Destaques

terça-feira, 2 de abril de 2019

CAMPANHA NACIONAL DE 80 DIAS DE AÇÕES PELA SAÚDE DAS MULHERES


A campanha nacional de 80 dias de ações pela Saúde das Mulheres, foi lançada na última reunião da tripartite no dia 28 de março, passado, pela mobilização nacional entre 8 de março – dia internacional da mulher, até o dia 28 de maio – dia internacional de luta pela saúde da mulher e dia nacional da luta pela redução da mortalidade materna.



PASES - PROGRAMA DE APOIO ÀS SECRETARIAS ESTADUAIS DE SAÚDE

O PAES – PROGRAMA DE APOIO ÀS SECRETARIAS ESTADUAIS DE SAÚDE, surgiu a partir do Planejamento Estratégico e Operacional do Conass e tem como objetivo apoiar as SES com projetos em diversas áreas temáticas do SUS:
Planejamento e Gestão
  • Reestruturação Gerencial
  • Contratualização de Serviços Hospitalares
  • Aprimoramento da Gestão da Segurança do Paciente no Plano  Estadual de Saúde 2020 à 2023

Regionalização e Organização de Redes de Atenção à Saúde
  • Planificação da Atenção à Saúde
  • Planejamento Regional nas Macrorregiões de Saúde
  • Organização de Consórcios Interfederativos de Saúde
  • Organização da Atenção à Saúde da Pessoa Idosa

Vigilância e Promoção da Saúde
  • Enfrentamento da Morbimortalidade por Acidentes de Trânsito
  • Ações de Controle e Atenção às Endemias

Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde
  • Fortalecimento da Gestão da Educação na Saúde por Meio da  Elaboração dos Planos Estaduais de Educação Permanente
  • Desenvolvimento Institucional e Fortalecimento da Capacidade  Gestora das Equipes de Gestão do Trabalho
  • Fortalecimento e Ampliação das Escolas Estaduais de Saúde  Pública
A apresentação completa, em anexo, foi utilizada para apresentação do Programa na Reunião Ordinária da Comissão Tripartite de Intergestores, realizada no último dia 28 de março.

Anexo:


SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DENGUE, CHIKUNGUNYA, ZIKA, SZC, SARAMPO E INFLUENZA


No último dia 28 de março na 2ª Reunião Ordinária da Comissão Intergestores Tripartite de 2019 o Secretário de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, Wanderson Kleber de Oliveira, apresentou a “Situação Epidemiológica da Dengue, Chikungunya, Zica, SZC, Sarampo e Influenza, cuja apresentação completa, disponibilizamos, em anexo.

Os quadros, abaixo, mostram a situação de cada doença com as últimas informações disponíveis.

Um dos temas relevantes, que traz ainda mais desconforto ao País que tinha recebido a certificação de erradicação da doença em 2016, foi a reintrodução do vírus do Sarampo no Norte identificado e reconhecido no último dia 18 de fevereiro de 2019.








Anexo:

ANVISA TEM NOVO MODELO REGULATÓRIO


Entrou em vigor, nesta segunda-feira (1/4), o novo modelo regulatório da Anvisa, que tem o objetivo de melhorar e qualificar as normas sanitárias do país. A medida muda a forma de tratar a construção e revisão de atos normativos e simplifica processos internos de trabalho. Também estimula a apresentação de evidências técnicas para a elaboração de regras e valoriza o uso de mecanismos de participação social. 

A medida é centrada no fortalecimento da Análise de Impacto Regulatório (AIR), metodologia que permite a avaliação e estudos iniciais sobre a regulação para dar subsídios qualificados para a tomada de decisão da Diretoria Colegiada (Dicol).

De acordo com a Agência, o novo modelo também estimula as áreas técnicas a melhorarem o planejamento e organização da discussão de temas,  entre outras vantagens.

Interação com o público
O novo modelo valoriza a diversificação de mecanismos de participação social, para que haja maior interação entre áreas técnica, setor regulado, governo, sociedade e instituições de ensino e de defesa do consumidor.

Além das formas habituais, como consultas direcionadas ou públicas, audiências e diálogos setoriais, a partir de agora também poderá ser utilizada a Tomada Pública de Subsídios (TPS), nova ferramenta de participação social.

A TPS permite a discussão de documentos técnicos, como o relatório preliminar de AIR, que descreve qual o problema está em avaliação, quais opções regulatórias existem para sua solução, quais evidências justificam a escolha das alternativas apresentadas, suas vantagens e, por fim, aponta caminhos para a regulamentação.

Para saber as opções de interação da Agência com o público, consulte o Cardápio de Participação Social, que traz os diferentes mecanismos para a busca contribuições sobre processos regulatórios. 

Consulta pública
Pelo novo modelo, o prazo habitual de 30 dias para consultas públicas foi ampliado para, no mínimo, 45 dias. No caso das consultas sobre assuntos de impacto internacional, o prazo mínimo será de 60 dias. Em casos excepcionais de urgência e relevância devidamente motivados, os prazos poderão ser alterados.

Transparência
Para dar maior transparência, diversos documentos serão divulgados no Portal da Anvisa durante a discussão sobre processos  regulatórios e todos os materiais técnicos usados para fundamentar propostas de consultas públicas sobre atos normativos estarão disponíveis à sociedade, exceto dados sigilosos.

A antiga Proposta de Iniciativa Regulatória publicada no Diário Oficial da União (DOU) foi substituída pelo Termo de Abertura do Processo de Regulação (TAP), que foi simplificado e passará a ser divulgado diretamente em área específica no Portal da Anvisa. Apenas em casos excepcionais o TAP será publicado também no DOU.

As deliberações da Dicol e o relatório de AIR também ficarão disponíveis ao público, além das contribuições recebidas durante as consultas e relatórios de Análise de Participação Social (RAPS) e de Análise de Contribuições (RAC), entre outras informações.  

Transição
Internamente, a adoção do modelo é por adesão, mas somente durante um período de dois anos, que é o prazo dado para que as áreas técnicas façam a transição e incorporem as regras  estabelecidas pela Portaria (PRT) nº 1.741 e detalhadas na Orientação de Serviço (OS) nº 56, ambas de dezembro de 2018.

Leia mais:
Saiba quais são os documentos que definem as diretrizes e os procedimentos para a melhoria da qualidade regulatória:
Anvisa



SESI E ANS SE REÚNEM PARA DEBATER MELHORIAS NO SISTEMA DE SAÚDE SUPLEMENTAR


Serviço Social da Indústria (SESI) e Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) promoverão em 2019 três Diálogos Colaborativos de Saúde Suplementar, quando convidarão todos os atores de saúde a pensarem soluções de melhoria da coordenação do cuidado na saúde privada.

A iniciativa é parte do acordo de cooperação técnica celebrado entre as entidades e o primeiro encontro está marcado para 10 de junho, em São Paulo.

De acordo com o gerente-executivo de Saúde e Segurança na Indústria do SESI, Emmanuel Lacerda, o sistema de saúde suplementar é complexo e há necessidade de envolvimento de todos os interessados para que haja solução efetiva que garanta sua sustentabilidade. “É uma forma dos contratantes de planos de saúde terem uma participação mais proativa na melhoria do modelo”, destaca.

A promoção da colaboração no sistema de saúde foi proposta pelo Grupo de Trabalho em Saúde Suplementar (GTSS), grupo de empresas contratantes liderado pelo SESI com o apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O GT, que conta com a participação de 68 empresas, definiu, no encontro realizado em 21 de março, ações que visam avançar na agenda prioritária do contratante e que contempla seis frentes de trabalho: contratação baseada em valor; base de dados; remuneração baseada em valor; mecanismos legais e regulatórios; gestão de tecnologias de saúde; e modelo de atenção à saúde.

Além dos diálogos, o grupo promoverá troca de experiências sobre programas de saúde corporativos e construirá tabelas de taxas de custos e de indicadores a serem usadas como referência para contratação, monitoramento e avaliação de programas, planos de saúde e prestadores.

Para aprofundar o debate, está previsto para agosto o Seminário SESI de Saúde Suplementar: Contratação Baseada em Valor. O evento debaterá experiências internacionais colaborativas bem-sucedidas para melhorar o acesso, a qualidade da assistência e reduzir custos com saúde suplementar.



MEDICAMENTOS SÓ PODERÃO SER REAJUSTADOS EM ATÉ 4,33% NESTE ANO


Estabilidade na produtividade do setor farmacêutico foi um dos fatores que impactaram no novo valor dos medicamentos

Os medicamentos comercializados no país só poderão ser reajustados em até 4,33% em 2019. O índice definido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) vale a partir de abril. O percentual não é um aumento automático nos preços, mas uma definição de teto permitido de reajuste, ou seja, cada empresa pode optar pela aplicação do índice total ou menor, a depender das estratégias comerciais. Será uma correção igualitária para os três grupos de insumos: os de maior concorrência, concorrência moderada e concentrada. Atualmente, mais de 12 mil apresentações de medicamentos são comercializadas no Brasil.

“O reajuste continua atendendo aos princípios da racionalidade e previsibilidade, proporcionando transparência à população e a empresas do setor farmacêutico. Dessa forma, se evita abusos nos preços de medicamentos. É importante reforçar que a CMED faz o monitoramento e atua rigorosamente na autuação de empresas que estejam em desconformidade com o limite máximo do ajuste anual permitido”, afirma o Secretário Executivo da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), Ricardo Santana.

Para chegar ao índice, a CMED observa fatores como a inflação dos últimos 12 meses (IPCA), a produtividade das indústrias de medicamentos (X), custos não captados pela inflação, como o câmbio e tarifa de energia elétrica (Y) e a concorrência de mercado (Z), conforme determina o cálculo aderido desde 2015. Diante destes fatores, foi observado que não houve projeção de ganhos de produtividade do setor farmacêutico, o que impactou na própria concorrência entre as farmacêuticas, já que os dois índices são interligados.

Para exercer o direito ao ajuste, as empresas fabricantes devem encaminhar as informações de vendas realizadas no segundo semestre do ano passado e informar qual percentual de ajuste pretendem aplicar, não podendo ultrapassar o máximo autorizado para cada classe de medicamentos.

A CMED publica, mensalmente, no site da Anvisa, a lista com os preços de medicamentos nas diferentes alíquotas de ICMS incidentes. Em caso de descumprimento dos preços máximos permitidos ou de aplicação de ajuste em um índice superior ao máximo definido, as empresas infratoras ficam sujeitas a penalidades que podem variar entre 649 a 9,7 milhões de reais.

CÁLCULO - MEDICAMENTOS
Desde 2015, o Ministério da Saúde, a Anvisa e os demais Ministérios que compõem a CMED adotam critérios para melhor adequar o índice à realidade do mercado farmacêutico, favorecendo a concorrência. A fórmula de cálculo, aprovada por consulta pública, garante maior transparência, por detalhar toda metodologia de cálculo do ajuste; segurança, por utilizar apenas fontes oficiais e públicas; previsibilidade, por determinar datas de divulgação dos fatores; e maior racionalidade, por estimar com precisão a concorrência de mercado e por usar fontes que refletem melhor todo o mercado brasileiro de medicamentos.

CMED
Criada em 2003, a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) é um órgão interministerial, presidido pelo Ministério da Saúde, que tem, dentre outras atribuições, a competência para definir diretrizes e procedimentos relativos à regulação econômica do mercado de medicamentos, estabelecer critérios para a fixação e ajuste de preços, bem como zelar pela proteção dos interesses do consumidor desses produtos, podendo, inclusive, decidir sobre aplicação de penalidades.

A CMED estabelece limites para preços de medicamentos, adota regras que estimulam a concorrência no setor, monitora a comercialização e aplica penalidades quando suas regras são descumpridas, garantindo assim o direito do consumidor de obter o melhor preço de medicamentos no país.  Além disso, ela é responsável também pela fixação e monitoramento da aplicação do desconto mínimo obrigatório para compras públicas.

Por Victor Maciel, da Agência Saúde 



ESTATUTO DOS ANIMAIS ESTÁ NA PAUTA DA CAE DO SENADO


A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) tem reunião marcada para a próxima terça-feira (2), às 10h, com oito itens na pauta. Um dos projetos é o que institui o Estatuto dos Animais (PLS 631/2015), de iniciativa do ex-senador Marcelo Crivella, hoje prefeito do Rio de Janeiro. O projeto estabelece os direitos dos animais, define regras para a sua guarda e também trata da proibição de práticas consideradas maus-tratos e de infrações e penalidades.

Entre o rol de maus-tratos, estão os atos de forçar um animal a realizar movimentos contrários à sua natureza ou além de sua capacidade física; abandonar o animal em situação de perigo; abandonar animal criado em cativeiro, quando despreparado para se alimentar de maneira adequada; submeter animal a treinamentos, eventos, apresentações circenses, ações publicitárias que causem dor, sofrimento ou dano físico; privar o animal de água ou alimento adequado e confinar animal com outro que lhe cause medo, perigo, agressão ou qualquer tipo de dano.

O relator na CAE, senador Plínio Valério (PSDB-AM), acatou o substitutivo do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), apresentado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Entre as mudanças no texto, Anastasia inclui no seu texto que o controle de zoonoses, o controle de espécies invasoras e as atividades de ensino e pesquisa científica na área da saúde não serão considerados maus-tratos. Ele determinou ainda que, quando não houver método que evite totalmente a dor e o sofrimento nesses casos, devem ser adotadas todas as medidas disponíveis para reduzi-los ao máximo.

Para Plínio Valério, as atividades culturais, recreativas, sociais e econômicas e o desenvolvimento tecnológico devem seguir princípios morais e éticos para evitar o sofrimento dos animais e, em decorrência, garantir o meio ambiente ecologicamente equilibrado, com plena preservação física e moral dos animais. Se aprovada na CAE, a matéria seguirá para a análise da Comissão de Meio Ambiente (CMA), onde vai tramitar em caráter terminativo.

Proposições legislativas :, PLS 631/2015PLS 92/2018

Getty Images/iStockphoto Agência Senado


Tecpar busca inserção na cadeia produtiva de veículos elétricos


Instituto de Tecnologia do Paraná firmou parceria com a Renault, que disponibilizou plataforma do seu veículo. Ideia é avaliar como o Instituto pode participar desta cadeia produtiva.

Como parte da estratégia de estar alinhado às últimas tendências nacionais e internacionais na área de tecnologia e inovação, o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) firmou parceria com a Renault para disponibilizar ao instituto a plataforma do Twizy, veículo elétrico produzido pela montadora. Com a plataforma e os dados abertos do protótipo disponibilizado pela montadora, pesquisadores do instituto podem desenvolver novos estudos para criarem novos veículos elétricos.

A ação está alinhada ao anúncio feito pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior do projeto de lei que propõe zerar a alíquota de IPVA de veículos elétricos, que hoje é de 3,5%, e tornar o Paraná o primeiro estado brasileiro a conceder incentivo fiscal para estimular a produção e o uso de carros elétricos.

A diretora de Inclusão & Mobilidade Sustentável da Renault, Silvia Barcik, explica que a montadora desenvolveu o veículo no conceito Plataforma Open Mind, quando todos os dados técnicos do veículo estão disponíveis – no caso do Twizy, para que a sociedade possa estudar soluções locais para a mobilidade.

“A plataforma está disponível ao Tecpar para que os pesquisadores do instituto possam, dentro da área de atuação da empresa, desenvolver novos veículos a partir dos dados técnicos do veículo”, destaca.

O diretor-presidente do Tecpar, Fabio Cammarota, explica que a ideia é o instituto é apoiar o Governo do Estado na missão de transformar o Paraná no estado mais inovador do Brasil. “Dentro da nossa área de atuação, e em especial na área de energia inteligentes e agrotech, queremos ser o braço do Governo do Estado para participar de projetos inovadores”, afirma.

CADEIA PRODUTIVA - Pioneiro na área de veículos elétricos, o Paraná já tem uma eletrovia, que é mantida pela Companhia Paranaense de Energia (Copel) e que é inovadora por ser a maior do país. São oito eletropostos na BR-277, ligando Paranaguá, no Litoral, a Foz do Iguaçu, no Oeste do Estado.

O diretor de Indústria e Inovação do Tecpar, Rafael Rodrigues, ressalta que, além de incluir os colaboradores do instituto em um ambiente de imersão tecnológica, a intenção de manter, por 15 dias, a plataforma do Twizy no Tecpar é avaliar como a empresa pode participar, direta ou indiretamente, na cadeia produtiva dos veículos elétricos.

Uma das possibilidades é que o Tecpar desenvolva programas de certificações dos eletropostos e de baterias dos veículos, segundo Rodrigues. “A plataforma de desenvolvimento disponibilizada pela Renault serve como ignitor de pesquisas e faz com que nossos colaboradores possam estar imersos no ambiente de desenvolvimento e inovação na cadeia de veículos elétricos”, salienta o diretor de Indústria e Inovação do Tecpar.


Políticas públicas em favor de autistas serão votadas pela CDH em abril, anuncia Paim — Senado Notícias


A CDH realizou audiência pública para marcar o Dia Internacional de Conscientização do Autismo, em 2 de abril
Jefferson Rudy/Agência Senado›
Proposições legislativas
Projetos sobre autismo devem entrar na pauta da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) até o final de abril. O anúncio foi feito pelo presidente da comissão, senador Paulo Paim (PT-RS), nesta segunda-feira (1°), durante audiência pública sobre o Dia Internacional de Conscientização sobre o Autismo, comemorado em 2 de abril.
A reivindicação para que os projetos sejam incluídos na pauta foi feita pelo diretor-presidente do Movimento Orgulho Autista Brasil (Moab), Fernando Cotta. A principal reivindicação é para que entre na pauta o texto que trata da inclusão de especificidades inerentes ao autismo no censo (PLC 139/2018). A intenção é subsidiar políticas públicas voltadas para pessoas autistas.

— Nós precisamos saber quantos autistas existem no Brasil. Qualquer tipo de programa que vai se montar, se você não souber o quantitativo de pessoas que precisam ser atendidas, já vai começar capenga, faltando dados. O entrevistador do IBGE perguntar se tem algum autista pode subsidiar políticas públicas — afirmou.

Fernando Cotta também cobrou a agilidade na tramitação do PLS 169/2018, que está na Comissão de Assuntos Sociais (CAS). O texto obriga o Sistema Único de Saúde (SUS) a oferecer centros de assistência integral à pessoa com transtorno do espectro autista. Paulo Paim se comprometeu a solicitar ao senador Romário (Pode-RJ), presidente da CAS, que redistribua a ele a relatoria do projeto.

A pedido de entidades ligadas aos direitos das pessoas com autismo, a CDH também deve fazer uma audiência pública sobre o uso terapêutico da cannabis sativa (maconha) no tratamento do transtorno. O pedido foi repassado à comissão pelo senador Styvenson Valentim (Pode-RN).

— Eu sou contra a droga, bebida, cigarro, mas nesse caso do medicamento, se tiver estudo científico comprovando que pode ser um auxílio na vida das pessoas, a gente pode discutir aqui — afirmou Styvenson.

Inclusão
A inclusão das crianças com autismo também foi lembrada pelos participantes. A professora Érica Lemos, mestre em Psicologia Educacional e mãe de um menino autista, afirmou que não adianta a lei obrigar as escolas a receberem autistas sem preparar professores e comunidade escolar. O que acontece, segundo a professora, não é a inclusão, mas a integração da criança com autismo na escola. Assim, a criança acaba sendo obrigada a se adaptar, e não o contrário.

— Hoje o objetivo da inclusão no Brasil é de socializar o autista. Ora, como socializar o autista se a dificuldade dele é justamente essa, conviver com seus pares? Como aprender por imitação se a dificuldade dele é essa, justamente essa? — questionou a professora.
Para o psicólogo Carlos Arturo Molina-Loza, especialista em autismo infantil, não adianta adotar esse modelo vertical de inclusão, em que uma lei é feita por pessoas que não vão lidar diariamente com a questão. Ele lembra que quem vai sofrer as consequências são as crianças com o autismo, os pais, as outras crianças e os professores que não recebem informações e condições suficientes para lidar com as crianças autistas.

— Sou especialista no autismo infantil, me dou muito bem com eles, nós fazemos grandes coisas juntos, mas eu me declaro incompetente para receber uma criança com autismo infantil — seja severo, leve ou moderado — numa sala de aula com outras 15 crianças. Isso é impossível. Isso não é inclusão, isso é amontoação — afirmou o psicólogo.

Equipe multidisciplinar
Júlia Balducci de Oliveiradiagnosticada com Síndrome de Asperger, um dos transtornos do espectro autista, falou de sua realidade. Formada em cinema com pós-graduação em direção de arte, Júlia trabalha no mercado financeiro e diz ter sido bem acolhida e reconhecida pelos colegas. Ela afirmou, no entanto, que o preconceito ainda existe.

— Muitas vezes a discriminação é quase invisível e se manifesta nas atitudes e na crença de que nós, autistas, não podemos aprender, trabalhar, participar na tomada de decisões políticas que nos afetam, ou na crença de que nós precisamos de caridade em vez de direitos — afirmou, ao ressaltar a necessidade de atendimento adequado às pessoas com autismo.

O ativista Eliseu Acácio, pai de um filho com autismo severo, lembrou que o apoio multiprofissional é importante não só nos casos de autismo severo ou moderado, mas também em pessoas com grau leve. Emocionado, ele lembrou das dificuldades que teve e disse que muitas vezes os pais ficam sobrecarregados por falta de apoio e os filhos acabam sendo internados em instituições que não oferecem o tratamento adequado.

O senador Major Olimpio (PSL-SP), que participou da audiência, afirmou que o tema tem que ser tratado sem diferenças partidárias.

— Nessa causa, ninguém é esquerda, direita ou centro, ninguém é situação nem oposição. Aqui nós estaremos juntos e cerrados com todos vocês.  São pais, jovens educadores que têm o caminho a ser trilhado e são merecedores da atenção pública de toda ordem — afirmou.



Nova bancada brasileira firma compromissos no Parlasul — Senado Notícias


Senadores brasileiros participam de sessão do Parlasul em Montevidéu, onde trabalharam para aprovar uma subcomissão dedicada a questões de gênero dentro da comissão de direitos humanos

@TelmarioMotaRR/Twitter

Nesta segunda-feira (1º), uma nova delegação de 19 parlamentares brasileiros passou a integrar o Parlasul, o Parlamento do Mercosul. A renovação da representação brasileira ocorreu por conta das eleições do ano passado, que escolheu novos deputados federais e senadores. O Parlasul é formado por parlamentares de Brasil, Paraguai, Uruguai, Argentina e Venezuela.

Nessa primeira sessão, na sede do Parlasul, em Montevidéu (Uruguai), os brasileiros firmaram os seus compromissos com a instituição. O senador Telmário Mota (Pros-RR), que integrou a Comissão de Assuntos Econômicos, Financeiros, Comerciais, Fiscais e Monetários, reforçou a importância da participação no encontro.

— Estamos aqui, independentemente de qual seja o viés político de cada parlamentar, para definir os principais temas da política externa, a fim do fortalecimento econômico, comercial e institucional dos países que representamos — afirmou.

Os parlamentares votaram a criação de uma subcomissão para tratar de questões de gênero, equidade e diversidade dentro da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos do Parlasul. A proposta original era a de criar uma nova comissão especial sobre o assunto. Mas com uma negociação entre o deputados Celso Russomano (PRB-SP), a deputada argentina Lilia Puig, relatora da matéria, e a deputada Maria do Rosário (PT-RS), foi acertada a criação da subcomissão.

— Teremos, enfim, uma subcomissão tratando no âmbito da Comissão de Direitos Humanos desse tema específico. Talvez daqui a algum tempo tenhamos a necessidade de rever essa decisão e criarmos a comissão especial. Mas o maior importante é que tenhamos iniciativas que não fechem os olhos diante do abandono de direitos que vivem as mulheres no mundo, no nosso continente e nos nossos países — disse Maria do Rosário.

Unila
Foi aprovada ainda uma moção para que o Brasil reafirme seus compromissos com a Universidade Federal da Integração Latino-Americana, a Unila, que fica em Foz do Iguaçu, no Paraná. A deputada argentina Cecilia Britto lembrou que, em 2017, o deputado Sérgio Souza (MDB-PR) chegou a apresentar emenda a uma medida provisória (a matéria transformou-se na Lei 13.530, de 2017) no sentido de transformar a Unila em Universidade Federal do Oeste do Paraná. O Parlasul também aprovou uma recomendação para que o Mercosul trabalhe para o fim das taxas de roaming nas ligações para celulares dentro do bloco.

Com informações da Agência Câmara Notícias



Plenário pode votar projeto que facilita reconhecimento de marcas de renome — Senado Notícias


Jefferson Rudy/Agência Senado
Pode ser votado na próxima semana, em Plenário, o projeto que cria regras para proteção especial de marcas de renome. O PLC 86/2015 permite ao detentor de uma marca industrial pedir ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) o reconhecimento, a qualquer tempo, do “alto renome” de sua marca registrada — título que lhe garante proteção especial.

Ser uma marca de “alto renome” possibilita proteção em todos os mercados, não apenas naquele em que ela atua. Tramontina, por exemplo, é uma das 41 marcas reconhecidas pelo Inpi como de alto renome, o que garante que nenhuma empresa poderá pedir registro com esse nome ou marca, ainda que seja de outro ramo.

A lei atual (Lei 9.279/96) não é explícita quanto ao momento em que os direitos do detentor da marca de “alto renome” são garantidos. A norma define apenas, em seu artigo 125, que "à marca registrada no Brasil considerada de alto renome será assegurada proteção especial, em todos os ramos de atividade".

Dessa maneira, o detentor de uma marca com reconhecimento e prestígio está impedido de reivindicar o registro de proteção especial, por falta de regulamentação, restando duas vias: requerer ao Inpi a proteção assegurada quando um terceiro pedir registro de marca em conflito com a sua ou entrar com ação judicial.

O projeto faculta ao titular de marca registrada no Brasil requerer à autoridade competente o reconhecimento de marca de alto renome a qualquer momento. O texto determina, ainda, que, em caso de deferimento do pedido, será anotado no registro de marca o reconhecimento de seu alto renome. Assim, o titular da marca terá um documento que comprove o seu direito à proteção especial.

Urgência para os vistos
Outro projeto que pode ser votado é o que tem objetivo de reverter decreto presidencial de dispensa de visto para cidadãos da Austrália, do Canadá, dos Estados Unidos e do Japão. O texto ainda não está na pauta, mas o pedido de urgência com as assinaturas de líderes partidários foi apresentado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) na última quarta-feira (27).

O decreto presidencial foi publicado há cerca de duas semanas, durante a visita do presidente Jair Bolsonaro aos estados Unidos. A dispensa do visto valerá a partir de 17 de junho. O principal argumento de Randolfe, autor do PDL 68/2019, é o princípio da reciprocidade. Para ele, o decreto resulta em um tratamento desigual, já que o Brasil não tem dispensa de visto para entrar nos quatro países.

Programação Monetária
Os senadores também podem votar dois projetos de decreto legislativo que aprovam as programações monetárias para o quarto trimestre de 2018 (PDL 82/2019) e para o primeiro semestre de 2019 (PDL 83/2019).

A  aprovação desse tipo de programação é um atribuição do Congresso prevista na lei 9069, de 1995. De acordo com a lei, o Presidente do Banco Central do Brasil submeterá ao Conselho Monetário Nacional, no início de cada trimestre, programação monetária com estimativas e uma análise da evolução da economia nacional. Após aprovação pelo conselho, a programação monetária é encaminhada ao Congresso.



Congresso recebe a Agenda Legislativa da Indústria em sessão solene na terça-feira as 11h no plenário da Câmara


O Congresso Nacional realiza sessão solene na terça-feira (02/04) para o lançamento da Agenda Legislativa da Indústria 2019, que contará com a presença de representantes da indústria. A sessão tem início às 11h, no Plenário da Câmara dos Deputados.

Em sua 24ª edição, a Agenda Legislativa é o principal canal de interlocução da indústria brasileira com o Congresso Nacional e a sociedade civil. O documento lista as propostas de interesse de setor industrial em tramitação no Legislativo, oferece um resumo de cada projeto e apresenta a posição da indústria quanto a seu teor, seja convergente ou divergente.

Também será realizada a abertura da exposição Sesi/Senai Pelo Futuro do Trabalho, no Salão Negro do Congresso Nacional. A mostra será oficialmente aberta após o lançamento da Agenda Legislativa e os visitantes, servidores e parlamentares poderão conhecer produtos inovadores desenvolvidos em escolas e centros tecnológicos do Serviço Social da Indústria (Sesi) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).

A sessão foi requerida pelo deputado Efraim Filho (DEM-PB) e o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

Com informações do Portal da Indústria



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