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segunda-feira, 9 de outubro de 2017

VACINAS ANTI HPV E HEP A - MS PUBLICA EXTRATO DAS DISPENSAS DE LICITAÇÃO NO VALOR GLOBAL DE R$ 258.120.000,00 e R$ 142.740.000,00 respectivamente PDP MSD COM BUTANTAN

EXTRATO DE DISPENSA DE LICITAÇÃO Nº 463/2017 UASG 250005 Processo: 25000037521201708 . Objeto: Aquisição de VACINA HUMANA, CONTRA HEPATITE A, ADSORVIDA, INATIVADA, 720 U.EL / 0,5ML, SUSPENSÃO INJETÁVEL
Total de Itens Licitados: 00001. Fundamento Legal: Art. 24º, inciso XXXIV c/c inciso XXXII da Lei nº 8.666 de 21/06/1993.
Justificativa: Dispensada licitação por se tratar de fundação de apoio à órgão da administração pública direta Declaração de Dispensa em 06/10/2017. EDUARDO SEARA MACHADO POJO DO REGO. Coordenador-geral de Análise Das Contratações de Insumos Estratégicos para Saúde.
Ratificação em 06/10/2017. DAVIDSON TOLENTINO DE ALMEIDA. Diretor do Departamento de Logística em Saúde.
Valor Global: R$ 142.740.000,00. CNPJ
CONTRATADA : 61.189.445/0001-56 FUNDAÇAO BUTANTAN.
(SIDEC - 06/10/2017) 250110-00001-2017NE800177

EXTRATO DE DISPENSA DE LICITAÇÃO Nº 464/2017 UASG 250005 Processo: 25000064371201705 .
Objeto: Aquisição de VACINA HUMANA, ANTI-HPV (PAPILOMA VÍRUS), TETRAVALENTE, MONODOSE, SUSPENSÃO INJETÁVEL, SERINGA PREENCHIDA
Total de Itens Licitados: 00001. Fundamento Legal: Art. 24º, inciso XXXIV c/c XXXII da Lei nº 8.666 de 21/06/1993.
Justificativa: Dispensada licitação por se tratar de fundação de apoio à órgão da administração pública direta Declaração de Dispensa em 06/10/2017.
EDUARDO SEARA MACHADO POJO DO REGO. Coordenadorgeral de Análise Das Contratações de Insumos Estratégicos para Saúde.
Ratificação em 06/10/2017. DAVIDSON TOLENTINO DE ALMEIDA. Diretor do Departamento de Logística em Saúde.
Valor Global: R$ 258.120.000,00.
CNPJ CONTRATADA: 61.189.445/0001-56 FUNDACAOBUTANTAN.
(SIDEC - 06/10/2017) 250110-00001-2017NE800177


Micofenolato de Sódio 180mg e Micofenolato de Sódio 360mg. será adquirido pelo MS por pregão eletrônico

AVISO DE LICITAÇÃO PREGÃO Nº 64/2017 UASG 250005 Processo: 25000415636201730.

Objeto: Pregão Eletrônico - Registro de Preços para futura aquisição de Micofenolato de Sódio 180mg e Micofenolato de Sódio 360mg.

Total de Itens Licitados: 00004. Edital: 09/10/2017 de 08h00 às 11h59 e de 12h00 às 17h59.

Endereço: Esplanada Dos Ministérios, Bloco G, Anexo A, Sala 464 Plano Piloto - BRASILIA - DF ou www.comprasgovernamentais.gov.br/edital/250005-05-64-2017. Entrega das Propostas: a partir de 09/10/2017 às 08h00 no site www.comprasnet.gov.br.

Abertura das Propostas: 20/10/2017 às 09h00 no site www.comprasnet.gov.br. Informações Gerais: Os itens 2 e 4, destinam- se a cota reservada para as microempresas, empresas de pequeno porte e/ou sociedades cooperativas, conforme disposto no inciso III do artigo 48 da Lei Complementar nº 123/2006 (atualizada pela LC n. 147/2014).

Portanto, as empresas que cadastrarem proposta para esses itens e não se enquadrarem como ME/EPP, terão suas propostas recusadas.

CARLOS EDUARDO DALLA CORTE
Pregoeiro (SIDEC - 06/10/2017) 250110-00001-2017NE800119


Brasil e Bolívia assinam acordo de cooperação em saúde na área de fronteira

Os dois países mantêm diálogo constante sobre questões relacionadas à saúde. A cooperação busca identificar e resolver problemas que possam afetar as zonas fronteiriças da região

Brasil e Bolívia assinaram acordo de cooperação em saúde na área de fronteira. A cooperação entre os dois países foi firmada, nesta sexta-feira (6), em Brasília (DF), durante a visita do ministro das Relações Exteriores da Bolívia, Fernando Huanacuni. Do lado brasileiro, o acordo foi assinado pela secretária de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde, Gerlane Baccarin. Os dois países têm mais de 3.420 km de fronteira, que se estende por quatro estados brasileiros (Acre, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia).

Por essa razão, a cooperação em matéria fronteiriça tem caráter estratégico. O “Acordo Interinstitucional Internacional em Matéria de Cooperação em Saúde na Fronteira” constitui um marco institucional para estimular esforços de coordenação na área de saúde na fronteira. Para implementá-lo, será criado um Grupo de Trabalho em Saúde na Fronteira Brasil-Bolívia, com o objetivo de identificar e propor soluções para questões de saúde que afetem as populações da zona fronteiriça dos dois países.

Além desse acordo, Brasil e Bolívia também têm cooperado em áreas como a capacitação em emergências de saúde, com transferência de tecnologias e conhecimentos do Sistema de Monitoramento de Emergência (SIME) brasileiro à Bolívia.

COOPERAÇÃO TÉCNICA – O Ministério da Saúde possui mais de 50 projetos de cooperação técnica internacional em andamento, e há mais de 70 projetos já concluídos. Com a Bolívia, está em negociação uma campanha de vacinação canina antirrábica conjunta, nos municípios bolivianos de Puerto Suarez e Puerto Quijarro. Em janeiro de 2017, o Brasil doou 70 mil doses de vacina de cultivo celular à Bolívia. O Ministério da Saúde do Brasil também apoiará o custeio de vacinadores do município de Corumbá (MS).

Por Anna Lima, da Agência Saúde 


A incômoda verdade sobre melhorar a gestão da Saúde

Nesta sexta-feira(6), a Agência Lupa apresentou uma série de análises sobre as declarações do ministro da Saúde, Ricardo Barros. Na verificação sobre a reportagem o Ministério da Saúde faz os seguintes esclarecimentos:

1 – LEITOS HOSPITALARES - Não é possível misturar os índices com os números absolutos. São análises diferentes.  Ao demonstrar que a Inglaterra tem o mesmo número de leitos por habitante que o Brasil, o texto comete a incorreção de afirmar que “Só que o Brasil têm três vezes mais habitantes que o Reino Unido”. Se está se falando que são 2,3 leitos para cada mil habitantes, será proporcional para qualquer número da população.

O que a matéria não diz, com base nos números da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), é que o próprio sistema inglês vem reduzindo drasticamente o número de leitos em seu sistema de saúde, que também é público como o brasileiro. Somente nos últimos 10 anos, a redução foi de 30%. Comparado com a ocupação média dos leitos, o Brasil possui uma ineficiência de 45%. (Confira os números em: https://data.oecd.org/healtheqt/hospital-beds.htm)

No Brasil, temos 11 milhões de internações para 150 milhões, ou seja, uma proporção de 7,3%. O ministro tem baseado sua informação em um percentual de 10% ou uma elevação de 37% da assistência atual.

Sobre o uso de hospitais de maior porte para conseguir alcançar essa meta (hospitais com mais de 100 leitos), a matéria já traz: “os hospitais brasileiros são, em sua maioria, pequenos demais para atuar com níveis de eficiência adequados, sendo que 65% têm menos de 50 leitos”.

2 – EXAMES DESNECESSÁRIOS - Sobre 80% dos exames solicitados ter resultado desnecessário para o diagnóstico, o Ministério da Saúde forneceu o celular da fonte primária das informações à Agência Lupa. O resultado é sobre o município de São Paulo, que consome R$ 1,3 bilhão de recursos federais para média e alta complexidade. O resultado é uma realidade que vem sendo enfrentada pelo município em parceria com o ministério. O Banco Mundial em reunião realizada em agosto apresentou os dados preliminares de um estudo que aponta uma ineficiência superior a 70% dos recursos aplicados no setor hospitalar público brasileiro. Situação que está sendo enfrentada pela União, com informatização, transparência, análise de dados e comprometimento com a melhoria de gestão do sistema.

3 – AMPLIAÇÃO DA OFERTA DE MEDICAMENTOS - A rede própria da Farmácia Popular é um exemplo claro de melhoria de gestão. Além das 34 mil drogarias privadas credenciadas ao programa, outras 400 eram próprias da rede pública. Elas, no entanto, custavam R$ 100 milhões aos cofres públicos, sendo que 80% ia para despesas como manutenção e pessoal, restando apenas R$ 20 milhões para a compra efetiva de medicamentos. Com a mudança de repasse, os R$ 100 milhões serão utilizados completamente para a compra dos produtos necessários para os pacientes. A mudança amplia, portanto, a oferta na rede pública, onde estão disponíveis todos os medicamentos da Farmácia Popular – Rede Própria, além do complemento das 34 mil drogarias do Farmácia Popular – Aqui Tem Farmácia Popular.

4 – DOAÇÃO DE ÓRGÃOS – Sim, está correta a informação da Agência Lupa. É preciso aumentar o número de doadores de órgãos. A conversa dentro das famílias e o esclarecimento do desejo daqueles que querem doar órgãos após seu falecimento é fundamental para ampliar o número de doações. O Ministério da Saúde lançou uma campanha para essa sensibilização.

5 – PROGRAMA MAIS MÉDICOS – O programa conta com 18.200 vagas. A cada três meses, aproximadamente, é realizado um edital para preencher as vagas de saída dos profissionais do programa. Um recorte temporal entre uma chamada e outra induz ao erro do leitor.



Planos de saúde expulsam segurados ao fazer 60 anos, diz ministro

Segundo ele, as regras atuais não protegem os idosos. Na prática, a legislação tem causado o efeito contrário e deve ser analisada pela comissão especial da Câmara dos deputados

Em entrevista ao jornal Estado de S. Paulo, no final da tarde desta quinta-feira (5), o ministro da Saúde, Ricardo Barros, afirmou que a legislação atual não protege os consumidores de planos de saúde que completam 60 anos. Segundo ele, os preços praticamente dobram quando estão com 59 anos. Trata-se de uma tática de mercado para expulsar os beneficiários. Para ele, esse é um tema importante que deve ser analisado pela comissão especial da Câmara dos Deputados, que analisa a revisão do marco legal do setor.

Para o ministro, alguns temas não estão funcionando adequadamente com a atual regulamentação do setor. São tópicos como o ressarcimento dos planos de saúde ao SUS, quando seus clientes são atendidos no SUS; as multas às operadoras; o reajuste de plano individual, que causou a quase extinção dos dessa modalidade do mercado; e as regras do Estatuto do Idoso, que, para não correr riscos, os planos têm adotado táticas para tirar as pessoas com mais de 60 anos de suas carteiras de beneficiários. “Em vez de cumprir a regra de proteger de aquelas pessoas, está atrapalhando”, afirma o ministro.

Segue a íntegra da entrevista

O que o senhor está pensando sobre clínicas populares?
Nada. Ninguém falou em clínicas populares.

Mas o senhor está pensando em alguma coisa para clínicas populares?
Não. Clínica popular não é plano. Clínica popular é serviço.

Tem que estar incluído nos planos?
Não. Clínica popular é prestação de serviço imediato. A pessoa vai lá, paga e pronto.

Isso não teria que ter uma regra específica para esses planos? Não é plano. Clínica popular não é plano.

Não, não é plano. O senhor acha que, nos planos de saúde, deveria incluir alguma coisa sobre clínicas populares?
Não. Os planos de saúde têm sua própria estrutura de atendimento. Usa médico credenciado e, não, clínica popular.

E com relação ao reajuste de planos individuais? O senhor disse que está tudo engessado. Pode ser feita alguma coisa para se aumentar a oferta?
Tem que ter uma regra que permita que os planos individuais permaneçam no mercado. A atual regra retirou os planos do mercado.

O que poderia ter? É obrigado a ter plano individual? O que o senhor está pensando? *
Eu não estou pensando nada.  Só disse que tem alguns temas que precisam ser tratados, porque não estão funcionando bem. Ressarcimento não está funcionando, multa não está funcionando, reajuste de plano individual não está funcionando, Estatuto do Idoso não está funcionando. Em vez de cumprir a regra de proteger aquelas pessoas, está atrapalhando.

E com relação ao reajuste ao plano empresarial? É uma das maiores queixas na justiça. As pessoas são surpreendidas com aumento muito grande da mensalidade, passado um ano do contrato.  O senhor acha que essa regra precisa de alguma coisa? Em relação aos planos coletivos e aos planos empresarias?
Se está tendo problema, o relator deve se debruçar sobre isso.

E o problema com relação ao Estatuto do Idoso?
Como o Estatuto do Idoso diz que depois do 60 anos não pode ter aumento, quando ele [beneficiário] faz 59 anos, o plano dobra o preço. Isso para ele ir embora. Ele [operadora de plano de saúde] não sabe quanto tempo a pessoa vai viver, a situação de cada um, não quer correr o risco. Então, para não correr o risco, expulsa a pessoa do plano. Aquela regra que foi feita para proteger o idoso está prejudicando, na prática.

O que o senhor acha que isso vai ser avaliado no regime de urgência?
Não sei dizer. Foi explicado pelo presidente da comissão [de Seguridade Social de Família], lá no Conselho Nacional de Saúde, que tem um projeto que está em regime de urgência. E por isso é que a comissão está andando acelerada, para que esse projeto seja votado junto com os demais. É um projeto específico, que não sei qual é.

O senhor acha que o plano popular deve ter regra? Deve entrar nessa história, já que está se falando de planos de saúde?
Plano acessível é plano igual aos outros.

Então deve entrar aqui nessas regras? Ou o senhor acha que não é necessário?
Não sei. O relator que deve saber isso.

Há alguma ideia de mudar as regras para os planos acessíveis? O projeto de planos acessíveis?
A Fenasaude disse que gostaria que o plano acessível fosse regulamentado. Então, eles deverão apresentar a ANS uma proposta de regulamentação, que poderá ou não ser aprovada.

O senhor sabe o que entraria nessa regulamentação?
Não tenho a menor ideia.

A Fenasaude não participou daquele grupo de trabalho?
A Fenasaude, acho que sim. Está no site da ANS.

Tem algum prazo para apresentarem essa proposta de regulamentação?
Não. Isso é problema deles. É mercado. Nós, aqui, não cuidamos disso.


Vacinas-Brasil é referência mundial

Brasil exporta vacinas para mais de 70 países

Butantan e Fundação Oswaldo Cruz são dois polos de excelência na produção de vacinas-Brasil, que também conta com a Funed e Tecpar formando um complexo tecnológico de referência mundial.

Juntos  o  Instituto Butantan e a Fundação Oswaldo Cruz, produzem 25 tipos de vacina que  abastecem o mercado nacional. Além disso, também exportam para mais de 70 países, principalmente africanos. A competência das pesquisas e a Certificação de Boas Práticas de Fabricação e Controle das instalações atestam o alto padrão qualidade dessas vacinas, reconhecido internacionalmente.

Em São Paulo o Instituto Butantan  compartilha a qualidade do processo produtivo considerado de primeiro mundo de acordo com a OPAS ( Organização Pan- Americana de Saúde).


Vacinação – Mais um motivo de orgulho nacional

O Brasil possui cerda de 36 mil salas de vacinação distribuídas por todo o país. Por ano são aplicadas mais de 300 milhões de doses. Esses números colocam o Brasil como um dos países que mais oferecem vacinas gratuitamente. Uma ótima notícia para a Saúde Pública e certamente uma conquista da nossa população.

Ainda tem gente com medo de tomar vacina:
  • Vacinas são seguras;
  • Salvam milhões de vidas todos os anos;
  • Efeitos colaterais são isolados e na comparação o custo benefício e inestimável;
  • Vacinas erradicaram a varíola e praticamente  eliminou a pólio;
  • Protegem anualmente milhões de pessoas de morrer  e adoecer por doenças prevenidas pelas vacinas;
  • Beneficiam as pessoas impedidas por razões médicas (principalmente imunodeprimidos) de tomar a vacina pela diminuição da circulação das doenças obtida pela alta cobertura da vacinação.

Liliana Junqueira de P. Donatelli


Congresso Brasileiro de Medicina de Família de 02 a 05 de novembro em Curitiba - PR - "Atenção Primária, acesso e cuidado centrado na pessoa"


A 14ª edição do Congresso Brasileiro de Medicina de Família e Comunidade (14º CBMFC) será realizado de 2 a 5 de novembro de 2017, em Curitiba, com expectativa de 5 mil participantes.

O tema deste ano é “Atenção Primária, acesso e cuidado centrado na pessoa”. Organizado pela Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, o congresso destacará a responsabilidade dos médicos de família e da comunidade na construção de sistemas de saúde que ofereçam um melhor cuidado para as pessoas.

A programação do 14º CBMFC será construída por profissionais da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade e demais profissionais de todo o país, com atividades científicas e culturais em formatos de mesas-redondas, oficinas, conferências e rodas de conversa.

Estarão presentes no congresso três convidados internacionais: o pesquisador Kees Van Boven (Universidade de Radboud, Holanda), o professor Robert Janett (Cambridge e Harvard, EUA) e Maria Sofia Cuba Fuentes (Universidad Peruana Cayetano Heredia, Peru)
Ouvintes poderão se inscrever até dia 17 de outubro, por site. As taxas de inscrição custam de R$ 150 a R$ 700.

O evento será realizado no Expo Unimed Curitiba, rua Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300, Campo Comprido, Curitiba, PR.

Mais informações: www.cbmfc2017.com.br


O risco das doenças sexuais

As autoridades sanitárias perderam um grande aliado na prevenção das doenças sexualmente transmissíveis (DSTs): o medo. Por não causarem pânico, a população mais jovem banalizou esses males e abriu mão de se proteger. O preservativo, item de primeira necessidade outrora, caiu em desuso. Os efeitos começam a aparecer. Em cinco anos, a Secretaria de Saúde registrou 29 mil novos casos de alguma DST. O alerta é para o perfil dos infectados: jovens entre 20 e 29 anos.

A perpetuação e o aumento dessas doenças preocupa especialistas. Entre 2010 e 2015 -- levantamento mais recente da Secretaria de Saúde --, 3.010 novas infecções de Aids foram notificadas, 4.290 de sífilis, 6.550 de condiloma (verruga genital) e 3.063, de úlcera genital (leia Raio-X). Esses males estão cada vez mais inseridos na capital federal. Não há distinção de classe social, escolaridade ou raça, como evidenciam as estatísticas.

Apesar de o registro de casos ser confiável, há um hiato que deve ser levado em consideração. Uma parcela de doentes sequer sabe que tem uma DST. "Esse aspecto faz com que a contaminação seja em progressão geométrica, ou seja, a pessoa infectada que não sabe de seu diagnóstico transmite o vírus ou a bactéria para outras, que também ficam no ostracismo", conclui o coordenador do Polo de Prevenção das DSTs da Universidade de Brasília (UnB), Mário Ângelo Silva.

Ele chama a atenção para outro aspecto: o da confiança. "No começo dos relacionamentos, o uso do preservativo é natural. Mas, quando a relação está estabilizada há mais tempo, isso se perde. Com os jovens, é ainda mais arriscado por eles estarem numa fase de descobertas, nas quais a vida sexual é mais ativa. Transam mais e com um número maior de pessoas", destaca o especialista.

Prudência
O comportamento da sociedade mudou, com isso, a linguagem das políticas públicas ficou defasada. É o que pensa o sociólogo Roberto Geraldo da Silva, presidente da Associação Esperança e Vida, organização que trata e abriga pacientes com Aids. "A questão envolve aspectos amorosos, sociais, religiosos e culturais. O uso do preservativo está baixo por isso. Hoje em dia, não adianta dizer: 'Use camisinha’. E acreditar que todo mundo vai aderir", lamenta.

Roberto explica que a saída é a informação. "É preciso trabalhar a educação sexual nas escolas com mais efetividade. Temos de falar da valorização da vida, dos resultados da camisinha, das doenças e mostrar o dano que elas causam. O uso de preservativo deve ser encarado como o do cinto de segurança e o consumo de água potável", alerta.

Valéria Paes, consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia, explica que a população mais jovem não vivenciou terrores do passado, como mortes por complicações da Aids, e, por isso, tem menos prudência. "Isso enfraquece o apelo pelo uso do preservativo. Os jovens estão se arriscando mais. Por isso, é necessária a modernização na abordagem", avalia. Ela emenda: "Precisamos disseminar as informações. As pessoas não falam de DSTs como de outras doenças"

Correio Braziliense | Cidade | BR, OTÁVIO AUGUSTO


R$ 28 bilhões dos cofres públicos são oriundos de Fraudes médicas em 2017, e aumentam em 33% custos ao consumidor segundo o Instituto IESS

Defensoria pública alerta que o prejuízo não pode ensejar redução de direitos dos usuários

A fraude anual estimada em procedimentos médicos desnecessários ou superfaturados no mercado de saúde chegará a de R$ 28 bilhões, segundo dados do Instituto de Saúde Suplementar (IESS), divulgados no evento promovido Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde). Na avaliação da entidade, o prejuízo impõe ameaças à sustentabilidade do setor de planos de saúde. Para reduzir essas perdas, os planos de saúde iniciaram uma verdadeira cruzada contra as fraudes, implementando uma fiscalização sistemáticas do número de feitos de exames e procedimentos requisitados por cada médico. O presidente da Notredame Intermédica e vice-presidente da FenaSaúde, Irlau Machado Filho, disse, durante evento promovida pela federação, que mais de 70 médicos e clínicas estão sob investigação e que, segundo ele, um único médico causou à operadora prejuízo de R$ 9 milhões.

- O custo para o consumidor poderia ser 33% menor. Estamos repassando aos clientes a variabilidade do custo de "hiperregulamentação" e da judicialização. Diferentemente do que acontece hoje nos Estados Unidos, as fraudes não são punidas criminalmente - afirmou Irlau.
A diretora de Técnica Médica e Relacionamento com Prestadores da Amil, Tereza Veloso, chamou atenção para a desidratação da remuneração médica nos últimos anos pode levar muitos profissionais de saúde a tentar recompor seu lucro com procedimentos desnecessários.

- Houve um achatamento dos honorários médicos ao longo dos anos. A gente precisa corrigir os honorários médicos. A gente não olhou e deixou o médicos sem reajustes durante muitos anos - lembrou Tereza.

Além de irregularidades na contratação de serviços desnecessários, as operadoras de saúde apontam empréstimos de carteirinhas, pedidos de reembolso superfaturados e pagamento por procedimentos não realizados entre as fraudes mais frequentes. Uma das medidas defendidas pelas operadoras e já autorizada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) é a exigência de uma segunda opinião médica na avaliação de procedimentos, cirurgias, implantes e próteses.

A diretora de Normas e Habilitação da ANS, Karla Santa Cruz Coelho, defendeu a implementação da medida. A resolução que autoriza a junta médica já foi publicada pela agência, há cerca de um mês e meio, prevendo uma terceira opinião para casos em que o médico do paciente e o do plano de saúde não concordam com um diagnóstico. Para ela, a reavaliação do médico do paciente por uma junta não precisaria sequer ser feita de forma presencial.

- A discussão do diagnóstico médico é fundamental no Brasil, e o paciente deve ser informado com clareza que aquela solução para saúde dele não será aplicada mas há uma outra alternativa - ponderou Karla.

Segundo a diretor da ANS, em 2014, foram gastos R$ 19 bilhões em produtos médicos, cerca de 20% desse total foram direcionados a dispositivos.

A coordenadora do Núcleo de Defesa do Consumidor (Nudecon) da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, Patrícia Cardoso, acredita que a resolução não traz prejuízo ao consumidor. Ela, no entanto, observa que a tentativa de redução dos custos médicos não pode ensejar iniciativas para redução de direitos e penalização dos usuários.

- A junta médica no fim das contas já existia, mas o consumidor não sabia, ele só recebia a negativa de atendimento. Para o consumidor, não tem lesão porque os prazos de atendimento não foram alterados e não é uma obrigatoriedade. A obrigação da segunda opinião está, no entanto, no projeto de planos de acessíveis, ou populares. O problema é que essa briga entre planos de saúde e os médicos não pode recair sobre os ombros do consumidor, retirando direitos e aumentando custos para os clientes - disse Patrícia Cardoso.

O presidente substituto da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Leandro Fonseca, classificou os custos e preços do mercado como "explosivos". Ele destacou, no entanto, que contribuem para os problemas de financiamento da saúde o envelhecimento da população e a incorporação de novas tecnologias. Segundo Fonseca, a agência deve encerrar a discussão, ainda este ano, sobre a portabilidade de carência de planos e a regulamentação de contratações de planos coletivos para poucas vidas, como no caso dos microempreendedores individuais que contratam planos coletivos.

Nos últimos dois anos, os planos de saúde perderam cerca de 2,5 milhões de usuários. Hoje, são pouco mais de 47 milhões de beneficiários em todo país.

O Globo Online | Defesa do Consumidor | BR


Falta de recursos para manutenção prejudica laboratórios de ponta

Na última quarta-feira, o Comitê do Nobel anunciou a concessão do prêmio de Química deste ano a três cientistas europeus por suas contribuições para o uso da microscopia eletrônica no estudo de biomoléculas. A escolha reflete uma tendência do prêmio de também reconhecer os avanços técnicos e metodológicos que estão permitindo diversas descobertas não só na bioquímica como na ciência de materiais. Apenas neste século, desenvolvimentos como estes também levaram o Nobel de Química em 2002, 2008, 2009 e 2014. E não é por menos, já que estes avanços foram fundamentais para as pesquisas que renderam praticamente todos os outros prêmios na área nos anos 2000.

Diante desta crescente importância da tecnologia nas pesquisas de ponta nos campos da biologia e novos materiais, o Brasil investiu pesado em infraestrutura para os estudos do universo microscópico nos últimos anos. Segundo Wanderley de Souza, diretor científico da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), só nos últimos dez anos a empresa pública, vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC) investiu R$ 3,2 bilhões no aparelhamento de laboratórios espalhados pelo país, incluindo a aquisição de sofisticados equipamentos que usam as técnicas de microscopia, ressonância magnética nuclear e cristalografia vencedoras do Nobel de Química deste e dos últimos anos.

- Em qualquer país que apoie efetivamente a ciência, uma das prioridades é ter uma infraestrutura condizente com a realidade das pesquisas de ponta no mundo, o que envolve equipamentos, treinamento de pessoal e manutenção, e o Brasil fez um grande investimento nisso - destaca.

Este dinheiro, no entanto, corre o risco de ser desperdiçado, pelo menos em parte, com os cortes nos orçamentos de ciência e tecnologia do governo federal. Exemplo disso é um dos mais avançados microscópios eletrônicos do Centro Nacional de Biologia Estrutural e Bioimagem (Cenabio), na UFRJ. Souza conta que, sem recursos para manutenção, o aparelho está parado.

- No momento, nossa grande prioridade não é nem comprar novos equipamentos, mas fazer com que os que temos funcionem e bem, recebendo melhorias como novas câmeras e detectores - diz Souza.

Cenário parecido enfrenta o vizinho Centro Nacional de Ressonância Magnética Nuclear Jiri Jonas, também parte do Cenabio. Lá, dois dos principais aparelhos estão funcionando com capacidade reduzida, também devido à falta de verbas para manutenção.

- A conta que se faz lá fora é de cerca de 20% do valor do equipamento em manutenção por ano - cita Jerson Lima Silva, diretor do laboratório e coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Biologia Estrutural e Bioimagem (Inbeb), ao qual o Cenabio está vinculado. - Aqui, isso sempre ficou entre 10% e 5%, mas com menos que 5% não dá para mantê-los em funcionamento e arriscamos até perder os equipamentos.

Com isso, o avanço de diversas pesquisas está sendo prejudicado, incluindo as envolvendo o vírus da zika, relata Silva:

- A ciência não espera. É muito bom termos equipamentos para fazer experimentos de ponta aqui, mas precisamos de condições para isso também. Ou então vamos voltar para os anos 1990, quando vivíamos numa "ponte aérea" levando amostras para laboratórios nos EUA e na Europa. Isto é muito pouco prático, e sai caro também

Cesar Baima, O.Globo


Justiça obriga Estado a comprar remédio ECULIZUMABE de R$ 86,8 mil para menino com doença hemofílica rara

João Pedro da Silva, de 6 anos, foi diagnosticado com síndrome hemolítico urêmica atípica e precisa de quatro doses mensais de R$ 21,7 mil cada.

Família de São José do Rio Pardo ganha na Justiça medicamento importado de alto custo
Os pais de um menino de São José do Rio Pardo (SP) conseguiram na Justiça que o governo do Estado de São Paulo pague um medicamento que custa R$ 86,8 mil por mês. João Pedro da Silva, de 6 anos, foi diagnosticado com síndrome hemolítico urêmica atípica, uma doença rara que causa anemia profunda, compromete os rins e aumenta o risco de trombose.

Espera de 2 meses
Mesmo com o resultado favorável na Justiça, a família teve que esperar 58 dias para obter o medicamento. "Eles pediram um prazo de 15 dias, depois pediram mais 45 e passados estes dias, mais 90, aí a juíza deu mais 45 dias de prazo", contou o pai de João Pedro, Willian Gonçalves Pereira da Silva.

Tratamento
Em decorrência da doença, que foi diagnosticada em julho, João Pedro tem uma lesão no rim e faz diálise 12 horas por dia. Não há cura para esta síndrome, mas os sintomas podem ser controlados pelo medicamento importado Eculizumabe. Ele precisa de uma dose por semana e cada uma custa R$ 21,7 mil.

De acordo com o nefrologista Rafael Sanches Humel, a falta do remédio, nem que seja por pouco tempo, pode causar sérios danos à saúde de João Pedro.

"Causa a destruição das hemácias, provocando anemia, fraqueza e cansaço e pode agravar a lesão que ele já tem no rim", afirmou.

Os pais de João Pedro conseguiram a doação de oito ampolas com famílias de pessoas que têm a mesma doença, mesmo assim ele ficou duas semanas sem o remédio.

Compra de medicamentos de alto custo
O Departamento Regional de Saúde de Ribeirão Preto informou que a compra de medicamentos de alto custo depende de licitação e que outros fatores podem causar demora no processo, como atrasos do fornecedor e, no caso de medicamentos importados, procedimentos alfandegários e autorização da Anvisa.


lobby no País Regulamentação volta à discussão na Câmara dos Deputados

O tema já está colocado há pelo menos dez anos, quando um projeto de lei passou a tramitar na Câmara dos Deputados

A dificuldade em se comprovar que a íntegra de um ato legislativo foi comprada por determinada empresa ou aprovada por pressão de um setor da economia praticamente inviabiliza a anulação de tais normas na Justiça e leva, segundo especialistas, a um debate mais amplo, que envolve a necessidade de se regulamentar a atividade do lobby no Brasil.

O tema já está colocado há pelo menos dez anos, quando um projeto de lei passou a tramitar na Câmara dos Deputados. De autoria do atual líder do PT na Casa, o deputado Carlos Zarattini (SP), a proposta já foi arquivada, desarquivada, apensada a outro projeto e aprovada na Comissão de Constituição e Justiça, restando agora somente ser apreciada pelo plenário, o que pode ocorrer ainda neste mês, segundo o parlamentar.

Especialista em Direito Público, o advogado Floriano Azevedo Marques afirma que o lobby é legítimo e inerente à democracia. “O problema é a forma como ele se dá no Brasil. Aqui, os representantes dos mais diversos setores econômicos, dos sindicatos, ficam às escondidas nos gabinetes dos parlamentares. Nos Estados Unidos, eles têm crachá e circulam livremente pelo Congresso. Regulamentar essa atividade, torná-la mais transparente pode ajudar a reduzir atos de corrupção”, diz.

Professora de Direito do Estado da Universidade de São Paulo (USP), Paula Dallari ressalta que a criminalização da política é negativa para o País. O problema, segundo a especialista, não está nos ritos legislativos, mas na composição e no funcionamento do Congresso. “O desprestígio da representação política, causado por diversos fatores, torna a Casa mais vulnerável à ‘política de balcão’, pautada pela troca de favores entre Executivo e Legislativo e permeável à pressão de interesses não expressamente identificados, sem falar na prática de crimes, que infelizmente está sendo evidenciada como frequente.”

Paula também afirma que a regulamentação do lobby conferiria mais transparência ao processo legislativo e ressalta que essa medida seria um avanço em relação às disciplinas já em vigor no País neste sentido. Ela cita como exemplo a Lei 12.813, de 2013, que trata sobre conflitos de interesses, indicando parâmetros objetivos sobre os possíveis conflitos de autoridades do Executivo.

Efeito
Marques acrescenta que qualquer regulamentação não pode abrir caminho para a proliferação de leis de efeito concreto, ou seja, leis que têm um destinatário certo, beneficiando, por exemplo, apenas uma empresa e não um setor. “Esse tipo de ato, travestido de lei, é que pode ser contestado na Justiça e até anulado. É preciso separar lobby de corrupção e não criminalizar a política de incentivos”, explica.

O cientista político Marco Antonio Teixeira, da FGV-SP, alerta que a conotação negativa dada à atividade no Brasil difere do que ocorre em outras democracias consolidadas. “Aqui, lobby virou palavrão, quando é, na verdade, uma atividade legítima, que revela quem representa quem, tornando as relações mais claras e mais fáceis de serem fiscalizadas,” diz. “Tornar o lobby legal é indispensável para regular a própria democracia. O que não pode é deixar como está, na penumbra.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Por Adriana Ferraz, do Estadão Conteúdo 


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