Destaques

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Lançamento da 1º a consulta pública da Estratégia Brasileira para a Transformação Digital

O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, lançou nesta terça-feira, 1º, a consulta pública da Estratégia Brasileira para a Transformação Digital, que reúne as diretrizes e metas para a digitalização da economia brasileira nos próximos anos. A proposta foi formulada por um Grupo de Trabalho Interministerial, coordenado pelo MCTIC, e ficará sob consulta pública até o dia 31 de agosto. A versão final será enviada como minuta de decreto à presidência da República.

O ministro Kassab destacou a participação do Movimento Brasil Competitivo e parceiros do setor empresarial na elaboração da Estratégia. “Temos agora um instrumento efetivo para formular políticas públicas e estratégias que permita não só a modernização do governo como um todo, mas também a organização da sociedade para que possamos nos preparar para essa nova fase do mundo digital, uma fase que não tem fim, que está sempre se renovando”, disse o ministro.

Desde 2016, o MBC vem participando de reuniões junto ao MCTI com sugestões de ações por meio da iniciativa do Brasil Digital, uma parceria da entidade e parceiros do setor empresarial. Para o presidente do MBC, Claudio Gastal, a Estratégia Digital é o primeiro passo para o avanço na definição das ações prioritárias para alavancar a economia digital no país. “A participação nessa consulta pública é fundamental para que a gente possa aperfeiçoar esse trabalho e termos uma estratégia que permita pensar em longo prazo e que atenda as necessidades dos setores público, privado e da população. Isso não é só uma questão do setor de tecnologia, é da indústria, de hospitais, de governo, esses ambientes precisam transformar as relações e a oferta de serviços ”.

Transformação
O GTI coordenado pelo MCTIC identificou características nacionais para superar desafios e gargalos e avançar na digitalização da economia. A proposta é dividida em eixos temáticos, cinco deles os eixos habilitadores da transformação digital: infraestrutura de redes e acesso à internet; pesquisa, desenvolvimento e inovação; confiança no ambiente digital; educação e capacitação profissional; e a dimensão internacional. Os eixos da transformação digital são: uma economia baseada em dados; um mundo de dispositivos conectados; novos modelos de negócio; e transformação digital da cidadania e de governo.

Clique aqui para acessar a consulta pública

Com informações do MCTI


Ministro defende melhoria na qualidade dos gastos em saúde pública

Em audiência pública na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), nesta quarta-feira (2), sobre as ações voltadas à saúde pública no país, os senadores questionaram o ministro da Saúde, Ricardo Barros, sobre o impacto do contingenciamento do orçamento da pasta e ouviram do ministro que ele pretende melhorar a qualidade do gasto em saúde antes de pleitear mais recursos.

Ricardo Barros disse que desde que assumiu o Ministério da Saúde, em maio do ano passado, uma economia superior a R$ 3,5 bilhões permitiu mais investimentos na atenção básica e em serviços de média e alta complexidade para a população. Ele informou que a economia se deu na renegociação de contratos de serviços e compra de medicamentos, e que 873 destes acordos comerciais foram revisados.

Segundo o ministro, R$ 2 bilhões a mais foram direcionados à atenção básica para a população e R$ 1,5 bilhão ao custeio de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e à ampliação de serviços de média e alta complexidade. Com a economia foram compradas 340 novas ambulâncias e outras 162 UPAs foram habilitadas, além de a quantidade de medicamentos adquiridos também ter crescido.

Ricardo Barros informou que hoje os investimentos anuais na saúde pública, somados os esforços da União, estados e municípios, gira em torno de R$ 246 bilhões. Na área privada, o montante atinge R$ 270 bilhões, perfazendo cerca de 8% do produto interno bruto no total. No que se refere a empenhos da área federal, disse ainda que 7.147 obras estão em execução, num montante que atinge R$ 2,2 bilhões.

Informatização
Ricardo Barros também garantiu que 100% das unidades básicas de saúde estarão informatizadas até o final de 2018, e que todos os brasileiros terão um prontuário eletrônico.

- Já temos inclusive um aplicativo do e-Saúde - qualquer um pode baixar - que permite ao cidadão controlar todas as informações sobre sua saúde - acrescentou.

Segundo o ministro, a universalização do prontuário eletrônico deverá proporcionar uma economia de recursos da ordem de R$ 20 bilhões anuais, que poderão ser deslocados para outros atendimentos diretos à população, além de tornar mais eficiente a prestação de serviços.

Em resposta ao senador Eduardo Amorim (PSDB-SE), o ministro disse que o trabalho dos agentes de saúde também será informatizado, com o fornecimento de tablets e smartfones. Ressaltou que isso só se justificará após a informatização das unidades básicas de saúde, que já está em andamento.

Judicialização
Ricardo Barros disse que outra prioridade do ministério é a efetivação de resultados do acordo firmado com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que visa diminuir o impacto da judicialização na compra de medicamentos para usuários do Sistema Único da Saúde (SUS). A judicialização tem, para o sistema, custos superiores a R$ 7 bilhões por ano, informou o ministro.

O ministro destacou a elaboração de uma base de dados gerenciada no âmbito do Hospital Sírio Libanês que poderá ser consultada por juízes na hora de definirem suas sentenças.

Mais Médicos
O ministro também falou sobre o Programa Mais Médicos, em resposta à senadora Lídice da Mata (PSB-BA), informando que o programa não está com seu quadro de profissionais completo devido ao fato de vários médicos cubanos terem entrado na Justiça pedindo para não retornar a Cuba ou para receber seus salários diretamente, sem a intermediação da instituição que cubana que os contrata e paga, depois de receber os recursos do governo brasileiro.

Devido a esses processos - mais de 80, segundo o ministro - o governo cubano suspendeu o envio de médicos por um período, retardando a reposição de profissionais no programa, já que estes só podem permanecer no Brasil por três anos.

Hemobrás
O Ministro da Saúde, já tinha concluído a apresentação da gestão, quando foi questionado pelos senadores de Pernambuco, Humberto Costa e Armando Monteiro que criticaram a proposta de transferência de parte da indústria de hemoderivados daquele estado para o Paraná. O Ministério da Saúde negocia com o parceiro tecnológico apresentado pelo Tecpar do Paraná, a empresa suíça Octapharma, entre outros, a transferência de parte da indústria de Goiana, em Pernambuco, para Maringá, no Paraná. Os senadores acreditam que a medida terá um impacto negativo no desenvolvimento da Zona da Mata no estado, além de esvaziar um investimento que já consumiu mais de R$ 1 bilhão.

Expondo mais um conjunto de slides Ricardo Barros, ressaltou sua responsabilidade como Ministro da Saúde, em buscar soluções para o problema do sangue no Brasil, que apesar de terem sidos investidos mais de 1 bilhão de Reais na planta da Hemobrás e passados mais de 10 anos, ainda requer investimentos de mais 600 Milhões de Reais e não estará apta a produzir dentro dos próximos 2 a 3 anos, o que consolida e amplia a dependência do País que sem produção local precisa importar hemoderivados, onerando os cofres públicos.
Em novembro de 2016, o presidente da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás), Oswaldo Castilho, disse no Senado que já tinham sido investidos R$ 1 bilhão na planta da fábrica em Pernambuco e que 71% das obras estavam concluídas.

De acordo com Ricardo Barros, a parceria privada seria necessária, pois não há recurso público para a conclusão das obras. Sem o término da planta, o trabalho fica limitado ao fracionamento do sangue, sem a produção do chamado “fator 8 recombinante”, tecnologia que atrairia investimentos para Pernambuco. Ricardo Barros, que é do Paraná, disse que não há direcionamento na negociação e que, se apresentadas outras propostas, o ministério não interferirá.

Barros acredita que a nova unidade da Hemobras possibilitará o incremento da produção nacional, mas garantiu que continua aberto a negociações sobre o assunto com a bancada de Pernambuco no Congresso Nacional.

Na opinião do senador Humberto Costa (PT-PI) o ministério deveria se posicionar em prol do polo pernambucano, pois não se trata apenas de avaliar propostas, mas optar pelo projeto de desenvolvimento da Região Nordeste. O senador Armando Monteiro (PSB-PE), concordou com a necessidade do investimento privado e disse que o ministério deve assegurar que as empresas concorram em condições de igualdade, com o oferecimento de condições isonômicas para que outros parceiros privados entrem no jogo.

Farmácia Popular
Respondendo a um questionamento de Humberto Costa (PT-PE), Barros defendeu a política do governo de fechamento da maior parte das Farmácias Populares, restringindo os recursos federais à compra de medicamentos. Ele acredita que a medida reverterá em mais R$ 80 milhões por ano no oferecimento de medicamentos à população beneficiada, que deverá recorrer portanto às farmácias conveniadas.

Anexo:


Agência Senado


quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Ministério da Saúde lança campanha nacional de amamentação, em Curitiba às 10h no Museu Oscar Niemeyer

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, lança nesta sexta-feira (4), em Curitiba (PR), a Campanha Nacional de Amamentação 2017, que terá enfoque diferente este ano e novidades quanto à licença-paternidade. O lançamento acontece na semana alusiva à Semana Mundial de Amamentação, comemorada entre os dias 1º e 7 de agosto.
Durante o evento, o ministro apresentará os avanços nas políticas de saúde voltadas ao incentivo à amamentação.
Lançamento da Campanha Nacional de Amamentação
Data: 04 de agosto (sexta-feira)
Horário: 10h
Local: Museu Oscar Niemeyer – Rua Marechal Hermes, 999 – Centro Cívico – Curitiba - PR
Assessor em viagem: Aldo Ribeiro


Exigência para registro de produtos é tema de webinar

Tema da segunda edição da conferência virtual será sobre as estratégias para minimizar exigências técnicas em processos de produtos para diagnóstico in vitro.

No próximo dia 10/8, às 15 horas, teremos a segunda edição do Café Online, um novo formato para discussão dos temas técnicos da Agência com seus usuários. Com transmissão via web e possibilidade de interação do público por meio de chat, a segunda edição vai tratar das estratégias para minimizar exigências técnicas em processos de produtos para diagnóstico in vitro. O tema será apresentado pela Gerência-Geral de Tecnologia de Produtos para Saúde (GGTPS). As dúvidas poderão ser tiradas por meio de chat, durante o webinar.

Serão abordados três pontos específicos:
  • Itens frequentes de exigência em petições primárias e secundárias
  • Detalhamento necessário de informações de dossiê técnico
  • Alterações em produtos que demandam peticionamento à Anvisa
O webinar é uma conferência virtual transmitida pela internet e na qual os participantes podem interagir por meio de um serviço de mensagens, como um chat, e enviar perguntas ao palestrante.

Como Participar
Basta acessar o link abaixo na data e hora marcada:

O Webinar é uma iniciativa da área de Gestão do Conhecimento da Anvisa e fortalecer as iniciativas de transparência ativa da Agência, levando conhecimento atualizado ao público externo.



Aberto prazo de enquadramento de medicamentos isentos

Empresas têm até o dia 8/9 para complementar informações nos pedidos de enquadramento de 12 ativos e 1 associação como MIPs. Pedidos enviados depois desse prazo serão avaliados de forma independente.

Está aberto o prazo para que as indústrias farmacêuticas interessadas em realizar peticionamento de enquadramento de Medicamentos Isentos de Prescrição (MIP), sobre
12 ativos e 1 associação, de modo a complementar solicitações já encaminhadas pelas empresas elencadas na tabela anexa, para avaliação da Anvisa. O prazo vai até o dia 8 de setembro.

Os ativos são:  Alfaestradiol, Dicloridrato de hidroxizina, Dicloridrato de hidroxizina, Nistatina, Cloridrato de tiamina, Sulfadiazina de prata, Desloratadina, Dicloridrato de levocetirizina, Nitrato de butoconazol, Penciclovir, Esomeprazol, Ácido mefenâmico e Cordia verbenacea DC.

A associação é Queratina + Cistina + associações.

As petições realizadas até o dia 8 de setembro serão analisadas em conjunto com as já protocoladas. Após esse prazo, os processos protocolados serão avaliados de forma independente.

Cabe ressaltar que o peticionamento não é obrigatório.

Após avaliação da área técnica e aprovação pela Diretoria Colegiada da Anvisa e, havendo alteração da restrição de venda, todas as empresas que detenham registro de produto reenquadrado deverão realizar os procedimentos de adequação. Inclusive, aquelas que não solicitaram alteração de restrição de venda, isto é isenção de prescrição de seus medicamentos.



ANS divulga o REA-Ouvidorias 2017

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), por meio de sua Ouvidoria, divulga o Relatório Estatístico e Analítico do Atendimento das Ouvidorias das operadoras de planos privados de assistência à saúde REA 2017 (ano base 2016). O estudo, resultado da compilação e análise dos dados enviados pelas Ouvidorias das operadoras, apresenta os principais temas demandados e os prazos de resposta na finalização das manifestações. Das 1.216 Ouvidorias cadastradas no âmbito da Ouvidoria da ANS, 1.001 enviaram os seus relatórios, em cumprimento ao disposto na Resolução Normativa n° 323/2013, na qual a agência determinou às operadoras tanto a criação compulsória de estruturas de Ouvidoria, como o envio do REA.

Dos relatórios enviados pelas operadoras, foram registradas 697 Ouvidorias com relato de recebimento de manifestações em 2016. Juntas, elas contabilizaram 523.001 manifestações de seus 65.3 milhões de beneficiários, resultando em uma Taxa de Demandas de Ouvidoria (TDO) geral igual a 8,0 – o que significa que esse conjunto de Ouvidorias recebeu oito demandas para cada grupo de 1.000 beneficiários.

A grande novidade apresentada no REA-Ouvidorias 2017 são os dados relativos às demandas de consumidores classificadas como requerimento de reanálise, possível a partir da divulgação pela ANS da Resolução Normativa n° 395/2016. Tal normativo concedeu ao beneficiário de plano de saúde o direito ao pedido de reanálise da resposta recebida pelo SAC da empresa no âmbito da Ouvidoria da operadora para demandas assistenciais (solicitação de procedimentos ou serviços de cobertura assistencial). Dessa forma, apenas 30% das Ouvidorias relataram ter recebido tais demandas em 2016. Seguradoras e cooperativas médicas são as modalidades com maior percentual de reanálises.

“O objetivo da Ouvidoria da ANS com o REA-Ouvidorias é descrever o perfil das Ouvidorias das operadoras de planos de saúde, bem como detalhar as demandas recebidas ao longo do ano e o tempo médio de resposta conclusiva ao demandante. Além disso, é apresentada a série história de três anos, contendo as principais informações provenientes dos relatórios encaminhados anualmente. Com isso, é possível para a Ouvidoria da ANS monitorar a relação entre as operadoras e seus beneficiários, e a satisfação desses com seus planos de saúde, além de subsidiar a formulação de propostas de aperfeiçoamento da regulação do setor”, explicou Luiz Gustavo Meira Homrich, ouvidor da ANS.


Análise das manifestações dos beneficiários
A análise das manifestações recebidas pelas Ouvidorias das operadoras demonstrou que 23% delas se referem a questões administrativas, seguido pelos seguintes temas: rede prestadora (21,3%), Serviço de Atendimento ao Cliente - SAC (19,8%), assuntos financeiros (18,6%) e cobertura assistencial (17,7%).

Tais manifestações se dividem em simples consulta, com aproximadamente 54% das demandas, reclamação (41,6%), elogio (2,7%), sugestão e denúncia, ambas com 1,1%. Apesar de consulta ser o tipo mais frequente, nas administradoras, autogestões, filantropias, medicinas de grupo e seguradoras prevaleceram as reclamações.

Análise das reclamações dos beneficiários 
A análise das reclamações recebidas pelas Ouvidorias (41,6% das manifestações) demonstrou que 28% delas se referem a questões administrativas, seguido pelos seguintes temas: assuntos financeiros (26%), rede prestadora (22%), cobertura assistencial (16%) e SAC (8%).

Apesar do tema mais frequente das reclamações ser administrativo, nas cooperativas médicas, filantropias e medicinas de grupo o tema mais recorrente foi rede prestadora. Entre as autogestões, odontologias de grupo e seguradoras predominaram os assuntos financeiros. Também foi observado que os reclamantes mais frequentes possuem contrato do tipo coletivo por adesão, coletivo empresarial e individual/familiar (38%, 30% e 29%, respectivamente).

Prazo de resposta ao beneficiário
A Resolução Normativa nº 323/13 da ANS fixou o prazo de resposta conclusiva da Ouvidoria da operadora ao demandante como não superior a sete dias úteis, sendo admitida a pactuação de prazo maior, não superior a 30 dias úteis. Nesse sentido, de acordo com o relatado pelas Ouvidorias das Operadoras, em 2016, 92% das unidades concluíram suas demandas dentro do prazo de até sete dias úteis estabelecido no normativo.



A IMPORTÂNCIA DE TECNOLOGIAS 3D PARA A ÁREA DA SAÚDE E A INDÚSTRIA 4.0 SERÃO TEMAS DEBATIDOS EM CONGRESSO INOVAÇÃO


Jorge Vicente Lopes da Silva, responsável pela divisão de tecnologias tridimensionais do CTI Renato Archer, será um dos palestrantes convidados do evento.

A impressão 3D, tecnicamente conhecida como manufatura aditiva, é uma das tecnologias mais importantes em várias áreas do conhecimento e, como consequência, a área da saúde tem também se beneficiado fortemente dessa técnica. Um dos grupos de pesquisa pioneiro no ramo é o Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer, pertencente ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. Por meio do ProMed (Programa de Tecnologias Tridimensionais Aplicadas à Saúde), desde 2000 o centro desenvolve ferramentas auxiliares com base na impressão 3D.

Tendo em vista esse novo cenário, Jorge Vicente Lopes da Silva, responsável pela divisão de tecnologias tridimensionais do CTI Renato Archer, é um dos palestrantes do talk show cujo título é “Saúde 4.0 – Inovação e Conectividade”, evento que terá como alicerce a utilização de tecnologias 3D para a área da saúde. O encontro acontece no dia 17 de agosto durante a sexta edição do CIMES (Congresso de Inovação em Materiais e Equipamentos para Saúde), promovido pela ABIMO (Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios).

Outro ponto a ser amplamente discutido durante o talk show é a influência da indústria 4.0 (ou manufatura avançada) na saúde. “Vamos discutir o que é exatamente esse conceito, sua forma de operar e o impacto dele na área industrial e na economia dos países. Creio que essa discussão deverá também ser ampliada para a medicina”, pontua o palestrante.

Pela necessidade de alimentar o setor da saúde com inovações e novas tecnologias que beneficiarão pacientes e melhorarão a rotina de hospitais e centros de saúde, a medicina 4.0 pode ser um tópico de futuro próximo, segundo Silva, e apresentar a necessidade de definir novos parâmetros e tecnologias para a área. “Vejo que no futuro poderemos ter fábricas de tecidos e órgãos humanos, utilizando os conceitos em desenvolvimento da biofabricação, uma tecnologia fortemente baseada na tecnologia da informação e impressão 3D”, explica.

O palestrante adverte que o caminho de transformação que as pesquisas, as indústrias e os hospitais vêm sofrendo precisa ser cada vez mais estimulado no Brasil, visando ao benefício dos pacientes, que são os usuários finais das tecnologias. “A integração entre centros de pesquisa, indústrias e hospitais, de modo que o ciclo seja completado de forma mais harmônica e otimizada, pode levar a resultados cada vez mais favoráveis”.

“O encurtamento, com a devida segurança desse ciclo, está sendo buscado e deve ser fortemente fomentado no nosso país. As tecnologias para a saúde são estratégicas para qualquer estado, tanto do ponto de vista de domínio tecnológico quanto do econômico”, completa.

Congresso
Além do representante do CTI Renato Archer, a sexta edição do CIMES receberá grandes nomes nacionais e internacionais da indústria, da academia e do setor regulatório da área da saúde que se reunirão em prol do incentivo à cooperação entre representantes do governo, da indústria e da academia em busca do desenvolvimento tecnológico da indústria brasileira da saúde.

O ponto central do congresso, que acontece nos dias 17 e 18 agosto, em São Paulo, é ser palco para ouvir sugestões, ideias e temáticas relevantes às novas tecnologias em saúde e odontologia, enquanto representantes do governo e pesquisadores do setor irão debater e propor o aprimoramento das políticas públicas da saúde.

Saiba mais:



Vacina contra o Zika deve chegar em três anos ao Brasil

Evoluímos na pesquisa científica e no combate à mortalidade gerada pelas grandes epidemias, mas a estrutura urbana continua precária. Esse é o diagnóstico do médico e diretor do Centro de Referência de Doenças Imuno-infeccionas de Campos de Goytacazes, no Rio de Janeiro, Luiz José de Souza.

A boa notícia é que, segundo ele, a vacina contra o Zika vírus chegará ao País em dois ou três anos. Professor de clínica médica na Faculdade de Medicina de Campos dos Goytacazes e autor do livro “Dengue Zika e Chikungunya – Diagnóstico, Tratamento e Prevenção”, ele acredita que o sorotipo três da dengue deve voltar a atingir o Rio de Janeiro e que o vírus que transmite a Chikungunya, doença aguda que causa dores severas nas articulações, deve continuar a circular pelo País. “Ainda sofremos com a falta de planejamento urbano, deficiência da rede de saneamento básico e o pior é que agora temos a presença dos três vírus simultaneamente pelo País.” A seguir, a íntegra da entrevista.

ISTOÉ – O Brasil já enfrentou epidemias de dengue, Zika vírus e Chikungunya. Qual a grande lição que esses surtos deixaram ao País?
Luiz José de Souza – Enfrentar essas epidemias mostrou que lidar com o vírus é muito complexo. Temos que valorizar e entender as arboviroses. Em Minas Gerais, por exemplo, houve uma demora da vigilância para combater a febre amarela. O aspecto mais importante é a prevenção. O País tem que valorizar o trabalho de conscientização porque temos uma infraestrutura muito precária. O Programa de Aceleração ao Crescimento não evoluiu. Existe até hoje um crescimento desordenado da população periférica ao mesmo tempo em que o sistema de saneamento é deficiente. Contudo, a área educacional é nosso principal atraso. A saúde depende de tudo isso. Como não há estrutura, ocorrem essas tragédias. Apesar disso, o País enfrentou os surtos com muita eficiência. Fizemos diagnósticos precoces do Zika vírus. Mas, a doença não acabou, pode retornar. O grande problema é conviver simultaneamente com dengue, Zika e Chikungunya.

Há o risco de alguma dessas epidemias voltarem a existir em algum Estado brasileiro?
A Chikungunya vai aparecer. É uma doença grave que atinge as articulações e de certa forma mutila a população. Ela provoca um alto índice de mortalidade em pacientes com doenças crônicas e cardíacas. A dengue, por sua vez, também é grave e os quatro sorotipos já estão circulando no Brasil. O que se espera para agora é o sorotipo três, que depende basicamente da chuva e do calor. A dengue ressurge após um longo período de tempo. Esse sorotipo apareceu no Rio de Janeiro entre os anos de 2002 e 2007. As crianças que nasceram depois disso e os jovens estão todos vulneráveis. É provável que ocorra uma grande epidemia no Rio. O Zika também deve continuar em menores proporções do que as notificadas anteriormente.

Como o senhor avalia a evolução nos tratamentos contra as doenças causadas pelo vírus?
A vacina da dengue é muito boa, mas ainda não chegou à rede pública, só na rede privada. Mas ainda assim, não é possível combater o mosquito sem uma boa estrutura. A vacina contra o Zika está a caminho, aprendemos muito a lidar com a doença. Apesar das dificuldades, conseguimos crescer cientificamente, a aplicar o protocolo e hoje a mortalidade já é menor do que no início dos surtos. Conseguimos introduzir o protocolo de tratamento em todos os estados brasileiros. A parte que ainda está atrasada é a política.

E em relação à eficácia da vacina já existente? Para outras epidemias uma solução está a caminho?
A vacina da dengue é eficaz para pessoas de 9 a 45 anos, sendo que o número maior de pessoas contaminadas pelo vírus é de 20 a 40 anos. A vacina é eficiente para os quatro sorotipos e tem uma eficácia de 80%. Para os sorotipos três e quatro, o índice de proteção é de 70%. Para o sorotipo um, a proteção é de 60% e no caso do sorotipo dois, a proteção é de 50%. Para quem já teve dengue uma vez, a vacina protege ainda mais. O entrave é que o País não tem condições econômicas para introduzir a vacina na rede pública. Já a vacina contra a febre amarela será aplicada para todas as pessoas que vivem na região sudeste porque o mapa endêmico se ampliou. Não temos vacina para a Chikungunya e contra o Zika vírus, deverá chegar em dois ou três anos.

Muitos estados sofrem com a falta de médicos e profissionais de saúde para auxiliar no tratamento das doenças causadas pelos vírus. Por que essa estrutura e tão precária?
O País piorou muito em termos de assistência médica em função da crise que estamos vivendo. No Sistema Único de Saúde (SUS), há uma hierarquia importante a ser seguida. A assistência primária, o posto de saúde da periferia da cidade, é deficiente. Os hospitais ambulatoriais fazem parte da atenção secundária e deveria dar apoio à primária para fazer diagnósticos. Mas se considerarmos todos os estados do País, somente em São Paulo e Curitiba a atenção secundária funciona bem. O custo do sistema de saúde acaba sendo mais alto porque sobrecarrega as emergências. O SUS vive uma crise que joga todos os pacientes para a assistência terciária, que são as emergências. Se as primárias e secundárias não funcionam é impossível fazer diagnóstica e não há resolutividade.

No caso das crianças com microcefalia, por exemplo, a demanda por profissionais de saúde especializados vai aumentar. Como o senhor vislumbra esse futuro próximo?
Se há dificuldade em prevenir e tratar doenças simples, em doenças mais complexas o cenário é muito pior. O tratamento adequado não está sendo feito.

Além da evolução médica, quais os outros reflexos positivos das epidemias no Brasil?
A população aprendeu a ter mais consciência, mas ainda não existe um trabalho de prevenção adequado. Não se consegue impedir o nascimento do mosquito porque as condições são muito precárias. Não se entra nas favelas para fazer um trabalho de prevenção. Evoluímos na assistência e na pesquisa, agora o restante depende dos governantes. Com todo o dinheiro retirado das propinas e da corrupção, teríamos uma assistência de saúde maravilhosa. Usar militares para verificar condições domésticas é válido no momento de emergência, mas o combate ao vetor deve continuar. Isso tem de ser feito para evitar a proliferação do vetor. Com as chuvas e o calor, deverão ocorrer alagamentos e assim o ciclo da proliferação recomeça. Ainda sofremos com a falta de planejamento urbano, deficiência da rede de saneamento básico e o pior: já temos no país os quatro sorotipos da dengue.

Podemos voltar a viver um cenário ainda preocupante de pessoas infectadas?
É o momento ideal para se falar em prevenção. Acredito que o sorotipo três será a bola da vez no Rio de Janeiro. E a Chikungunya também deve continuar circulando pelo País. Estamos bem mais preparados, cerca de 80% mais do que antes. Mas para evitar a mortalidade, ainda precisamos de treinamentos, recursos humanos e da presença de estado e municípios nas regiões afetadas pelos surtos.

Fonte: IstoÉ


ABRAIDI elege novo presidente; SERGIO ROCHA

Com 25 anos de mercado, a Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Produtos para Saúde – ABRAIDI acaba de eleger Sérgio Rocha como novo presidente. Ele assume a missão de apagar de vez a falsa crença de que o setor de distribuição seja somente venda e entrega de um produto. “É de extrema importância mostrar o quanto o distribuidor investe na sua empresa, no controle de processos e na compra de equipamentos e instrumentais para a realização de cirurgias”, afirma o executivo.

Formado em administração de empresas com pós-graduação em Administração Hospitalar, já atuou na Spal – Coca Cola, mas logo migrou para o setor de saúde. No Hospital Cristo Redentor de Porto Alegre/RS trabalhou por quase uma década em diversos cargos de chefia em áreas administrativas. Foi ainda, por outros dez anos, gerente Regional Sul da Johnson & Johnson e, desde 1998, é diretor comercial da Endo Sul, que comercializa produtos médico-hospitalares.

A entidade reúne 320 associados que atuam na importação e distribuição de implantes, materiais especiais, equipamentos e instrumentos médicos. Segundo dados da Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde (ABIIS), o setor de produtos médicos no Brasil movimentou, em 2016, US$ 9,2 bilhões, gerando 137 mil empregos.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Certificado de vacinação em Guarulhos exige cadastro

Ação agiliza emissão do Certificado Internacional de Vacinação (CIVP). Para atendimento, viajante deve realizar agendamento e pré-cadastro pelo Portal da Anvisa.

Se você irá viajar para algum país que exige o Certificado Internacional de Vacinação (CIVP) e pretende solicitar o documento no posto da Anvisa no aeroporto de Guarulhos (SP), faça o agendamento do seu atendimento pelo Portal da Agência. Além disso, para agilizar a emissão do Certificado, realize um pré-cadastro no endereço www.anvisa.gov.br/viajante, basta clicar na opção “cadastrar novo” ou no link “cadastro”.

Por enquanto, além do posto de Guarulhos, a obrigatoriedade de realização do agendamento e do pré-cadastro é válida apenas para o posto aeroportuário do Galeão (RJ), que já adota o novo sistema desde o dia 26 de abril deste ano. Mas, a ação será expandida para todo o Brasil.

Essa medida é resultado do aumento exponencial de solicitações de emissão de CIVP. Só nos primeiros quatro meses do ano, a Agência emitiu 345.550 CIVPs, quase a mesma quantia emitida em todo ano passado, 377.884.

Quem precisa do certificado internacional de vacina?
Somente pessoas que estão viajando para países que exigem a vacina contra febre amarela precisam do certificado emitido pela Anvisa.
Consulte se o seu local de destino é um desses casos na página de Saúde do Viajante da Anvisa.
A lista não muda com frequência, mas, recentemente, Panamá, Nicarágua, Venezuela e Cuba passaram a fazer essa exigência.

Certificado não precisa ser renovado
O Brasil adotou a diretriz da Organização Mundial de Saúde (OMS) de dose única para a vacina da febre amarela. A orientação foi dada pela OMS em 2014 e, depois de algumas avaliações, foi adotada pelo Ministério da Saúde.

Quem já tem o certificado não precisa trocar ou renová-lo. Quem já foi vacinado, mas não tem o certificado, precisa apenas agendar um horário em um posto de emissão do CIVP e apresentar o cartão nacional de vacinação com os dados da vacina. A vacina contra a febre amarela pode ser tomada em um posto de saúde ou em uma clínica particular.

Como obter o CIVP?
A emissão do CIVP é gratuita e feita nos Centros de Orientação para a Saúde do Viajante da Anvisa, localizados em portos, aeroportos e fronteiras. Desde abril de 2011, o certificado também pode ser emitido em Unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) credenciadas, como postos de saúde e hospitais, e nas clínicas particulares credenciadas para essa finalidade.

Vale ressaltar que os postos da Anvisa não aplicam a vacina, apenas emitem o certificado. A vacina deve ser tomada nos serviços de saúde públicos e particulares, devidamente habilitados.
Para visualizar a lista dos serviços de vacinação privados credenciados acesse o endereço eletrônicohttp://www.anvisa.gov.br/viajante. Clique sobre o link “Centro de Orientação à Saúde do Viajante” e, após, no link “Consulte a lista completa dos Centros”.

Quais os documentos necessários?
- Cartão de vacina e documentos pessoais.
São aceitos como documentos de identificação pessoal a Carteira de Identidade (RG), o Passaporte e a Carteira de Motorista válida (CNH), entre outros.
A apresentação da certidão de nascimento é aceita para menores de 18 (dezoito) anos. Ressalta-se que crianças a partir de 9 (nove) meses já começam o esquema de vacinação.
A população indígena que não possui documentação está dispensada da apresentação de documento de identidade.
Para agilizar o atendimento, o interessado pode realizar um pré-cadastro no endereçohttp://www.anvisa.gov.br/viajante ao clicar na opção “cadastrar novo”.

E quando se tratar de criança / adolescente menor de 18 anos?
a) Necessidade da presença do menor:
Não é necessária a presença da criança ou adolescente menor de 18 (dezoito) anos quando seus pais ou responsáveis solicitarem a emissão do seu CIVP nos Centros de Orientação para a Saúde do Viajante.
b) Necessidade de assinatura:
- No caso de menores que não assinam o nome, o responsável pelo menor deverá assinar o documento.
- No caso de menores que já assinam o nome, orienta-se que o CIVP seja assinado de forma idêntica aos demais documentos (Passaporte ou Carteira de Identidade) da criança ou do adolescente.
Mas fique atento, a falta de assinatura no CIVP torna o documento inválido e a autoridade do país de destino poderá deportar o viajante por esse motivo.
No caso de conexão ou escala em outros países, há necessidade do certificado?

Dúvidas sobre a aplicação das normas de controle sanitário, incluindo a necessidade de apresentação do Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia em países onde se faz conexão ou escala, devem ser esclarecidas com a representação do próprio país (consulados / embaixadas) ou com a empresa aérea que opera nesses destinos.

O que fazer em caso de perda ou extravio?
Em caso de extravio do cartão de vacinação, o usuário deverá se dirigir à unidade de saúde onde tomou a vacina e solicitar a segunda via do documento.
Também pode procurar um dos Centros de Orientação de Viajantes da Anvisa para emitir gratuitamente uma nova via do certificado.

Quando a vacina é contraindicada?
Para casos em que a vacinação ou a profilaxia é contraindicada, o Regulamento Sanitário Internacional (RSI) determina que o viajante deverá estar de posse de atestado médico que explique os motivos da contra indicação, escrito em inglês ou francês, não sendo determinado um modelo específico para esse documento. O RSI também determina que o país de destino tem autonomia para aceitar a contraindicação ou adotar uma dessas medidas adicionais para entrada do viajante.



Brasil comemora o Dia Nacional da Vigilância Sanitária

Comemorações envolvem atividades em torno do Sistema Único de Saúde (SUS) e do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS).

A data de 5 de agosto, aniversário de nascimento de Oswaldo Cruz, cientista, médico, bacteriologista, epidemiologista e um dos maiores sanitarista brasileiros, é também dedicada ao Dia Nacional da Vigilância Sanitária.

Por conta disso, há, em todo o país, nesta semana, comemorações que envolvem atividades em torno do Sistema Único de Saúde (SUS) e do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS), em todas as esferas de governo. Como objetivo principal, está a conscientização da população para uma vigilância mais inclusiva e participativa.

As atividades realizadas pelos estados e municípios incluem a divulgação da atuação da vigilância sanitária a estudantes, comerciantes, produtores, profissionais de saúde e de diversas áreas do conhecimento, consumidores e, naturalmente, para os cidadãos comuns.

O Dia Nacional da Vigilância Sanitária foi instituído pela Lei 13.098, de 27/01/2015 O dia 5 de agosto foi escolhido por ter marcado o nascimento de um dos sanitaristas brasileiros a quem o país mais deve. Oswaldo Gonçalves Cruz nasceu em São Luís do Paraitinga, na Serra do Mar paulista, em 5 de agosto de 1872. Quase 90 anos depois, de sua morte, no dia 11 de fevereiro de 1917, Cruz ainda é lembrado em cada canto do território nacional.

Assista, abaixo, ao vídeo com a mensagem do diretor-presidente da Anvisa, Jarbas Barbosa, sobre o Dia Nacional da Vigilância Sanitária.



Países das Américas implementam ações para eliminar hepatites do continente

Os países das Américas estão implementando ações para alcançar a eliminação dos vírus das hepatites, ainda que persistam os desafios na detecção e diagnóstico dessa doença que, se não tratada a tempo, pode causar cirrose, câncer hepático e até levar à morte. Nas Américas, estima-se que 2,8 milhões de pessoas apresentem infecção crônica pelo vírus da hepatite B e 7,2 milhões, pela hepatite C.

No caso da hepatite C, três em cada quatro pessoas desconhecem ter a infecção. Calcula-se que ambas as hepatites causam cerca de 125 mil mortes a cada ano, tirando mais vidas que a tuberculose e a infecção por HIV como um todo.

No Dia Mundial da Hepatite, celebrado na sexta-feira (28), a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) destaca o compromisso dos países em avançar rumo à eliminação dessa doença e continua advogando por uma resposta organizada para prevenir, detectar e tratar as pessoas que precisam.

“Os países das Américas estão fazendo um esforço muito grande para implementar ações e políticas que levem à eliminação das hepatites”, disse Massimo Ghidinelli, chefe da Unidade de HIV, Hepatite, Tuberculose e Infecções Sexualmente Transmissíveis da OPAS/OMS. “No entanto, é uma epidemia silenciosa, pois muitas pessoas que tem a doença não apresentam sintomas até que o fígado esteja danificado. Por isso, deve-se redobrar esforços para alcançar a meta de eliminar as hepatites como problema de saúde pública até 2030 na região”, apontou.

Segundo pesquisa da OPAS/OMS realizada em maio deste ano, ao menos 21 dos 25 países pesquisados na região das Américas criaram estruturas dentro dos Ministérios da Saúde que abordam a implementação de medidas de resposta à hepatite.

A região também tem feito grandes esforços em termos de vacinação contra a hepatite B: todos os países vacinam crianças menores de um ano contra a doença e já são 22 os que aplicam essa vacina nas primeiras 24 horas após o nascimento, como recomendado pela OMS.

Além disso, em 24 dos 31 países pesquisados nas Américas, faz-se um monitoramento sistemático para hepatites em mulheres grávidas. A hepatite B pode ser transmitida de mãe para filho no momento do parto, bem como de outras formas. No entanto, a vacinação em todos os recém-nascidos pode prevenir a infecção em 95% dos casos, além de proteger as futuras gerações de contraírem essa infecção durante o curso de suas vidas.

Por outro lado, das 7,2 milhões de pessoas que vivem com hepatite C crônica na região, apenas 300 mil recebem tratamento, ou seja, 4%. Apesar dos novos tratamentos disponíveis terem o potencial de curar mais de 90% das pessoas infectadas com hepatite C e reduzirem o risco de morte por câncer de fígado ou cirrose, eles ainda não são acessíveis a todos devido ao seu alto custo. Apenas 18 países os financiam, mostra o relatório da OPAS “La hepatitis B y C bajo la lupa”, publicado em janeiro de 2017.

Em fevereiro de 2017, o Fundo Estratégico da OPAS incorporou medicamentos de alto custo para o tratamento da hepatite C com preços acessíveis. Desta forma, os países das Américas podem ter acesso às alternativas terapêuticas mais eficazes para o tratamento desse tipo de hepatite. O Fundo Estratégico é um mecanismo solidário de compras conjuntas de medicamentos essenciais e suprimentos de saúde estratégicos para os países da região.

Em 2015, os ministros de saúde das Américas definiram uma série de medidas para prevenir e controlar a infecção por hepatite viral, incluída no Plano Regional da OPAS para as Hepatites Virais 2015-2019 com destaque para as hepatites B e C. Entre outras ações, o plano propõe que os países desenvolvam planos nacionais, estendam a vacinação contra a hepatite B para todas as crianças menores de um ano e grupos populacionais de alto risco e vulneráveis; realizem campanhas de informação; e busquem opções para ampliar o acesso aos medicamentos.

O Dia Mundial da Hepatite deste ano é celebrado sob o tema "Eliminar a hepatite" e pretende intensificar as medidas para alcançar as metas de saúde dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável para 2030. A OPAS lançou uma campanha com materiais gráficos, vídeos e mensagens para redes sociais, entre outros, para informar sobre formas de prevenção e tratamento das hepatites.

Cúpula Mundial de Hepatites 2017
A Cúpula Mundial de Hepatites será celebrada de 1 a 3 de novembro, em São Paulo, para avançar em uma resposta na luta contra as hepatites. O tema do evento é “A aplicação da estratégia mundial do setor de saúde contra as hepatites virais: em direção à eliminação das hepatites como ameaça à saúde pública”. Essa é uma oportunidade para demonstrar a liderança da região das Américas em saúde pública.

A Cúpula é organizada conjuntamente entre OMS, Aliança Mundial contra a Hepatite e governo do Brasil e reunirá as principais partes interessadas, reunidas para impulsionar a resposta mundial.

Fonte: OPAS/OMS

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