Destaques

sexta-feira, 10 de agosto de 2018

HIUDROXICLOROQUINA SULFATO, INDICADO PARA ARTRITE REUMATÓIDE, LÚPUS, MALÁRIA E DOENÇAS DA PELE É REGISTRADO PELA EMS COMO GENÉRICO NA ANVISA


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concedeu o registro a mais um genérico inédito no país. O medicamento é o Sulfato de hidroxicloroquina, indicado para o tratamento de reumatismo e doenças de pele. Além de ampliar o acesso da população a uma nova opção terapêutica, o produto reduz o custo do tratamento, uma vez que os produtos genéricos são, no mínimo, 35% mais baratos do que os de marca.

De acordo com o fabricante, podem fazer uso do medicamento pacientes portadores de artrite reumatoide (inflamação crônica das articulações), artrite reumatoide juvenil (em crianças) e malária (em casos de crises agudas e tratamento supressivo). Também há indicação de uso para o tratamento de pessoas com lúpus eritematoso (sistêmico e discoide) e problemas de pele provocadas ou agravadas pela luz solar.

O medicamento foi registrado pela empresa EMS S/A. A publicação do registro no Diário Oficial da União ocorreu no dia 06/08. Leia abaixo informações sobre as principais doenças que podem ser tratadas com o Sulfato de hidroxicloroquina.

Malária*
A malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles. A cura é possível se a doença for tratada em tempo oportuno e de forma adequada. Contudo, a malária pode evoluir para forma grave e para óbito.

Os sintomas são febre alta, calafrios, tremores, sudorese e dor de cabeça, que podem ocorrer de forma cíclica. Muitas pessoas, antes de apresentarem estas manifestações mais características, sentem náuseas, vômitos, cansaço e falta de apetite.

No Brasil, a maioria dos casos de malária se concentra na região Amazônica, nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.

Artrite reumatoide (AR)**
Doença inflamatória crônica que pode afetar várias articulações. A causa é desconhecida e acomete as mulheres duas vezes mais do que os homens. Inicia-se geralmente entre 30 e 40 anos e sua incidência aumenta com a idade.

Os sintomas mais comuns são dor, edema, calor e vermelhidão, em qualquer articulação do corpo, sobretudo mãos e punhos. O comprometimento da coluna lombar e dorsal é raro, mas a cervical é frequentemente envolvida.

Artrite reumatoide juvenil**
Também conhecida como artrite idiopática juvenil, é uma doença inflamatória crônica que acomete as articulações e outros órgãos, como a pele, os olhos e o coração. A principal manifestação clínica é a artrite, caracterizada por dor, aumento de volume e de temperatura de uma ou mais articulações. Cabe ressaltar que em algumas crianças a dor é mínima, ou até mesmo inexistente.

A incidência da artrite idiopática juvenil é desconhecida no Brasil, mas dados provenientes de países da América do Norte e da Europa indicam que cerca de 0,1 a 1 em cada 1.000 crianças tem essa doença.

Lúpus**
O lúpus eritematoso sistêmico (LES ou apenas lúpus) é uma doença inflamatória crônica, de origem autoimune, cujos sintomas podem surgir em diversos órgãos de forma lenta e progressiva (meses) ou mais rapidamente (semanas), em fases de atividade e de remissão (diminuição dos sintomas).

São reconhecidos dois tipos principais de lúpus. Um deles é o cutâneo, que se manifesta apenas com manchas na pele. O outro tipo conhecido é o sistêmico, no qual um ou mais órgãos internos são acometidos.

A doença pode ocorrer em pessoas de qualquer idade, raça e sexo, porém as mulheres são muito mais acometidas. Ocorre principalmente entre 20 e 45 anos, sendo um pouco mais frequente em pessoas mestiças e nos afrodescendentes. Não há números exatos para o Brasil, mas estimativas indicam que existam cerca de 65.000 pessoas com lúpus, sendo a maioria mulheres.

*Informações do Ministério da Saúde



Lenalidomida: importação excepcional permitida até 14/9


A importação de medicamentos à base de lenalidomida só será possível até o dia 14 de setembro deste ano. Somente importações ou remessas embarcadas até essa data serão fiscalizadas para fins de liberação pela Anvisa.

Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 63/2008 não permitia a compra e venda deste medicamento no Brasil, uma vez que o produto não era registrado no país. Mas, para permitir o tratamento dos pacientes com indicação de uso da formulação, a Anvisa autorizava a importação excepcional mediante prescrição médica. Esta proibição de comercialização durou até 26 de dezembro de 2017, quando um medicamento a base da substância foi registrado no país. Atualmente, o produto já está disponível no mercado brasileiro.

Teratogenicidade
O medicamento registrado no país a base de lenalidomida é o Revlimid. O produto é indicado, em combinação com a dexametasona, para o tratamento de pacientes com mieloma múltiplo refratário ou recidivado que já tenham recebido pelo menos um tratamento anterior. A lenalidomida também é indicada para pacientes com anemia dependente de transfusões decorrentes de síndrome mielodisplásica.

O produto apresenta risco de teratogenicidade, ou seja, de provocar malformações congênitas em bebês de forma similar à talidomida. Por isso, os prescritores devem realizar as devidas orientações aos pacientes, além do preenchimento da Notificação de Receita e do Termo de Responsabilidade e Esclarecimento, conforme disposto na RDC 191/2017. A aquisição do medicamento no país também deve ocorrer de acordo com o estabelecido na RDC.

Para saber mais sobre procedimento excepcional de importação, acesse: http://portal.anvisa.gov.br/importacao-controlados/saiba-mais.


Ascom - ANVISA


Dezenas de empresas interessadas em produzir canábis em Portugal


Infarmed está a preparar a regulamentação da nova lei sobre canábis medicinal, mas continua a apreciar pedidos de licença de produção de canábis de acordo com as regras de 1994. Tem seis pendentes, mas há mais na calha. E dezenas de empresas nacionais e estrangeiras interessadas.

O Diário de Notícias de Portugal, falou com algumas empresas. E descobriu que a primeira empresa licenciada não está a produzir.

"A conjugação que existe em Portugal de fatores estratégicos favoráveis ao cultivo de canábis é muito especial. Está dentro do espaço Schengen, tem uma mão de obra altamente qualificada e a preços imbatíveis, é um dos países da Europa com mais horas de sol por dia e dias de sol por ano, o que é extremamente importante para a canábis (quanto mais dias de sol houver mais colheitas são possíveis durante o ano), e áreas agrícolas grandes irrigáveis a preços altamente concorrenciais. Esta conjugação só existe em Portugal, e eventualmente na Grécia e em Chipre."

Quem o diz é um dos empresários que está a candidatar-se a uma licença de cultivo e que tem larga experiência no setor, nomeadamente no Canadá. A ideia é avançar com uma área de cultivo de três hectares, correspondendo a um investimento de milhão e meio de euros, e depois, se correr bem, expandir para 30 hectares. "O preço dos óleos e extratos de canábis no mercado é muito alto, não é preciso muita área de cultivo para ser rentável. Aliás, se se puder fazer transformação, a partir de dois hectares é viável financeiramente", explica. "Já para vender em bruto é preciso ter mais área."

Aos fatores estratégicos pré-existentes no país juntou-se agora, desde julho, a legalização da prescrição de canábis medicinal e sua produção e transformação para o mercado nacional, através da lei 33/2018 de 18 de Julho, que entrou em vigor este mês. Tal naturalmente contribui para intensificar o interesse no negócio: Laura Ramos, da Cannapress, o site de informação da Cannativa - Associação de Estudos sobre a Canábis, contabiliza em pelo menos 30 os pedidos de informação sobre o licenciamento da produção da planta que lhe chegaram no último ano. "Fomos contactados por dezenas de pessoas e empresas que querem perceber como podem fazer uma plantação. E aumentou muito a procura por estrangeiros." Recentemente, relata, "falámos com ingleses, canadianos, franceses, uruguaios, colombianos.

Há gente do mundo inteiro interessada na possibilidade de produzir canábis em Portugal." O Infarmed, que é o organismo que superintende todo o processo, competindo-lhe autorizar o licenciamento, não tem tido, afiança Laura, "mãos a medir". Até ouviu dizer que "vai ser criado um departamento só para a canábis" - possibilidade que a lei 33/2018 prevê, por atribuir ao regulador do medicamento e dos produtos de saúde as funções de "regular e supervisionar as atividades de cultivo, produção, extração e fabrico, comércio por grosso, distribuição às farmácias, importação e exportação, trânsito, aquisição, venda e entrega de medicamentos, preparações e substâncias à base da planta da canábis destinadas a uso humano para fins medicinais."

Vai haver quotas de produção?
O DN contactou com vários interessados na produção de canábis, portugueses e estrangeiros, dois dos quais estão já em fase de entrega de documentos. Nenhum, porém, faz parte dos seis que, de acordo com informação prestada pelo Infarmed ao jornal, estão atualmente em fase de apreciação com vista à concessão ou não de licença. Estes pedidos dizem respeito a duas operações de transformação e quatro de cultivo, sendo que "alguns destes com possível transformação numa fase posterior", esclarece o regulador.

"Aumentou muito a procura por estrangeiros. Falámos com ingleses, canadianos, franceses, uruguaios, colombianos. Há gente do mundo inteiro a interessar-se pela possibilidade de produzir canábis em Portugal."

Estando a nova lei ainda em fase de regulamentação - a qual está também a cargo do Infarmed e decorre nos 60 dias após a publicação do diploma, ou seja, deverá ser conhecida a 17 de setembro --, os processos em curso têm estado a ser instruídos com base na regulamentação em vigor, de 1994.

Uma vez que os requerentes são obrigados a informar sobre a área de cultivo do projeto, o DN quis saber qual o total respeitante aos pedidos em tramitação. Mas o organismo diz não "ser possível avançar com valores [de área de cultivo prevista] sem o licenciamento concluído", por "existirem apenas algumas estimativas não fechadas". Também adianta que, apesar de a regulamentação de 1994 prever o estabelecimento de quotas anuais quanto "à quantidade de substâncias que podem ser fabricadas e postas à venda pelas entidades autorizadas", e de haver entre os candidatos quem acredite que haverá um limite ao número de licenças concedidas, não está para já prevista essa possibilidade.

Admite porém que, "sendo Portugal um membro das Nações Unidas e tendo ratificado as convenções únicas sobre o controlo de estupefacientes e psicotrópicos [referência às três convenções da ONU que proíbem a produção, distribuição, venda e consumo de uma série de substâncias, conhecidas como "drogas"]", isso possa vir a verificar-se, por estar "sujeito a recomendações emanadas no que respeita a eventuais limitações à área a cultivar."
"Há muitos estereótipos negativos"

E decerto, crê o investidor entrevistado pelo DN -- que prefere não ser, nesta fase, identificado -, os requisitos vão mudar: "A lei antiga não era muito exigente. Muito provavelmente a nova legislação trará um agravamento pesado." Aliás, afiança, ao longo do último ano a "check list" de requisitos exigidos pelo Infarmed tem vindo a mudar. "Ultimamente já pedem licença dada pela autarquia, o que é muito estranho porque a lei não mudou."

"Neste setor, tudo é difícil, mais difícil do que em qualquer outro setor. Há muitos estereótipos negativos relacionados com a canábis e a canábis medicinal."

Uma informação que o Infarmed parece corroborar. À pergunta do DN sobre se a tramitação dos pedidos de licenciamento está a decorrer de acordo com a legislação em vigor ou se o processo foi suspenso até à publicação da nova regulamentação, o regulador responde que "continuam ser processados de acordo com os requisitos previstos na anterior legislação, os quais se irão manter, mas adicionalmente são exigidos os novos requisitos que irão resultar da futura legislação, os quais se destinam a clarificar e aprofundar disposições legais já previstas na legislação anterior." Mas a questão do DN sobre quais os requisitos respeitantes à nova regulamentação que estão já a ser impostos fica sem resposta: "A regulamentação que está em curso engloba diversos aspetos da lei, além do cultivo, que ainda estão a ser trabalhados, nomeadamente as questões relacionadas com a prescrição médica.

Na área específica da produção, a regulamentação vem sobretudo detalhar todo o processo e documentos a apresentar, embora estes já fossem exigidos nos processos licenciados e em curso. Passa também a prever, de forma mais clara, a articulação existente entre os diversos ministérios. Na análise dos pedidos, considerando a amplitude da legislação de 93 e 94, já são exigidos requisitos relacionados com as instalações, equipamentos, procedimentos, segurança, idoneidade (da empresa, sócios, gerentes, responsável técnico, agricultores), origem do material vegetal e destino do produto, boas práticas agrícolas, de fabrico, de distribuição, entre outros."

"A lei antiga não era muito exigente. Muito provavelmente a nova legislação trará um agravamento pesado."

O Infarmed esclarece também que nunca recusou licenciamento nesta área, mesmo se só há duas licenças atribuídas. Ou seja, concedeu as que foram pedidas. Mas Brendan Keneddy, CEO da Tilray, uma das empresas que a obtiveram, disse em novembro de 2017, numa entrevista à Cannapress, que, apesar de no governo português todos se terem mostrado "muito abertos, muito disponíveis e profissionais", foi "um processo difícil e demorado". "Neste setor, tudo é difícil, mais difícil do que em qualquer outro setor", comenta. "Há muitos estereótipos negativos relacionados com a canábis e a canábis medicinal. Portanto, tivemos de convencer... Temos sempre de convencer pessoas, quer se trate de investidores, legisladores, entidades reguladoras, dirigentes eleitos, embaixadores, de que este é o momento certo para apostar neste setor."

Primeira licença nunca foi usada?
Constituída em abril de 2017, a Tilray Portugal - as empresas candidatas têm de ter, frisa o Infarmed, "existência jurídica no território nacional" - obteve licenciamento em julho do mesmo ano e iniciou a plantação em outubro. Este mês, anunciou a contratação de 100 técnicos para a sua unidade de transformação, parte de um plano de investimento de 20 milhões de euros até 2020. Com origem no Canadá, onde produz canábis medicinal desde 2014, a empresa está sediada em Cantanhede (Coimbra), onde tem quatro hectares para estufas e produção ao ar livre.

Antes da Tilray só houvera em Portugal uma outra autorização de produção de canábis medicinal, em 2014, à empresa Terra Verde. Esta foi autorizada, explicou na altura o Infarmed ao Público, "para o cultivo de cannabis sativa em Portugal, para realizar um projecto de investimento que consiste na plantação de cannabis sativa e a sua transformação em pó que será exportado 100% para o Reino Unido e utilizado para a produção de medicamentos a utilizar no alívio da dor derivada da doença oncológica, na esclerose múltipla e na epilepsia".

"Que eu saiba a Terra Verde, a primeira empresa a ter licença para plantar canábis medicinal, nunca produziu. Porque o laboratório que era suposto comprar a produção, a GW Pharmaceuticals, nunca comprou."

Mas aquela que foi a estreia deste género de concessão em Portugal não está a ser utilizada: sediada em Alcochete e propriedade do luso-israelita David Yarkoni, conhecido como produtor de flores e desde 1986 a viver em Portugal, a Terra Verde não produziu, segundo o Infarmed, canábis em 2018 - o que em princípio, nos termos da lei em vigor, determina a perda da licença.

O DN não conseguiu efetuar qualquer contacto com a Terra Verde nem com Yarkoni, mas o empresário Ângelo Correia, que se identifica como amigo de Yarkoni, assevera que este nunca chegou a fazer o cultivo da planta: "Que eu saiba nunca produziu.

Porque o laboratório que era suposto comprar a produção, a GW Pharmaceuticals [farmacêutica britânica que tem a patente de dois medicamentos à base de canábis, o Sativex e o Epidiolex, este último recém licenciado nos EUA e ainda a aguardar licenciamento na Europa], nunca comprou. Nisto não é só importante ter autorização para produzir, é preciso que haja quem assuma a responsabilidade de comprar."

"Tem de haver um cliente garantido para que o cultivo tenha destino numa entidade", confirma outra empresária contactada pelo DN, que está ainda, diz, "em fase de entregar os documentos". A empresa, que prefere para já não ser identificada nem revelar o valor do investimento, está há um ano e meio a instruir o processo e tem vários locais em vista para o cultivo. "Ainda não comprámos, porque primeiro queremos ter a licença." A ideia é produzir para exportação e não para o mercado interno, hipótese que de resto só existe desde que a canábis medicinal "passou" no parlamento. Assim, os seis pedidos que deram entrada até agora no Infarmed terão em princípio a exportação como propósito. As licenças relativas a produção para o mercado nacional só deverão ser concedidas a partir da entrada em vigor da nova regulamentação, que segundo o Infarmed estará pronta no período aprazado.




RUTE - REDE UNIVERSITÁRIA DE TELEMEDICINA COORDENADO PELA REDE NACIONAL DE ENSINO E PESQUISA - RNP É A MAIOR DO GÊNERO NO MUNDO


Disseminando a pedido de Paulo Lopes, Dr.Sc. , Eng. - Especialista da Comunidade Saúde - RUTE®/NutriSSAN/RETSUS

Prezados membros da HIFA-PT:

A Rede Universitária de Telemedicina (RUTE ® - http://rute.rnp.br) é um programa coordenado pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP). Com os resultados alcançados, a iniciativa é considerada uma das maiores do gênero no mundo.

Em 2017, foram inauguradas 8 novas Unidades RUTE, totalizando 133 unidades de telemedicina e Telessaúde em hospitais universitários e de ensino, inaugurados e em plena operação, localizados em todos os 27 estados do Brasil, ampliando a capilaridade da rede e possibilitando diversas melhorias na qualidade da atenção à saúde, bem como na contribuição para o aperfeiçoamento dos médicos com as novas tecnologias aplicadas.

Estiveram ativos 51 Grupos de Interesse Especial - SIG (em várias especialidades e subespecialidades da saúde) com 582 Sessões (139 Webconferêcias e 443 Videoconferências), gravadas e disponibilizadas no Intercâmbio de Conteúdo Digital (ICD-Rute) e foram criados 4 novos SIGs. Isso representa uma média diária de duas a três sessões científicas com a participação de cerca de 300 instituições, inclusive da América Latina. Foram 2724 participantes distintos registrados no sistema de presença, de um total de 9757 presenças registradas nos 51 SIGs Ativos.

A RUTE está integrada ao Programa Nacional de Telessaúde Brasil Redes, uma iniciativa da Secretaria de Gestão do Trabalho e Educação em Saúde (SGTES), do Ministério da Saúde, que busca melhorar a qualidade do atendimento e da atenção básica no Sistema Único da Saúde (SUS) e promover a teleassistência e a tele-educação junto à Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde (Unasus) , facilitando o acesso e o treinamento de profissionais da saúde. As unidades de Telessaúde e telemedicina são dotadas de equipamentos de ponta para comunicação em tempo real, conectados à infraestrutura de rede de alto desempenho operada pela RNP.

Qualquer instituição pode solicitar participar dos nossos Grupos de interesse Especial (SIG). A participação é o ponto de partida para o processo de inclusão da instituição na RUTE, mas sem direitos ou deveres de unidades RUTE.

Portanto, recomendo que a instituição interessada verifique se possui sala fixa de videoconferência (padrão H323/SIP) para uso coletivo, com conectividade adequada, e selecione os SIGs que a instituição tem interesse em participar (http://rute.rnp.br/sigs). As sessões dos SIGs são em sua maioria em Português, em horários pela manhã e tarde, segundo o fuso horário de Brasília (http://www.horalegalbrasil.mct.on.br/HoraLegalBrasileira.php.

Com a sala em operação, é possível solicitar a participação nos SIGs seguindo o seguindo o Procedimento de Participação (Procedimento de Participação em SIG: http://url.rnp.br/?RUTE-SIG-Participacao) que incluirá o cadastro da unidade (Formulário de Cadastro da Unidade RUTE: http://url.rnp.br/?RUTE-CadastroUnidade-Form)e a Homologação da sala (Processo de Homologação: http://url.rnp.br/?RUTE-ProcessoHomologacaoVC).

Uma vez a sala homologada e aprovado a participação pelo coordenador do SIG a instituição passa a ser membro participante do SIG específico.

A outra possibilidade de atuação na RUTE é via solicitação de adesão à RUTE, limitado apenas à instituições de ensino e pesquisa em saúde. A adesão permite a instituição propor e coordenar SIG e desenvolver outras propostas de projeto na RUTE, além de acesso ao serviço de conferência Web da RNP (plataforma MConf). No projeto do Núcleo/Centro/Serviço/Setor/Departamento de Telemedicina e Telessaúde, devem explicitar itens de projetos de interesse da instituição e que contribuam com a ampliação e inovação na RUTE (exemplo: um novo SIG, um projeto de teleassistência dentro da rede, etc.).

No caso de envolver a proposição de liderar e coordenar um SIG, pela experiência da instituição no tema, é importante ter uma pré-proposta de SIG enumerando as demais instituições participantes (veja mais detalhes no Procedimento de Criação de SIG: http://url.rnp.br/?RUTE-SIG-Criacao).

Havendo este projeto, e respeitado os tempos mínimos de participação nos SIGs com frequência comprovada, e que inclui a participação obrigatória no SIG Técnico Operacional, vocês podem seguir o procedimento de Adesão à RUTE (Procedimento de Adesão à RUTE: http://url.rnp.br/?RUTE-Adesao).

Uma vez aprovado pelo Comitê Assessor da RUTE, o Núcleo/Centro/Serviço/Setor/Departamento de Telemedicina e Telessaúde passa a ser uma Unidade plena da RUTE.

O nosso Analista Max Moraes <max.moraes@rnp.br> ficará à disposição para maiores informações ou orientações.

Neste momento, estamos trabalhando em parceria com o Ministério da Saúde do Brasil, para o fortalecimento da comunidade de língua portuguesa em relação a Telemedicina e Telessaúde, após a resolução dos Ministros de Estado de Saúde da CPLP sobre o estabelecimento do Grupo de Trabalho permanente da CPLP em Telemedicina e Telessaúde


Sobre a RNP: A Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP - http://www.rnp.br),  qualificada como uma Organização Social (OS),  é vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e mantida por esse em conjunto com os ministérios da Educação (MEC), Cultura (MinC), Saúde (MS) e Defesa (MD), que participam do Programa Interministerial da RNP (PI-RNP). Pioneira no acesso à internet no Brasil, a RNP planeja opera e mantém a rede Ipê, a rede óptica nacional acadêmica de alto desempenho, e serviços avançados para comunidades de ensino e pesquisa. Com Pontos de Presença em 27 unidades da federação, a rede conecta 1.522 campi e unidades nas capitais e no interior. São mais de 4 milhões de usuários, usufruindo de uma infraestrutura de redes avançadas para comunicação, computação e experimentação, que contribui para a integração entre o sistema de Ciência e Tecnologia, Educação Superior, Saúde, Cultura e Defesa. Em 2016, todos os Pontos de Presença (PoPs) da RNP passaram a ser atendidos na capacidade de Gb/s. Com isso, celebramos a 'gigatização' completa de nosso backbone, beneficiando diretamente as instituições de ensino e pesquisa. Como parte da estratégia de ampliação do backbone para enlaces de 100 Gb/s, em 2017 a RNP estabeleceu acordos de cooperação técnica com a operadoras do sistema elétrico, para o compartilhamento de infraestrutura óptica, tendo como suporte as linhas de transmissão de energia elétrica das companhias

A RNP estimula o sistema nacional de ensino, pesquisa e inovação para além da conectividade e serviços avançados, promovendo a criação, operação e manutenção de Redes Colaborativas de Ensino e Pesquisa, em especial para a comunidade de saúde, e estruturando a criação de unidades nas instituições participantes, estimulando a criação de Grupos de Interesse Especial e definindo um processo de governança da rede (Redes Colaborativas em Saúde - http://saude.rnp.br.

Cordialmente,

Paulo Lopes, Dr.Sc. , Eng.
Especialista da Comunidade Saúde
RUTE®/NutriSSAN/RETSUS
Diretoria Adj. de Rel. Institucionais - DARI Rede Nacional de Ensino e Pesquisa - RNP
61- 3243-4509
__________

HIFA-pt é um fórum de discussão em português que reúne mais de 2150 membros provenientes de vários países incluindo os oito países de língua portuguesa. O HIFA-pt foi lançado em novembro de 2009 em Maputo, Moçambique, com o objetivo de incluir os profissionais de saúde, formuladores de políticas, gestores, bibliotecários e profissionais da informação dos países de língua portuguesa em uma rede de discussão ampla e conectada onde possam discutir e trocar experiências sobre temas de comum interesse e que todas as pessoas tenham acesso à informação em saúde que necessitam. HIFA (Health Information For All) é um grupo de discussão em inglês com mais de 8000 membros de 171 países. Foi criado em 2006 pela Rede Global de Informação em Cuidados de Saúde, uma organização sem fins lucrativos baseada no Reino Unido. Para subscrever-se ao grupo de discussão HIFA-pt :: Envie um email para com o seu nome completo, país de origem, formação profissional, local de trabalho e interesses profissionais. Subscreva também para o grupo HIFA2015 - www.hifa2015.org (Healthcare Information for All by 2015 - em Inglês). Para se desligar do grupo :: Envie um email para: hifa-pt@dgroups.org

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A pesquisa nas políticas públicas e a prevenção do HIV são tema do I Congresso da Brapep


Com o tema “Estratégias de prevenção ao HIV-AIDS: das evidências de pesquisa à aplicação nas políticas públicas”, a diretora do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais, Adele Benzaken, participou na segunda-feira (6) do I Congresso da Associação Brasileira de Pesquisa em Prevenção e Promoção da Saúde (Brapep), em Brasília.

Foram apresentados o panorama da epidemia do HIV no Brasil; dados da sífilis; as ações de Prevenção Combinada; o tratamento do HIV no país; o uso do auto teste no país; a expansão da Profilaxia Pós-Exposição (PEP); e a implantação e resultados, de janeiro a junho de 2018, da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) no Brasil.

Também foram expostos os resultados da Pesquisa PrEP/Brasil (Fiocruz); estudos de tratamento antirretroviral; Projeto Viva Melhor Sabendo; pesquisas com usuários de crack e com pessoas privadas de liberdade; e as pesquisas RDS, que estimam a prevalência de HIV e de outras IST em gays e homens que fazem sexo com homens (HSH), trabalhadoras do sexo, mulheres trans e travestis.

“Parabenizo a iniciativa da Brapep ao realizar, pela primeira vez, um evento voltado às questões ligadas à pesquisa aplicada nas políticas públicas e com foco nas desigualdades e na violência de gênero, no racismo e nos problemas relacionados aos jovens”, destacou a diretora do DIAHV.

Participam do evento, que encerra nesta terça-feira (7), 150 especialistas, pesquisadores, estudantes e profissionais que atuam em projetos de prevenção em contextos, promoção da saúde e da saúde mental por todo o país.



AIGA - PAUTOU O COMITÊ TÉCNICO ASSESSOR DE HEPATITES, PARA REUNIÃO DE ONTEM(9) PROPONDO A UTILIZAÇÃO DOS PRODUTOS NO PCDT GERANDO ECONOMIAS DE 30% AOS COFRES PÚBLICOS


As vinte associações de pacientes da ALIANÇA INDEPENDENTE DOS GRUPOS DE APOIO – AIGA vem publicamente colocar suas considerações e preocupações em relação ao provável retrocesso que poderá acontecer no Plano de Eliminação das Hepatites conforme alertamos em 16 de julho e, consequentemente teve enérgico posicionamento das sociedades médicas, todas solicitando a convocação extraordinária do Comitê Técnico Assessor das Hepatites para discutir o assunto antes de qualquer decisão tomada em “petit comitê” e, assim, terem a oportunidade de cientificamente apresentar opções de tratamento no protocolo que atendam pacientes e profissionais da saúde, solicitação rapidamente atendida pelo Departamento e marcada para o próximo dia 9 de agosto.

Seguem colocações e pontos esclarecedores, necessários para que todos compreenderem a situação e os problemas que uma decisão precipitada podem provocar, prejudicando os infectados e o sistema público de saúde.
Carlos Varaldo
Presidente da AIGA
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Existindo um Comitê Assessor de Hepatites, não podemos aceitar que uma pequena reunião em “petit comitê” mude totalmente as opções de tratamentos, opções essas discutidas previamente pelo Comitê. O Comitê deve ser respeitado e a proposta do dia 11 de julho, querendo tratar os 50.000 pacientes com sofosbuvir/daclatasvir genérico não pode ser aceita sem uma ampla discussão do Comitê. Até o dia 5 de julho o Departamento apresentava em eventos o Plano de Eliminação das Hepatites conhecido de todos, com os novos DAA pangenótipos, mas no dia 11 apresentam a ideia de querer tratar todos com um sofosbuvir genérico e o daclatasvir da BMS. Impossível acreditar que essa mudança aconteceu em seis dias, devendo estar sendo estudada há muito tempo.

Ninguém pode ser contra um medicamento genérico aprovado pela Anvisa e mais ainda se realmente a sua introdução representa uma economia considerável para o ministério.

– O que deve ser avaliado se é uma boa opção não incorporar os quatro, ou alguns dos medicamentos recentemente aprovados na ANVISA, Zepatier e Harvoni, já constantes no PCDT de março e Maviret e Epclusa, aprovados recentemente e que fazem parte do Plano de Eliminação da Hepatite e do rascunho de PCDT do Comitê de Hepatites.

– Deve se discutir se será possível erradicar a hepatite C tratando todos os infectados com sofosbuvir/daclatasvir? Certamente se assim for enfrentaremos alguns inconvenientes:

– Como fica a interiorização do tratamento? Continuaremos a realizar uma maior quantidade de exames enviados pelo correio, um maior número de consultas ou, ficaremos somente tratando com especialistas nas grandes cidades.

– A RVS do sofosbuvir/daclatasvir em diversos estudos com grande número de pacientes e em vida real ficou entre 90 e 93% e, abaixo de 90% nos cirróticos. Quais opções de retratamento serão oferecidas.

– O sofosbuvir genérico apresentado ainda não teve nenhum lote industrial fabricado no Brasil e nenhum ensaio clínico realizado. Não seria prudente por parte do ministério querer tratar TODOS os infectados com essa nova opção sem conhecer a RVS, os efeitos adversos e interações medicamentosas, coisas que somente são avaliadas na vida real e não numa bioequivalência. A ANVISA mantem em sigilo o processo de registro do sofosbuvir genérico. Fica a dúvida é fabricado no Brasil ou importado da Índia?

– Se o preço do sofosbuvir/daclatasvir genérico for realmente melhor deveríamos inicialmente propor comprar 10 ou 15% e, os pacientes tratados poderem ser acompanhados pelo ministério e as sociedades médicas, quando saberemos a segurança, a RVS, os efeitos adversos e interações medicamentosas.

– Ainda, adquirir 50.000 tratamentos não significa tratar 50.000 pacientes como consta do Plano de Eliminação. Cirróticos e populações especiais necessitam de 24 semanas com sofosbuvir/daclatasvir. Entre os novos diagnosticados um terço apresentam cirrose. Então comprando 50.000 pouco mais de 40.000 infectados serão tratados e, desses entre 7 e 10% não responderão ao tratamento. Qual o custo real para o SUS por paciente curado?

A tabela a seguir mostra os últimos preços ofertados e sobre os mesmos existem algumas interessantes observações.
Propostas – Quantitativos – preços por comprimido
Medicamento
50.000
48.000
40.000
10.000
2.000
sofosbuvir (Gilead)
USD 34,32
USD 50,00
USD 64,28
sofosbuvir (Farmanguinhos)
USD 8,50
USD 25,97
USD 42,85
daclatasvir 60mg
USD 7,35
USD 15,00
USD 23,28
sofosbuvir/velpatasvir
USD 23,91
USD 23,81
USD 82,14
glecaprevir/pirentasvir
USD 40,55
USD 50,00
elbasvir/grazoprevir
USD 12,18

Observações:

– Marcados na tabela em vermelho, o preço do sofosbuvir/daclatasvir é USD 15,85 (USD 1.331,40 por tratamento) um valor superior ao elbasvir/grazoprevir, de USD 12,18 (USD 1.023,12 por tratamento), uma opção possível para a maioria dos infectados com o genótipo 1.

– Marcados na tabela em azul, m 10.000 tratamentos o preço do sofosbuvir/daclatasvir é USD 40,97 (USD 3.441,48 por tratamento) é um valor superior ao sofosbuvir/velpatasvir, de USD 23,81 (USD 2.004,04 por tratamento) uma opção que deve ser considerada.

– Em praticamente todos os cenários o sofosbuvir/daclatasvir genérico é mais caro que os de marca comercial. Comprar genérico ao preço ofertado, muito acima da média mundial, colocará o Brasil em situação risível, sairíamos de ser exemplo para a OMS por ter o tratamento com medicamentos de marca mais barato do mundo para passarmos a ter o tratamento com genéricos mais caro do mundo. Seremos motivos de piadas.

– Não foi solicitada na Memória de Cálculo cotação para sofosbuvir/ledipasvir (Harvoni), constante do PCDT aprovado em março. Porque?

Na Memória de Cálculo utilizada para a tomada de preços somente sofosbuvir/daclatasvir e sofosbuvir/velpatasvir estavam de forma única, todos os outros medicamentos se encontravam em combinações com quantitativos diferentes, não permitindo uma igualdade de condições entre os fabricantes.

Os consensos internacionais publicados em julho falam em simplificar o tratamento e a logística como única estratégia para poder eliminar a hepatite C até o ano de 2030, todos eles recomendam os pangenotípos, a recomendação da OMS encontrada em http://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/273174/9789241550345-eng.pdf?ua=1 e a da “Clinical Care Options” combinando AASLD e EASL, encontradas em http://www.aigabrasil.org/otimismo/CCO_2018AU_plenary1_slides.pptx
Menor preço não significa indicação de tratamentos constantes no PCDT por parte dos profissionais da saúde, Exemplo o Viekira que não consegue indicações e está vencendo no estoque.

Ainda, temos Zepatier, Harvoni, Maviret e Epclusa aprovados pela Anvisa, os médicos. conforme os consensos das sociedades médicas poderão prescrever o melhor para seu paciente, aquele mais indicado, e o paciente recorrera ao judiciário voltando a época de judicialização, aumentando a despesa na saúde.

Se o problema for o preço, o qual não parece ser de acordo com as propostas da tabela acima colocada, então temos que nos unir para que os fabricantes colaborem. Devemos seguir o mesmo caminho quando conseguimos desconto de 85% para introduzir o sofosbuvir, o daclatasvir e o simeprevir. Sendo necessário repactuar com os laboratórios devemos ser parceiros na educação médica continuada.

Em função das decisões do Comitê Técnico na reunião do dia 9, obrigatoriamente, em nome da transparência, deveria ter uma nova rodada para tomada de preços, com uma nova memória de cálculo que outorgue iguais possibilidades de competição a todos os ofertantes. Certamente novas reduções de preços serão ofertadas.

ALIANÇA INDEPENDENTE DOS GRUPOS DE APOIO – AIGA
Aliança Brasileira pelos Direitos Humanos e o Controle Social nas Hepatites
ONG Registro n° 055986/2009 – Tel.: (21) 3083-6271
Internet: www.aigabrasil.org e-mail: aiga@aigabrasil.org



Provável luto na hepatite C


Ontem aconteceu em Brasília no Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde a reunião do Comitê Técnico de Hepatites, onde foi anunciado que TODOS os infectados com hepatite C serão tratados somente com sofosbuvir e daclatasvir. Somente para retratamentos é que existirão opções com os novos medicamentos.

Uma decisão do ministério da saúde difícil de engolir e mais ainda, difícil de compreender, principalmente quando para tratar o genótipo 1 existe uma opção mais moderna e mais barata. No genótipo 1 a opção pelo novo medicamento Zepatier® custa menos 308,28 dólares e já faz parte do protocolo de tratamento, significaria uma economia de quarenta e oito milhões de reais. E se na tomada de preços teriam também incluído o Harvoni® possivelmente a economia seria ainda maior.Porque o governo quer comprar um tratamento mais caro e porque não teve cotação do Harvoni® é muito difícil de compreender.

Saibam desculpar que nestes dias nada estamos divulgando sobre a doença e tratamentos, pois estamos totalmente envolvidos sobre quais medidas vamos tomar para tentar reverter a medida e iremos informando sobre o andamento da questão.

Carlos Varaldo


SVS propõe o COMITÊ INTERMINISTERIAL PARA FIM DA TUBERCULOSE


A criação do novo organismo deverá ocorrer por meio de Decreto Presidencial

Aconteceu na manhã desta sexta-feira (10), a reunião preparatória para a criação do Comitê Interministerial pelo Fim da Tuberculose como Problema de Saúde Pública no Brasil. O objetivo da reunião foi apresentar a proposta de criação do Comitê e pactuar uma agenda interministerial de trabalho. A criação do novo organismo deverá ocorrer por meio de Decreto Presidencial.

Para discutir a proposta, além do Ministério da Saúde, participaram da reunião representantes dos ministérios do Desenvolvimento Social, Direitos Humanos, Cidades, Extraordinário da Segurança Pública, Relações Exteriores, Educação e Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicação.

O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS), Osnei Okumoto, destacou a importância da iniciativa, salientando que “a tuberculose continua sendo um grave problema de saúde pública. Em 2017, o Brasil notificou 72.000 casos novos da doença. Por isso, iniciativas como a criação do Comitê Interministerial são muito importantes para que o Brasil possa honrar os compromissos assumidos junto à Organização Mundial de Saúde e à sociedade”.

De acordo com estudo apresentado por Denise Arakaki, titular da Coordenação Geral do Programa Nacional de Controle da Tuberculose do Departamento de Doenças Transmissíveis (CGPNCT/DEVIT), a “tuberculose é a doença que mais mata no mundo, apesar de ter tratamento”. Na reunião dessa sexta-feira, ela destacou a importância da intersetorialidade  na formação do Comitê “porque as pessoas com menos escolaridade são aqueles que mais adoecem por tuberculose, além de serem as de menor poder aquisitivo, por isso outros ministérios precisam estar envolvidos para apontar soluções”. Ela destacou ainda a importância do Programa Bolsa Família por funcionar como proteção social e reduzir o número de casos de tuberculose entre a população de baixa renda.

Com a criação do organismo interministerial será possível fortalecer o desenvolvimento de ações multissetoriais direcionadas à proteção social, à garantia dos direitos humanos, à educação e à cidadania da pessoa com tuberculose, bem como garantir a intensificação da pesquisa e a inovação para a incorporação de iniciativas inovadores visando o aprimoramento do controle do agravo.

O Ministério da Saúde, por meio da CGPNCT/DEVIT, assumiu o compromisso de propor a criação do organismo durante a primeira “Conferência Ministerial Global: fim da tuberculose na era dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”, realizada em Moscou, Rússia, em 2017, explicou Denise Arakaki.

Plano Nacional
No ano de 2017, em consonância com a Estratégia pelo Fim da Tuberculose da Organização Mundial de Saúde (OMS), foi lançado o Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose como Problema de Saúde Pública. O plano apresenta como metas reduzir os coeficientes de incidência da doença para menos de 10 casos e de mortalidade para menos de um óbito a cada 100 mil habitantes até 2035. As estratégias de enfrentamento estão organizadas em três pilares: prevenção e cuidado integrado centrados na pessoa com tuberculose; políticas arrojadas e sistema de apoio; e intensificação da pesquisa e inovação.

A tuberculose (TB) segue como um grave problema de saúde pública no mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é a doença infecciosa de agente único que mais mata, superando o HIV. Em 2016, 10,4 milhões de pessoas adoeceram de tuberculose no mundo, e cerca de 1,3 milhão de pessoas morreram em decorrência da doença.

Por Nucom/SVS


GUSTAVO MENDES LIMA SANTOS, nomeado Gerente de Avaliação de Segurança e Eficácia, da Gerência-Geral de Medicamentos e Produtos Biológicos, da Diretoria de Autorização e Registro Sanitários da ANVISA


GUSTAVO MENDES LIMA SANTOS, é nomeado Gerente, código CGE-IV, da Gerência de Avaliação de Segurança e Eficácia, da Gerência-Geral de Medicamentos e Produtos Biológicos, da Diretoria de Autorização e Registro Sanitários da ANVISA

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