Empresas de tecnologia que
atuam em Brasília, algumas até de porte internacional, pretendem fazer chegar
ao presidente Michel Temer consulta sobre o lobista pernambucano Roberto Campos
Marinho Filho, que estaria constrangendo o mercado de Tecnologia da Informação
(TI), afirmando dominar importantes órgãos federais.
Ele teria como parceiro
Leandro Augusto Cruz de Souza, um empresário considerado muito ligado ao
senador Romero Jucá (PMDB-RR).
Segundo consta, Roberto e
Leandro seriam influentes na oferta de negócios de TI em órgãos federais, como
Caixa Econômica, Ministério dos Transportes, Ministério do Planejamento,
Datasus e Dataprev, entre outros.
Num momento da vida nacional
em que investigações comprometem empresas de todos os portes, a persistência de
ações feitas por lobistas assusta o mercado local.
O empresariado teme ações de
órgãos como Ministério Público, Polícia Federal e até a Justiça Federal. Por
isso, busca informações junto ao Palácio do Planalto sobre a influência
atribuída ao senador Romero Jucá por lobistas conhecidos em Brasília.
Roberto Marinho, como é
chamado o lobista pernambucano, teve destaque na década passada, à frente da
empresa de tecnologia TCI BPO e outras companhias. O grupo tinha escritórios em
dez estados e mais de cinco mil empregados. Pesquisa feita no Google registra a
revolta de muitos funcionários e ex-funcionários, em função do desfecho dos
negócios empresariais e pendências trabalhistas.
No ano de 2011, suas empresas
entraram em recuperação judicial, prejudicando centenas de credores. Vale dizer
que ele não tem qualquer parentesco com a família Marinho da Rede Globo, mas se
vale dessa confusão para abrir espaços no mundo dos negócios.
Na verdade, atuou na área de
TI durante alguns anos, mas envolveu-se em processo no Rio Grande do Norte, na
guarda e distribuição de medicamentos, acabando por assumir dívidas de mais de
R$ 150 milhões.
Depois disso, Roberto Marinho
desativou negócios diretos para se dedicar à captação de contratos em Brasília.
Hoje, sua ação está sendo questionada pelas empresas de TI que atuam no plano
federal e já não aceitam intermediários nos projetos legalizados assumidos
junto aos órgãos públicos.
A reclamação contra os dois
empresários foi apresentada por três empresários de TI do DF. Estes sugeriram
confirmação com representantes das áreas de Tecnologia de dois grandes órgãos
públicos, os quais confirmaram a ação agressiva dos empresários lobistas, que
intranquilizam o setor.
O Brasília Capital tentou
localizar Roberto Marinho e Leandro Augusto, mas não obteve êxito nessa busca
em Brasília, estando disponível para divulgar esclarecimentos, se necessário.
Fonte: Blog do Callado, 5/8
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