Ana Paula Blower (AgênciaFiocruz de Notícias)
A Fiocruz e o Instituto
Servier assinaram (23/11) um memorando de entendimento que estabelece as bases
para a cooperação técnica para a realização da 2ª edição do Prêmio
Internacional Fiocruz/Servier, sendo o primeiro no campo da oncologia. No
total, serão destinados 150 mil euros (cerca de R$ 840 mil) para três projetos
de pesquisas inovadores voltados para o tratamento do câncer. A previsão é de
que o edital seja lançado até o final de janeiro de 2023.
O prêmio, que é mais uma
parceria entre a Fundação e o instituto francês, tem o objetivo de promover e
incentivar a pesquisa, estimulando trabalhos que foquem no desenvolvimento de
terapias para o benefício dos pacientes com câncer. O valor será destinado aos
projetos selecionados para colaborar com o seu desenvolvimento ao longo de dois
anos. A Sociedade Brasileira de Oncologia (SBOC) e o Instituto Nacional de
Câncer (Inca) farão parte do processo de seleção dos vencedores.
O memorando foi assinado pelo
vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Marco Krieger, e
pelo vice-presidente global de Pesquisa e Desenvolvimento do Instituto Servier,
Claude Bertrand. Uma delegação da Fundação e da instituição francesa acompanhou
a cerimônia de assinatura, com a participação do diretor geral da Servier do
Brasil, Mathieu Fitoussi, e de profissionais da área de Pesquisa.
Reforço de parcerias
Na ocasião, Krieger fez uma
apresentação da Fiocruz, expondo a complexidade de operações e de atuação da
Fundação no sistema público de saúde brasileiro, da pesquisa básica até a
produção de medicamentos e vacinas e o atendimento a pacientes em hospitais.
Ele também destacou o histórico da cooperação entre a Servier e a Fiocruz e as
perspectivas de avanço em parcerias estratégicas, como a expansão da parceria
com o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) para a
produção do medicamento Vastarel 80 para os novos medicamentos desenvolvidos em
micropellets. Outra ampliação de parceria tem relação com a Open
Innovation/TT da Pegaspargase, feita com o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos
(Bio-Manguinhos/Fiocruz). Trata-se de uma transferencia de tecnologia por
meio de Inovação Aberta, ou seja a Fiocruz terá acesso ao portfólio de inovação
da Servier, podendo participar das iniciativas.
“Com esse prêmio que vamos
lançar, poderemos apoiar projetos iniciais não só na Fiocruz, mas em toda a
área da oncologia, compreendendo todo o sistema de ciência, tecnologia e
inovação brasileiro”, afirmou Krieger durante a cerimônia, ressaltando a
parceria de mais de dez anos com a Servier: “Com mais esse projeto, formamos
com a Servier um guarda-chuva muito importante de ações para a Fiocruz e para a
sociedade brasileira”.
Diretor geral da Servier do
Brasil, Mathieu Fitoussi também ressaltou as parcerias já em curso com a
Fundação e as perspectivas da Servier Brasil para a cooperação, destacando a
importância de seguirem ampliando e aprofundando os projetos. “A cooperação
entre a Fiocruz e a Servier é especial. Há vários pontos de conexão entre as
instituições. São duas fundações comprometidas com a melhoria da assistência
médica e com a excelência em pesquisa. A presença desta comitiva é uma
demonstração da importância da nossa parceria com a Fiocruz”, apontou o
diretor.
Memorando foi assinado pelo vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Marco Krieger, e pelo vice-presidente global de Pesquisa e Desenvolvimento do Instituto Servier, Claude Bertrand (foto: Peter Ilicciev)
Em sua fala, Claude Bertrand
deu uma breve visão institucional das atividades de pesquisa e parcerias da
Servier no mundo e ressaltou que os beneficiários da instituição são os
“pacientes”. “Nós estamos sempre em busca de excelência em pesquisa e, por
isso, estamos aqui. É importante construir uma parceria de longo prazo e nós
trabalhamos há muitos anos com a Fiocruz com os parâmetros da confiança e de
competência de alto nível nos dois lados”, destacou. “Vamos ampliar nossos
esforços na área da oncologia e, por isso, estamos realizando esse prêmio, que
é parte da nossa missão de promover educação”.
Bertrand agradeceu ainda “pelo
que foi feito no passado, pelos avanços construídos hoje e pelas futuras
colaborações” entre a Servier e a Fiocruz em prol dos “pacientes ao redor do
mundo que aguardam soluções terapêuticas melhores”.
Primeira edição do Prêmio
Fiocruz/Servier
Em 2018, foi realizada a primeira edição do Prêmio Fiocruz/Servier, voltado para pesquisa em neurociência. Os vencedores foram Stevens Rehen, do Instituto D’Or e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na categoria Neurociência e infecção por vírus zika, e Flávia Gomes, da UFRJ, na categoria Neuroinflamação e distúrbios de neurodesenvolvimento.
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