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quinta-feira, 3 de agosto de 2017

A IMPORTÂNCIA DE TECNOLOGIAS 3D PARA A ÁREA DA SAÚDE E A INDÚSTRIA 4.0 SERÃO TEMAS DEBATIDOS EM CONGRESSO INOVAÇÃO


Jorge Vicente Lopes da Silva, responsável pela divisão de tecnologias tridimensionais do CTI Renato Archer, será um dos palestrantes convidados do evento.

A impressão 3D, tecnicamente conhecida como manufatura aditiva, é uma das tecnologias mais importantes em várias áreas do conhecimento e, como consequência, a área da saúde tem também se beneficiado fortemente dessa técnica. Um dos grupos de pesquisa pioneiro no ramo é o Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer, pertencente ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. Por meio do ProMed (Programa de Tecnologias Tridimensionais Aplicadas à Saúde), desde 2000 o centro desenvolve ferramentas auxiliares com base na impressão 3D.

Tendo em vista esse novo cenário, Jorge Vicente Lopes da Silva, responsável pela divisão de tecnologias tridimensionais do CTI Renato Archer, é um dos palestrantes do talk show cujo título é “Saúde 4.0 – Inovação e Conectividade”, evento que terá como alicerce a utilização de tecnologias 3D para a área da saúde. O encontro acontece no dia 17 de agosto durante a sexta edição do CIMES (Congresso de Inovação em Materiais e Equipamentos para Saúde), promovido pela ABIMO (Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios).

Outro ponto a ser amplamente discutido durante o talk show é a influência da indústria 4.0 (ou manufatura avançada) na saúde. “Vamos discutir o que é exatamente esse conceito, sua forma de operar e o impacto dele na área industrial e na economia dos países. Creio que essa discussão deverá também ser ampliada para a medicina”, pontua o palestrante.

Pela necessidade de alimentar o setor da saúde com inovações e novas tecnologias que beneficiarão pacientes e melhorarão a rotina de hospitais e centros de saúde, a medicina 4.0 pode ser um tópico de futuro próximo, segundo Silva, e apresentar a necessidade de definir novos parâmetros e tecnologias para a área. “Vejo que no futuro poderemos ter fábricas de tecidos e órgãos humanos, utilizando os conceitos em desenvolvimento da biofabricação, uma tecnologia fortemente baseada na tecnologia da informação e impressão 3D”, explica.

O palestrante adverte que o caminho de transformação que as pesquisas, as indústrias e os hospitais vêm sofrendo precisa ser cada vez mais estimulado no Brasil, visando ao benefício dos pacientes, que são os usuários finais das tecnologias. “A integração entre centros de pesquisa, indústrias e hospitais, de modo que o ciclo seja completado de forma mais harmônica e otimizada, pode levar a resultados cada vez mais favoráveis”.

“O encurtamento, com a devida segurança desse ciclo, está sendo buscado e deve ser fortemente fomentado no nosso país. As tecnologias para a saúde são estratégicas para qualquer estado, tanto do ponto de vista de domínio tecnológico quanto do econômico”, completa.

Congresso
Além do representante do CTI Renato Archer, a sexta edição do CIMES receberá grandes nomes nacionais e internacionais da indústria, da academia e do setor regulatório da área da saúde que se reunirão em prol do incentivo à cooperação entre representantes do governo, da indústria e da academia em busca do desenvolvimento tecnológico da indústria brasileira da saúde.

O ponto central do congresso, que acontece nos dias 17 e 18 agosto, em São Paulo, é ser palco para ouvir sugestões, ideias e temáticas relevantes às novas tecnologias em saúde e odontologia, enquanto representantes do governo e pesquisadores do setor irão debater e propor o aprimoramento das políticas públicas da saúde.

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