Conversar
com os adolescentes é um desafio para algumas famílias. Nessa fase da vida
muitos jovens resistem a orientações preciosas que podem contribuir de forma
positiva para toda uma vida. Pensando em como acessar esses jovens, o Colégio
Sociedade Educacional Professor Altair Mongruel (Sepam), em Ponta Grossa,
no Paraná, começou a projetar um trabalho de conscientização direcionado para
meninas. Isso porque a escola tinha registrado um caso de gravidez entre as
alunas. “A escola queria ajudar, transformar a realidade e
contribuir para que não houvesse mais casos. Foi assim que surgiu o Menarca”,
explica a professora Larissa Pasfwiczak, coordenadora da ação. A ideia é
levar informação por meio de um diálogo leve e com a linguagem habitual do
universo juvenil, como se fosse uma conversa de banheiro feminino. Não tem
meninos em volta e nem adultos. São meninas conversando com meninas.
Entre
as alunas da escola, algumas se interessaram pelo projeto e se ofereceram para
estudar sobre anatomia e particularidades do corpo feminino. Aprendem sobre a
primeira menstruação, valorização da mulher, gravidez na adolescência e
até mesmo higiene feminina.
“A
gente fala muito sobre valorização. Mas não só valorizar você, mas o momento
certo que é quando você sente que quer fazer aquilo. A maioria das meninas
entende. Elas dão sugestões em como fazer isso. Elas se sentem próximas depois
para perguntar tudo. Não é só ir lá dar uma palestra”, defende Giovana Fonseca,
16 anos, que está no Menarca há um ano.
As
palestras, que acontecem uma vez por semana, são realizadas dentro e fora
da escola. As palestrantes estão sempre atualizadas sobre a realidade do país.
Atualmente, já fazem parte dos assuntos abordados pelas palestrantes as Doenças
Sexualmente Transmissíveis (DSTs), a transmissão e prevenção do vírus zika e
até mesmo a importância da vacinação contra o HPV. Informações tão
importantes sendo transmitidas, mas com muitos desafios para abordagem. “Falar
da vacina do HPV ainda é um desafio pra gente já que muitas mães ainda
acreditam que ela dará liberdade para que as filhas tenham uma vida sexual e
isso não é verdade, mas a palestra gira mesmo em torno de ensinar as meninas a
usarem um preservativo”, explica a coordenadora.
“Desde quando eu era menor, via as meninas mais velhas aqui na escola fazendo o Menarca e fiquei interessada. Entre as dúvidas mais frequentes nas palestras, geralmente, estão os questionamentos relacionados ao ato sexual: sexual oral ou anal, se engravida ou não”, conta Giulia Karoline, 16 anos, que há dois anos participa do projeto. Meninas de 12 a 15 anos estão entre as principais participantes das palestras. No início, a média de idade era de 13 a 15, mas à medida que o tempo foi passando, a realidade foi mostrando à necessidade de se estender a faixa etária. Quando as menores estão no grupo, a abordagem ao início da vida sexual é adaptada para que não haja o entendimento que esse poderia ser um estimulo para a prática. No entanto, quando as palestras saem da escola e vão até algumas entidades ou outros colégios, também participam meninas de até 18 anos que necessitam de esclarecimentos. Porém, o foco do projeto são as adolescentes.
Se houver necessidade, o atendimento pode se estender após as palestras. Não há limites para levar a informação personalizada. Até as redes sociais ajudam, como explica Maria Cristina Stemmler, 15 anos, ha três no Menarca. “Quando tem uma pergunta que a gente não sabe responder, a gente anota e leva para a escola, conversa com a ginecologista para responder e normalmente a gente anota o número da menina que perguntou e responde ou pelo whatsapp ou pelo Facebook pra ela”.
“Desde quando eu era menor, via as meninas mais velhas aqui na escola fazendo o Menarca e fiquei interessada. Entre as dúvidas mais frequentes nas palestras, geralmente, estão os questionamentos relacionados ao ato sexual: sexual oral ou anal, se engravida ou não”, conta Giulia Karoline, 16 anos, que há dois anos participa do projeto. Meninas de 12 a 15 anos estão entre as principais participantes das palestras. No início, a média de idade era de 13 a 15, mas à medida que o tempo foi passando, a realidade foi mostrando à necessidade de se estender a faixa etária. Quando as menores estão no grupo, a abordagem ao início da vida sexual é adaptada para que não haja o entendimento que esse poderia ser um estimulo para a prática. No entanto, quando as palestras saem da escola e vão até algumas entidades ou outros colégios, também participam meninas de até 18 anos que necessitam de esclarecimentos. Porém, o foco do projeto são as adolescentes.
Se houver necessidade, o atendimento pode se estender após as palestras. Não há limites para levar a informação personalizada. Até as redes sociais ajudam, como explica Maria Cristina Stemmler, 15 anos, ha três no Menarca. “Quando tem uma pergunta que a gente não sabe responder, a gente anota e leva para a escola, conversa com a ginecologista para responder e normalmente a gente anota o número da menina que perguntou e responde ou pelo whatsapp ou pelo Facebook pra ela”.
Preparação
– O Menarca tem parceria com uma psicóloga e
outra ginecologista que no início de cada ano, além de conversar com as
meninas sobre a importância do projeto, dá orientações específicas sobre a
abordagem das palestras e fazem atualizações dos assuntos em pauta. Esse
momento de treinamento dura, em média, dois meses. Todas as meninas que fazem
parte do projeto são voluntárias e, a cada ano, novas vagas são abertas na
escola para quem tenha interesse de aprender mais sobre os assuntos abordados e
que gostem de falar em público.
Para Rayla Silva, há dois anos no projeto, a participação fez diferença na própria vida. “Muitas coisas que eu aprendi no Menarca não sabia. Tinha muita vergonha de perguntar para a minha mãe. Hoje a gente conversa abertamente e eu me sinto bem de ajudar uma menina que vai levar aquilo pra vida dela”, comenta Rayla Silva, 16 anos.
MS para elas: Entre as ações desenvolvidas pelo Ministério da Saúde para meninas está a disponibilização da vacina contra o HPV que é ofertada para adolescentes de 9 a 13 anos durante todo o ano. A vacinação previne contra câncer do colo do útero, vulvar, vaginal e anal; lesões pré-cancerosas ou displásicas; verrugas genitais e infecções causadas pelo papilomavírus humano (HPV), contribuindo na redução da incidência e da mortalidade por esta enfermidade em todo o país.
Está disponível duas doses, sendo a segunda dose seis meses após a primeira. Também devem receber a vacina meninas e mulheres vivendo com HIV/Aids de 9 a 26 anos. Atualmente existem no Brasil cerca de 59 mil mulheres de 15 a 26 anos vivendo com HIV e aids. Para essas meninas e mulheres, o esquema vacinal consiste na administração de três doses. A segunda dose deve ser administrada dois meses depois da primeira e, a terceira, seis meses após a primeira.
Para Rayla Silva, há dois anos no projeto, a participação fez diferença na própria vida. “Muitas coisas que eu aprendi no Menarca não sabia. Tinha muita vergonha de perguntar para a minha mãe. Hoje a gente conversa abertamente e eu me sinto bem de ajudar uma menina que vai levar aquilo pra vida dela”, comenta Rayla Silva, 16 anos.
MS para elas: Entre as ações desenvolvidas pelo Ministério da Saúde para meninas está a disponibilização da vacina contra o HPV que é ofertada para adolescentes de 9 a 13 anos durante todo o ano. A vacinação previne contra câncer do colo do útero, vulvar, vaginal e anal; lesões pré-cancerosas ou displásicas; verrugas genitais e infecções causadas pelo papilomavírus humano (HPV), contribuindo na redução da incidência e da mortalidade por esta enfermidade em todo o país.
Está disponível duas doses, sendo a segunda dose seis meses após a primeira. Também devem receber a vacina meninas e mulheres vivendo com HIV/Aids de 9 a 26 anos. Atualmente existem no Brasil cerca de 59 mil mulheres de 15 a 26 anos vivendo com HIV e aids. Para essas meninas e mulheres, o esquema vacinal consiste na administração de três doses. A segunda dose deve ser administrada dois meses depois da primeira e, a terceira, seis meses após a primeira.
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Gabi
Kopko, para o Blog da Saúde
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