Com a chegada de cubanos e
brasileiros formados no exterior, Ministério da Saúde garante continuidade do
atendimento. Edital publicado nesta sexta-feira (22) seleciona 502 médicos
Até o fim de agosto chegarão
aproximadamente 1.500 profissionais para ocupar vagas em aberto do Programa
Mais Médicos em todo o país. O anúncio foi feito, nesta sexta-feira (22), em
Brasília (DF), pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, durante o encontro com
médicos brasileiros formados no exterior e cubanos que vão atuar no
Programa.
“A estratégia do Programa Mais
Médicos trará resultados permanentes para o Brasil. O Mais Médicos é um
programa permanente, os bolsistas são transitórios até que se completem os
objetivos de colocar médicos bem formados e qualificados, atendendo a população
nos mais distantes locais do país”, afirmou Ricardo Barros.
Desses, cerca de 600 já estão
no país participando do acolhimento e regularizando a documentação antes de se
deslocarem diretamente aos municípios de atuação. Entre os médicos que chegaram
a Brasília, 300 são cubanos. A previsão é que mais 250 cheguem ainda nesta
semana e outros voos no mês de agosto, totalizando 1.200 profissionais de
Cuba.
Em reunião no dia 15 de julho,
com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e representantes do governo de
Cuba, o Ministério da Saúde prorrogou a permanência dos profissionais, que
encerrariam as atividades em julho, para até novembro deste ano, garantindo a
continuidade do atendimento à população nas cidades durante o período eleitoral
e dos Jogos Olímpicos.
As vagas desocupadas por
médicos brasileiros e de outras nacionalidades selecionadas por edital são
repostas por meio de chamadas trimestrais. No caso dos médicos cubanos, a
substituição é feita diretamente pela Opas com o governo de Cuba. A
continuidade da reposição foi um compromisso assumido desde o início da gestão
do ministro da Saúde, Ricardo Barros, para atender o apelo dos gestores
municipais para não deixar desassistida a população dos locais onde esses
médicos atuavam.
NOVO EDITAL – O
ministro da Saúde, Ricardo Barros, também anunciou a publicação de novo edital
para seleção de médicos para reposição das vagas desocupadas desde o último
processo de seleção, realizado em abril. Serão mais 502 vagas em 393
municípios. Com prioridade, os médicos brasileiros terão até o dia 27 de julho
para se candidatar pelo endereço http://maismedicos.gov.br/ a
um dos postos de atuação.
Havendo vagas remanescentes,
os médicos brasileiros formados no exterior terão oportunidade de participar do
programa, só depois serão convocados os profissionais estrangeiros e os médicos
da cooperação com a Opas.
ACOLHIMENTO – Os
médicos graduados fora do Brasil selecionados no edital anterior passarão por
período de acolhimento com duração de três semanas, a ser realizado entre 15 de
julho a 5 de agosto, em Brasília (DF). O módulo aborda aspectos do Sistema
Único de Saúde, com enfoque especial na atenção básica, doenças prevalentes no
Brasil, conhecimentos linguísticos e de comunicação, aspectos éticos e legais
da prática médica.
Somente poderão participar do
Mais Médicos os profissionais que forem aprovados na avaliação realizada
durante o acolhimento. A previsão é que 305 médicos comecem a chegar aos 226
municípios e 1 distrito indígena no dia 8 de agosto. Além disso, os
profissionais farão mais uma semana de acolhimento no município em que irá
atuar, para conhecer melhor o sistema de saúde local. Os profissionais
iniciarão as atividades nas unidades básicas de saúde a partir do dia 15 de
agosto.
SOBRE O PROGRAMA – Criado
em 2013, o Programa Mais Médicos ampliou à assistência na Atenção Básica
fixando médicos nas regiões com carência de profissionais. Além do provimento
emergencial de médicos, a iniciativa prevê ações voltadas à infraestrutura e
expansão da formação médica no país.
No eixo de infraestrutura, o
governo federal está investindo na expansão da rede de saúde. São mais de R$ 5
bilhões para o financiamento de construções, ampliações e reformas de 26 mil
Unidades Básicas de Saúde (UBS).
Já as medidas relativas à
expansão e reestruturação da formação médica no país, que compõem o terceiro
eixo do programa, preveem a criação, até 2017, de 11,5 mil novas vagas de
graduação em medicina e 12,4 mil vagas de residência médica para formação de
especialistas com o foco na valorização da Atenção Básica e outras áreas
prioritárias para o SUS.
Por Murilo Caldas, da Agência
Saúde
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