Destaques

domingo, 20 de novembro de 2016

Um em 4 distritos paulistanos tem transmissão local de chikungunya

Um em cada quatro distritos da cidade de São Paulo já tem transmissão interna do vírus chikungunya, conforme dados apresentados na sexta-feira (18) pela Secretaria Municipal da Saúde. Nos dez primeiros meses do ano, foram confirmados 41 casos autóctones (de transmissão interna) da doença. Eles estão distribuídos em 23 dos 96 bairros, nas cinco regiões da cidade. Outros 347 casos importados foram registrados e 512 estão em investigação.

O distrito com mais relatos confirmados é o Sacomã (zona sul), com oito registros, seguido por Tremembé e Vila Maria, ambos na zona norte e com 3 casos cada um. Até o ano passado, a cidade nunca havia tido casos autóctones desse vírus.

A secretaria informou ainda que foram confirmados nove casos autóctones de zika no município, além de 195 que seguem em investigação. "Apesar da queda no número de casos de dengue, temos de manter o alerta para combater o Aedes aegypti em toda a cidade. É muito importante ter esse alerta com a febre chikungunya porque é uma doença que pode trazer um quadro crônico, com sintomas que podem durar vários meses", disse o secretário municipal da Saúde de São Paulo, Alexandre Padilha.

Os dados atualizados de dengue, também apresentados ontem, mostram que o número de casos confirmados da doença caiu 85% entre o ano passado e este ano, passando de 100,4 mil relatos em 2015 para 15,9 mil em 2016. As mortes também diminuíram. Foram sete vítimas neste ano, ante 25 em todo o ano passado.

Para Padilha, a queda nos casos de dengue se deve a novas medidas adotadas neste ano pela Prefeitura para evitar o avanço do Aedes e maior conscientização da população no combate aos criadouros do mosquito. Entre as ações municipais estão o uso de drones para monitoramento de imóveis fechados que eram denunciados por abrigar criadouros, o uso de larvicida em pontos estratégicos da capital e a utilização do teste rápido da dengue, que, segundo Padilha, possibilitou à secretaria agir de forma mais ágil nos distritos onde muitos casos eram diagnosticados pelo exame.

O gestor também destacou a aprovação da lei que autoriza a entrada à força nos imóveis abandonados ou de moradores que se negarem a abrir a porta para os agentes municipais. Mesmo com a legislação, apenas oito ingressos forçados foram feitos neste ano.

"Vamos manter as mesmas ações no planejamento para o próximo verão", declarou Padilha, que disse já estar em contato com Wilson Pollara, futuro secretário da Saúde da gestão João Doria (PSDB). "Os recursos orçamentários para as medidas estão garantidos e o novo secretário disse que vai seguir o planejamento, até porque o plano está alinhado com o que prevê o Estado e o ministério."

A secretaria não quis fazer projeções sobre o número estimado de casos de dengue, chikungunya e zika para 2017, mas divulgou pesquisa feita em imóveis sobre o índice de criadouros e infestação de larvas do Aedes encontrados em imóveis paulistanos. Embora os índices de recipientes com larvas tenham caído em relação ao ano passado, a taxa de reservatórios com água parada cresceu. A maioria das larvas foi encontrada em depósitos usados para armazenar água.

UOL


Fundos de capital privado são alternativa à crise para empresas inovadoras

O atual ciclo recessivo da economia brasileira, iniciado em dezembro de 2014, atingiu em setembro o segundo pior resultado da história. Já dura nove trimestres e acumula queda de produtividade de 7,9%. O efeito dominó do desaquecimento da economia se reflete em queda de investimentos em diversos setores, entre eles o de ciência, tecnologia e inovação (CT&I). Com poucos recursos públicos para fomentar as atividades de pesquisa e desenvolvimento (P&D), um dos principais mecanismos para as empresas inovadoras tocarem seus negócios são os fundos de investimentos privados.

De acordo com um estudo feito pela Associação Brasileira de Private Equity & Venture Capital (Abvcap), o capital comprometido vem crescendo de forma consistente nos últimos quatro anos. Em 2012, esse valor era de 52,7 bilhões e atingiu, em 2015, a marca de R$ 102,4 bilhões. Atualmente há cerca de 800 fundos atuantes no Brasil.

Os fundos de Private Equity e de Venture Capital são mecanismos que compram ações, entre 5% e 20%, de companhias que apresentam negócios inovadores e com potencial de crescimento em escala local regional e global. A diferença entre eles é o porte da empresa. O Venture Capital é voltado para empresas de pequeno e médio porte, com faturamento anual entre R$ 5 milhões e R$ 100 milhões. Já o Private Equity visa empreendimentos consolidados com faturamento anual na casa dos R$ 100 milhões.

Esses fundos são uma importante ferramenta para impulsionar negócios no ecossistema de inovação brasileiro, principalmente de startups. Os recursos financiam as primeiras expansões e levam o negócio a novos patamares no mercado.

Nesta segunda-feira (17), a Conferência da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores dedicou um painel para aproximar os gestores de ambientes de inovação – como parques tecnológicos e incubadoras e aceleradoras de empresas – dos fundos de Venture Capital e trocar experiências sobre como atrair esses recursos.

Para o presidente da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), Jorge Audy, no modelo atual de empreendedorismo inovador, os agentes investidores são fundamentais. “Estes recursos são importantes para manter o setor em crescimento. O ecossistema brasileiro de inovação está em crescimento e precisa de investimentos para continuar competitivo”, disse o presidente da Anprotec, na abertura do painel.

A maior parte dos fundos de Venture Capital tem sede no Rio de Janeiro e em São Paulo. A concorrência para acessar os investimentos é grande, mas as chances são iguais para todos. Os critérios apontados pelos investidores como determinantes para o aporte no projeto são inovação, diferenciais competitivos relevantes, mercado abrangente, equipe qualificada e potencial de rentabilidade.

“Os pontos fundamentais que os fundos de investimento procuram são: um empreendedor que tem sede de crescer e mercado escalável. É preciso alguém com vontade de ganhar dinheiro. Tem que ser um negócio que cresça  em um ritmo maior que o desenvolvimento normal das coisas.”, disse o membro do Conselho Deliberativo da Abvcap, Clóvis Meurer, em entrevista à Agência CT&I.

Desafios e oportunidade
Um dos desafios do mercado de Venture Capital e Private Equity é a cultura do empreendedorismo. A avaliação é do CEO da Bran Ventures, Marcelo Almeida, que é o consultor operacional do Primatec, fundo lançado em 2015 pela Finep para investir em empresas de base tecnológica vinculadas à incubadoras de empresas ou parques tecnológicos.

“Muitas vezes o empreendedor não entende que o investidor é um sócio. Eles terão um relação direta no dia a dia. O papel do investidor não é só aportar dinheiro. Ele está lá para ajudar no processo de inovação e negócios, dando dicas e apontando onde o negócio deve ser aprimorado. Isso é reflexo da baixa cultura do brasileiro em empreender.”

O Primatec, que administra R$ 100 milhões, tem como diferencial “transformar” parques e incubadoras em parceiros locais do fundo. “Esse modelo faz com que eles nos ajudem a  prospectar negócios e a acompanhar os resultados. E serão remunerados por isso, com base em resultados”, afirmou.

De acordo com Clóvis Meurer, os gestores dos ambientes de inovação podem desempenhar um importante papel na atração desses investimentos. “Os parques deveriam buscar investidores locais e regionais para fazer a primeira aplicação de recursos no empreendimento. Esse é um caminho interessante que facilita a vinda dos fundos maiores para colocar dinheiro.”

Modalidades
Além do Private Equity e do Venture Capital, os investidores privados também utilizam o capital semente para impulsionar as atividades de empresas. O público alvo dessa ferramenta são os novos negócios. Muitas vezes, são ainda ideias ou projetos no papel. Na outra ponta, estão pessoas ou instituições que buscam altos retornos e estão dispostas a correr riscos, conhecidos como investidores anjos. Eles buscam, preferencialmente, empresas inovadoras e de base tecnológica, as startups.
(Felipe Linhares, da Agência Gestão CT&I)


Brasileiros e britânicos desenvolvem tecnologia para detecção de diversas doenças

Pesquisadores do Instituto de Química da Universidade Estadual Paulista (Unesp) desenvolveram em parceria com colegas da University of Oxford, da Inglaterra, uma plataforma tecnológica que pode resultar na criação de biossensores ultrassensíveis para o diagnóstico rápido e precoce de uma série de doenças, como câncer de mama e de próstata, mal de Parkinson, Alzheimer, entre outras.

“A plataforma tecnológica que temos desenvolvido é tão sensível que permitiria detectar câncer de próstata, por exemplo, em um estágio muito inicial, quando ainda há poucas células cancerígenas em circulação e que seriam impossíveis de serem diagnosticadas por meio de uma biópsia, por exemplo”, explica o professor da Unesp de Araraquara e coordenador do projeto, Paulo Roberto Bueno.

O método consiste na medição da presença de anticorpos específicos, proteínas ou outros biomarcadores (parâmetros biológicos mensuráveis que permitem conhecer o estado de uma doença ou a resposta a um fármaco) numa amostra de sangue ou outros tipos de amostras biológicas por meio de eletrodos em escala microscópica.

“Esse processo nos permite criar um sistema ultrassensível e altamente seletivo para determinar a presença de moléculas biológicas de interesse clínico em uma amostra de sangue, por exemplo”, afirmou Bueno.

A fim de identificar apenas um tipo de molécula de interesse dentre milhares de outras presentes na amostra de sangue de um paciente, o sistema faz uma análise espectroscópica de substâncias baseada na produção e interpretação de seus espectros de capacitância (grandeza elétrica).
K
“Essa tecnologia também permite a combinação de vários eletrodos para detectar a presença e quantificar diversos biomarcadores simultaneamente, como os associados ao câncer de próstata”, exemplificou o pesquisador.

O principal biomarcador da doença é o Antígeno Prostático Específico (PSA) que, em níveis elevados, indica o desenvolvimento desse que é o segundo tipo de câncer que mais causa mortes de homens no Brasil – atrás apenas do câncer de pulmão. Os níveis de PSA, contudo, podem variar naturalmente.

A fim de determinar o risco de um paciente desenvolver câncer de próstata, o método pode rastrear ao mesmo tempo o PSA e outros biomarcadores, como o PSA total e uma proteína chamada PAP, também relacionada à doença. Se o sistema detectar que todas essas três proteínas estão variando de forma constante e concomitante em um determinado paciente, o médico pode identificar o risco de desenvolvimento da doença e encaminhá-lo para um tratamento preventivo. “O mesmo conceito é válido para outras doenças degenerativas, como o mal de Parkinson e Alzheimer, que necessitam de diagnóstico precoce”, avaliou.

Os pesquisadores vislumbram a possibilidade de utilizar a tecnologia para fazer diagnóstico emergencial de outras doenças, como a dengue e as causadas pelo Zika vírus, no local de ocorrência.

Em vez de coletar a amostra de sangue de um paciente com suspeita de infecção pela dengue ou Zika vírus e enviá-la a um laboratório para análise – o que pode demorar semanas –, o método poderia ser usado para analisar a amostra na própria residência por agentes de saúde.

Os resultados dos exames poderiam ser encaminhados via internet para um hospital da região onde o paciente seria encaminhado para tratamento.

Bueno explica que, além de agilizar o diagnóstico, o método pode ser útil para mapear focos dessas doenças e alertar o sistema de saúde, por meio da criação de um banco de dados inteligente, possível de ser atualizado diariamente.

Potencial de mercado

A tecnologia resultou em cinco patentes, depositadas pela University of Oxford em cotitularidade com a Unesp e divididas entre pesquisadores das duas instituições.

De olho no potencial de mercado do sistema, a universidade britânica fundou um spin-off – empresa nascente de base tecnológica derivada de uma instituição de pesquisa –, chamada Oxford Impedance Diagnostics, que licenciou três das cinco patentes e pretende ampliar o desenvolvimento da plataforma tecnológica.

A startup obteve um financiamento “semente” (seed money) de 2 milhões de libras esterlinas – equivalente a quase R$ 7 milhões – de investidores, incluindo fundos de investimento da própria University of Oxford, e investidores “anjos”.

“O modelo de negócios da empresa indica que em até oito anos devem ser criados alguns testes rápidos que serão comercializados internacionalmente para detecção de uma série de doenças com base na plataforma tecnológica que estamos desenvolvendo”, afirmou Bueno.

(Agência Gestão CT&I/ABIPTI, com informações da Fapesp)


Toledo (PR) terá nova Faculdade de Medicina e hospital

A abertura de novos cursos de medicina no país faz parte das ações do programa Mais Médicos. A nova unidade hospitalar do município deverá contar com recursos do Ministério da Saúde para manutenção dos serviços prestados à população

O Ministro da Saúde, Ricardo Barros, participou neste sábado (19) às 15h, em Toledo (PR), do lançamento da Pedra Fundamental do novo campus da faculdade de Medicina da Universidade Federal do Paraná (UFPR). A unidade será instalada dentro do Parque Científico e Tecnológico de Biociências (BIOPARK) com previsão de conclusão até 2018. O projeto BIOPARK prevê também a construção de uma nova unidade do Hospital Bom Jesus, gerido pela Associação Beneficente de Saúde do Oeste do Paraná (HOESP).

Para o ministro da Saúde, Ricardo Barros, “a abertura do curso está alinhada à estratégia de ampliação e interiorização da formação médica, promovida pelos ministérios da Saúde e da Educação por meio do Programa Mais Médicos”.

A respeito da instalação de um novo Hospital Bom Jesus no município de Toledo, Barros apontou que o Ministério da Saúde deve apoiar a manutenção da unidade. “Evidentemente que, com a instalação do novo hospital e de novos serviços que serão colocados à disposição da população, o Ministério poderá credenciar e dar o custeio da operação dessas novas ofertas de serviços de saúde”, assegurou.

CURSO DE MEDICINA – Iniciado em março deste ano, o curso de medicina da UFPR no campus de Toledo é o primeiro da cidade. No primeiro vestibular, realizado em 2015, em conjunto com toda a UFPR, foram ofertadas 60 vagas anuais. O novo campus que será construído no BIOPARK, com sede própria, permitirá ampliar a oferta dessas vagas.

Segundo a instituição, mais de 90% dos alunos são paranaenses e, por meio de uma parceria com a prefeitura, desde o primeiro semestre os alunos desenvolvem atividades nas unidades de saúde do município. Esta situação evidencia que a possibilidade de formação na região/cidade natal é atrativa, e pode promover maior fixação dos profissionais formados no interior do país. A interiorização do atendimento médico por meio da expansão direcionada da formação é uma diretriz do governo federal por meio do Mais Médicos.

A abertura de 37 cursos de medicina em cidades fora do eixo das capitais aparece como uma das mais importantes ações do programa Mais Médicos. Os municípios que receberão seu primeiro curso de medicina foram selecionados criteriosamente pelo Ministério da Saúde, de modo a garantir a estrutura necessária para receber os novos alunos. Juntas, as 37 escolas abrirão 2.355 vagas, sendo 215 delas em quatro cidades paranaenses selecionadas – Campo Mourão (50), Guarapuava (55), Pato Branco (50) e Umuarama (60). Após a assinatura dos termos de compromisso, as instituições de ensino têm 18 meses para implantar o curso. Este processo é monitorado pelo MEC.

HOSPITAL BOM JESUS – O Hospital é referência no atendimento de doença renal, crônica, cardiologia, cirurgia reparadora, oncologia e transplante. A unidade também oferece atendimento de pré-natal, psicossocial, fisioterapia, hemoterapia, traumatologia e ortopedia. O Ministério da Saúde repassou, em 2015, cerca de 10,7 milhões de custeio para a Unidade. Para o município de Toledo, foram repassados R$ 4,2 milhões pelo Teto MAC para custeio das ações de média e alta complexidade.

Por Nicole Beraldo e Priscila Silva, da Agência Saúde


sábado, 19 de novembro de 2016

Câmara divulga vencedores do Prêmio Brasil Mais Inclusão 2016

Cinco entidades e cinco personalidades que desenvolvem ações em favor das pessoas com deficiência receberão, em 7 de dezembro, o Prêmio Brasil Mais Inclusão, da Câmara dos Deputados.

Os vencedores foram escolhidos pelo Conselho Deliberativo do Prêmio, formado pelo segundo-secretário da Câmara, deputado Felipe Bornier Pros-RJ), pela terceira-secretária, deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP), por titulares da Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência e por deputados representantes dos partidos indicados por seus respectivos líderes.

As empresas e entidades escolhidas na edição de 2016 foram:
- Anglo American Minério Ferro Brasil S/A – Belo Horizonte (MG);
- Associação Serrana dos Deficientes Físicos – Lages (SC);
- Associação dos Deficientes Físicos do Estado do Rio Grande do Norte – Natal (RN);
- Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD) – Centro de Reabilitação Hebe Camargo - Campina Grande (PB); e
- Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Colinas – Colinas do Tocantins.
As cinco personalidades vencedoras são:
- Instituto São Rafael – Belo Horizonte (MG);
- Memorial da Inclusão: os Caminhos da Pessoa com Deficiência – São Paulo (SP);
- Daniel José Dias Auer – Ponta Grossa (PR);
- Alex Garcia – Porto Alegre (OS); e
- Alice Rocha – São Caetano do Sul (SP).
Histórico
Criado em 2015, o Prêmio Brasil Mais Inclusão foi pioneiro ao permitir, pela primeira vez, a participação da sociedade civil de forma direta e sem intermediários.
Empresas e entidades como ONG's e OSCIP's puderam se inscrever pela internet, em processos simplificados, de forma virtual e gratuita.
 
Da Redação/RN, Agência Câmara Notícias'


Telemetria da McLaren será usada para monitorar pacientes

Aproveitar os inúmeros avanços no campo dos sensores, que produzem dados que ainda não são totalmente analisados

Análise preditiva
O Instituto Nacional de Neurociências de Cingapura e a fabricante de carros de corrida McLaren assinaram um convênio que permitirá usar a tecnologia de telemetria dos carros para ajudar a melhorar o atendimento aos pacientes hospitalizados.

Durante um fim de semana de Grande Prêmio, a equipe de corrida da McLaren-Honda capta uma média de 12 bilhões de dados em tempo real, produzidos por mais de 300 sensores incorporados nos seus dois carros.

A análise especializada desses dados - uma técnica conhecida como análise preditiva - permite que a equipe veja o que está acontecendo em tempo real e tome medidas para otimizar o desempenho ou corrigir algo que está saindo errado.

A expectativa é que essa tecnologia torne-se particularmente útil nos campos da saúde e da pesquisa clínica.

Telemetria humana
Os primeiros esforços vão se concentrar na coleta e análise dos dados dos equipamentos e sensores ligados aos pacientes, permitindo analisar e tratar pessoas vitimadas por problemas neurológicos, tais como lesões na cabeça, neurotraumas e hidrocefalia.

As condições neurológicas que afetam o cérebro, a coluna, os nervos e os músculos manifestam-se frequentemente na forma de movimentos anormais do paciente. A tecnologia será usada para capturar dados precisos sobre os movimentos desses pacientes, permitindo aos clínicos e engenheiros fazerem uma interpretação detalhada da marcha e das características físicas e fisiológicas dos pacientes em relação às suas condições neurais.

O resultado final deverão ser estratégias e terapias projetadas para o tratamento individualizado de cada paciente.

"Exatamente como a equipe de corrida da McLaren-Honda otimiza o desempenho dos seus carros com dados e análises, os médicos [do nosso Instituto] esperam fazer o mesmo para que nossos pacientes melhorem sua qualidade de vida," disse o Dr. Jai Rao, um dos responsáveis pelo convênio.


O risco de falar de doenças usando metáforas de guerra e vitória

Cuidar da saúde não é guerra

Nosso cérebro não é um palco de guerra, e as metáforas de embate prejudicam os doentes, defende pesquisador

Falar sobre um problema de saúde fazendo comparações com a guerra é muito comum quando cientistas, médicos e pesquisadores tentam explicar seus esforços - e a comparação é feita tanto quando eles falam aos meios de comunicação de massa, quanto quando apresentam trabalhos em congressos para seus pares.

Embora isso possa motivar esforços para lidar com a questão, esse tipo de linguagem e as mensagens que ela passa também podem criar medo e estigma, transformar os pacientes em vítimas e desviar recursos que seriam melhor aplicados na prevenção, de um lado, ou em cuidados de importância crítica, de outro.

Essas conclusões foram apresentadas pelo Dr. Daniel George, da Escola de Medicina da Universidade da Pensilvânia (EUA).

"Se aplicadas de maneira descuidada, metáforas de guerra podem iludir nosso senso do que é possível terapeuticamente, e dar falsa esperança para as pessoas e cuidadores que estão sofrendo", argumenta ele.

Metáforas de resistência
George e seus colegas argumentam que as metáforas e narrativas que tratam a doença como algo a ser atacado pode ser socialmente prejudicial para as pessoas afetadas.

Embora seu uso até seja proveitoso quando se lida com doenças infecciosas causadas por patógenos específicos, que causam surtos ou epidemias, essas metáforas tornam-se problemáticas quando se tenta discutir diversas síndromes associadas à idade, como Alzheimer ou Parkinson, que podem não ser completamente curáveis.

Desta forma, as metáforas de guerra na medicina podem levar a modos de pensar que podem não ser em nada produtivos, nem cientificamente e menos ainda socialmente.

A sugestão de George e seus colegas é que cientistas, médicos e demais profissionais de saúde avancem para diferentes tipos de metáforas - de um tipo que encoraje o uso de palavras como "retardar" ou "adiar" a progressão da doença, em vez de "prevenir" ou "curar", além de enfatizar a construção de uma "resiliência" em relação aos processos de envelhecimento no cérebro, em vez de visar a "vitória absoluta" sobre uma doença.

Metáforas de guerra podem iludir nosso senso do que é possível terapeuticamente e dar falsa esperança para as pessoas e cuidadores que estão sofrendo .Dr. Daniel George

Guerra contra o inimigo errado
O uso das metáforas de guerra é particularmente comum nas referências à doença de Alzheimer, diz George, argumentando que elas devem ser substituídas por mensagens de resiliência contra uma condição complexa, associada à idade, que pode não ser completamente derrotável.

Apesar de décadas de falhas no desenvolvimento de medicamentos contra o Alzheimer, a atenção dos cientistas continua a se concentrar em drogas que "atacam" um composto molecular chamado beta amiloide, com o objetivo de curar a doença, quando os estudos mais recentes mostram que as beta-amiloides podem nem mesmo ser "inimigas".

As pesquisas, afirma George, mostram que o aparecimento das placas de amiloide não se correlaciona com os sintomas clínicos do Alzheimer, além do que essas placas têm sido repetidamente encontradas nos cérebros de um terço dos idosos normais, que não desenvolvem a doença, o que sugere que as placas de amiloide podem ser, no mínimo um sintoma, e não uma causa do dano neurológico.

Com isto, um número crescente de pesquisadores acredita que declarar "guerra" contra a doença de Alzheimer "atacando" as placas de amiloides beta pode, em última instância, ser um exercício de autoagressão - e que a insistência nessa linha de pesquisas está drenando recursos que poderiam ser dirigidos para outras abordagens.

Redação do Diário da Saúde, Imagem: Allan Ajifo/Wikimedia


Drogas psicotrópicas não curam transtornos mentais, dizem especialistas

Efeito passageiro
Os medicamentos atualmente disponíveis não conseguem aliviar permanentemente os sintomas dos transtornos mentais.

Esta é a conclusão de Jürgen Margraf e Silvia Schneider, da Universidade Ruhr (Alemanha), em um artigo publicado na revista médica EMBO Molecular Medicine.

Segundo eles, o efeito dessas drogas são de curta duração.

Outra pesquisa recente identificou todos os efeitos adversos conhecidos dos antidepressivos, disponível no link: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=todos-efeitos-adversos-conhecidos-antidepressivos&id=11651

Efeitos negativos
Margraf e Schneider compilaram amplas evidências sugerindo que os antidepressivos, ansiolíticos e medicamentos contra hiperatividade (TDAH) têm apenas um efeito de curto prazo: se os pacientes interromperem o tratamento, os sintomas retornam.

Além disso, o uso desses medicamentos a longo prazo pode ter um efeito negativo, por exemplo o aumento do risco de uma doença crônica ou maior incidência de recaídas.

Psicoterapia
De acordo com a análise, alternativas como a psicoterapia, ou terapia comportamental cognitiva, apresentam resultados muito melhores e mais sustentáveis a longo prazo.
"O principal problema com a psicoterapia não é a sua eficácia ou seus custos, mas sua disponibilidade insuficiente," argumenta a Dra. Silvia Schneider.
Enquanto as drogas psicotrópicas podem ser aplicadas de imediato, os pacientes muitas vezes têm de esperar muito tempo para a sua primeira consulta com um terapeuta.


Conceitos biológicos são insuficientes
Os dois pesquisadores discutem as razões para a falta de melhores terapias contra essas condições, apesar de pelo menos 60 anos de pesquisas. Em sua opinião, uma das razões pode ser a noção inadequada de que os transtornos mentais possam ser explicados apenas por conceitos biológicos.

"Hoje, tornou-se padrão dizer aos pacientes e ao público que os transtornos mentais são causados por um desequilíbrio no sistema neurotransmissor", contesta Margraf. Contudo, ainda não está claro se este fenômeno é a causa ou o efeito das doenças. Por isto, os fatores sociais não devem ser negligenciados.

De acordo com Schneider e Margraf, as categorias rígidas de "doente" e "saudável" também não são úteis em nada no que diz respeito aos transtornos mentais, que se manifestam de muitas formas diferentes.

[Imagem: Wikimedia, University of Cambridge, Diário da Saúde


Profissionais de saúde deverão indicar nome genérico ao prescreverem remédios

Profissionais de saúde deverão prescrever medicamentos para uso humano pelo nome genérico. Proposta em análise na Câmara define que a receita deve adotar a denominação comum brasileira. O projeto já foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça. O relator na comissão, deputado Juscelino Filho, do Democratas do Maranhão, explicou que a proposta também determina que os médicos escrevam as receitas com letra legível para evitar problemas na hora da compra do medicamento pelo paciente.

Juscelino Filho destacou que a prescrição dos medicamentos pelo nome comum vai facilitar a compra dos medicamentos genéricos que, por serem mais baratos, beneficiam principalmente a população mais pobre.

"Hoje a gente sabe que a diferença de valor de um medicamento de laboratório para um medicamento genérico chega às vezes de um desconto de 50%, 60%, então é um valor muito significativo."

O presidente da Associação Médica de Brasília, Luciano Carvalho, defende que a prescrição de medicamentos genéricos deve ser discutida e não normatizada através de uma lei. Para ele, é preciso resguardar a liberdade para que médico prescreva o medicamento que ele achar mais confiável.

"A receita médica é uma ordem de serviço e ela se aplica como tal. Se você fechar ou direcionar a prescrição para um modelo, você vai determinar como ordem de serviço com jurisprudência só para aquele setor. Então, se você prescreve o nome ou simplesmente o nome genérico, aquilo termina de alguma forma direcionando para aquela área que produz e excluindo os que não atendem a essa necessidade. Então, isso tem que ser aberto, de como fazer."

A proposta (projeto de lei 3249/2000) que obriga os médicos a receitarem medicamentos pelo nome genérico espera decisão da Mesa Diretora da Câmara para definir se o texto deverá ser votado também pelo Plenário.

Reportagem - Karla Alessandra


OMS declara fim de Emergência de Saúde Pública Internacional, mas diz que resposta ao zika e suas consequências deve continuar

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou nesta sexta-feira (18) que o vírus zika e suas consequências associadas continuam a ser um desafio significativo para a saúde pública, que exigem uma ação intensa, mas não representam mais uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional tal como definida no Regulamento Sanitário Internacional.

Leia abaixo a íntegra da declaração do Comitê de Emergência:

Quinta reunião do Comitê de Emergência convocado pela OMS no marco do Regulamento Sanitário Internacional (2005) sobre microcefalia, outros distúrbios neurológicos e vírus zika

A quinta reunião do Comitê de Emergência (CE) sobre zika e microcefalia convocado pela Diretora-Geral da OMS no marco do Regulamento Sanitário Internacional (RSI 2005) sobre microcefalia, outros distúrbios neurológicos e vírus zika foi realizada por teleconferência em 18 de novembro de 2016.

O Comitê foi informado sobre a implementação das Recomendações Temporárias emitidas pela Diretora-Geral, baseada nos conselhos das quatro reuniões anteriores do CE. O Comitê foi atualizado sobre os recentes desenvolvimentos a respeito da propagação geográfica do vírus zika, história natural, epidemiologia, microcefalia e outras complicações neonatais associadas ao vírus zika, Síndrome de Guillain-Barré (SGB) e o conhecimento atual sobre a transmissão sexual do vírus zika.

Os seguintes Estados Membros forneceram informações sobre microcefalia, SGB e outros distúrbios neurológicos ocorridos na presença da transmissão do vírus zika, bem como medidas de controle que estão sendo implementadas: Brasil, Tailândia e Estados Unidos da América.

A Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) declarada pela Diretora-Geral da OMS levou o mundo a uma resposta urgente e coordenada, fornecendo a compreensão de que a infecção pelo vírus zika e suas consequências associadas representam um problema de longo prazo altamente significativo que deve ser gerido pela OMS, pelos Estados Membros e por outros parceiros, da forma como outras ameaças por doenças infecciosas são geridas.

O CE originalmente recomendou a ESPII em fevereiro de 2016 com base em um extraordinário cluster (aglomerado) de microcefalia e outros distúrbios reportados no Brasil, após uma cluster similar na Polinésia Francesa e associação geográfica e temporal com infecção pelo vírus zika, o que exigiu pesquisas urgentes e coordenadas. Como os estudos demonstraram agora a ligação entre a infecção pelo vírus zika e a microcefalia, o CE considerou que um mecanismo técnico robusto de mais longo prazo era agora necessário para gerir a resposta global.

Como resultado, o CE considerou que o vírus zika e suas consequências associadas continuam a ser um desafio duradouro de saúde pública que exige uma ação intensa, mas que já não representa uma ESPII tal como definida no RSI. Muitos aspectos desta doença e com sequências associadas ainda devem ser compreendidos, mas isso pode ser melhor feito por meio de apoio a pesquisas. O CE recomendou que essa situação fosse ampliada para um programa de trabalho sustentado com recursos dedicados para enfrentar a natureza de longo prazo da doença e suas consequências associadas.

O Comitê revisou as recomendações feitas em suas reuniões anteriores e avaliou que a OMS e os parceiros haviam sistematicamente seguido seus conselhos. Além disso, o CE revisou e concordou com o plano de transição da OMS sobre zika delineado para estabelecer o mecanismo de resposta a mais longo prazo, que contempla os objetivos estratégicos já identificados no Plano de Resposta Estratégica ao Zika.

Com base nesse parecer, a Diretora-Geral declarou o fim da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII). A Diretora-Geral emitiu novamente as Recomendações Temporárias das reuniões anteriores do Comitê, que serão incorporadas ao mecanismo de resposta de longo prazo. A Diretora-Geral agradeceu aos membros do comitê e os peritos pelos seus conselhos ao longo do último ano.

(Declaração traduzida pela Representação da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde no Brasil)


Doação de sangue - Unidades federais no RJ iniciam campanha

Ação acontece a partir desta segunda-feira (21) em três regiões da cidade. O objetivo é reforçar os estoques de sangue para os períodos que antecedem feriados prolongados

Para facilitar o acesso de doadores, unidades federais no Rio de Janeiro realizam campanhas simultâneas de doação de sangue, entre os dias 21 e 25 de novembro, em três regiões da cidade. As coletas acontecem em comemoração ao Dia Nacional do Doador Voluntário de Sangue, celebrado no dia 25/11.

Na Zona Norte as doações podem ser feitas no HemoINTO do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO); na Zona Sul os voluntários podem doar no Hemonúcleo do Instituto Nacional de Cardiologia (INC); e na Zona Oeste no Hemonúcleo do Hospital Federal Cardoso Fontes (HFCF). O objetivo é reforçar os estoques de sangue para atender a constante demanda por cirurgias de emergência e eletivas nessas unidades.

As bolsas de sangue coletadas são necessárias durante todo o ano, principalmente, nos períodos que antecedem feriados prolongados, quando o número de voluntários cai significativamente. Vale lembrar que cada doação pode salvar até quatro vidas.

“É importante criar uma conscientização de doações regulares na população, porque sempre tem alguém precisando. Por isso as campanhas são importantes. Se cada pessoa no Rio de Janeiro doasse uma vez por ano, seria suficiente para abastecer todos os bancos de sangue do estado”, afirma a hemoterapeuta Fernanda Azevedo, coordenadora do HemoINTO.

Para doar sangue é necessário ter entre 16 e 69 anos e mais de 50 quilos, além de estar saudável, descansado e alimentado. Os maiores de 60 anos precisam ter doado pelo menos uma vez. O doador deve evitar alimentos gordurosos três horas antes e bebidas alcoólicas 12 horas antes da doação. É necessário um intervalo entre as doações de 60 dias para os homens, com o máximo de quatro doações por ano, e de 90 dias para as mulheres, com o máximo de três por ano.

Serviço:
- HemoINTO - funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 15h.
End.: Avenida Brasil, 500, 1º andar - São Cristóvão – Rio de Janeiro.
Telefone: (21) 2134-5067 / 2134-5289.
- Hemonúcleo do INC - funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 14h.
End.: Rua das Laranjeiras, 374, térreo – Laranjeiras – Rio de Janeiro.
Telefone: (21) 3037-2215.
- Hemonúcleo do HFCF - funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h, no prédio da Unidade de Pacientes Externos (UPE).
End.: Avenida Menezes Cortes, 3245 – Jacarepaguá – Rio de Janeiro.
Telefone: (21) 2425-2255 ramal 260.

Assessoria de Imprensa do Departamento de Gestão Hospitalar


Ministro da Saúde, Ricardo Barros participa lançamento da Pedra Fundamental do novo campus da faculdade de medicina da Universidade Federal do Paraná (UFPR)

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, participa neste sábado (19), às 15 horas, do lançamento da Pedra Fundamental do novo campus da faculdade de medicina da Universidade Federal do Paraná (UFPR). O campus será construído no Parque Científico e Tecnológico de Biociência (Biopark). Antes, o ministro visita as instalações da Indústria Farmacêutica Prati-Donaduzzi & Cia Ltda, onde será apresentado ao Projeto Biopark e à construção do Novo Hospital Bom Jesus.

Reunião na Indústria Farmacêutica Prati-Donaduzzi & Cia Ltda
Data: 19 de novembro (sábado)
Horário: 14h
Local: Indústria Farmacêutica Prati-Donaduzzi - Rua Mitsugoro Tanaka, 145, Centro Industrial Nilton Arruda, Toledo/PR
Lançamento da Pedra Fundamental da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Paraná, Campus Toledo e do Novo Hospital Bom Jesus
Data: 19 de novembro (sábado)
Horário: 15h
Local: Parque Científico e Tecnológico de Biociências (Biopark) – PR 182, sentido Palotina, KM 321, Distrito de Novo Sobradinho, Toledo/PR


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