Destaques

terça-feira, 26 de julho de 2016

ANVISA - DICOL PÚBLICA nesta terça-feira(26) 19ª Reunião Ordinária Pública (ROP 19/2016)

Reunião Ordinária Pública da Dicol nesta terça-feira (26/7) discutirá drogas vegetais e produtos de higiene pessoal.

O debate poderá ser acompanhado nesta terça-feira (26/7), a partir das 11h, pela internet a transmissão, em tempo real

Entre os temas que serão debatidos pelos diretores da Anvisa, está a extensão do prazo de contribuições para a Consulta Pública que trata das 56 Monografias de drogas vegetais e derivados da Farmacopeia Brasileira, de trinta para noventa dias.
A Diretoria Colegiada apreciará ainda a proposta de Resolução que dispõe sobre a regularização de produtos de higiene pessoal descartáveis que compreendem as escovas dentais, hastes para higiene bucal, fios e fitas dentais, absorventes higiênicos descartáveis, coletores menstruais e hastes flexíveis, destinados ao asseio corporal.

Assuntos de Regulação:

4.4.2 Relator: José Carlos Magalhães da Silva Moutinho
Processo: 25351.111182/2014-41 Expediente: 636389/16-0
Despacho 41/2016-DP/Gadip Ampliação de prazo da produção compartilhada de soros hiperimunes pelos laboratórios oficiais nacionais.
Aprovado ad referendum pelo Diretor-presidente substituto, José Carlos Magalhães da Silva Moutinho, mediante Despacho 41/2016-DP/Gadip de 28/06/2016. Deliberação RExtra 03/2016: Item mantido em pauta pelo Relator.

DENGUE - CMED FIXA PREÇO FÁBRICA da DENGVAXIA®, VACINA DA SANOFI entre R$ 132,76 e R$ 138,53 dependendo do ICMS local

A dose da vacina da dengue no Brasil, produzida pela empresa Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda., vai custar entre R$ 132,76 e R$ 138,53. Essa é a variação do teto do “Preço Fábrica” (PF), com o qual este produto poderá ser comercializado nas diferentes alíquotas do ICMS vigentes no Brasil. 

A Sanofi-Aventis é, até o momento, a única empresa, no país, com registro de uma vacina contra a dengue, chamada de Dengvaxia®. O tratamento com a vacina inclui três doses, com seis meses de intervalo entre elas. Outras vacinas para a prevenção da dengue ainda estão sendo analisadas pela Anvisa, para que possam ser comercializadas no Brasil com segurança e eficácia. 

Confira o Preço Fábrica (PF) que poderá ser cobrado pela vacina da dengue, de acordo com o ICMS de cada estado:

17% (demais estados)
17,5% (RO)
18% (AM, AP, BA, MA, MG, PB, PE, PR, RN, RS, SE, SP e TO)
20% (RJ)
R$ 132,76
R$ 133,69
R$ 134,63
R$ 138,53

O valor da vacina da dengue foi definido pela Comitê Técnico Executivo da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos - CMED, que é a autoridade brasileira para a regulação de preços de medicamentos. A CMED é composta por representantes dos ministérios da Fazenda, Saúde, Justiça, Desenvolvimento e Casa Civil, sendo que a Anvisa exerce a função de Secretaria Executiva da Câmara.

A Resolução nº 2/2004 da CMED é a norma que define os critérios para precificação de medicamentos no Brasil. Segundo a Resolução, medicamentos novos no mercado brasileiro devem ter seus preços definidos com base em dois critérios: o menor preço internacional entre uma cesta de países listados na norma ou o custo de tratamento com os medicamentos utilizados para a mesma indicação terapêutica.

A vacina contra a dengue da Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda. trouxe um desafio à CMED, pois se trata da primeira vacina desenvolvida contra a doença, ou seja, não há alternativa com a qual possa ser comparada. Além disso, a vacina não foi lançada em nenhum dos países cujos preços são utilizados como referência. Assim, os critérios de precificação estabelecidos pela Resolução CMED nº2/2004 não são aplicáveis à vacina contra a dengue, cujo ineditismo demandou a discussão de um novo racional de precificação entre os membros da CMED.



Norovírus ganha espaço antes ocupado pelo rotavírus

Durante décadas, o rotavírus foi responsável por surtos de infecções gastrointestinais e diarreia, sobretudo em crianças menores de cinco anos. Com o controle baseado em vacinação, este cenário mudou nos últimos anos, abrindo espaço para um vírus menos conhecido: o norovírus. Apesar de ser, hoje, a principal causa das diarreias provocadas por vírus no mundo, pouca gente já ouviu esse nome. Os principais desafios incluem as frequentes mutações genéticas e recombinações do vírus, que possibilitam a uma pessoa se infectar mais de uma vez e dificultam o desenvolvimento de uma vacina. Para entender as origens dos casos de diarreia, pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) têm analisado as cepas do vírus que circulam no Brasil, causando surtos com diferentes proporções.

“Durante muito tempo, a incidência de norovírus esteve associada a ambientes confinados, como creches, asilos ou navios de cruzeiro. Hoje, a transmissão é amplamente distribuída e atinge pessoas de diferentes idades, em diversos locais”, explica o virologista Tulio Machado Fumian, pesquisador do Laboratório de Virologia Comparada e Ambiental do IOC. Um exemplo recente aconteceu em abril, quando mais de quatro mil pessoas foram infectadas na Espanha após o consumo de água mineral contaminada. Também recentemente, o peso financeiro dos surtos foi calculado em uma pesquisa da Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos: os encargos ao redor do mundo podem chegar a US$ 64 bilhões por ano, incluindo gastos de sistemas de saúde e perda de produtividade.

Em pesquisa publicada na revista científica Plos One, os pesquisadores do Laboratório de Virologia Comparada e Ambiental encontraram elevadas taxas de recombinação genética entre os norovírus associados a surtos ocorridos no estado do Rio Grande do Sul, entre 2004 e 2011. Estudo anterior já havia constatado que 45% dos surtos de diarreia identificados na região durante o período foram provocados pelo norovírus – os dados integram a dissertação da estudante Juliana da Silva Ribeiro Andrade, desenvolvida no Programa de Pós-graduação Stricto sensu em Biologia Parasitária do IOC.

Segundo Tulio, as mutações ocorrem quando duas cepas de diferentes genótipos de norovírus estão presentes em um mesmo indivíduo, em uma situação de coinfecção. “O processo de recombinação se desenvolve no interior das células infectadas. Na etapa de replicação viral, dois genótipos diferentes dão origem a uma terceira cepa do vírus”, contextualiza Tulio. Em seguida, esta nova cepa poderá ser transmitida.

No estudo, foram consideradas 38 cepas circulantes no Rio Grande do Sul, responsáveis por surtos de diarreia, obtidas a partir de amostras clínicas de pacientes, incluindo 11 cepas do genótipo GII.4, que é o mais prevalente, além de 27 outras cepas que também circularam na região. Para verificar a presença de eventos de recombinação, foi realizado o sequenciamento genético de todas as amostras. As cepas do tipo GII.4 não apresentaram recombinação genética. Já entre as 27 amostras dos outros tipos circulantes do norovírus, 23 foram identificadas como cepas recombinantes. Isso significa que, em 85% dos casos, o vírus causador do surto foi derivado da combinação anterior de dois genótipos diferentes que se ‘encontraram’ em um mesmo paciente, gerando uma versão recombinante. “Até o momento, havia uma lacuna de informação no que diz respeito à circulação de cepas recombinantes na população brasileira, com apenas um registro anterior no Norte do país. Vimos que esta circulação é mais frequente do que se imaginava e que isso não está restrito a apenas uma região do país. Este conhecimento é de grande relevância, uma vez que o alto grau de mutações e recombinações é uma das causas da reinfecção pelos norovírus”, destaca Tulio.

De acordo com o pesquisador, conhecer os mecanismos de evolução desses vírus é fundamental para o desenvolvimento de um imunizante – a exemplo do que acontece hoje com a vacina para gripe, que conta com uma formulação adaptada aos vírus circulantes. “Um dos principais empecilhos para o desenvolvimento de uma vacina eficaz tem sido a rápida evolução dos norovírus por mutação pontual e recombinação genética”, conclui o pesquisador. A lavagem das mãos com água e sabão antes das refeições ou após usar o banheiro, e a higienização dos ambientes usados para manipular alimentos são algumas das ações que podem contribuir para a diminuição da transmissão do norovírus.

Lucas Rocha (IOC/Fiocruz)


Zika Inscrições para pesquisas são prorrogadas até 10 de agosto

Ao todo, edital prevê repasse de R$ 65 milhões para incentivar estudos que promovam a descoberta de novas tecnologias e insumos estratégicos contra o vírus
O prazo para pesquisadores e cientistas inscreverem projetos que contribuam na prevenção, diagnóstico e tratamento de infecções causadas pelo vírus Zika e doenças correlacionadas foi prorrogado até o dia 10 de agosto. O edital prevê no total R$ 65 milhões para o desenvolvimento de estudos em nove linhas de pesquisas relacionados ao assunto.
As inscrições estão abertas desde o dia 10 de junho e encerrariam nesta segunda-feira (25). Com a alteração, a data da divulgação dos resultados no Diário Oficial da União e na página do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) será a partir do dia 4 de outubro. Já a contratação das propostas aprovadas será realizada a partir de 18 do mesmo mês. Os projetos serão financiados dentro de três faixas de recursos: até R$ 500 mil, de R$ 500 mil até R$ 1,5 milhão e de R$ 1,5 milhão até R$ 2,5 milhões.
O edital é uma parceria entre os ministérios da Saúde; da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações e Educação, que destinaram, respectivamente, R$ 20 milhões; R$ 15 milhões e R$ 30 milhões. O recurso faz parte das ações do Eixo de Desenvolvimento Tecnológico, Educação e Pesquisa do Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes aegypti e à Microcefalia, lançado pelo Governo Federal em dezembro de 2015.
Para participar, os pesquisadores devem encaminhar os projetos pelo site do CNPq juntamente com o Formulário de Propostas online, disponível na Plataforma Carlos Chagas. O projeto deve estar inserido dentro de uma das nove linhas temáticas de pesquisas relacionadas ao vírus Zika. São elas: desenvolvimento de novas tecnologias diagnósticas; desenvolvimento e avaliação de repelentes e de imunobiológicos; inovação em gestão de serviços em saúde; imunologia e virologia; epidemiologia e vigilância em saúde; estratégias para controle de vetores; desenvolvimento de tecnologias sociais e inovação em educação ambiental e sanitária, além de Fisiopatologia e clínica. Os estudos devem ser concluídos dentro do prazo de 48 meses.
PESQUISAS – Até o momento, o Ministério da Saúde já se comprometeu com cerca de R$ 130 milhões para o desenvolvimento de vacinas, soros e estudos científicos para as doenças causadas pelo Aedes aegypti.
Também foram liberados R$ 11,6 milhões para o desenvolvimento de vacina contra o vírus Zika pela Fiocruz. Do total, cerca de R$ 6 milhões (US$ 1,5 milhão) serão destinados para projetos de cooperação bilateral para pesquisas sobre o vírus Zika e microcefalia entre a Fiocruz e o National Institutes of Health (NIH). Os outros R$ 5,6 milhões serão para o desenvolvimento da vacina contra o vírus Zika.
Outra pesquisa para a vacina contra Zika está em desenvolvimento pelo Instituto Evandro Chagas (IEC) em parceria com a Universidade Medical Branch do Texas, Estados Unidos. Os testes pré-clínicos (em primatas e camundongos) foram antecipados e serão realizados já em novembro deste ano. O estudo conta com o investimento de R$ 10 milhões.
Para financiamento da terceira e última fase da pesquisa clínica da vacina contra a dengue do Instituto Butantan, o Ministério da Saúde investirá R$ 100 milhões. Desse total, R$ 66 milhões já foram encaminhados ao instituto. O restante será transferido no mês de agosto.
RENEZIKA – Lançada em maio deste ano, a Rede Nacional de Especialistas em Zika e doenças correlatas (Renezika) já conta com mais de 100 especialistas nacionais e internacionais. Os grupos de trabalho têm contribuído, por exemplo, na definição da Síndrome Congênita associada à Zika, na elaboração de diretrizes para estimulação precoce das crianças acometidas, bem como na avaliação de tecnologias diagnósticas e de controle do vetor. A expectativa é que as lições aprendidas com o vírus também levem a respostas rápidas e eficazes às futuras ameaças.


Por Victor Maciel, da Agência Saúde

14º ENITEC propõe soluções para o colapso da indústria nacional

Entidades se reúnem em encontro no BNDES e elaboram documento para ser entregue ao presidente da República e ministros

Salvar a produção industrial brasileira, cumprindo a política de inovação tecnológica. Essa é a tônica do documento gerado a partir do encontro de especialistas, entidades do setor e representantes do governo na última segunda-feira (18/07), no auditório do BNDES, no Rio. O documento que reúne as principais reivindicação e insatisfação do setor será entregue ao presidente da República e todos os ministérios na tentativa de sensibilizar o atual governo para a estagnação da indústria nacional e o efeito cascata das consequências na economia nacional, que passa por uma crise profunda.

De acordo com o secretário da inovação, Marcos Vinícius Souza, são possíveis algumas ações na direção reverter o atual quadro, no qual, para os empresários do setor, se encontra em inércia, agonizando pela falta de investimento e incentivo para as empresas, essencialmente, as pequenas e médias. A primeira dela integra a política industrial, com a política de inovação e também a política de comércio exterior, ou seja, segundo o secretário, não adianta cada um andar para um caminho diferente. “É possível realizarmos ações de melhorias e junto com a Protec e outras entidades pautarmos o governo para mudar esse cenário”, disse.

Representantes de diferentes entidades da indústria participaram do XIV ENITEC. Humberto Barbato, presidente da Abinee, vai além. Para ele, os fundos de incentivo no Brasil são utilizados para gerar superávit primário e não para o que realmente deveriam. “O país tem que repensar o compromisso com o desenvolvimento industrial. Agilizar os processos burocráticos e reavaliar o nosso modelo”, alertou.

Fernando Figueiredo, da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), elogiou os incentivos governamentais para pesquisa, desenvolvimento e inovação na área química. Porém, em sua opinião, é preciso melhorar as condições para investimento na produção industrial. Na mesma linha, João Alfredo Delgado, da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), listou ações que, na visão da entidade, são necessárias para impulsionar a produção da indústria. Para o fomento à inovação, a Abimaq sugere a reformulação do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e a melhoria operacional do INPI.

Reinaldo Guimarães, da Associação Brasileira da Indústria de Química Fina, Biotecnologia e suas Especialidades (Abifina), acrescentou que a indústria brasileira precisa se integrar às cadeias produtivas globais nos elos de maior valor agregado e, para isso, a inovação é fundamental. A propriedade industrial, em seu entendimento, é um dos elementos de inventivo a esse esforço inovador, mas não o único. Outro aspecto a ser considerado nas políticas de incentivo à inovação é o envelhecimento da população brasileira e a pressão nos gastos da saúde pública, de acordo com Marcio Bosio, da Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos e Odontológicos (Abimo). Essa é uma área de rápida evolução tecnológica e altamente dependente de parcerias entre universidades e empresas, que precisam ser reforçadas no País.

Já Luiz Otávio Pimentel, Presidente do INPI apontou desafios que, ao mesmo tempo, precisam ser encarados, entre eles a necessidade de autonomia na gestão de recursos e a contratação de novos examinadores, destacou ainda que apesar da produtividade no exame de marcas e patentes no INPI estar aumentando, o número de pedidos é crescente. Paralelamente, o quantitativo de servidores vem caindo.

Segundo o diretor geral da Protec, Roberto Nicolsky, ter um envolvimento, efetivo, do governo para mudarmos essa política equivocada dos últimos anos de não investir de forma correta na inovação tecnológica do país. Para ele, o modelo de incentivo à inovação é que não está adequado a nossa realidade, pois nos estruturamos com base em formatos europeus. E nossas universidades, inclusive seguem essa diretriz. “Olhando criticamente, é fácil identificar que a nossa vocação é acadêmica e academia não promove inovação tecnológica. Inovação só acontece no chão de fábrica”, afirmou.

Roberto Nicolsky anunciou um prazo de um mês para que cada entidade coloque suas propostas junto a um documento que aponta cada questão discutida para ser entregue ao presidente da república, Michel Temer. Em audiência com a presença de outros ministros no intuito de apresentar a realidade brasileira, os dados alarmantes do país quanto à inovação e produção industrial, chamando a atenção que é preciso uma mudança emergencial, pois se continuarmos nessa rota é factual a falência total da indústria nacional.

Nesta edição o ENITEC completou quatorze anos de criação. É o principal fórum de discussão e debate sobre políticas públicas de fomento e incentivo ao desenvolvimento e agregação de inovações tecnológicas aos produtos e processos da indústria brasileira para elevar a sua produtividade e competitividade no cenário nacional e internacional.

O XIV ENITEC realizado na última segunda-feira, 18, de julho de 2016, no auditório do BNDES no Rio de Janeiro, teve como tema central “Retomando a Inovação na Indústria e Crescimento”. O evento é uma realização da Protec, com patrocínio do BNDES e apoio da Biolab, Blanver, Oxiteno, Weg, Abifina e Governo Federal.


segunda-feira, 25 de julho de 2016

RESSARCIMENTO MAIS RÁPIDO AO SUS

O ministro Ricardo Barros quer que os próprios hospitais do SUS cobrem, de forma imediata, o pagamento das operadoras por atendimento de segurados na rede pública.

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, vai propor uma nova forma para o ressarcimento dos planos de saúde ao Sistema Único de Saúde (SUS) pelo uso da rede pública por seus segurados. Em entrevista exclusiva ao GLOBO, Barros disse que a intenção é estabelecer um modelo de contrato diretamente entre hospitais e operadoras, que deverão ressarcir a rede pública imediatamente, de acordo com valores previamente acordados. O ministro quer evitar questionamentos das cobranças pelas empresas e alimentar rapidamente o caixa do SUS.


— Há um valor crescente de ressarcimentos. Hoje são cerca de R$ 400 milhões por ano de repasse. Espero estabelecer um modelo de contratação direta dos hospitais públicos com os planos. Com o contrato, os valores por procedimentos ficam estabelecidos e é só faturar. Assim, quando alguém for atendido na rede pública fatura-se imediatamente a operadora. — explica. — Queremos transformar o ressarcimento, que hoje é complexo, numa coisa simples e rápida.


O ressarcimento é cobrado sempre que beneficiários de planos de saúde são atendidos na rede pública para realizar procedimentos que estão previstos em seus contratos. Hoje, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) identifica o paciente e cruza as informações com o banco de dados de usuários da saúde suplementar. Os recursos vão para o Fundo Nacional de Saúde (FNS), gestor financeiro do SUS. EMPRESAS SÃO CONTRA A PROPOSTA Em 2015, ao todo, foram 439 mil procedimentos médicos realizados na rede do SUS por pacientes que têm planos de saúde, segundo a ANS.

O total cobrado chegou a R$ 708,9 milhões. O repasse ao Fundo, no entanto, foi de R$ 399 milhões. De acordo com a agência, desde 2000, foram arrecadados R$ 1,2 bilhão, o que corresponde a 46% do valor total dos atendimentos passíveis de ressarcimento. E R$ 623 milhões incluídos na dívida ativa federal.


— Hoje, os planos discutem se o procedimento que foi dado ao cliente deles no hospital público foi correto ou não. E se perde a capacidade de rapidamente repor esses recursos no caixa do SUS. Isso porque muita coisa fica sub judice. Por isso, pedi o estudo dessa proposta — destaca Barros.


Há ações das empresas até no Supremo Tribunal Federal (STF) pela inconstitucionalidade da cobrança feita pelo SUS. Nas contas da ANS, há cerca de R$ 500 milhões que deveriam ter sido repassados ao SUS depositado em juízo. Segundo a Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramnica ge) e de entidades de defesa do consumidor, esse valor está na casa do bilhão de reais.


Pedro Ramos, diretor da Abramge, diz que as operadoras estariam dispostas a firmar um acordo para pagar os valores sub judice, se houvesse uma discussão ampla sobre o ressarcimento, que recentemente passou a incluir atendimentos ambulatoriais feitos pelo SUS a seus usuários. A proposta do ministro, porém, não lhe parece boa solução.


— Para a implementação dessa proposta será preciso mexer na lei e acho que não devemos complicar ainda mais o assunto. O fundamental é que os hospitais avisem ao plano quando o usuário der entrada, para escolhermos se queremos removê-lo ou não. Hoje meu beneficiário fica 15 dias na UTI e só fico sabendo quando chega a conta — diz Ramos, que se queixa ainda de a tabela paga pelas empresas ao SUS ser acrescida de uma taxa sobre o procedimento.


Na avaliação da doutora em Saúde Pública, a médica Ligia Bahia, do Laboratório de Economia da Saúde da UFRJ, a proposta de mudança de ressarcimento, sugerida por Barros, acentua as desigualdades no sistema de saúde:


— O ressarcimento prevê que os recursos sejam direcionados para o FNS e distribuídos de acordo com prioridades sanitárias. Com a proposta do ministro, os recursos acabariam concentrados nos hospitais em regiões e cidades de maior renda, já que os segmentos populacionais com piores situações de saúde estão em áreas denominadas vazios sanitários.


A especialista, que também é membro da diretoria da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), preocupa-se ainda com a parte burocrática da mudança:


— A operacionalização da cobrança em hospitais públicos implicaria em maior estrutura burocrática e um conjunto de situações, como auditorias de empresas privadas em órgãos estatais e possíveis desvios de recursos, o que desviaria as atribuições assistenciais, por exemplo.


Com o objetivo de desafogar as emergências dos hospitais públicos foi sancionada na última terça-feira pelo governador em exercício do Rio, Francisco Dornelles, a Lei 7.042, prevendo que vítimas de acidentes, com plano de saúde, ao serem socorridas por Bombeiros poderão ser levadas a hospitais particulares. A prática era encaminhar para a rede pública.


— Pelo sistema de regulação, sempre que há um acidente o Samu e os Bombeiros levam as vítimas para um hospital público e os planos têm que ressarcir os gastos. Essa decisão do Rio é uma tentativa de descongestionar urgências e emergências da rede pública — limitou-se a comentar o ministro.


A Abrasco, por sua vez, já se manifestou contrária a nova lei, ressaltando que a decisão sobre o local de atendimento de emergência deve ser téce não baseada no equilíbrio fiscal do estado.


O fato é que o próprio ministro defende a necessidade de fortalecer a saúde suplementar para melhorar o SUS. Para tanto, Barros voltou a defender a criação de planos populares, com preços mais baixos e menor cobertura. Disse que pediu à ANS revisão das regras da saúde suplementar para autorizá-los. E fez apelo às operadoras.


— Estamos propondo que o mercado ofereça planos mais acessíveis, com custo menor e cobertura menor, para que possamos por mais recursos no atendimento das pessoas — diz Barros.
Para Ligia, no entanto, a proposta de criação de planos populares não tem fundamento técnico:


— Essa iniciativa foi experimentada e fracassou na Colômbia. O plano barato pressupõe problema de saúde ordinário e não é assim que os seres biológicos se comportam ao longo da vida. ESTIMULAR PLANOS INDIVIDUAIS É UM OBJETIVO Ramos, da Abramge, por sua vez, vê os planos populares como uma ótima alternativa:


— O plano popular poderia focar no atendimento básico à saúde que o SUS não consegue atender. Vamos comparar os planos a uma grande lanchonete. Elas vendem combos, mas o cliente pode escolher comprar o sanduíche em separado. Poderia haver uma modalidade em que se pudesse optar por pagar um hospital, como o São José, para tratar um câncer e não para a emergência.


Elici Bueno, coordenadora executiva do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), teme que haja mais prejuízo que benefícios:


— Nós entendemos que este tipo de “plano popular", vago e impropriamente aventado, criaria mais problema para o consumidor. Sobretudo em um cenário de crise econômica, onde a população mais vulnerável seria afetada.


Ciente do impacto da crise econômica no número de usuários da saúde suplementar — segundo a ANS, houve redução de cem mil pessoas, apenas no mês de junho — o ministro afirma que é preciso estimular planos individuais:


— As pessoas saíram dos empregos e perderam os planos. Precisamos encontrar uma maneira de incentivar a oferta de planos de adesão individuais. Isso está em discussão na ANS.
Ligia ressalta que não só desempregados, mas principalmente, idosos são penalizados pela ausência de planos individuais no mercado:


— O idoso brasileiro paga muito mais que o americano ou europeu (incluindo o valor desembolsado pelo governo para a saúde) por planos com coberturas muito inferiores. E não há o que fazer, pois não conseguem migrar de plano, já que as empresas não ofertam mais individuais.


O diretor da Abramge afirma, porém, que não haverá oferta enquanto houver “tamanha ingerência” sobre a modalidade e sem que haja transparência no cálculo dos índices de reajuste.

O Globo

Por presidência do Senado, Eunício abre mão de vaga na Anvisa

Em nome da possibilidade de suceder Renan Calheiros na presidência do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE) abriu mão de indicar um nome para uma diretoria da Anvisa, como fez com Renato Porto em 2013.
Porto não será reconduzido ao cargo na Regulação Sanitária e já está distribuindo currículos.

Coluna do Estadão , Foto: André Dusek/Estadão

NOTA TÉCNICA N.º 4/2016/IOC-FIOCRUZ/DIRETORIA contra a pulverização de inseticidas em área urbana

Em Nota Técnica em que o Instituto Oswaldo Cruz apresenta  considerações técnicas, atribuídas a Diretoria, sobre a aplicação aérea de inseticidas em área urbana, permitida pela Lei 13.301, publicada no Diário Oficial no dia 27 de junho de 2016 .

Entendemos ser de relevada importância destacar que se trata de um documento elaborado por Denise Valle e Ricardo Lourenço de Oliveira, Pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz. Denise Valle, atualmente no Laboratório de Biologia Molecular de Flavivírus - LABMOF, coordenou, entre 2003 e 2012, o Laboratório de Referência Nacional da Rede Nacional de Monitoramento da Resistência de Aedes aegypti a Inseticidas (Rede MoReNAa), também Referência Regional para o Mercosul. Ricardo Lourenço de Oliveira é o chefe do Laboratório de Mosquitos Transmissores de Hematozoários - LATHEMA, que faz parte do Centro de Referência para Diagnóstico da Malária na Extra-Amazônia. Denise Valle foi uma das organizadoras do livro 'Dengue: Teorias e Práticas', lançado pela Editora Fiocruz em 2015; Ricardo Lourenço de Oliveira é autor de dois capítulos neste mesmo livro.

O Nota Técnica, traz como recomendação geral:  

Em relação à Lei 13.301, publicada em Diário Oficial no dia 27 de junho de 2016, que dispõe sobre medidas de controle do mosquito Aedes aegypti, vetor de dengue e também de Zika e chikungunya e, em especial, em relação ao Art. 1º, § 3º, inciso IV, que prevê "permissão da incorporação de mecanismos de controle vetorial por meio de dispersão por aeronaves mediante aprovação das autoridades sanitárias e da comprovação científica da eficácia da medida.", é fundamental destacar que tal legislação carece de embasamento científico, tem efeito extremamente reduzido contra o vetor, representa um retrocesso nas estratégias de comunicação e saúde, tem uma relação custo/benefício incompatível com a realidade do país (de qualquer país) e coloca em risco a última ferramenta de controle químico atualmente disponível contra Aedes aegypti adultos (o inseticida malathion). Deste modo, a recomendação técnica geral é de reconsideração da referida Lei, invalidando-se o uso previsto no Art. 1º, § 3º, inciso IV.

O texto avalia exclusivamente a pulverização de inseticidas, como se desconhecesse outros mecanismos de controle vetorial que podem ser dispensados por aeronaves, por exemplo mosquitos machos biologicamente modificados. Embora seja enfática em afirmar que a relação custo benefício é incompatível com a realidade do país, e, complementa grifando que de qualquer pais, sem apresentar qualquer embasamento econômico financeiro que sustente uma avaliação independente.

É de suprema importância que temas tão sérios sejam abordados de forma ampla, irrestrita, incluindo e conjugando todos os elementos que permitam uma correta avaliação, e, que estas Notas possam levar o Legislador e as Autoridades responsáveis pela saúde à uma reflexão não induzida, que proporcione subsídios para uma correta tomada de posição sobre o assunto de tamanha relevância a saúde pública.
Confira a integra do documento, em anexo

Pulverização aérea contra mosquito Aedes aegypti nas cidades

O Portal Agrolink entrevistou com exclusividade o Dr. Eduardo Araújo, que é piloto de aviação agrícola, engenheiro agrônomo, pesquisador e consultor do Sindag (Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola). Na pauta, a polêmica liberação do governo brasileiro para a pulverização aérea contra o mosquito Aedes aegypti nas cidades.

Agrolink - Qual é a importância da autorização de pulverização aérea contra o mosquito Aedes aegypti em áreas urbanas?
A importância está na possibilidade de, muito rapidamente, reduzir drasticamente a população de mosquitos adultos que, como se sabe são (as fêmeas) que efetivamente disseminam as doenças e, além disso, são as responsáveis pela postura de milhares de ovos ao longo de sua curta vida, dando origem às novas gerações. Quebrando-se o ciclo do mosquito, quebra-se a cadeia de transmissão de doenças.

Agrolink - Existe risco para a saúde humana?
Não há operação com risco zero. Porém, neste caso, os riscos - que ficariam por conta apenas de acidentes, eis que a operação em si é totalmente segura - podem e devem ser minimizados por um cuidadoso trabalho de planejamento de análise e gerenciamento de risco, procedimentos com os quais os operadores aeroagrícolas estão totalmente familiarizados.

Agrolink - Que cuidados precisam ser observados?
Os principais cuidados são:
a)      escolha do produto e definição de sua dose, em função da toxicidade e sensibilidade dos mosquitos, bem como da formulação adequada;
b)      escolha do equipamento de dispersão adequado e sua correta calibração, inclusive e principalmente em função da dose e diametro das gotas;
c)      "timing" das aplicações, em função da população de mosquitos adultos, pico das doenças e observância dos horários e condições atmosféricas adequados; d)monitoramento intensivo durante todas as fases da aplicação, envolvendo a população de mosquitos, incidência das doenças, dispersão adequada do produto;
d)      capacitação e treinamento de todo pessoal envolvido;
e)      uso de tecnologia embarcada como DGPS e fluxômetros
f)       precauções típicas para o manuseio de produtos químicos, potencialmente tóxicos.

Agrolink - As pulverizações áreas são mais seguras e eficientes que os "fumacês" aplicados atualmente?
As aplicações aéreas não são necessariamente mais seguras mas certamente são mais eficientes que os "fumacês" em função da rapidez muito maior, melhor uniformidade e, principalmente, pelo fato de poder colocar o inseticida em pontos que são inatingíveis pelos equipamentos terrestres (fundos de pátios, terrenos baldios, áreas alagadiças, etc.

Agrolink - Como isso poderia repercutir positivamente na imagem do Brasil nessas Olimpíadas?
 A proposta não é a de efetuar, desde já, aplicações em massa, mas sim, antes, demonstrar a eficiência do método e efetuar eventuais ajustes de forma a obter o convencimento da comunidade  científica e da população. Portanto, não é um trabalho de curto prazo e dificilmente teria reflexos imediatos nas Olimpíadas, salvo pela imagem que o Brasil projetaria de que, finalmente está por adotar tecnologias mais eficazes para o controle do vetor da Dengue, Zika e Chicungunya.

Agrolink
Autor: Leonardo Gottems

19 Médicos foram denunciados a justiça junto com Empresas e Plano de saúde que cooptava médicos para reaproveitar material em procedimentos cirúrgicos na área de cardiologia

A reportagem foi exibida ontem (24) no Fantástico

Uma investigação da Polícia Civil revela: um plano de saúde, no Rio de Janeiro, recrutava médicos para que eles reaproveitassem material cirúrgico em mais de 1700 procedimentos cardíacos. A técnica é proibida pela Anvisa. Todos os médicos envolvidos no esquema e mais os representantes do plano foram denunciados esta semana à Justiça.

O caso foi descoberto após um cardiologista envolvido se arrepender e denunciar o esquema. Em um email enviado a colegas, Luiz Eduardo Camanho revela se sentir aliviado de não fazer mais parte do esquema. "A partir de agora não precisarei mais participar daquele esquema perverso", dizia no documento, que deu início à investigação

Veja na reportagem de Mahomed Saigg e Paulo Renato Soares

Na prática, eram usados catereres, agulhas transeptais e introdutores. A investigação da Subsecretaria de Inteligência do Rio, com base na denúncia do médico, mostra que os materiais eram utilizados mais de uma vez. Para a polícia e o Ministério Público, a prática é um crime e, mesmo após reprocessado e esterilizado, é proibido com base em resolução de 2006 da Anvisa.

Alguns cateteres encontrados nos hospitais eram protegidos com um pedaço de canudo
Foto: Reprodução TV Globo

"O que eles faziam era duplamente ilegal. Primeiro, porque eles reprocessavam o material em desacordo com as recomendações da Anvisa e reprocessavam mal, porque os laudos periciais apontavam presença de sangue nos produtos médicos reprocessados", diz Sérgio Sahione, subsecretário de inteligência adjunto

Esquema teria sido arquitetado por dois diretores da Unimed Federação do Estado do Rio de Janeiro.

Material irregular foi encontrado e 1545 itens foram apreendidos prontos para serem reutilizados, em 6 hospitais particulares.
Cardiorritmo – São Vicente
Casa de Saúde Santa Marta
Clínica São Vicente
Hospital de Clinicas de Niterói
Hospitais Copa e Quinta D'Or
Hospital Unimed-Barra

24 Réus denunciados

19 Médicos
Francisco José de Oliveira
José Carlos Pires de Souza
Marcelo da Costa Maia
Luiz Tenório Cavalcante da Silva
Rafael Lopes Fagundes
Bruno Rustum Andrea
Eduardo Machado Andrea
Jacob Atie - Cardioritmo
Washington Andrade Maciel
Luis Gustavo Belo de Moraes
Iara Atie Malan
Cláudio Munhoz da Fontoura Tavares
Hélcio Affonso de Carvalho Filho
Nilson Araújo de oliveira Júnior
Sergío Bronchtein

Outros quatro médicos , que não tinham empresas ligadas a UNIMED, vão responder por adulteração de produtos medicinais e, por colocar em risco a saúde de pacientes
Olga Ferreira de Souza
Odilon Clementino de Carvalho Neto
Richeli Graviino da Fonseca
Carlos Henrique Eiras Falcão - Hospital de Clínica de Niterói, responsável pelo setor de Hemodinâmica

2 Empresas -  Sócios e Técnicos das Empresas que preparavam o material cirúrgico para reutilização
Bioxxi
Oxetil

Roberto Antonio Raposo D’Assunção
João Paulo Guimarães D’Assunção
Angélica de Souza Lapos
Fábio Campos Lima
Felippe Macedo Marques

2 Diretores da Unimed Federação do Rio

Veja as notas de esclarecimento dos citados na reportagem:

O advogado Marcio Delambert dos senhores Francisco José de Oliveira e José Carlos Pires de Souza,  enviou nota à imprensa:
"Nenhum procedimento do PAC autorizava o uso de material reprocessado, fora dos parâmetros legais. Os médicos renomados e suas respectivas equipes médicas contratadas faziam a aquisição direta dos materiais para a execução dos procedimentos. De todos os hospitais mencionados apenas um tinha vínculo com o PAC. Por fim, na qualidade de gestores sempre observaram critérios éticos definidos pelas Sociedades  Médicas de Cardiologia para a boa execução de seu trabalho. Cabe ressaltar que, nos últimos 10 anos de monitoramento rigoroso dos resultados do PAC, não houve um único caso de complicação, o que assegura absoluta tranquilidade aos pacientes assistidos. Consideram a acusação equivocada pois foram curiosamente desconsideradas provas e relevantes documentos apresentados à autoridade policial. Assim que citados vão apresentar imediatamente sua defesa de modo a demonstrar a fragilidade da acusação promovida pelo Ministério Público."
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A direção do Hospital de Clínica de Niterói e o responsável pelo setor de Hemodinâmica, Dr. Carlos Henrique Eiras Falcão informam que cumprem rigorosamente a legislação vigente estabelecida pela ANVISA. E, esclarecem que não têm contrato ou qualquer acordo comercial com o “PAC da Unimed Federação”, para realização de procedimentos na área de eletrofisiologia – nem com suas equipes próprias, nem com equipes de médicos assistentes. Ou seja, o hospital não atende pacientes de eletrofisiologia pelo PAC Unimed.
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Quanto à Dra. Olga Ferreira, a acusação contém erros técnicos grosseiros e representa irreparável injustiça, na medida em que os cateteres apreendidos podem ser reprocessados, sem quaisquer riscos para a saúde humana, na forma da regulamentação da ANVISA e das boas práticas da medicina adotadas em todo o mundo.
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Jacob Atiê
“Desconheço o teor do processo criminal, motivo pelo qual não irei comentá-lo; A literatura médica comprovou que o uso de materiais reprocessados não aumenta o risco para pacientes; O uso de materiais reprocessados é prática adotada por inúmeros países e aceita por diversas entidades de classe e associações científicas – brasileiras e internacionais; A Cardioritmo usa somente materiais cujo reprocessamento é permitido pela ANVISA há décadas e com sucesso, pois nunca teve um único caso de infecção ou complicação pós-operatória decorrente do reprocessamento de materiais; Deploro qualquer tentativa de criminalização de toda uma especialidade médica com base em ilações, suposições e conjecturas sem o menor embasamento científico.”
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Luis Gustavo Belo de Moraes
Venho mui respeitosamente me manifestar sobre o processo do Ministério Público Estadual do RJ que me denuncia como integrante de "quadrilha medica", "que reprocessava material de Eletrofisiologia". A denúncia aceita não contemplou a robusta e sólida defesa enviada. Estou confiante que em juízo possamos efetivamente apresenta-la.
O reprocessamento do material se fazia em conformidade com as normas da Anvisa e seguindo um Protocolo registrado na Vigilância Sanitária Estadual.
Além de permitido, cumpria uma finalidade social, possibilitando o acesso ao procedimento por usuários de planos básicos e ecológica, com a reciclagem do material.
Os procedimentos de Eletrofisiologia realizados no SUS, utiliza os mesmos materiais reprocessados. Desde a abertura do inquérito, esses pacientes deixaram de ter suas arritmias curadas.
Atenciosamente, Luis Gustavo Belo de Moraes, médico da CardioRitmo.
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"Com relação ao dr. Odilon Carvalho, a acusação é inteiramente injusta, pois todos os cateteres apreendidos PODEM, sem qualquer risco à saúde humana ou aos pacientes, ser reprocessados, de acordo com diretrizes da Anvisa, dos fabricantes dos materiais e das boas práticas internacionais da medicina."
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A Bioxxi esclarece que cumpre todas as normas estipuladas pela Anvisa. Em relação à denúncia sobre a qual ainda não tem conhecimento, declara que colaborará com a Justiça no sentido de prestar todos os esclarecimentos necessários, como sempre fez quando foi solicitada.
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A Clínica São Vicente informa que, sobre as acusações da Subsecretaria de Inteligência e do Ministério Público do Estado, de que as instalações do hospital eram usadas como depósito de material cirúrgico proibido de ser reutilizado, tais acusações não procedem. Estes materiais objetos da denúncia pertencem a empresa Cardiorritmo e nunca foram utilizados nos procedimentos cirúrgicos da Clínica São Vicente.
Apesar da Cardiorritmo estar localizada no endereço da Clínica São Vicente, suas atividades, administração e gestão são independentes do hospital.  A Clínica São Vicente reafirma seu compromisso em ser cumpridora das normas da Anvisa.

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A direção do Hospital de Clínica de Niterói e o responsável pelo seu setor de Hemodinâmica, Dr. Carlos Henrique Eiras Falcão informam que cumprem rigorosamente a legislação vigente estabelecida pela ANVISA. E, esclarecem que não têm contrato ou qualquer acordo comercial com o “PAC da Unimed Federação”, para realização de procedimentos na área de eletrofisiologia – nem com suas equipes próprias, nem com equipes de médicos assistentes. Ou seja, o hospital não atende pacientes de eletrofisiologia pelo PAC Unimed.
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Os hospitais Copa e Quinta D'Or rejeitam com veemência o teor da matéria e reafirmam seu compromisso inegociável com a qualidade no atendimento médico hospitalar, esclarecendo que possuem certificação internacional e rigorosos processos de auditoria e controle de qualidade permanente. Além disto,  adotam rígidos protocolos assistenciais que asseguram a observância de todas as regras e determinações regulatórias de saúde aplicáveis, incluindo aquelas da Anvisa. Temos como principal missão assegurar o correto atendimento médico e a atenção total à saúde e bem-estar de todos os nossos pacientes.
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A Casa de Saúde Santa Martha é mais uma vítima de uma quadrilha que parece ter agido em vários hospitais na mesma região metropolitana. Desde logo esclarece que jamais adquiriu ou teve ciência  sobre a reutilização irregular de materiais em suas dependências. Não foi ainda chamada para depoimento, mas pretende contribuir com as investigações.
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Nota da Unimed Federação Rio:
Ao ser notificada sobre a investigação, a Unimed Federação Rio se colocou integralmente à disposição das autoridades e órgãos competentes para esclarecimentos e iniciou imediatamente a apuração interna das denúncias a fim de tomar as providências previstas na lei. A Unimed Federação Rio informa que segue rigorosamente as legislações nacionais e internacionais para utilização de materiais médico-hospitalares passíveis de reprocessamento, assim como a conduta ética estabelecida pelo Sistema Unimed.

Nota do Hospital Unimed-Rio:
O Hospital Unimed-Rio informa que segue rigorosamente as legislações nacionais e internacionais para a utilização de materiais médico-hospitalares passíveis de reprocessamento, repudia veementemente qualquer conduta contrária às normas vigentes e tomará todas as medidas cabíveis para assegurar o cumprimento das boas práticas.
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Resposta do advogado Nélio Machado, dos médicos Nilson Araújo de Oliveira Junior, Hélcio Affonso de Carvalho Filho e Cláudio Munhoz da Fontoura Tavares:

“Não há um paciente que tenha se queixado, não existe exposição de risco à saúde de quem quer que seja, e chamá-los de participes numa organização criminosa é alguma coisa que ultrapassa os limites inclusive da atuação institucional do ministério público, quando este caso tiver o seu pleno esclarecimento, providências serão tomadas para coibir aquilo que considero, na nossa perspectiva de defesa, verdadeiro abuso de poder.”
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Resposta de Glênio Ferreira, presidente da Oxetil:
“A nossa postura é a mesma e sempre vai ser a mesma. nós sempre seguimos as normas e não fugimos das normas. existem normas pra isso e nós sempre seguimos as normas.”



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