O Programa Mais Médicos foi
considerado uma das boas práticas relevantes para a implementação dos Objetivos
de Desenvolvimento Sustentável (ODS). A informação consta da publicação “Good
Practices in South-South and Triangular Cooperation for Sustainable
Development” (em português: ‘Boas Práticas de Cooperação Triangular Sul-Sul
para o Desenvolvimento Sustentável’), primeira de uma série desenvolvida pelo
Escritório das Nações Unidas para a Cooperação Sul-Sul e pelo Programa das
Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
A iniciativa do governo
brasileiro contempla o terceiro Objetivo de Desenvolvimento Sustentável –
“Saúde de qualidade”: assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar de
todos, em todas as idades. O programa foi criado em 2013 com o objetivo de
suprir a carência de médicos nos municípios do interior e nas periferias das
grandes cidades brasileiras.
A Representação da Organização
Pan-Americana da Saúde (OPAS) e da Organização Mundial da Saúde (OMS) no Brasil
colabora com a iniciativa intermediando a vinda de médicos de Cuba para atuar
em unidades básicas de saúde do país.
Segundo a publicação, um dos
grandes desafios do Brasil era assegurar à população, assim como disposto em
sua Constituição Federal, o acesso universal à saúde – considerando que grandes
disparidades persistem e uma parcela considerável de pessoas ainda não tinha
acesso a profissionais médicos.
Antes do programa, cinco
estados brasileiros possuíam menos de um médico para cada mil pessoas, enquanto
700 municípios não dispunham de nenhum médico na atenção básica. Quase três
anos após o início do Mais Médicos, foram preenchidas 18.240 vagas em 4.058
municípios e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI).
A iniciativa também
possibilitou que, pela primeira vez na história,700 municípios localizados em
áreas remotas do Brasil passassem a ter médico residente para atendimento na
atenção básica. Dados do Ministério da Saúde brasileiro apontam que o Mais
Médicos beneficia atualmente 63 milhões de pessoas.
De acordo com a publicação da
ONU, o Programa Mais Médicos “é potencialmente benéfico em qualquer país que
decidisse adotá-lo”. Estados-membros da OPAS já demostraram interesse em
relação ao programa.
Portal OPAS/OMS
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