Brasília, 16 de fevereiro
- Combustíveis: A equipe
econômica considerou ruim o relatório do senador Jean Paul Prates para o
projeto que reforma o ICMS, reporta do Valor Econômico. Independentemente do
resultado no Senado, o governo quer retomar o texto da Câmara, para onde voltará
com possíveis mudanças.
- Impasse: A principal crítica
ao relatório de Prates é a previsão de ampliação do vale-gás para 11 milhões de
famílias atendidas. O gasto adicional seria de R$1,9 bilhão, o dobro do
previsto, informa o Valor. Não há espaço no Orçamento para isso, segundo fontes
do jornal.
- Atrasos: Os líderes do Senado cogitam adiar a
votação do projeto do ICMS, segundo apuração do Scoop By Mover. Falta de uma
sinalização do Tribunal Superior Eleitoral sobre a hipótese de a medida
incorrer em crime eleitoral é um dos fatores que podem inviabilizar a votação
prevista para hoje.
- Sinais: O líder do PSD no Senado, Nelsinho
Trad, apresentou emenda que barra o imposto sobre a exportação de petróleo
bruto para abastecer uma conta compensadora de preços de combustíveis, informa
o Valor. Essa proposta de imposto integra o outro projeto que tramita no Senado
para conter a escalada de preços.
- Eletrobras: O Tribunal de Contas da União
aprovou ontem a primeira fase da privatização da estatal, como antecipou o
Scoop. A segunda fase deve ser analisada em até um mês. Com isso, o governo
pode concluir a operação até maio.
- Disputa: O presidente da Câmara, Arthur Lira,
deverá participar, na próxima semana, de um encontro com empresários em São
Paulo cuja pauta é viabilizar uma terceira via. Inclui a construção de
pré-candidaturas como a do governador gaúcho, Eduardo Leite, e do ex-governador
capixaba Paulo Hartung, conforme o Scoop.
- Passos: Segundo Natuza Nery, do G1, o
presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, daria resposta definitiva sobre uma
candidatura presidencial ao presidente do PSD, Gilberto Kassab, nos próximos
dias. Depois, o nome de Leite seria formalizado como pré-candidato. “Em dez
dias, tudo isso se resolve”, disse uma fonte do Rio Grande do Sul à colunista.
- Federação: Os presidentes de MDB, União
Brasil e PSDB reuniram-se ontem em Brasília e admitiram retirar nomes colocados
na disputa pela Presidência para construir uma candidatura única, reporta a
Folha de S. Paulo.O MDB tem a pré-candidatura da senadora Simone Tebet, o PSDB
tem o governador, paulista João Doria, e a União Brasil não lançou nenhum nome.
- Terceira via: Na União Brasil, a negociação
com o MDB também é estimulada pela ala que não quer apoiar a candidatura de
Sergio Moro, do Podemos, segundo a Folha. A possibilidade de federação entre
MDB e PSDB tem como principal entrave a candidatura de Doria. Já tucanos
aliados de Eduardo Leite defendem que Doria desista da disputa, sem descartar
que o governador gaúcho seja o candidato.
- Lula e PSD: O ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva reuniu-se ontem com o pré-candidato do PT ao governo da Bahia, senador
Jaques Wagner. Discutiram um possível recuo no Estado para apoiar candidatura
do senador Otto Alencar, em aceno ao PSD, diz o Valor. Lula também se encontrou
com o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, do PSD, em busca de uma
aproximação.
- Diálogo: O PSD lançou o ex-presidente da
Ordem dos Advogados do Brasil Felipe Santa Cruz ao governo do Rio de Janeiro,
enquanto petistas, por ora, apoiam apenas o deputado Marcelo Freixo, do PSB.
- Reforma trabalhista: O ministro Emmanoel
Pereira assume hoje o cargo de presidente do Tribunal Superior do Trabalho e
promete instalar uma comissão para discutir avanços e retrocessos da reforma de
2017, segundo o Valor. O novo presidente chegou ao TST nomeado pelo então
presidente Fernando Henrique Cardoso.
Edmar
Soares
DRT
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