Destaques

segunda-feira, 18 de julho de 2022

Sobre o desabastecimento de medicamentos no país

O desabastecimento de medicamentos essenciais ao cuidado à saúde, em todos os níveis de atenção de todas as regiões brasileiras, é fruto de uma conjuntura que engloba diversos fatores como:

• descontinuidade da produção de alguns fármacos pela indústria para priorizar medicamentos com maior demanda gerada pela pandemia de Covid-19;

• disseminação de epidemias, notadamente de síndromes respiratórias e doenças virais;

• falta de matéria-prima, em decorrência da guerra na Ucrânia e do lockdown na China, que impacta tanto a fabricação do ingrediente farmacêutico ativo (IFA), quanto a chegada ao país dos estoques já adquiridos, parados na origem pelo fechamento dos portos chineses;

• necessidade de substituir os medicamentos em falta, o que gera um efeito cascata, dificultando o acesso aos fármacos que substituem aqueles com o abastecimento mais crítico.

A falta de antimicrobianos, mucolíticos, anti-histamínicos e analgésicos, entre outros, nas farmácias, e de dipirona sódica, soro de reidratação, itens indispensáveis à analgesia em cirurgias, antimicrobianos e diuréticos em hospitais compromete o desfecho dos tratamentos prescritos e pode aumentar a ocorrência de complicações e de mortalidade nos estabelecimentos de saúde. Os riscos (da escassez) são inúmeros. A falta de dipirona injetável no ambiente hospitalar, por exemplo, implica o uso de opióides, mais potentes, mais caros e com maior risco de efeitos adversos e complicações para o paciente, como a dependência.

É um cenário preocupante, em que o farmacêutico pode colaborar justamente pela competência em orientar as prescrições quanto a intercambialidade dos medicamentos, a orientação pela manipulação de fármacos ou mesmo a indicação de necessidade de retorno ao médico ou dentista prescritor para adequação terapêutica em função da contingência atual.

Porém, o Conselho Federal de Farmácia (CFF) considera urgentes e necessárias medidas que possam mitigar o problema, como o incremento da produção nacional tanto de matéria-prima, quanto do produto acabado (o Brasil tem pelo menos 18 laboratórios farmacêuticos oficiais, que estão subutilizados); um melhor planejamento de compras no serviço público, visando à manutenção dos estoques; e estratégias para um monitoramento mais eficiente do abastecimento das redes pública e privada.

Esse esforço deve envolver o setor público e todos os segmentos afetados, incluindo os conselhos profissionais e entidades de controle social. É um problema de todos, na medida em que pode afetar cada um. Que a solução seja breve e eficiente!

Fonte: Comunicação do CFF

ZIDOVUDINA 10 MG/ML, INJETÁVEL; EFAVIRENZ 30MG/ML, SOLUÇÃO ORAL. MS COMPRA no Valor Global: R$ 341.250,00

DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO

Publicado em: 18/07/2022 | Edição: 134 | Seção: 3 | Página: 107

Órgão: Ministério da Saúde/Secretaria Executiva/Departamento de Logística em Saúde/Coordenação-Geral de Licitações e Contratos de Insumos Estratégicos para Saúde

EXTRATO DE INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO Nº 32/2022 - UASG 250005

Nº Processo: 25000177263202170 . Objeto: Aquisição de ZIDOVUDINA 10 MG/ML, INJETÁVEL; EFAVIRENZ 30MG/ML, SOLUÇÃO ORAL. Total de Itens Licitados: 00002. Fundamento Legal: Art. 25º, Inciso I da Lei nº 8.666 de 21º/06/1993.. Justificativa: Contratação direta frente à inviabilidade de competição do objeto contratado, Inexigibilidade de Licitação. Declaração de Inexigibilidade em 13/07/2022. FRANKLIN MARTINS BARBOSA. Coordenador-geral Substituto de Aquisições de Insumos Estratégicos para Saúde. Ratificação em 13/07/2022. RIDAUTO LUCIO FERNANDES. Diretor do Departamento de Logística em Saúde. Valor Global: R$ 341.250,00. CNPJ CONTRATADA : 44.734.671/0001-51 CRISTALIA PRODUTOS QUIMICOS FARMACEUTICOS LTDA.

(SIDEC - 15/07/2022) 250005-00001-2022NE111111

Este conteúdo não substitui o publicado na versão certificada.

SANOFI MEDLEY Vende ao MS Alfa-alglicosidase 50 mg, pó liófilo p/ injetável no Valor Total: R$ 54.335.358,00

DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO

Publicado em: 18/07/2022 | Edição: 134 | Seção: 3 | Página: 107

Órgão: Ministério da Saúde/Secretaria Executiva/Departamento de Logística em Saúde/Coordenação-Geral de Licitações e Contratos de Insumos Estratégicos para Saúde

EXTRATO DE CONTRATO Nº 179/2022 - UASG 250005 - DLOG

Nº Processo: 25000.159037/2021-15.

Inexigibilidade Nº 25/2022. Contratante: DEPARTAMENTO DE LOGISTICA EM SAUDE - DLOG.

Contratado: 10.588.595/0010-92 - SANOFI MEDLEY FARMACEUTICA LTDA. Objeto: Aquisição de Alfa-alglicosidase 50 mg, pó liófilo p/ injetável.

Fundamento Legal: LEI 8.666 / 1993 - Artigo: 25 - Inciso: I. Vigência: 15/07/2022 a 15/07/2023. Valor Total: R$ 54.335.358,00. Data de Assinatura: 15/07/2022.

(COMPRASNET 4.0 - 15/07/2022).

Este conteúdo não substitui o publicado na versão certificada.

MICHELLE WERNECK DE OLIVEIRA é nomeada , Coordenadora de Inspeção e Fiscalização de Insumos Farmacêuticos, da Gerência de Inspeção e Fiscalização Sanitária de Medicamentos e Insumos Farmacêuticos da Gerência-Geral de Inspeção e Fiscalização Sanitária

DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO

Publicado em: 18/07/2022 | Edição: 134 | Seção: 2 | Página: 66

Órgão: Ministério da Saúde/Agência Nacional de Vigilância Sanitária

PORTARIA Nº 560, DE 15 DE JULHO DE 2022

A Chefe de Gabinete substituta do Diretor-Presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso da competência que lhe foi delegada pela Portaria n° 1.596, de 8 de agosto de 2016, alterada pela Portaria nº 1.724, de 5 de setembro de 2016, resolve:

Nomear a servidora MICHELLE WERNECK DE OLIVEIRA, matrícula SIAPE nº 1489175, para ocupar o cargo de Coordenador, código CCT-V, da Coordenação de Inspeção e Fiscalização de Insumos Farmacêuticos, da Gerência de Inspeção e Fiscalização Sanitária de Medicamentos e Insumos Farmacêuticos, da Gerência-Geral de Inspeção e Fiscalização Sanitária, ficando exonerada, a pedido, a partir de 11/07/2022, do cargo que atualmente ocupa.

ERICA FERREIRA DOBBIN

Este conteúdo não substitui o publicado na versão certificada.

sábado, 16 de julho de 2022

Publicação de CBDL CÂMARA BRASIL. DE DIAGNÓSTICO LABORATORIAL

 

sexta-feira, 15 de julho de 2022

Conexão Brasília

15.07.2022

- Promulgadas emendas do estado de emergência, do piso da enfermagem e do filtro de recursos no STJ

Promulgação ocorreu em sessão solene do Congresso Nacional

- As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal promulgaram nesta quinta-feira (14) as emendas constitucionais oriundas das PECs 15/22 (estado de emergência), 11/22 (piso da enfermagem) e 39/21 (filtro de recursos no Superior Tribunal de Justiça).

A cerimônia foi conduzida pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e contou com a presença do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL); do presidente da República, Jair Bolsonaro; e de alguns ministros: Ciro Nogueira, da Casa Civil; Adolfo Sachsida, de Minas e Energia; Célio Faria, da Secretaria do Governo; José Carlos Oliveira, do Trabalho; e Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional.

O presidente da Câmara, Arthur Lira, ressaltou que, a partir da promulgação da PEC do Estado de Emergência, o Auxílio Brasil será significativamente ampliado e haverá inclusão de novas famílias cadastradas para receber o benefício. Ele destacou ainda a ampliação do vale-gás e a criação de subsídio para caminhoneiros e taxistas.

*Sobre o piso nacional da enfermagem, Lira afirmou que há lições da pandemia que não podem ser esquecidas. “Transformar esse reconhecimento em medidas concretas de fortalecimento das carreiras da saúde tornou-se assim um dever moral inadiável”, afirmou. Ele destacou que profissionais motivados e qualificados têm melhores condições de atender a demanda da população.

*Estado de emergência

Originada a partir da PEC do Estado de Emergência, a Emenda Constitucional 123 autoriza o governo federal a gastar R$ 41,25 bilhões fora do teto de gastos públicos para aumentar benefícios sociais como o Auxílio Brasil e o vale-gás; conceder ajuda financeira a caminhoneiros e taxistas; ampliar a compra de alimentos para pessoas de baixa renda; e diminuir tributos do etanol. Os gastos são permitidos até dezembro de 2022.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, ressaltou que a emenda vai assegurar a ampliação dos benefícios sociais e "amenizar os nefastos efeitos sociais e econômicos" advindos da inflação observada nos últimos meses.

**Já o presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou que a pandemia de Covid-19 e a guerra entre Rússia e Ucrânia levaram ao aumento da inflação em todo o País e que o Brasil está agindo para retornar a patamares anteriores a 2020.

“A inflação se fez presente não apenas no Brasil, mas no mundo, em especial no tocante a gêneros alimentícios e combustíveis. Buscamos alternativas e, desde o início do ano passado, o governo federal zerou impostos e juntamente com o Parlamento tomamos medidas como um teto de ICMS nos estados. Isso se fará pesar para uma inflação bem menor no próximo ano, ousando dizer que poderemos ter inclusive deflação. É o Brasil voltando à normalidade”, disse Bolsonaro.

Piso da enfermagem

Também promulgada nesta quinta-feira, a Emenda Constitucional 124 autoriza lei federal a criar pisos salariais nacionais para o enfermeiro, o técnico de enfermagem, o auxiliar de enfermagem e a parteira.

O objetivo é evitar questionamentos ao Projeto de Lei 2564/20, que fixa piso salarial nacional de R$ 4.750,00 para enfermeiros; R$ 3.325,00 para técnicos; e R$ 2.375,00 para auxiliares e parteiras. O projeto já foi aprovado pelo Congresso Nacional e ainda não foi enviado à sanção presidencial.

- Após Anitta pedir para Lula legalizar a maconha, Bolsonaro usa bom humor: ‘É o limite dela, né’

Recentemente, cantora declarou apoio ao pré-candidato petista na corrida presidencial e afirmou que irá atuar para que outras lideranças políticas apareçam para as próximas eleições

*O presidente Jair Bolsonaro (PL) esteve em Vitória do Mearim (MA) durante a manhã desta quinta-feira, 14, e comentou sobre a recente manifestação de apoio da cantora Anitta ao seu adversário nas eleições presidenciais, o pré-candidato do Partido dos Trabalhadores, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ao ser questionado pelos repórteres, o mandatário debochou do pedido da funkeira para que o ex-presidente, caso retorne ao poder, libere a maconha. “Vi a Anitta cobrando do Lula, né? ‘Tô te dando o maior apoião. Libera a maconha aí, Lula! É o limite dela, né?'”, disse. Durante sua fala, Bolsonaro mostrou acompanhar os conteúdos publicados pela artista ao afirmar que já enviou um vídeo dela para o ministro da economia, Paulo Guedes. “Cuidado que você vai perder seu emprego”, debochou.

*Influenciadora com mais de 63 milhões de seguidores no Instagram, o mandatário alegou que sua atuação pretende preservar a liberdade da população mais nova. “Que tem uma influência nos jovens [a funkeira], a gente reconhece. E o que eu faço para os jovens da Anitta? Eu tô garantindo a liberdade de vocês. Olha que o candidato da Anitta quer controlar as mídias sociais. E eu tô dando, como sempre, garantindo esta liberdade de vocês nas mídias sociais. Então, vocês podem estar aí ajudando a eleger um cara que quer tirar de vocês a liberdade que você têm”, finalizou.

 

- Bolsonaro intensifica estratégia e vai a um evento evangélico por semana, enquanto esquerda lida com impasse no segmento

Maior frequência do presidente em encontros com fiéis coincide com a melhora de seu desempenho nas pesquisas de intenção de voto nesse estrato

*Pré-candidato à reeleição, o presidente Jair Bolsonaro esteve em média, nos últimos três meses, em um evento evangélico por semana. A maior presença do titular do Palácio do Planalto em cerimônias ou encontros desse segmento religioso coincide com a melhora de seu desempenho nas pesquisas de intenção de voto nesse estrato — um dos únicos em que ele aparece à frente do ex-presidente Lula. O petista, por sua vez, não participou de nenhum ato público com evangélicos este ano. Esse segmento representa 31% da população, segundo pesquisa Datafolha de 2019.

- Justiça absolve Eduardo Cunha em caso do 'tem que manter isso, viu?'

Ex-presidente da Câmara era acusado de tentar obstruir investigações do Ministério Público Federal

*O ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha foi absolvido da acusação de tentar obstruir investigações do Ministério Público Federal no caso que ficou conhecido como "quadrilhão do MDB". A apuração se deu no âmbito de uma gravação em que o então presidente Michel Temer disse a emblemática frase "tem que manter isso, viu?" ao empresário Joesley Batista.

*GRAVANDO

O áudio, que veio à tona em 2017, foi gravado pelo sócio da JBS durante uma conversa com Temer no Palácio do Jaburu. A frase foi dita pelo ex-presidente após Batista mencionar que mantinha boa relação com Cunha. Na época, a fala levantou suspeitas de que o então mandatário chancelou a compra do silêncio do presidente da Câmara.

INOCENTES

A decisão pela absolvição de Eduardo Cunha no caso teve relatoria do desembargador Ney Bello e foi chancelada pela Terceira Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região. A defesa do ex-deputado entrou com pedido de extensão da absolvição concedida a Temer, ocorrida em 2019.

- Dólar, empresas e bolsas: acompanhe ao vivo o mercado

*ANP aprova acordo de R$ 855 mi com a Petrobras para investimentos nacionais

A ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) aprovou, nesta quinta-feira (14), um acordo com a Petrobras que prevê R$ 855,06 milhões em investimentos abrangendo blocos e campos de operação que descumpriram a cláusula de conteúdo local de contratos de exploração e produção de petróleo extintos ou com fases encerradas.

O acordo é o primeiro desde a regulamentação do procedimento pela agência, que entrou em vigor em agosto do ano passado.

Pelo Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) aprovado, a petroleira terá que investir em bens e serviços da indústria nacional, ​com conteúdo local certificado, de modo que o valor total dos investimentos ​supera os valores das multas que seriam aplicadas, disse a ANP em nota.

*Facebook permitirá até 5 perfis ligados a uma conta

A Meta disse nesta quinta-feira (14) que o Facebook está criando maneiras de os usuários terem até cinco perfis, uma grande mudança em relação ao requisito de "nome real" que a empresa mantém desde sua criação.

A mudança no produto "ajudará as pessoas a adaptarem sua experiência com base em interesses e relacionamentos", como publicar diferentes tipos de conteúdo voltados para a família versus amigos, disse Meta em comunicado.

*Repsol é multada em US$ 1,2 milhão por derramamento de petróleo no Peru

O Peru impôs, nesta quinta-feira (14), uma multa de US$ 1,2 milhão à petrolífera espanhola Repsol depois que a empresa descumpriu a determinação de identificar as áreas afetadas pelo derramamento de 12 mil barris de petróleo em sua costa central em 15 de janeiro.

"A Agência de Avaliação e Fiscalização Ambiental [OEFA, na sigla em espanhol] multa a Repsol em 5 milhões de sóis [cerca de US$ 1,2 milhão] por não cumprir com a identificação das áreas afetadas pelo deslocamento dos hidrocarbonetos derramados em 15 de janeiro no mar de Ventanilla", diz um comunicado do órgão vinculado ao Ministério do Meio Ambiente.

Segundo a OEFA, após o deslocamento de hidrocarbonetos nas praias no início do ano, foram iniciados os trabalhos de supervisão, pelo qual ordenou-se "de maneira imediata" à Repsol que procedesse com a identificação das áreas afetadas.

*Michael Klein critica aumento de remuneração da diretoria da Via

O principal acionista e filho do fundador da varejista Via Michael Klein criticou duramente a administração da empresa pelo aumento da remuneração da diretoria em 2022.

Numa carta à assembleia de acionistas que aprovou a proposta, Klein diz que a remuneração de R$ 105 milhões teve aumento injustificado e que "o robusto pacote" não guarda correlação direta com a rentabilidade da companhia nos últimos anos, especialmente se comparada a concorrentes como Magazine Luiza e Americanas.

Apesar da abstenção de Klein e seus veículos de investimento, que detêm 10,2% do capital da companhia, a proposta de remuneração acabou sendo aprovada em assembleia no dia 8 de julho, que teve sua ata divulgada nesta quinta-feira (14).

*Santander espera IPCA menor em 2022, mas sobe projeção para 2023 e passa a ver Selic terminal de 14,25%

O Santander reduziu sua projeção para a alta do IPCA em 2022, na esteira da aprovação de novas reduções de impostos no Brasil, mas espera que o efeito dessas medidas tenha curta duração, o que levou a uma elevação de suas estimativas de inflação para o ano que vem.

Agora, o banco espera que os preços ao consumidor subam 7,9% neste ano, contra projeção anterior de 9,5%.

A revisão vem na esteira da redução de alíquotas de ICMS sobre os setores de combustíveis, gás, energia, comunicações e transporte coletivo, mas o Santander notou em relatório assinado por sua economista-chefe e colunista da Folha, Ana Paula Vescovi, e pelo time macroeconômico para o Brasil que "parte das desonerações tributárias deve ser revertida no próximo ano", o que justifica alta no prognóstico do IPCA de 2023 para 5,7%, de 5,3% antes.

*FMI teve 'encontro inicial muito positivo' com nova ministra da Economia da Argentina, diz porta-voz

O FMI (Fundo Monetário Internacional) teve um "encontro inicial muito positivo" com a nova ministra da Economia da Argentina, Silvina Batakis, disse o porta-voz da instituição nesta quinta-feira (14).

"Espero que nossa equipe na Argentina, inclusive nosso representante residente em Buenos Aires, já esteja se envolvendo com a ministra e sua equipe técnica", afirmou o porta-voz do Fundo, Gerry Rice, em entrevista coletiva.

"Saudamos os esforços para fortalecer os controles de gastos, o cumprimento fiscal e a coordenação da gestão da dívida pública", acrescentou.

*Diretor do Fed vê alta de juros de 0,75 ponto em julho

O diretor do Federal Reserve Christopher Waller disse nesta quinta-feira que apoia outro aumento de 0,75 ponto percentual nos juros na próxima reunião do banco central norte-americano, no final deste mês, mas se inclinaria a favor de um ajuste ainda maior caso dados mostrem que a demanda não está desacelerando rápido o suficiente para esfriar a inflação.

O Fed "está, e deve estar, totalmente focado em reduzir a inflação em direção à nossa meta de 2%", disse Waller em comentários preparados para discurso na Cúpula Econômica de Rocky Mountain, em Victor, Idaho.

"Vou votar por definir a política monetária de uma maneira que reduza a inflação e alcance nossa meta de estabilidade de preços."

- GM e operadora de postos desenvolverão rede de recarga de veículos elétricos nos EUA

A General Motors e a operadora de postos de combustível e conveniência em estradas Pilot disseram nesta quinta-feira (14) que desenvolverão nos Estados Unidos uma rede de 2.000 estações de recarga de baterias de veículos elétricos no país.

As empresas disseram que as estações terão as marcas "Pilot Flying J" e "Ultium Charge 360" e serão abertas a todas as marcas de veículos elétricos. Elas serão instaladas em até 500 postos operados por Pilot e Flying J. As empresas não divulgaram o investimento previsto para o projeto.

"GM e Pilot Company projetaram este programa para combinar investimentos privados com subsídios governamentais e programas de companhias de energia elétrica para ajudar a reduzir temores dos motoristas sobre autonomia das baterias e reduzir significativamente a falta de carregadores de veículos elétricos em trajetos de longa distância", disse Shameek Konar, presidente-executivo da Pilot Company.

quinta-feira, 14 de julho de 2022

Promulgada lei que define o termo "praça" para cobrança do Imposto sobre Produtos Industrializados

Nova lei teve origem em projeto da Câmara dos Deputados

Rovena Rosa/Agência Brasil


Definição deixa claros quais preços serão levados em conta na fixação do IPI

Foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União de sexta-feira (8) a Lei 14.395/22, que define o termo “praça” para efeito de tributação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Pela norma, passa-se a considerar "praça" o município onde está situado o estabelecimento do remetente do produto.

O Projeto de Lei 1559/15, do ex-deputado William Woo (SP), que deu origem à nova lei, foi aprovado pela Câmara em 2018 e pelo Senado neste ano. O texto acabou vetado pelo presidente da República, mas, no último dia 5, o Congresso Nacional derrubou o veto.

Definição
De acordo com o texto da nova lei, “praça” é a cidade onde está situado o estabelecimento remetente — em caso de remessas de mercadorias para outro estabelecimento da mesma empresa ou de terceiros — ou ainda estabelecimento que opere exclusivamente em venda a varejo.

A definição é importante porque deixa claro na lei que os preços praticados nessa cidade é que deverão ser levados em conta na fixação do valor tributável mínimo do IPI.

A Lei do IPI determina que o valor tributável não poderá ser inferior ao preço corrente no mercado atacadista da “praça” da empresa. O objetivo da norma é evitar a manipulação de preços entre esses estabelecimentos para reduzir o valor da operação de saída dos produtos do estabelecimento industrial para o estabelecimento revendedor desses bens, em prejuízo da arrecadação do IPI.

Da Agência Senado
Edição - ND

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Fonte: Agência Câmara de Notícias

Congresso mantém verba para pesquisa e permite doações em período eleitoral

Parlamentares também aprovam medida para permitir a retomada de obras paradas; deputada critica falta de transparência

Carlos Magno/Governo do Rio de Janeiro


Aprovação manteve dotações do fundo de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

O Congresso Nacional aprovou o Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN)  17/22, que muda a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deste ano. Na votação da proposta, os deputados excluíram do texto, por 197 votos contra 187, dispositivo que permitia a transferência de dotações do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) para outras despesas. Em outro ponto polêmico, o texto aprovado permitiu doações dentro do período eleitoral.

Pesquisa
O líder do governo, senador Eduardo Gomes (PL-TO), havia prometido recompor os recursos do FNDCT, caso o PLN 17/22 autorizasse sua redução. No entanto, parlamentares de vários partidos se posicionaram contra a retirada da verba para pesquisa.

A deputada Erika Kokay (PT-DF) acusou o governo de não cumprir acordos anteriores de recomposição de recursos da educação. O deputado Kim Kataguiri (União-SP) afirmou que editais abertos pelo FNDCT poderiam ser prejudicados. "Temos que garantir os recursos do FNDCT agora. Não há como o País sair da crise sem investir em ciência, conhecimento e aumento da produtividade. Nunca vamos estar entre os países mais desenvolvidos se não levarmos a pesquisa a sério", declarou Kim Kataguiri.

Doações onerosas
O substitutivo do relator, deputado Carlos Henrique Gaguim (União-TO), incluiu dispositivo para permitir doações de bens, valores ou benefícios para entidades privadas ou públicas dentro do período restrito pela legislação eleitoral, desde que as doações representem encargo para o donatário.

O senador Jean Paul Prates (PT-RN) afirmou que as doações seriam proibidas pela legislação eleitoral. O deputado Hildo Rocha (MDB-MA) rebateu que a legislação eleitoral estaria errada e observou que prefeituras também poderiam ser beneficiadas com a doação de ambulâncias oferecidas por governos estaduais.

A deputada Adriana Ventura (Novo-SP) considera as doações a entidades privadas uma aberração. "Estamos em ano eleitoral e temos que cumprir as regras", disse. Carlos Henrique Gaguim defendeu as doações no período eleitoral. "São materiais que estão depreciando e podem chegar na ponta para quem precisa", afirmou.

Empenho
O PLN 17/22 também permite mudar o credor da nota de empenho, durante os procedimentos contábeis relacionados à execução de restos a pagar não processados. Atualmente, no caso de impossibilidade de pagar um credor, é necessário cancelar a nota de empenho e emitir uma nova com o nome do outro credor.

"A medida vai dar celeridade e permitir retomar 28 mil obras paradas", afirmou o deputado Carlos Henrique Gaguim. No entanto, a deputada Adriana Ventura criticou a mudança por avaliar que vai prejudicar a transparência. "Vamos tratar o orçamento com respeito, e não fazer esta lambança. Não podemos permitir que os restos a pagar sejam alterados. A gente não vai saber qual vai ser o credor", alertou.

Reportagem – Francisco Brandão
Edição – Roberto Seabra

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Fonte: Agência Câmara de Notícias

CCJ aprova criação do Dia Nacional da Doença de Huntington

Trata-se de uma doença hereditária rara, neurodegenerativa, que afeta homens e mulheres; primeiros sintomas costumam aparecer na faixa dos 30 aos 50 anos

Billy Boss/Câmara dos Deputados


Maria do Rosário: criação da data pode tirar doença da invisibilidade

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (12), o Projeto de Lei 5060/13, da deputada Erika Kokay (PT-DF), que cria o Dia Nacional da Doença de Huntington. 

A relatora na CCJ, deputada Maria do Rosário (PT-RS), apresentou parecer pela aprovação da proposta e da emenda da Comissão de Seguridade Social e Família, que mudou a data: no texto original era 15 de setembro, mas foi alterada para 27 de setembro para coincidir com a data de criação da Associação Brasil Huntington (ABH). 

A proposta tramita em caráter conclusivo e, portanto, poderá seguir para a análise do Senado, a menos que haja recurso para votação, antes, pelo Plenário. 

De acordo com o texto aprovado, são objetivos do Dia Nacional da Doença de Huntington estimular a pesquisa e a difusão dos avanços técnico-científicos relativos à doença de Huntington; apoiar as atividades organizadas e desenvolvidas pela sociedade civil em prol dos portadores da enfermidade; estimular ações de informação e conscientização relacionadas à doença; e promover debates e outros eventos sobre as políticas públicas de atenção integral aos portadores de Huntington. 

Eliminar preconceitos
De acordo com Maria do Rosário, a criação do dia nacional ajudará a eliminar preconceitos. “A instituição do Dia Nacional da Doença de Huntington servirá de marco fundamental sobre a doença, seja para alertar, conscientizar, estimular a pesquisa, apoiar as organizações que atuam nessa área e aperfeiçoar as políticas de saúde", afirma a parlamentar. Segundo ela, a criação da data “se tornará um instrumento para retirar a doença da invisibilidade, o que certamente contribuirá para vencer preconceitos e melhorar a qualidade de vida de quem sofre com a doença.” 

De acordo com a ABH, a Doença de Huntington é uma doença hereditária rara, neurodegenerativa, que afeta o sistema nervoso central, causando alterações dos movimentos, do comportamento e da capacidade cognitiva. A enfermidade atinge homens e mulheres de todas as raças e grupos étnicos e os primeiros sintomas costumam aparecer, principalmente, na faixa dos 30 aos 50 anos de idade. A doença é fatal e se desenvolve gradualmente, com duração média de 15 a 20 anos.

A Doença de Huntington, ainda de acordo com dados da associação, afeta até 1 em cada 10.000 pessoas na maioria dos países europeus. Não existem estatísticas oficiais no Brasil, mas estima-se que sejam de 13.000 a 19.000 portadores do gene e de 65.000 a 95.000 pessoas em risco.

Reportagem - Paula Bittar
Edição - Ana Chalub

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Fonte: Agência Câmara de Notícias

CCJ aprova criação de política para conscientizar população sobre doação de órgãos

Proposta também objetiva o aprimoramento do sistema nacional de transplantes e a formação continuada de profissionais de saúde e da educação sobre o tema

Billy Boss/Câmara dos Deputados


Feliciano recomendou aprovação do substitutivo

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (12), proposta que cria uma política nacional para conscientizar a população sobre a importância da doação de órgãos e tecidos, com o objetivo de contribuir para o aumento no número de doadores.

O relator da matéria na CCJ, deputado Pr. Marco Feliciano (PL-SP), apresentou parecer favorável a substitutivo da Comissão de Seguridade Social e Família ao Projeto de Lei 2839/19, do deputado Ricardo Izar (Republicanos-SP). O texto tramita em caráter conclusivo e poderá seguir ao Senado, a menos que haja recurso para votação, antes, pelo Plenário.

Ele ressalta que o objetivo da proposta é salvar vidas. Feliciano cita dados do Registro Brasileiro de Transplantes, segundo o qual  mais de 33 mil pessoas ocupavam a fila de espera por um órgão em 2018, sendo que 2.851 morreram sem receber a doação — uma média aproximada de 8 pessoas por dia.

“Em 2018, nós tivemos quase 3 mil brasileiros que perderam suas vidas por falta de pessoas que pudessem estar ali doando órgãos. Quem doa órgãos, doa vida. É um projeto socioeducativo, é uma política pública que vai trazer a todas as nossas universidades, faculdades, escolas, a conscientização de que seres humanos precisam amar seres humanos”, ressaltou.

O autor do projeto, deputado Ricardo Izar, destacou que um doador tem o potencial de salvar até oito vidas, e que a proposta foi apresentada em homenagem a Tatiane Penhalosa, que morreu em 2019 depois de esperar por um transplante de coração. Sua morte mobilizou as redes sociais, em campanha pela aprovação do projeto.

“Esse projeto de lei carrega nas campanhas nas redes sociais o nome de 'Lei Tatiane'. Tatiane Penhalosa foi uma menina de 32 anos que esperou dois anos na fila de espera por um transplante de coração que não veio, porque 5.500 famílias disseram não, por falta de consciência, por falta de conscientização e de educação. Um doador pode salvar até oito vidas. Ser doador é um ato de amor.”

Proposta original
A proposta original criava o Programa de Ensino e Conscientização sobre Doação e Transplante de Órgãos e Tecidos, que faria parte da grade curricular de instituições de ensino de todo o País.

Relatora na Comissão de Seguridade Social, a deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC) substituiu o programa pela Política Nacional de Conscientização e Incentivo à Doação e Transplante de Órgãos e Tecidos, voltada a toda a população. Ela ressaltou que o Congresso Nacional não pode criar por lei disciplinas e conteúdos curriculares, tarefa que cabe às instituições de ensino.

Pela proposta aprovada, a política será implementada pela União e pelos estados, municípios e Distrito Federal. Entre os seus objetivos, além da conscientização da população, estão o aprimoramento do sistema nacional de transplantes e a formação continuada de profissionais de saúde e da educação sobre o tema dos transplantes e doações de órgãos.

Entre as estratégias da política estão a realização de campanhas publicitárias e atividades nas escolas, e distribuição de material didático escolar.

Reportagem - Paula Bittar
Edição - Ana Chalub

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Fonte: Agência Câmara de Notícias

Clínicas de diálise relatam preços de soro fisiológico três vezes maiores que o máximo permitido

Indústria relata que preços de embalagens plásticas subiram 190% desde 2019

Billy Boss/Câmara dos Deputados


Romilson: foram identificados problemas de custos em apenas seis medicamentos

Os representantes de clínicas de diálise reclamaram aos deputados da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara de preços de soro fisiológico três vezes maiores que o máximo permitido pelo governo. O presidente da Associação dos Centros de Nefrologia de Santa Catarina, Tarcísio Steffen, disse que o preço saiu de R$ 4 em outubro do ano passado para R$ 22 em abril deste ano, chegando a mais de R$ 30 em cotações recentes.

Steffen contou que a falta do soro, usado principalmente para lavagem dos equipamentos, tem feito com que as clínicas comecem a diluir cloreto de potássio em água destilada.

“Nós estamos voltando aí em uma prática de 20 anos atrás num ambiente que não é controlado. Gera insegurança para o paciente e para nós que trabalhamos no dia-a-dia, que já temos vários riscos, que tivemos vários problemas na pandemia, e essa situação acaba agravando”, disse. Tarcísio Steffen lembrou que os pacientes precisam fazer hemodiálise três vezes por semana para poderem sobreviver.

Já o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Soluções Parenterais, André Ignácio, disse que a indústria não identificou problemas de abastecimento e que os preços acima do máximo devem ser denunciados.

Ele afirmou ainda que os custos de produção aumentaram, principalmente as embalagens plásticas, um produto derivado de petróleo; mas explicou que o preço máximo permitido hoje ainda cobre as despesas. Segundo ele, o preço da embalagem, que é o maior custo da indústria, subiu 190% de 2019 para cá.

Transparência
O secretário-executivo da Câmara de Regulação de Mercado de Medicamentos,  Romilson Volotão, explicou que foi feito um estudo com 862 apresentações de medicamentos e que foram identificados problemas de custos em apenas 6. Para estes produtos, os preços foram liberados até o final do ano. A Câmara de Regulação faz parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Para Yussif Mere Junior, presidente da Associação Brasileira dos Centros de Diálise e Transplantes, está faltando transparência, porque o problema existe e ninguém sabe a causa:

“O que falar de um mercado como esse? Nós temos regulação de mercado ou não? Nós precisamos de atuação”, afirmou.

Romilson Volotão se comprometeu a investigar com rigor as denúncias de sobrepreço que já foram formalizadas pelas clínicas à Anvisa.

Billy Boss/Câmara dos Deputados

Carmen Zanotto: faltam dipirona, antibióticos e contraste para exames

Falta de insumos
A deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC) disse que também está ocorrendo falta de produtos como dipirona, antibióticos e contraste para exames:

“Pouco se fala sobre a falta dos contrastes. E, repito, nós estamos falando de cateterismo cardíaco. Nós estamos falando de analgésico e de antitérmico, que é a dipirona. Nós estamos falando - graças a Deus teve reabastecimento pelo Ministério da Saúde – de imunoglobulina humana. Mas passamos aí momentos de muita apreensão e angústia com pacientes com tratamentos interrompidos por falta deste insumo”, disse a deputada.

Imposto zerado
A diretora do Departamento de Assistência Farmacêutica do Ministério da Saúde, Ediane Bastos, afirmou que o governo também tem enfrentado problemas nas suas compras de medicamentos e que a situação está sendo monitorada. Ela disse que alguns produtos tiveram o imposto de importação zerados, entre eles as embalagens de soro fisiológico.

Reportagem – Sílvia Mugnatto
Edição – Roberto Seabra

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Fonte: Agência Câmara de Notícias

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