Entidades se reúnem em
encontro no BNDES e elaboram documento para ser entregue ao presidente da
República e ministros
Salvar a produção industrial
brasileira, cumprindo a política de inovação tecnológica. Essa é a tônica do
documento gerado a partir do encontro de especialistas, entidades do setor e
representantes do governo na última segunda-feira (18/07), no auditório do
BNDES, no Rio. O documento que reúne as principais reivindicação e insatisfação
do setor será entregue ao presidente da República e todos os ministérios na
tentativa de sensibilizar o atual governo para a estagnação da indústria
nacional e o efeito cascata das consequências na economia nacional, que passa
por uma crise profunda.
De acordo com o secretário da inovação, Marcos Vinícius Souza, são possíveis algumas ações na direção reverter o atual quadro, no qual, para os empresários do setor, se encontra em inércia, agonizando pela falta de investimento e incentivo para as empresas, essencialmente, as pequenas e médias. A primeira dela integra a política industrial, com a política de inovação e também a política de comércio exterior, ou seja, segundo o secretário, não adianta cada um andar para um caminho diferente. “É possível realizarmos ações de melhorias e junto com a Protec e outras entidades pautarmos o governo para mudar esse cenário”, disse.
Representantes de diferentes entidades da indústria participaram do XIV ENITEC. Humberto Barbato, presidente da Abinee, vai além. Para ele, os fundos de incentivo no Brasil são utilizados para gerar superávit primário e não para o que realmente deveriam. “O país tem que repensar o compromisso com o desenvolvimento industrial. Agilizar os processos burocráticos e reavaliar o nosso modelo”, alertou.
Fernando Figueiredo, da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), elogiou os incentivos governamentais para pesquisa, desenvolvimento e inovação na área química. Porém, em sua opinião, é preciso melhorar as condições para investimento na produção industrial. Na mesma linha, João Alfredo Delgado, da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), listou ações que, na visão da entidade, são necessárias para impulsionar a produção da indústria. Para o fomento à inovação, a Abimaq sugere a reformulação do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e a melhoria operacional do INPI.
Reinaldo Guimarães, da Associação Brasileira da Indústria de Química Fina, Biotecnologia e suas Especialidades (Abifina), acrescentou que a indústria brasileira precisa se integrar às cadeias produtivas globais nos elos de maior valor agregado e, para isso, a inovação é fundamental. A propriedade industrial, em seu entendimento, é um dos elementos de inventivo a esse esforço inovador, mas não o único. Outro aspecto a ser considerado nas políticas de incentivo à inovação é o envelhecimento da população brasileira e a pressão nos gastos da saúde pública, de acordo com Marcio Bosio, da Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos e Odontológicos (Abimo). Essa é uma área de rápida evolução tecnológica e altamente dependente de parcerias entre universidades e empresas, que precisam ser reforçadas no País.
Já Luiz Otávio Pimentel, Presidente do INPI apontou desafios que, ao mesmo tempo, precisam ser encarados, entre eles a necessidade de autonomia na gestão de recursos e a contratação de novos examinadores, destacou ainda que apesar da produtividade no exame de marcas e patentes no INPI estar aumentando, o número de pedidos é crescente. Paralelamente, o quantitativo de servidores vem caindo.
Segundo o diretor geral da Protec, Roberto Nicolsky, ter um envolvimento, efetivo, do governo para mudarmos essa política equivocada dos últimos anos de não investir de forma correta na inovação tecnológica do país. Para ele, o modelo de incentivo à inovação é que não está adequado a nossa realidade, pois nos estruturamos com base em formatos europeus. E nossas universidades, inclusive seguem essa diretriz. “Olhando criticamente, é fácil identificar que a nossa vocação é acadêmica e academia não promove inovação tecnológica. Inovação só acontece no chão de fábrica”, afirmou.
Roberto Nicolsky anunciou um prazo de um mês para que cada entidade coloque suas propostas junto a um documento que aponta cada questão discutida para ser entregue ao presidente da república, Michel Temer. Em audiência com a presença de outros ministros no intuito de apresentar a realidade brasileira, os dados alarmantes do país quanto à inovação e produção industrial, chamando a atenção que é preciso uma mudança emergencial, pois se continuarmos nessa rota é factual a falência total da indústria nacional.
Nesta edição o ENITEC completou quatorze anos de criação. É o principal fórum de discussão e debate sobre políticas públicas de fomento e incentivo ao desenvolvimento e agregação de inovações tecnológicas aos produtos e processos da indústria brasileira para elevar a sua produtividade e competitividade no cenário nacional e internacional.
O XIV ENITEC realizado na última segunda-feira, 18, de julho de 2016, no auditório do BNDES no Rio de Janeiro, teve como tema central “Retomando a Inovação na Indústria e Crescimento”. O evento é uma realização da Protec, com patrocínio do BNDES e apoio da Biolab, Blanver, Oxiteno, Weg, Abifina e Governo Federal.
De acordo com o secretário da inovação, Marcos Vinícius Souza, são possíveis algumas ações na direção reverter o atual quadro, no qual, para os empresários do setor, se encontra em inércia, agonizando pela falta de investimento e incentivo para as empresas, essencialmente, as pequenas e médias. A primeira dela integra a política industrial, com a política de inovação e também a política de comércio exterior, ou seja, segundo o secretário, não adianta cada um andar para um caminho diferente. “É possível realizarmos ações de melhorias e junto com a Protec e outras entidades pautarmos o governo para mudar esse cenário”, disse.
Representantes de diferentes entidades da indústria participaram do XIV ENITEC. Humberto Barbato, presidente da Abinee, vai além. Para ele, os fundos de incentivo no Brasil são utilizados para gerar superávit primário e não para o que realmente deveriam. “O país tem que repensar o compromisso com o desenvolvimento industrial. Agilizar os processos burocráticos e reavaliar o nosso modelo”, alertou.
Fernando Figueiredo, da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), elogiou os incentivos governamentais para pesquisa, desenvolvimento e inovação na área química. Porém, em sua opinião, é preciso melhorar as condições para investimento na produção industrial. Na mesma linha, João Alfredo Delgado, da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), listou ações que, na visão da entidade, são necessárias para impulsionar a produção da indústria. Para o fomento à inovação, a Abimaq sugere a reformulação do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e a melhoria operacional do INPI.
Reinaldo Guimarães, da Associação Brasileira da Indústria de Química Fina, Biotecnologia e suas Especialidades (Abifina), acrescentou que a indústria brasileira precisa se integrar às cadeias produtivas globais nos elos de maior valor agregado e, para isso, a inovação é fundamental. A propriedade industrial, em seu entendimento, é um dos elementos de inventivo a esse esforço inovador, mas não o único. Outro aspecto a ser considerado nas políticas de incentivo à inovação é o envelhecimento da população brasileira e a pressão nos gastos da saúde pública, de acordo com Marcio Bosio, da Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos e Odontológicos (Abimo). Essa é uma área de rápida evolução tecnológica e altamente dependente de parcerias entre universidades e empresas, que precisam ser reforçadas no País.
Já Luiz Otávio Pimentel, Presidente do INPI apontou desafios que, ao mesmo tempo, precisam ser encarados, entre eles a necessidade de autonomia na gestão de recursos e a contratação de novos examinadores, destacou ainda que apesar da produtividade no exame de marcas e patentes no INPI estar aumentando, o número de pedidos é crescente. Paralelamente, o quantitativo de servidores vem caindo.
Segundo o diretor geral da Protec, Roberto Nicolsky, ter um envolvimento, efetivo, do governo para mudarmos essa política equivocada dos últimos anos de não investir de forma correta na inovação tecnológica do país. Para ele, o modelo de incentivo à inovação é que não está adequado a nossa realidade, pois nos estruturamos com base em formatos europeus. E nossas universidades, inclusive seguem essa diretriz. “Olhando criticamente, é fácil identificar que a nossa vocação é acadêmica e academia não promove inovação tecnológica. Inovação só acontece no chão de fábrica”, afirmou.
Roberto Nicolsky anunciou um prazo de um mês para que cada entidade coloque suas propostas junto a um documento que aponta cada questão discutida para ser entregue ao presidente da república, Michel Temer. Em audiência com a presença de outros ministros no intuito de apresentar a realidade brasileira, os dados alarmantes do país quanto à inovação e produção industrial, chamando a atenção que é preciso uma mudança emergencial, pois se continuarmos nessa rota é factual a falência total da indústria nacional.
Nesta edição o ENITEC completou quatorze anos de criação. É o principal fórum de discussão e debate sobre políticas públicas de fomento e incentivo ao desenvolvimento e agregação de inovações tecnológicas aos produtos e processos da indústria brasileira para elevar a sua produtividade e competitividade no cenário nacional e internacional.
O XIV ENITEC realizado na última segunda-feira, 18, de julho de 2016, no auditório do BNDES no Rio de Janeiro, teve como tema central “Retomando a Inovação na Indústria e Crescimento”. O evento é uma realização da Protec, com patrocínio do BNDES e apoio da Biolab, Blanver, Oxiteno, Weg, Abifina e Governo Federal.
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