Destaques

segunda-feira, 17 de julho de 2017

Capacitação sobre salas de vacina é tema de reunião em Varginha

Visando a garantia da qualidade e aprimoramento do Programa de Imunizações, reconhecido mundialmente como referência em Política Pública de Saúde, a Coordenação do Programa de Imunizações da SRS Varginha promoveu durante os dias 10 e 14/07/2017, no auditório do Centro Administrativo do Sul de Minas, o Curso de atualização para o trabalhador da sala de vacinação, que teve duração de 40h com certificação.

 O evento teve como público-prioritário enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem dos municípios sobre jurisdição da SRS Varginha e contou com a presença da monitora Flávia Rocha Teixeira Mota, Referência de Imunizações da Gerência Regional de Saúde de Pirapora.

O curso teve como objetivos fortalecer a compreensão da vacinação como atividade inserida no conjunto das ações da Atenção Primária, bem como analisar a vacinação como uma das ferramentas para o controle, eliminação ou erradicação de doenças imunopreveníveis.

Flávia Rocha abordou os determinantes de saúde e doença, situação epidemiológica da região, sistema imunológico, técnicas de conservação, preparo e administração dos imunobiológicos, Rede de Frio, entre outros.

No contexto da segurança na vacinação, Renata Siqueira Julio, Coordenadora do Programa de Imunizações da SRS Varginha, abordou os eventos adversos pós-vacinais, por meio de estudos de casos concretos. A coordenadora avaliou a semana como “Muito produtiva, grupo coeso e disposto a compartilhar saberes. Certamente, esta capacitação contribuirá para o alcance dos objetivos do programa de imunizações”, finalizou.

Por Gabryella Carvalho Trindade/SRS Varginha


VICENTE BRITO JACOBINI É DEMITIDO DA ANVISA/DAF/RJ, POR VALER-SE DO CARGO PARA LOGRAR PROVEITO PESSOAL OU DE OUTREM..., RECEBER PROPINA, COMISSÃO

GABINETE DO MINISTRO
PORTARIA Nº 1.746, DE 12 DE JULHO DE 2017

O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso da competência que lhe foi delegada pelo art. 1º, inciso I, do Decreto nº 3.035, de 27 de abril de 1999, à vista do que consta no Processo nº 25000.014874/2017-21 e pelos fundamentos de fato e de direito apresentados pela Consultoria Jurídica, conforme PARECER Nº 00141/2017/CONJUR-MS/CGU/AGU, de 13 de março de 2017, e DESPACHO Nº 26745/2017/CONJUR-MS/CGU/AGU devidamente aprovado pelo Consultor Jurídico, que adota como razões de decidir,
resolve: DEMITIR
VICENTE BRITO JACOBINI, ocupante do cargo de Agente de Saúde Pública do Quadro Específico da Agência de Vigilância Sanitária, matrícula no SIAPE nº 6510761, lotado no Posto Portuário do Rio de Janeiro - Coordenação de Vigilância Sanitária de Portos, Aeroportos, Fronteiras e Recintos Alfandegados no Estado do Rio de Janeiro, com fundamento no art. 132, incisos IV e XIII, da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, por infringir o disposto no art. 117, incisos IX e XII, do mesmo Diploma Legal, combinado com os arts. 9 º, incisos I, e 11, caput e inciso I, ambos da Lei n º 8.429, de 2 de junho de 1992, ao valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública, receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições e por praticar ato de improbidade administrativa, observando-se, em consequência, o disposto nos arts. 136 e 137, parágrafo único, da Lei n º 8.112, de 11 de dezembro de 1990.
RICARDO BARROS


Cúpula Mundial de Hepatites 2017 - 1 a 3 de novembro 2017, Brasil

Cúpula Mundial de Hepatites 2017 que será realizado na cidade de São Paulo, Brasil de 1 a 3 de novembro de 2017 Informações adicionais em: http://www.worldhepatitissummit.org/pt    

Objetivos da Cúpula

Cúpula Mundial de Hepatites é um evento de políticas públicas com duração de três dias que reúne uma audiência global de grupos da sociedade civil, a OMS e seus Estados-Membros, organizações de pacientes de 249 membros organizacionais da WHA, decisores políticos, cientistas e financiadores da saúde pública. Tem como objetivos:
  1. Aumentar o número de países que estão desenvolvendo planos de ação viáveis contra as hepatites virais, fazendo uso das mais recentes pesquisas em saúde pública e apoio técnico da OMS.
  2. Aprimorar a implementação de planos de ação existentes contra as hepatites virais, por meio do compartilhamento das melhores práticas.
  3. Apoiar a cláusula 1.3 da Resolução WHA67.6 da OMS, que insta os Estados-Membros a "promoverem a participação da sociedade civil em todos os aspectos relacionados à prevenção, ao diagnóstico e ao tratamento das hepatites virais".
  4. Debater mecanismos de financiamento para medicamentos e/ou diagnósticos por meio do envolvimento das principais partes interessadas.
  5. Levantar o perfil das hepatites virais por meio do empenho de meios de comunicação internacionais de alto nível.
  6. Incentivar e direcionar pesquisas em saúde pública para onde estas são necessárias, por meio do envolvimento por parte dos principais financiadores globais.
Estratégias Nacionais

Em todo o mundo, as hepatites virais matam cerca de 1,34 milhões de pessoas anualmente e mais de 300 milhões de pessoas estão cronicamente infectadas com hepatite B ou C. No entanto, até muito recentemente, houve uma notável falta de ação global com o objetivo de combater a doença.

Em maio de 2016, um compromisso histórico para eliminar as hepatites virais até 2030 foi realizado por 194 Estados-Membros. Na 69ª Assembleia Mundial da Saúde, os governos votaram por unanimidade no sentido de adotar a primeira Estratégia Global contra as Hepatites Virais, sinalizando o maior compromisso mundial sobre a doença até o momento. Embora a adoção da estratégia demonstre uma vontade política considerável, ainda será necessário muito trabalho para tornar a eliminação das hepatites virais uma realidade. Desde fevereiro de 2016, apenas 36 países tinham planos nacionais sobre as hepatites virais em vigor e 33 possuíam planos em desenvolvimento. Isso significa que é essencial aumentar os recursos de forma drástica e estabelecer prioridades.

A Cúpula apoia esse esforço, fornecendo uma plataforma que permita aos Estados-Membros aprenderem com outros países, terem acesso a aconselhamento técnico da equipe do Programa Global des Hepatites da OMS, bem como discutir a implementação de uma resposta nacional intensificada contra a doença com as principais partes interessadas na área.



Eliane Santos - Moderadora HIFA-PT


UNA-SUS lança nova oferta de curso sobre Dengue

Profissionais interessados em ampliar os conhecimentos sobre a Dengue, já podem se inscrever na mais nova turma do curso Dengue: Casos Clínicos para Atualização do Manejo.  Com carga horária de 10h, o curso é livre, auto instrucional e utiliza recursos multimídia para facilitar a dinâmica de aprendizagem. 

As matriculas podem ser realizadas até 8 de novembro, pelolink.  A capacitação tem início imediato e, como em todas as ofertas da UNA-SUS, é inteiramente gratuita.

O curso é uma ação do Ministério da Saúde, por meio das Secretarias de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) e de Vigilância em Saúde (SVS). É produzido e ofertado pela Secretaria Executiva da Universidade Aberta do SUS (SE/UNA-SUS/Fiocruz) e tem como objetivo familiarizar os profissionais com as recomendações atuais do Ministério da Saúde no que tange ao manejo clínico da doença. 

A partir da análise de oito casos clínicos, os alunos poderão refletir sobre os sintomas apresentados em situações fictícias e avaliar qual seria a melhor forma de tratamento para cada paciente. 

Todos os casos buscam focar a aprendizagem no diagnóstico diferencial, na classificação de risco e no manejo adequado dos casos, buscando prevenir as complicações.  A cada desfecho de caso, são apresentadas discussões finais e explicação com especialistas em vídeo.

O curso em números
Desde a primeira oferta, em 2012, cerca de 40 mil profissionais, espalhados por 3.787 municípios, se inscreveram no curso que já foi ofertado cinco vezes. A maioria era composta por enfermeiros (35%) seguido de médicos (23,6%) e técnicos e auxiliares de enfermagem (18,9%). Ao total, 20.354 profissionais concluíram o curso. 

São 435 regiões de saúde cobertas com profissionais qualificados neste tema. O estado com maior número de matrículas foi São Paulo, com 4.386 beneficiados; seguido por Minas Gerais com 3.989 e Bahia, com 2.458.

Assessoria de Comunicação da Secretaria Executiva da UNA-SU


Paraíba vai sediar o 34º Congresso Conasems

Após três dias de muitas atividades, o 33º Congresso Conasems foi encerrado com o anúncio sobre a próxima edição: ano que vem, João Pessoa, capital da Paraíba vai sediar o 34º Congresso Conasems. Os resultados da mostra foram anunciados: vencedores por categoria, votação do público das salas, selecionados pela UNFPA e por estados, que receberão um webdoc Brasil, aqui tem SUS.




Experiencias exitosas:


Mauro Junqueira é reeleito presidente do Conasems

A nova diretoria do Conasems foi eleita nesta quarta-feira (12) em assembleia com presença de aproximadamente mil secretários municipais de saúde durante o Congresso, em Brasília. A eleição teve chapa única “Somos todos Conasems” e reelegeu o atual presidente do Conasems, Mauro Junqueira. 

O presidente agradeceu a presença dos secretários e a oportunidade de continuar o trabalho que vem sendo feito. “O Conasems não é do presidente, nem da diretoria, mas sim dos 5570 secretários municipais de saúde que são representados por esse conselho. Temos muito trabalho pela frente”.



XXXIII Congresso Conasems: Mesa principal reúne 3 mil congressistas para discutir unificação dos blocos de financiamento do SUS

A unificação dos blocos de financiamento do SUS foi destaque da programação do XXXIII Congresso Conasems. Nesta sexta-feira (14) foi realizada uma mesa durante toda a manhã com a presença de cerca de 3 mil congressistas.

O presidente do Conasems, Mauro Junqueira, coordenou a atividade que contou com a participação do professor de economia da saúde, Áquilas Mendes, o presidente do Instituto Rui Barbosa e Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais, Sebastião Helvécio Ramos, o secretário de estado da saúde do DF, Humberto Fonseca, o assessor do Ministério da Saúde Marcos Franco e Carmino de Souza, presidente do COSEMS/SP, secretário de Saúde de Campinas representando a  frente nacional de prefeitos.

De acordo com o assessor do Ministério da Saúde, esse debate se torna ainda mais essencial com a presença massiva dos secretários municipais de saúde. “A unificação dos blocos vai dar mais autonomia ao gestor municipal para aplicar os recursos de uma forma adequada à realidade sanitária do local”. Marcos fez uma apresentação sobre o “SUS Legal”, que engloba a unificação dos blocos de financiamento e a consolidação das portarias que regem o SUS. “Isso não é uma iniciativa do governo, é uma proposta defendida por muitos que vem ao longo da construção do SUS e, além de tudo, é o que está na lei”. Franco afirmou que o mecanismo de financiamento por incentivo está esgotado. “Nós temos um financiamento que não é adequado, o modelo que temos hoje foi importante no começo do SUS, na construção das políticas públicas, mas agora ele está claramente saturado”.

Áquilas Mendes fez um relato sobre o histórico do financiamento do SUS. “Desde a criação do SUS vários esforços técnicos foram feitos para rever as bases de financiamento no sentido de garantir a equidade. Já em 1991, a discussão se embasou na criação de critérios de rateios. A proposta de alocação equitativa de recursos previstas na lei complementar 141 é mais eficiente, facilita e contribui para o planejamento da gestão mediante as necessidades de Saúde e para o exercício de um modelo integrado de Saúde. Se tornará uma ferramenta importante para promoção de políticas de Saúde e produção dos Planos Plurianuais e Planos Municipais de Saúde”.

Sebastião Helvécio também destacou a importância dessa mudança para o sus. “O planejamento será o referencial para mudança da lógica das caixinhas . “Não podemos permitir que sobrem recursos em determinadas áreas da Saúde, e ao mesmo tempo, falte em outras. Os Tribunais de Contas, responsáveis pelo controle externo, já estão atentos quanto as mudanças para proporcionar mais eficiência na utilização dos recursos. Não há dúvidas que teremos uma efetividade ainda maior”.

Conasems


XXXIII Congresso Conasems, nesta quinta-feira (13).

A mesa foi composta pelo presidente do Conasems, Mauro Junqueira, deputado Hiran Gonçalves presidente da Comissão de Seguridade e Família da Câmara dos Deputados, o Secretário de Estado da Saúde do DF, Humberto Fonseca, Jaime Roig do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), Maria Dolores Perez representante da OPAS, Ronald Ferreira presidente do CNS, Carlos Alberto Preto vice-presidente de saúde da FNP, representante da Associação Nacional dos Municípios (ABM) Gilmar Domici e Vitor Jesus Manuel do Conass.

Durante a cerimônia houve assinatura de termos de compromisso entre o Conasems e o Instituto Rui Barbosa para desenvolvimento de mecanismos facilitadores que promovam maior efetividade na aplicação e na fiscalização dos recursos públicos. Com a Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos e Odontológicos, para desenvolvimento de uma plataforma e a realização de estudos e pesquisa em saúde, capacitação em inovação e tecnologia com foco na análise de mercado, demandas e logística e por fim, o compromisso com a Universidade de Brasília para apoio integrado a gestores e profissionais de saúde no combate ao Aedes e suas consequências.

Também foram premiadas cinco melhores experiências exitosas, uma de cada região do país. Os selecionados ganharam R$ 10 mil. Da região Nordeste foi escolhido o trabalho “De olho na consulta”, de Jaboatão dos Guararapes-PE. Belo Horizonte - MG foi a cidade vencedora da região Sudeste, com a experiência “A gestão da equidade no SUS-BH: relato da experiência com o projeto Família Cidadã”. O trabalho selecionado como o melhor da Região Norte foi do município Moju, no Pará, com a experiência “Matriciamento das ações de saúde mental na atenção básica no município de Moju-PA: um relato de experiência”. O município de Tigrinhos-SC foi o selecionado da região Sul com a experiência “Criança Sorriso: saúde bucal na escola” e o município de Nobres-MT foi o escolhido da região Centro Oeste, com a experiência “Farmácia Viva-Arranjo produtivo local de plantas medicinais e fitoterapia”.

Conasems


Conselho de Comunicação Social do CONGRESSO NACIONAL

Deputados e senadores, reunidos em sessão do Congresso, aprovaram na quinta-feira (13) à noite a composição do Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional (CCS).

O conselho possui 13 integrantes titulares e 13 suplentes, que cumprirão mandato de dois anos, sendo três representantes de empresas de rádio, televisão e imprensa escrita; um engenheiro especialista na área de comunicação social; quatro representantes de categorias profissionais e cinco representantes da sociedade civil.

Previsto na Constituição, o conselho é um órgão auxiliar do Congresso Nacional. Entre as suas atribuições, está a de realizar estudos, pareceres e outras solicitações encaminhadas pelos parlamentares sobre liberdade de expressão, monopólio e oligopólio dos meios de comunicação e sobre a programação das emissoras de rádio e TV.


Marcos Oliveira/Agência Senado


domingo, 16 de julho de 2017

CÂMARA DOS DEPUTADOS - Agenda da próxima semana - hospitais federais no Rio de Janeiro

SEGUNDA-FEIRA (17)
9 horas
Comissão externa destinada a acompanhar a situação das emergências dos hospitais federais no Rio de Janeiro 
Reunião de trabalho com os conselhos da área de saúde, OAB-RJ e Defensoria Pública - RJ para relatar a situação dos hospitais já visitados, além de troca de informações.
Sede do Coren - RJ, Rio de Janeiro
14 horas
Sessão de Debates

Plenário Ulysses Guimarães


VASTAREL - MEDICAMENTO PARA ISQUEMIA CARDÍACA SERÁ PRODUZIDO POR FARMANGUINHOS EM PARCERIA COM SERVIER, MICROESFERAS PROPORCIONAM A LIBERAÇÃO PROLONGADA

O Vastarel, na concentração de 80 mg, será nacionalizado a partir de uma parceria entre a unidade da Fiocruz e o laboratório francês Servier e deverá atender ao Sistema Único de Saúde (SUS).

O diferencial deste acordo está na internalização da tecnologia de micropellets, ou microesferas, um meio de encapsulamento que possibilita a liberação temporizada dos fármacos, prolongando a ação do medicamento. A tecnologia poderá ser usada, futuramente, para o desenvolvimento de outros medicamentos de interesse do SUS.

"Acompanhamos o processo de produção dos micropellets revestidos de liberação modificada tendo a oportunidade de aprender detalhes deste processo produtivo complexo e detalhado. A absorção desta tecnologia é de grande importância estratégica para Farmanguinhos, uma vez que a capacidade de produção desta forma farmacêutica aumenta as possibilidades de produção e desenvolvimento de novos medicamentos", avalia o farmacêutico Abel Alves Rosa Júnior, da Farmanguinhos.

Liberação prolongada

Para a chefe do Laboratório de Tecnologia Farmacêutica, Juliana Johansson, estes sistemas de microesferas permitem a otimização da biodisponibilidade de diversos princípios ativos ou a modulação do perfil de dissolução das formas farmacêuticas, facilitando a veiculação e absorção delas pelo organismo do paciente.

"No caso específico do Vastarel, o princípio ativo contido nos micropellets apresenta liberação prolongada, fazendo com que esta ocorra de forma lenta e contínua no organismo. Com esta tecnologia, a concentração plasmática se mantém mais estável no paciente, reduzindo a ocorrência de eventuais efeitos colaterais provocados pelo medicamento. Outra vantagem é a redução do número de tomadas diárias do medicamento, já que uma dose maior pode ser entregue lentamente ao longo do tratamento e, consequentemente, o aumento da adesão", explica Juliana.

Outro benefício é a possibilidade de revestir as microesferas com polímeros gastrorresistentes. "Desta forma, permite-se que o princípio ativo seja disponibilizado apenas em porções específicas do trato gastrointestinal do usuário. Esse recurso tecnológico pode ser vantajoso no caso de moléculas que sofrem degradação em pH ácido ou que possuem máximo de absorção em faixas de pH alcalinas", observa a pesquisadora.



CÂNCER - OS NOVOS TRATAMENTOS REPROGRAMAM AS PRÓPRIAS CÉLULAS DO PACIENTE CONTRA A DOENÇA

A técnica, considerada revolucionária, trouxe ótimos resultados contra leucemia — e já recebeu o aval de especialistas americanos

Essa nova forma de combater o câncer promete mudar a oncologia

Não é um novo remédio contra o câncer. Também não é uma cirurgia, nem um aparelho de última geração. Na verdade, a terapia batizada de CAR-T Cells é um pouco de tudo isso — e promete chacoalhar a Oncologia.

Esta semana, um comitê do Food and Drug Administration (FDA), o órgão que regula os remédios nos Estados Unidos, votou por unanimidade a favor da aprovação dessa técnica contra um tipo de leucemia — a aguda linfoblástica. “A recomendação nos deixa mais próximos de oferecer a primeira terapia à base de CAR-T Cells para os pacientes”, nota Bruno Strigini, CEO da Novartis Oncology, em um comunicado.

Mas do que estamos falando no fim das contas? Em resumo, as CAR-T Cells são células de defesa extraídas do seu próprio corpo e moldadas em laboratório para se tornarem mais agressivas contra a enfermidade. Sim, o remédio sai de você mesmo!

Veja: entre outras coisas, um câncer qualquer consegue se desenvolver porque nossas células imunológicas normais não o reconhecem como inimigo. Daí a sacada de cientistas da Universidade da Pensilvânia (EUA): que tal acrescentar um receptor específico para uma molécula presente no tumor nessas tropas de defesa? A partir dessa reengenharia, os soldados do nosso exército passariam a se ligar ao oponente e o atacar.

Após superar os desafios tecnológicos da proposta, começaram as pesquisas. Os especialistas tiravam linfócitos T (um tipo de célula de defesa) de voluntários com câncer, tratavam-nos em laboratório, reinfundiam-nos… e esperavam. A grata surpresa: esse tratamento altamente personalizado chegou a alcançar 90% de resposta entre os pacientes.

Atualmente, as CAR-T Cells foram mais estudadas contra leucemias, o que justifica aquela recomendação americana para aprová-las. Aliás, vale lembrar que a leucemia aguda linfoblástica representa 25% de todos os cânceres em crianças e jovens com menos de 15 anos — a nova terapia seria utilizada em um primeiro momento nos casos em que outras estratégias falharam. “Ao tratar crianças com esse tipo de leucemia refratária, sabemos que elas precisam urgentemente de abordagens diferentes. O painel da FDA deu um passo positivo nesse sentido”, contextualiza o médico Stephan Grupp, da Universidade da Pensilvânia, em comunicado.

Potencial inexplorado

As CAR-T Cells que devem ser aprovadas ainda este ano têm a patente da Novartis. Elas recebem um receptor específico, batizado de CTL019, bastante útil para marcar células de sangue acometidas pela leucemia.
Mas… nada impede que outros receptores, voltados para outros tumores, sejam inseridos nas nossas unidades de defesa. Ou que se crie um banco de células modificadas em laboratório que dispense a necessidade de tirar as suas durante o tratamento. Na realidade, algumas farmacêuticas já estão correndo atrás disso — em breve, deveremos ter novidades.

Em tese, portanto, as CAR-T Cells podem marcar o início de uma nova era de tratamento personalizado contra diversos tumores. Mas os obstáculos para isso não são pequenos.

Por Theo Ruprecht, chat_bubble_outlinemore_horiz (Foto: Science Photo Library/Science Photo Library)


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