Os
cientistas identificaram as células mais afetadas pelos micro-organismos. Ao
detectar os grupos mais lesados, os pesquisadores partiram para uma observação
da azitromicina sobre eles.
O
alto número de pessoas infectadas pelos vírus transmitidos através do
mosquito Aedes aegypti deixou a população em alerta total
neste ano. Diante da relação entre zika e microcefalia, muitas
mulheres adiaram até mesmo o sonho da gravidez. De acordo com Ministério da
Saúde, já são 1.489 casos de bebês nascidos com a doença.
Diante
do cenário atual, a comunidade científica estuda possibilidades de evitar a
microcefalia em bebês de mulheres que foram infectadas pelo zika vírus.
Pesquisadores da Universidade da Califórnia, dos Estados Unidos, sugerem que
o antibiótico azitromicina seria capaz de
frear os danos causados pelos micro-organismos às células do sistema nervoso
fetal.
Microcefalia x azitromicina
A
pesquisa conduzida nos Estados Unidos teve por objetivo mapear o caminho que
o zika vírus percorre no corpo da mãe até chegar
ao sistema nervoso do bebê. Para isso, os cientistas identificaram as células
mais afetadas pelos micro-organismos. Ao detectar os grupos mais lesados, os
pesquisadores partiram para uma observação da azitromicina sobre eles.
A
descoberta mostrou que os grupos celulares atingidos pela ação do zika são os
trofoblastos, presentes no sangue materno e nas células uterinas, além
das células-tronco, os astrócitos e as micróglias,
encontrados no cérebro. A partir da constatação, os pesquisadores administraram
o antibiótico para checar se ele poderia de bloquear os danos.
Nas
células infectadas da placenta e do cérebro, havia uma grande quantidade de
um receptor viral específico, chamado AXL. Por meio da
azitromicina, foi constatado que era possível bloqueá-lo, reduzir a infecção e
inibir a proliferação do vírus – a ponto de impedir as alterações nas células
responsáveis por ocasionar o quadro de microcefalia.
Papel do antibiótico
A
azitromicina é um antibiótico comum, geralmente utilizado para
tratar infecções de vias respiratórias, do ouvido, da pele e até de algumas
doenças sexualmente transmissíveis. O que não se sabe ao certo é como funciona
o mecanismo de ação do medicamento para coibir os danos do zika.
Mesmo
sem saber exatamente o porquê, os cientistas apontam que a administração do
antibiótico poderia ser uma solução para evitar danos ocasionados pelo zika
vírus nas grávidas. Seria, portanto, um mecanismo de prevenção contra as malformações,
enquanto a vacina ainda não é uma realidade.
É
necessário ressaltar, porém, que a estudo foi realizado in vitro: os
pesquisadores fizeram intervenções em fragmentos de tecidos em
laboratório e não em animais ou humanos. Assim, indicar a administração de
azitromicina em mães infectadas, por enquanto, ainda seria uma medida muito
precoce.
Neste
contexto, partir para o uso de antibióticos na gravidez diante de uma suspeita
de infecção por zika não é a medida indicada. A orientação é manter o
acompanhamento pré-natal e seguir apenas as orientações do seu médico
de confiança. Assim, você evita quaisquer riscos à sua saúde e a do
bebê.
Autor: Redação Doutíssima
Fonte: Redação Doutíssima
Fonte: Redação Doutíssima
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