério, a motivação da ação foi a entrevista de Ciro à rádio CBN. Na ocasião, o pré-candidato afirmou que Bolsonaro destruiu construções de comando e controle na Amazônia e que isso transformou a região em uma "holding de crime". Ciro também afirmou que o "narcotráfico é claramente protegido por autoridades brasileiras, inclusive as Forças Armadas". Em nota, a Defesa e as Forças Armadas repudiaram as "irresponsáveis" declarações de Ciro Gomes e afirmaram que as "acusações levianas afetam gravemente a reputação e a dignidade" das instituições. "Não é admissível, em um estado democrático, que sejam feitas acusações infundadas de crime, sem a necessária identificação da autoria por parte do acusador e sem a devida apresentação de provas, ainda mais quando dirigidas a Instituições perenes do Estado brasileiro", diz parte da nota, assinada pelo ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, e os comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica.

SUSPENSÃO Pregão Eletrônico - Reagente para diagnóstico clínico 7, tipo: conjunto completo, tipo de análise: qualitativo antígeno coronavírus covid-19, apresentação: teste, método: imunocromatografia

DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO

Publicado em: 24/06/2022 | Edição: 118 | Seção: 3 | Página: 206

Órgão: Ministério da Saúde/Secretaria Executiva/Departamento de Logística em Saúde/Coordenação-Geral de Licitações e Contratos de Insumos Estratégicos para Saúde

AVISO DE SUSPENSÃO

PREGÃO Nº 68/2022

Comunicamos a suspensão da licitação supracitada, publicada no D.O.U em 13/06/2022 . Objeto: Pregão Eletrônico - Reagente para diagnóstico clínico 7, tipo: conjunto completo, tipo de análise: qualitativo antígeno coronavírus covid-19, apresentação: teste, método: imunocromatografia

PATRICIA LUDMILA DE MELLO LIMA

Pregoeira Oficial

(SIDEC - 23/06/2022) 250005-00001-2022NE999999

Este conteúdo não substitui o publicado na versão certificada.

Acréscimo ao quantitativo de Concentrado de Fator de Coagulação, fator VIII recombinante, pó liófilo p/ injetável. MS COMPRA DA HEMOBRÁS NA ÉGIDE DA PDP CON TAKEDA Valor Total: R$ 137.500.000,00

DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO

Publicado em: 24/06/2022 | Edição: 118 | Seção: 3 | Página: 206

Órgão: Ministério da Saúde/Secretaria Executiva/Departamento de Logística em Saúde/Coordenação-Geral de Licitações e Contratos de Insumos Estratégicos para Saúde

EXTRATO DE TERMO ADITIVO Nº 1/2022 - UASG 250005 - DLOG

Número do Contrato: 4/2022.

Nº Processo: 25000.044275/2021-19.

Dispensa. Nº 176/2021. Contratante: DEPARTAMENTO DE LOGISTICA EM SAUDE - DLOG. Contratado: 07.607.851/0002-27 - EMPRESA BRASILEIRA DE HEMODERIVADOS E BIOTECNOLOGIA -. Objeto: Acréscimo ao quantitativo de Concentrado de Fator de Coagulação, fator VIII recombinante, pó liófilo p/ injetável. Vigência: 05/01/2022 a 05/01/2023. Valor Total: R$ 137.500.000,00. Data de Assinatura: 22/06/2022.

(COMPRASNET 4.0 - 22/06/2022).

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