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quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Hospital Federal promove trote solidário com calouros de universidade

Unidade do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro e campus da instituição Estácio de Sá adotaram forma criativa de ajudar a salvar vidas

Ingressar na faculdade é algo marcante na vida de muitos jovens. Por que não aproveitar esse momento para incentivá-los em prol de uma causa de saúde pública? É o que calouros e veteranos de diferentes cursos do campus R9 – Taquara da Universidade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro, fizeram na manhã desta quarta-feira (30). Dezenas de estudantes estavam presentes no trote solidário organizado no Hemonúcleo do Hospital Federal Cardoso Fontes (HFCF), unidade do Ministério da Saúde, como voluntários de doação de sangue. A iniciativa será reprisada na próxima terça e quarta-feira (5 e 6 de setembro) no mesmo local.

Quarenta universitários chegaram à entrada do Hemonúcleo por volta das 9h em ônibus cedido pelo próprio hospital. Na sala de espera, preencheram formulário e passaram por uma entrevista individual para relatar seu estado de saúde – procedimentos normais em qualquer doação de sangue na unidade. A coordenadora do Hemonúcleo, Mônica Ferreira, explica que todo o procedimento duro em torno de 15 minutos. Ela ainda acompanhou pequenos grupos de universitários pelo Hemonúcleo, para que conhecessem um pouco o espaço e também o passo a passo do processamento do sangue até o armazenamento e efetiva doação ao paciente.

“A nossa missão é trazer esses jovens para dentro das instalações a fim sensibilizá-los, mostrando a eles o destino do sangue que doam”, conta ela, entusiasmada com o êxito da ação. Mônica é uma das profissionais de saúde da unidade que permanece ininterruptamente atenta ao alto fluxo de atendimento na emergência do hospital, que atende em média 50 pacientes por dia, demandando um número maior de doadores. Em 80% dos atendimentos nessa emergência, na zona Oeste, os casos são oncológicos. “Precisamos formar um pensamento de doador entre a população. A doação de sangue ainda é muito estigmatizada e é o que precisa ser mudado”, observa ela.

Aluna de Educação Física do 1º período da faculdade, Luana dos Santos, 18 anos, não imaginava que o trote seria tão inspirador. Moradora do bairro de Cordovil, no Rio de Janeiro, ela não conhecia o Hemonúcleo do HFCF, em Jacarepaguá, mas diz que sempre quis ser uma doadora. “Me sinto muito bem em doar porque sempre quis ajudar e a iniciativa da faculdade e do hospital me ajudou a conseguir essa meta”.

Já a estudante de Enfermagem Bruna Abas, da mesma idade, não conseguiu doar porque havia tomado a vacina contra a febre amarela há pouco tempo, mas obteve as orientações necessárias para o momento em que puder via a doar. “Mesmo não podendo doar agora, já fiz meu cadastro para voltar depois. Infelizmente, muitas pessoas não doam porque têm medo ou desconhecem os bancos de coleta”, constata. Quem estava por perto também avaliou bem a iniciativa: “É uma ação linda em uma unidade importante e que tanto precisa”, elogia Joaquim Bastos, professor aposentado, que doou sangue pela primeira vez há 60 anos.

IDEIA CRIATIVA – O trote solidário faz parte de uma ação especial da universidade com o Departamento de Gestão Hospitalar do Ministério da Saúde (DGH), em busca da inovação e conscientização de jovens universitários a respeito da doação de sangue. “Nosso objetivo é sair da teoria e educar o aluno, dando justificativa e significado ao ato de doar. Aqui ele vai entender o processo por meio do contato direto com o banco de sangue”, afirma Maria Isabel Bastos, professora do curso de Enfermagem.

Para doar é preciso ter entre 16 e 69 anos, estar bem de saúde e pesar mais de 50 quilos. É preciso apresentar documento com foto original. Os menores de idade devem ir acompanhados de um responsável. O atendimento no Hemonúcleo do HFCF acontece de segunda a sexta das 8h às 12h.

Serviço
Local: Hemonúcleo do Hospital Federal Cardoso Fontes (Avenida Menezes Cortes, 3245 - Jacarepaguá, Rio de Janeiro)
Horário: Das 8h às 12h

Por Juliana Castro (supervisão Géssica Trindade), Ascom/RJ


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