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quinta-feira, 20 de setembro de 2018

"TCU É UM DOS EXEMPLOS MAIS CLAROS DE COMO O CAOS PODE PRODUZIR A ORDEM", DIZ DELFIM NETTO


Para debater questões de produtividade no Brasil e fortalecer uma agenda de Estado consistente, o Comitê de Desburocratização da Fiesp realizou na manhã desta terça-feira (18 de setembro) um encontro com especialistas para analisar como a burocracia atrapalha a eficiência da indústria nacional.

Na avaliação do presidente do Conselho Superior de Economia da Fiesp, Delfim Netto, “o Tribunal de Contas da União [TCU] é um dos exemplos mais claros de como o caos pode produzir a ordem”. Para ele, a instituição figura como uma das entidades mais perfeitas do Estado brasileiro, treinada por pessoas competentes e que estão encontrando uma nova utilidade, que é criar produtividade no Brasil, característica que o país deixou de ter.

“Durante 40 anos nós [Brasil] crescemos mais que o mundo. Nos últimos 40 anos nós estamos crescendo menos que o mundo, aconteceu qualquer coisa em desarranjo fundamental que é expresso na produtividade do país”, afirmou. Na visão de Delfim, apesar do cenário econômico atual, “o Brasil não deve ser visto como um fracasso, somos 210 milhões de habitantes, somos a oitava economia do mundo, um país pobre e desigual, mas temos tudo para voltar a crescer”, defendeu. Para além das cifras econômicas, ele completou: “crescimento é um estado de espírito, só cresce quem sabe por que quer crescer, crescimento não é uma coisa simples. Crescimento é uma disputa, uma corrida na qual morre quem fica parado e quem corre é atropelado”.

A análise de Delfim foi compartilhada pelo diretor da Faculdade de Economia e Administração da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Antonio Corrêa, sobre considerar o Brasil um país de sucesso. “Poucos países conseguiram essa transformação brilhante, de sair de uma economia primária exportadora para uma economia industrial”, disse.

Já o pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV) do Rio de Janeiro, Fernando Augusto Veloso, lembrou como a temática da baixa produtividade do país foi camuflada por causa do chamado bônus demográfico, em que a população em idade para trabalhar estava crescendo acima do nível geral da população, permitindo incorporação de mão de obra que fez com que o padrão de vida das pessoas pudesse crescer acima do que a produtividade permitia. Rendas e salários, principalmente nos anos 2000, cresceram muito acima da produtividade. Do Observatório das Empresas Estatais da FGV de São Paulo, o diretor Márcio Holland de Brito exemplificou o problema da produtividade com o aumento do número de servidores públicos nos últimos anos, que não refletiu uma melhora dos serviços prestados. “É falta de controle e cobrança de uma administração eficiente”, completou.

Sobre a experiência do TCU, o coordenador do projeto de Eficiência e Produtividade Fernando Camargo reforçou a ideia de que o Brasil passa pela armadilha do baixo crescimento, da renda média. “O dinheiro acabou, estamos em uma crise fiscal e com uma dívida pública de 75% do PIB [Produto Interno Bruto]. O TCU pode ajudar como órgão de Estado e não de governo. Sem preocupações com agendas políticas”, afirmou. O secretário de Controle Externo do Desenvolvimento  Econômico do TCU, Fernando Antonio Magalhães, garantiu que a ideia da instituição é contribuir para uma agenda contínua de melhora no ambiente de negócios brasileiro. Durante o encontro, o ministro do TCU Vital do Rêgo Filho chamou o trabalho de uma jornada de desburocratização. 

O secretário de Controle Externo de Santa Catarina e coordenador da fiscalização das disfunções burocráticas que afetam a indústria do TCU, Waldemir Paschoiotto, apresentou um levantamento sobre produtividade e detalhou que 21% da riqueza do país sai da indústria, assim como 32% da arrecadação federal e quase 10 milhões de empregados. “TCU é mais conhecido pela auditoria, mas atuamos com mais que instrumentos de fiscalização, como pesquisas e diagnósticos”, garantiu.

Finalmente, o gerente de Departamento de Economia, Competitividade e Tecnologia da Fiesp, Renato Corona, falou da burocracia como grande gargalo para a produtividade da indústria brasileira. “Em um ranking de 43 países, o Brasil aparece como primeiro em burocracia tributária, o que implica em um custo maior, uma das economias que mais gastam com Justiça e desperdiçam com corrupção”, lamentou.

Foto: Helcio Nagamine, Mayara Baggio, Agência Indusnet Fiesp



Plenário pode votar projeto que obriga preso a ressarcir gastos com prisão


A proposta de obrigar o preso a ressarcir os gastos do Estado com sua manutenção está pronta para deliberação do Plenário do Senado Federal. O Projeto de Lei do Senado (PLS) 580/2015 altera a Lei de Execução Penal (LEP) para prever que o ressarcimento é obrigatório, independentemente das circunstâncias, e que, se não possuir recursos próprios, o apenado pagará com trabalho.

O autor do PLS 580/2015, senador Waldemir Moka (MDB-MS), argumenta que, se a assistência material for sustentada pelo preso, sobrarão recursos para serem aplicados na saúde, educação e infraestrutura do país.

— Quero combater a ociosidade, que tem levado os presos a serem presas fáceis das facções que estão hoje infestando nossos presídios — afirmou Moka, quando o texto foi aprovado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).

A decisão na CCJ era terminativa, mas um recurso foi apresentado pelo senador Lindbergh Farias (PT-RJ) para que o projeto fosse votado em Plenário.

O relator na CCJ, senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), lembrou que o objetivo da proposta é fazer com que o Estado seja realmente ressarcido dos gastos que hoje estão sobre os ombros de toda a sociedade brasileira a um custo médio de R$ 2,4 mil por mês.

Dívida ativa
Duas sugestões de melhoria foram apresentadas pela senadora Simone Tebet (MDB-MS) e acolhidas por Caiado. Pelo texto aprovado, quando o preso tem condições financeiras, mas se recusa a trabalhar ou pagar, será inscrito na dívida ativa da Fazenda Pública. Além disso, o hipossuficiente (que não tem recursos financeiros para se sustentar) que, ao final do cumprimento da pena, ainda tenha restos a pagar por seus gastos terá a dívida perdoada ao ser colocado em liberdade.

A LEP já determina que o preso condenado está “obrigado” ao trabalho, na medida de suas aptidões e capacidade, com uma jornada que não poderá ser inferior a seis nem superior a oito horas diárias e com direito a descanso nos domingos e feriados. A proposta detalha essa forma de cumprimento e “não inventa a roda”, como frisou Simone Tebet.

Na comissão, o projeto recebeu 16 votos favoráveis e 5 contrários, um deles do senador Humberto Costa (PT-PE). Na opinião do parlamentar, o projeto é mais um que estimula o encarceramento da população.

O texto recebeu uma nota técnica com sugestões da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra). A entidade apoia a proposta, mas se preocupa com possíveis abusos da mão de obra dos presos. Por isso, sugere aperfeiçoamentos ao projeto, como a limitação de apenas 10% de presos contratados por empresa privada e garantia de remuneração não inferior ao salário mínimo vigente.

Proposições legislativas: •      PLS 580/2015

Agência Senado 


MS - SVS - DST-AIDS E HEPATITES VIRAIS CONTRATA FLÁVIA MORENO ALVES DE SOUZA, CONSULTORIA PARA SUBSIDIAR A FORMULAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS


SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE
EXTRATO DE CONTRATOS
EXTRATO DE CONTRATO Nº 2018/000201. Firmado em: 03/09/2018. Projeto: BRA/15/004. Agência: PNUD.
Contratado: FLÁVIA MORENO ALVES DE SOUZA. CPF: 553.941.751-87.
Objeto do Contrato: Esta consultoria tem como objetivo contribuir para a geração de conhecimento e de evidências científicas para o
fortalecimento das ações de controle e prevenção das infecções sexualmente transmissíveis, HIV/Aids e Hepatites Virais, com vistas a
subsidiar a formulação e a implementação de políticas públicas de saúde e a elaboração de linhas de pesquisas para futuros editais de
Pesquisa e de Desenvolvimento Tecnológico, com a finalidade de validar o processo de racionalidade de tomada de decisão governamental, integrando a pesquisa e a ações públicas para a melhoria da saúde. Período do Contrato: 03/09/2018 a 16/08/2019.
Gerson Fernando Mendes Pereira. Diretor do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/AIDS e das Hepatites Virais - Portaria SE nº 113 de 08/02/2017


LUZES PARA O SEGMENTO DE PRODUTOS PARA SAÚDE PARA ENXERGAR AS DISTORÇÕES


A Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Produtos para Saúde – ABRAIDI realizou um amplo estudo sobre o setor de fornecimento na área da saúde.

O resultado do trabalho “O ciclo de fornecimento de produtos para a saúde no Brasil” foi alarmante. As empresas de distribuição no Brasil atuam de forma hercúlea, tendo que atender um País de dimensões continentais, investir em estoques elevados de equipamentos e materiais e ainda disponibilizar uma boa parte da estrutura necessária para as cirurgias em hospitais e/ou clínicas não tendo remuneração adequada e sofrendo com graves distorções que comprometem a saúde financeira das companhias. Nos países desenvolvidos, os hospitais são os responsáveis por essas estruturas, o que só reflete como o modelo brasileiro é insustentável.

A primeira distorção encontrada foi a retenção de faturamento que chegou a R$ 539,6 milhões, sendo R$ 331 milhões retidos por convênios, planos de saúde e seguradoras, R$ 113,8 milhões por hospitais privados e R$ 94,8 milhões por hospitais conveniados ao SUS. A retenção é quando uma fonte pagadora, após a realização de uma cirurgia previamente autorizada, não permite o faturamento dos produtos consumidos, postergando o pagamento. Em 29% dos casos, o distribuidor demorou 180 dias para receber.

O segundo ponto de deformação são as glosas. Essa prática totalizou R$ 100,8 milhões, atingindo 87% dos associados. Percebemos que existe uma glosa linear de cerca de 20%, sem qualquer critério, apenas para postergar os pagamentos. A terceira distorção foi a inadimplência que atingiu 91% dos pesquisados. A estimativa com perdas por conta da falta de pagamento foi de R$ 692,2 milhões.

O objetivo do levantamento não foi culpar ninguém, mas traçar um raio-x do segmento, jogar luz no problema para, juntos, encontrarmos uma solução. Vivemos a pior situação desde que atuo nesse segmento há mais de 38 anos e não dá mais para seguir assim e também não mais há espaço para discursos éticos se eles não forem colocados em prática. É preciso pôr o dedo na ferida para que ela seja curada de uma vez por todas.

 Sérgio Rocha é presidente da ABRAIDI, DOC Press


MS - DAF, INSERE R$ 36.061.236,75 NA UNFPA - PROGRAMA DE TRABALHO 10.303.2015.20AH.0001


EXTRATO DO TERMO SIMPLIFICADO DE INSERÇÃO ORÇAMENTÁRIA AO PRODOC BRA06/DAF
CONVENENTES: Celebram entre si a União Federal, através do Ministério da Saúde - C.N.P.J. nº 00.530.493/0001-71, e Fundo de População das Nações Unidas - UNFPA - C.N.P.J. nº 03.771.277/0001-06. PROCESSO: 25000.483170/2017-03.
OBJETO: Inserção de Recursos Orçamentários, no montante de R$ 36.061.236,75 (trinta e seis milhões, sessenta e um mil, duzentos e trinta e seis reais e setenta e cinco centavos) no corrente exercício, correndo as despesas à conta da Unidade Gestora 257001, Gestão 00001, Programas de Trabalho 10.303.2015.20AH.0001, Natureza de Despesa 338041, Fonte de Recurso 6151000000, Nota de Empenho n. 2018NE477613. DATA DE ASSINATURA: 18/09/2018. VIGÊNCIA:22/05/2021.
SIGNATÁRIO: DÁRCIO GUEDES JÚNIOR, Diretor Executivo do Fundo Nacional de Saúde - Substituto - C.P.F. nº 658.226.841- 49.


Especialistas debatem uso de dados para prever surtos de febre amarela


Estratégia poderá orientar as decisões de controle e prevenção da doença

A Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) promoveram, de 10 a 14 de setembro, no Rio de Janeiro, a Oficina de discussão, avaliação e escrita técnico-científica sobre modelagem de dados aplicada à análise de risco e predição de emergências em saúde pública por febre amarela no Brasil. O evento teve o propósito de debater e avaliar o uso de métodos de modelagem de dados para a análise do risco e a predição de emergências em saúde pública, com foco especial para os surtos de febre amarela no Brasil.

“A ideia geral é utilizar ferramentas mais modernas e sofisticadas para que possamos prever, com maior precisão, onde a doença vai ocorrer”, afirmou o coordenador-geral de Doenças Transmissíveis da SVS, Renato Alves. Ele destacou, ainda, que a obtenção de indicadores que mostrem a probabilidade da ocorrência da febre amarela em determinadas regiões pode auxiliar as decisões sobre alocação de recursos financeiros, logísticos e humanos.

No encontro, foi definida a formação de um grupo técnico para avaliar, aprimorar e gerar modelos que apoiem as decisões de controle e prevenção da febre amarela. A perspectiva é que este grupo traga uma proposta de estratégia de vigilância para já ser aplicada no próximo verão.

Participaram cerca de 20 especialistas com experiência prévia em modelos de risco, incluindo representantes de Secretarias Estaduais de Saúde (Rio de Janeiro, Espirito Santo, Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul), da Escola Nacional de Saúde Pública, do Instituto Adolpho Lutz, do Instituto Militar de Engenharia e da Universidade Federal de São Paulo.

Por Fiocruz / Nucom SVS


quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Sítios de oviposição de fêmeas de Aedes Aegypti, em Londres, Reino Unido


MARIANA ROCHA DAVID, Pesquisadora em Saúde Pública do Instituto Oswaldo Cruz, do Ministério da Saúde, participará de reunião do projeto de pesquisa em colaboração com os pesquisadores da University of Greenwich para compartilhar dados obtidos e discutir metas futuras pertinentes à escolha de sítios de oviposição de fêmeas de Aedes Aegypti, em Londres, Reino Unido, no período de 23/09 a 01/10/2018, inclusive trânsito (Processo n° 25030.000039/2018-38)


Congresso Mundial de Câncer (World Cancer Congress) 2018 e Assembleia Geral da União Internacional para Controle do Câncer - UICC, em Kuala Lumpur - Malásia


ANA CRISTINA PINHO MENDES PEREIRA, Diretora e LÍVIA DE OLIVEIRA PASQUALIN, Analista em Ciência e Tecnologia, ambas do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva - INCA, da Secretaria de Atenção à Saúde, do Ministério da Saúde, com a finalidade de assessorar a Diretora-Geral do INCA e participar do Congresso Mundial de Câncer (Curso sobre colaboração efetiva para enfrentar os desafios do câncer: um curso intermediário de parcerias intersetoriais) e da Assembleia Geral da União Internacional para Controle do Câncer - UICC, em Kuala Lumpur - Malásia, no período de 27 de setembro a 5 de outubro de 2018, inclusive trânsito
(Processo nº 25410.011993/2018-81)


LEONARDO DOS SANTOS REIS é o substituto eventual da Diretora do DAET - SAS - MS


PORTARIA Nº 997, DE 18 DE SETEMBRO DE 2018
O SECRETÁRIO-EXECUTIVO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE, no uso da competência que lhe foi subdelegada pela Portaria MS/GM nº 474, de 17 de março de 2011,
resolve: Designar
LEONARDO DOS SANTOS REIS para exercer o encargo de substituto eventual da Diretora do Departamento de Atenção Especializada e Temática, DAS-101.5, código 30.0117, da Secretaria de Atenção à Saúde.
ADEILSON LOUREIRO CAVALCANTE


Lei de Responsabilidade Fiscal pode ser alterada para equilibrar contas de estados e municípios


Apontada como um marco para a administração pública, a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que completou 18 anos em maio, pode ser alterada. A LRF (Lei Complementar 101/2000) estabelece, em regime nacional, parâmetros para gasto público de cada ente federativo e tem como premissas básicas o planejamento, o controle, a transparência e a responsabilização. A legislação trouxe avanços e também desafios para sua aplicação.

O Senado analisa diversos projetos para aperfeiçoar e atualizar a norma de quase duas décadas. Um dos pontos de maior debate entre os parlamentares refere-se ao limite de gastos com pessoal previsto na lei.

Uma das propostas sobre esse aspecto está pronta para ser votada em Plenário. O Projeto de Lei do Senado (PLS) 15/2016, do senador Otto Alencar (PSD-BA), retira dos limites a gasto de pessoal impostos pela LRF as despesas com conselhos tutelares e programas especiais de saúde e assistência social, como os de Saúde da Família e de atenção psicossocial.

De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, a despesa total com pessoal nos municípios não pode ultrapassar 54% para o Executivo. Nos estados, esse limite é de 49%.
O autor do projeto lembra que programas como o Saúde da Família trouxeram novas despesas para as cidades, mas as transferências da União não acompanharam esses custos. Além disso, segundo o senador, houve perdas de arrecadação que prejudicaram os gestores.

— Fui conselheiro do Tribunal de Contas do estado da Bahia. Conheço bem a Lei de Responsabilidade Fiscal. O que acontece com os municípios: a União diminui o IPI da linha branca dos automóveis, cancela a Cide. Os prefeitos estão com essas receitas previstas para o orçamento de 2018, de repente isso sai do orçamento por decisão da União e eles perdem arrecadação, sobretudo ao final do ano. Aí eles não têm como cumprir o artigo 42 da LRF. Resultado: além de ter contas rejeitadas por isso, eles são denunciados pelo Ministério Público, com base na Lei da Ficha Limpa — explicou o parlamentar.

Para Otto Alencar, houve um engessamento na legislação, que “feriu frontalmente a autonomia administrativa e financeira dos municípios”. Ele cita ainda que políticos mal-intencionados podem, em final de mandato, dar posse a funcionários públicos de concursos promovidos por eles para quebrar as contas do próximo prefeito, se for adversário político.

— Tem município na Bahia hoje em que toda a arrecadação é quase só para pagar pessoal. A Bahia, como Minas Gerais, São Paulo também, tem municípios com menos de 8 mil habitantes. A arrecadação própria de alguns deles não dá para pagar o salário do prefeito. Resultado: tudo depende de transferência da União — afirmou o senador, enfatizando que no estado dele há 73 municípios nessa condição.

Preocupação semelhante teve o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), que apresentou um projeto para tornar a apuração da despesa total com pessoal mais clara e vedar o aumento excessivo, justamente para evitar que manobras políticas semelhantes às citadas por Otto aconteçam no país, aproveitando brechas da LRF.

Entre outras ações, o projeto de Ferraço (PLS 362/2018) declara a nulidade do ato que concede aumentos ou vantagens cujos impactos sobre as despesas com pessoal ocorrerão após o final do mandato do titular do respectivo Poder ou órgão.

“Salvo os decorrentes de sentença judicial ou de revisão geral anual assegurada pela Constituição Federal, a atual vedação de elevação das despesas com pessoal nos últimos 180 dias do mandato do titular do Poder abrange os atos de nomeação de cargo público ou contratação de pessoal a qualquer título, exceto a reposição em consequência de aposentadoria ou falecimento de servidor e a contratação em período de calamidade pública”, justifica o parlamentar.

A proposta, que aguarda designação de relator na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), também estende as medidas de controle de gastos com pessoal para outros Poderes.

“A proposição torna explícita a conduta de não determinar a adoção das medidas necessárias para a redução do montante da despesa total com pessoal que tiver excedido os limites máximos estabelecidos na LRF como crime de responsabilidade dos prefeitos, dos governadores, do Presidente da República, dos presidentes dos tribunais do Poder Judiciário, dos chefes do Ministério Público e dos presidentes dos tribunais de contas. Essa medida objetiva dar maior efetividade à recondução das despesas com pessoal aos seus correspondentes limites”, observa Ferraço no texto inicial do projeto, ainda sem data para ser votado na comissão.

Ciência e tecnologia
Já a proposta do senador Lasier Martins (PSD-RS) altera a Lei de Responsabilidade Fiscal para vedar o contingenciamento de recursos orçamentários para ciência, tecnologia e inovação. O PLS 594/2015, de autoria dele, também aguarda votação na CAE.

O senador lembrou do recente incêndio que destruiu grande parte do acervo do Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro. Para o parlamentar, as verbas para ciência e tecnologia existem, mas acabam não sendo aplicadas, “sendo carreadas para o caixa único do governo, e isso precisa acabar”.

— Nenhum país se desenvolve economicamente sem exaltar e praticar ciência e tecnologia. É a palavra de ordem nos dias em que nós vivemos, novas tecnologias. E agora, nesse lastimável incêndio no Museu Nacional, se relembra muito que ali era um local de pesquisa, como de fato era, e eu percebo que as pessoas reabrem essa discussão convencidas, e precisou um incêndio para isso, pela importância do tema — ressaltou.

O projeto foi apresentado na época em que Lasier Martins era presidente da Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT). Ele destaca que propostas como essa não têm recebido do Congresso Nacional a celeridade necessária.

— Se nós queremos um Brasil progressista, desenvolvimentista, nós precisamos olhar e estimular ciência e tecnologia — reforçou Lasier.

O PLS 594/2015 teve parecer favorável do relator na CAE, senador Cristovam Buarque (PPS-DF). Para ele, livrar as áreas de ciência, tecnologia e inovação do contingenciamento orçamentário pode contribuir para o progresso tecnológico do país e, consequentemente, para o crescimento econômico.

“É lógico que, para garantir o retorno dos recursos investidos nessas áreas, outras providências devem ainda ser tomadas, como a maior integração entre universidades, centros de pesquisa e empresas e a criação de instituições que protejam o direito de propriedade dos que empreendem descobertas e inovações”, destaca Cristovam em seu relatório.

Proposições legislativas: PLS 15/2016PLS 362/2018PLS 594/2015

Jonas Pereira/Agência Senado


SUELI MOREIRA RODRIGUES, é EXONERADA POR APOSENTADORIA DO MS-SAS-DAET


PORTARIA Nº 2.942, DE 17 DE SETEMBRO DE 2018

O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso da competência que lhe foi delegada pelo art. 3º, do Decreto nº 8.821, de 26 de julho de 2016,
resolve: Exonerar, a partir de 31 de agosto de 2018, SUELI MOREIRA RODRIGUES, do cargo de Coordenadora de Articulação e Suporte Técnico, código DAS-101.3, nº 30.0120, do Departamento de Atenção Especializada e Temática, da Secretária de Atenção à Saúde, em virtude de aposentadoria.
GILBERTO OCCHI


Tecpar promove fórum sobre análise de dados no tratamento do câncer- 25 setembro 2018


O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) promove em 25 de setembro, em Curitiba, o I Fórum Tecpar de Informação em Oncologia, que reunirá especialistas em oncologia e análises de dados. O objetivo é debater como a tecnologia pode ajudar na detecção de tumores, no tratamento do câncer e no desenvolvimento de novos medicamentos. O evento é gratuito e aberto ao público.

O fórum vai apresentar critérios de relevância para a análise de dados em saúde que pretendem cobrir a Análise de Dados em temáticas verticais como população, incidência, riscos, comportamentos; taxas de cura / prevalência; fontes de dados e metodologias; e Farmacovigilância.

O público-alvo, são profissionais que atuam em hospitais, nas universidades e em órgãos governamentais, além dos colaboradores do instituto.

O I Fórum Tecpar de Informação em Oncologia será em 25 de setembro, a partir das 14h, no Campus CIC do Tecpar, na Rua Algacyr Munhoz Mader, 3775, Cidade Industrial, em Curitiba). As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo link goo.gl/KAdATu.

Serviço

I Fórum Tecpar de Informação em Oncologia
Data: 25 de setembro, a partir das 14h
Local: Auditório do Centro de Treinamento do Tecpar (Rua Professor Algacyr Munhoz Mader, 3775 – Cidade Industrial de Curitiba)
Inscrições: gratuitas pelo link goo.gl/KAdATu


Calendário Agenda