Publicado em 03/01/2023 -12:32 Por Karine Melo - Repórter da Agência Brasil - Brasília
O novo ministro do
Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, reafirmou hoje (3), em
cerimônia para assumir o cargo, o compromisso do governo com a erradicação
da fome no país.
"Hoje, nós iniciamos esse
desafio de erradicar a fome e dar condições mais dignas de vida ao povo que
vive no campo. Nesse sentido, queremos resgatar o papel do Estado brasileiro,
que através deste e de outros ministérios, deve promover o acesso à
terra", disse.
O ministro ressaltou compromisso
com os povos do campo, da floresta e
das águas, com remanescentes de quilombos,
povos tradicionais e ribeirinhos. “Nenhum país pode se considerar
moderno, civilizado e desenvolvido tendo 33 milhões de brasileiros vivendo em
grave insegurança alimentar e mais 100 milhões de brasileiros vivendo
dentro da insegurança alimentar”, disse.
Outra preocupação ressaltada
por Paulo Teixeira foi o meio ambiente. Segundo ele, em parceria com
outros ministérios, pretende recriar de áreas de proteção ambiental, áreas de florestas e
dar maior produtividade as áreas agricultáveis. Para o
ministro, o campo, deve evitar na humanidade
um desastre ambiental ecológico que é o desastre
climático. Nesse sentido, pretende fazer com que a pequena
agricultura, esteja sempre voltada para recuperação do meio
ambiente e de nascentes.
O vice-presidente da
República, Geraldo Alckmin, participou do início da cerimônia e ao
discursar ressaltou a importância da pasta . “Do ponto de vista
econômico, é gerador de riqueza e alimento. Do ponto de vista ambiental,
sustentabilidade. É um compromisso de combate às mudanças climáticas, à
agroecologia. Tem importância social, econômica e de sustentabilidade“, disse.
Perfil
Nascido Águas da Prata,
no interior de São Paulo, Paulo Teixeira, 61 anos, cursou direito na
Universidade de São Paulo e obteve o título de mestre em direito constitucional
pela mesma instituição. Ingressou no Partido dos Trabalhadores ainda
jovem, em 1980. Durante a transição, integrou o grupo técnico de Justiça e
Segurança Pública e trabalhou pela aprovação da PEC da
Transição, que abre espaço no teto de gastos para o cumprimento de
propostas para o pagamento do Bolsa Família no valor de R$ 600 e o
adicional de R$ 150 para famílias com crianças de até seis anos.
Foi eleito deputado
estadual por São Paulo em 1994 e reeleito no pleito seguinte. Em
2001, foi nomeado secretário de Habitação e Desenvolvimento Urbano, cargo que
exerceu até 2004, durante o mandato de Marta Suplicy na prefeitura da capital
paulista. O primeiro mandato como deputado federal veio em 2007
e nas últimas eleições foi reeleito para o quinto mandato consecutivo na
Casa. Como deputado federal, foi um dos autores das propostas que
resultaram em leis como a do Vale-Gás e Aldir Blanc que dá incentivos
para artistas e trabalhadores do setor cultural.
Edição: Maria Claudia
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