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sábado, 5 de novembro de 2016

OMS publica novas diretrizes para acabar com infecções cirúrgicas

Atualmente, em países de baixa e média renda, 11% dos pacientes que passam por cirurgias são infectados no procedimento. Nos Estados Unidos, complicações operatórias causadas por microrganismos geram custos adicionais de 900 milhões de dólares por ano. Conjunto de 29 novas recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) é primeiro guia global com indicações para prevenir e acabar com o problema.

Novas diretrizes da OMS buscam acabar com infecções contraídas na mesa de cirurgia. 

Pessoas que se preparam para cirurgias devem sempre tomar banho, mas não serem depiladas, e antibióticos só devem ser usados para prevenir infecções antes e durante o procedimento, não depois. As recomendações fazem parte das novas orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para prevenir complicações operatórias causadas por microrganismos. Diretrizes foram divulgadas na quinta-feira (3) no The Lancet Infectious Diseases.

Atualmente, em países de baixa e média renda, 11% dos pacientes que passam por cirurgias são infectados no procedimento. Na África, até 20% das mulheres submetidas a cesáreas contraem infecção na ferida — o que compromete a própria saúde e também sua habilidade de cuidar dos bebês.

O documento publicado nesta semana reúne 29 diretrizes — elaboradas por 20 dos principais especialistas globais e a partir de 26 revisões de evidências científicas — para evitar complicações ligadas a agentes patogênicos.

Mais cedo ou mais tarde, muitos de nós precisarão de cirurgia, mas nenhum de nós quer pegar uma infecção na mesa de operação.

A OMS esclarece que as infecções cirúrgicas são causadas por bactérias que penetram no corpo através de incisões feitas durante operações. Elas colocam a vida de milhões de pacientes em risco a cada ano e contribuem para aumentar a resistência de microrganismos a antibióticos.

O problema não afeta apenas os países mais pobres. Nos Estados Unidos, estudos indicam que infecções cirúrgicas levam pacientes a passar 400 mil dias a mais no hospital. O custo desse tempo de permanência adicional é calculado em 900 milhões de dólares por ano.

“Ninguém deveria ficar doente enquanto procura ou recebe cuidados”, ressaltou a diretora-geral assistente para sistemas de saúde e inovação da OMS, Marie-Paule Kieny.

Prevenindo infecções antes, durante e depois da cirurgia

A lista divulgada pela OMS contém 13 recomendações para o período pré-cirúrgico e outras 16 para prevenir infecções durante e depois do procedimento. 

As orientações vão desde simples precauções, como assegurar que os pacientes tomem banho antes da cirurgia e a melhor maneira de higienizar as mãos para as equipes cirúrgicas, até indicações sobre quando usar antibióticos para prevenir infecções, quais desinfetantes utilizar antes da incisão e quais suturas são mais adequadas.

Um estudo-piloto em quatro países africanos mostrou que a aplicação de algumas das novas recomendações poderia reduzir as infecções cirúrgicas em 39%. Medidas também seriam capazes de diminuir os danos das eventuais complicações provocadas por bactérias.

“Mais cedo ou mais tarde, muitos de nós precisarão de cirurgia, mas nenhum de nós quer pegar uma infecção na mesa de operação”, explicou o diretor do Departamento de Prestação de Serviços e Segurança da OMS, Ed Kelley.

“Aplicando essas novas diretrizes, as equipes cirúrgicas podem reduzir danos, melhorar a qualidade de vida e fazer a sua parte para acabar com a resistência a antibióticos. Nós também recomendamos que os pacientes que se preparam para cirurgias perguntem a seus médicos se eles estão seguindo as orientações da OMS.”

Até o momento, não havia diretrizes internacionais baseadas em evidências e a interpretação de dados científicos, bem como as recomendações das orientações nacionais não eram uniformes.
As novas diretrizes da OMS são válidas para qualquer país, adaptáveis a circunstâncias locais, e levam em conta a consistência das evidências das pesquisas utilzadas. Custos, recursos necessários e as preferências dos pacientes também são levados em conta.

Resistência a antibióticos

As diretrizes recomendam o uso de antibióticos apenas antes e durante a cirurgia — medida considerada crucial pela OMS para interromper a propagação da resistência a esses medicamentos. Ao contrário do habitual, antibióticos não devem ser usados após a cirurgia, recomenda a agência de saúde das Nações Unidas.
Antibióticos são drogas medicinais consumidas para prevenir e tratar infecções bacterianas. A resistência ocorre quando a bactéria se modifica em resposta ao uso desses medicamentos. É um processo que transcorre naturalmente, com o tempo. Entretanto, a utilização inapropriada em humanos e animais pode acelerar as transformações dos microrganismos.

A OMS alerta que isso colocar em risco diferentes conquistas da medicina moderna. Sem antibióticos eficazes para impedir e curar infecções, transplantes de órgãos, quimioterapia e cirurgias como cesárea e próteses do quadril se tornam muito mais perigosas e podem aumentar o tempo de internação no hospital, os custos médicos e a mortalidade.

Acesse as diretrizes aqui (em inglês).
Foto: Flickr (CC) / Army Medicine / John Chew



BM Watson, ajuda a diagnosticar doenças raras

No âmbito de um projeto único que está prestes a começar na Alemanha, será usado um "computador cognitivo" conhecido como   IBM Watson, para ajudar a diagnosticar doenças raras.

O projeto piloto, no Centro de Doenças Raras e Não Diagnosticadas  Rhön-Klinikum Ag , localizado no Hospital Universitário de Marburgo, contará com cientistas e autores médicos e técnicos do hospital e da IBM trabalhando juntos para desenvolver um sistema de assistência cognitiva para doenças raras.

No âmbito do projeto piloto, quando os pacientes chegarem nas instalações, eles se depararão com um questionário digital desenvolvido pela equipe médica em Marburgo. Este questionário tornará os dados anônimos e os enviará para a interface do programa de aplicação do Watson na nuvem da IBM, de onde serão extraídas informações relevantes para os médicos.

"Usando computação cognitiva, estamos criando uma lista de hipóteses, incluindo suas fontes, que iremos posteriormente apresentar aos médicos para um diagnóstico final orientado pelos dados", afirmou o Dr. Matthias Reumann da IBM Research. "Se um resultado laboratorial estiver ligeiramente fora do intervalo normal, o Watson poderá assinalá-lo para investigação adicional."

O sistema não só será usado no diagnóstico de doenças, como também será incorporado de modo a apoiar o processo de admissão e encaminhamento de pacientes.

Referências
IBM. Rhön-Klinikum Hospitals to Study How IBM Watson Can Support Doctors in the Diagnosis of Rare Diseases. IBM. 2016 October 18 [Cited 2016 October 19] Available from: http://www-03.ibm.com/press/us/en/pressrelease/50803.wss


Custos com tratamento de AVC crescem 27,41% em um ano

Um estudo da Orizon constatou que o tratamento de Acidente Vascular Cerebral, o AVC ou derrame, encareceu 27,41% em um ano, na rede privada de saúde. A empresa analisou os dados de 10.130 beneficiários, que entre os anos de 2014 e 2015 usaram o plano de saúde por conta da doença.

O tempo médio de internação por beneficiário foi de 22 dias. “Do total de 10.130 vítimas de AVC, 5.910, ou seja, 58,34%, foram internados alguma vez no decorrer dos dois anos analisados”, afirma o revela o pesquisador da Orizon, Bruno Luiz de Carvalho.

O Acidente Vascular Cerebral é a segunda principal causa de morte no mundo de indivíduos acima de 60 anos de idade. A principal causa do derrame é a hipertensão arterial não tratada de forma correta. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, o Brasil tem 47,5 milhões de hipertensos e somente 19,6% estão com os valores pressóricos adequadamente controlados. A hipertensão é responsável por 63 mil mortes anuais em decorrência dos AVCs.

Ainda de acordo com o estudo, Bahia e Distrito Federal apresentam a maior quantidade de eventos relacionados ao AVC no Brasil, com 52 e 51 beneficiários a cada 10.000, respectivamente. São Paulo tem 19 beneficiários por 10.000 e Rio de Janeiro registra 17 por 10.000.

Por Doc Press Comunicação - Camila Brauer


Condenados por uso ou tráfico de drogas poderão ser obrigados a indenizar SUS

Proposta altera Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas

A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado aprova proposta que estabelece que o juiz deverá, em condenações relacionadas ao uso ou tráfico de drogas, fixar um valor mínimo para a reparação dos danos causados à saúde pública. O projeto de lei (nº 4947/2016) do deputado Delegado Waldir, do PR de Goiás, determina que o valor estipulado na sentença deve variar de dois a dois mil salários mínimos, e deve ser depositado pelo condenado em conta destinada ao Sistema Único de Saúde (SUS). A proposta altera a lei do Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (Lei 11.343/2006 - Sisnad). A legislação traz uma série de dispositivos sobre a utilização de serviços de saúde pública para o tratamento dos usuários de drogas.

O relator da Comissão de Segurança Pública, deputado Ezequiel Teixeira, do PTN do Rio de Janeiro, afirmou que o gasto do país com o combate ao tráfico de drogas deve ser recompensado.

"O Estado tem que combater a prática do tráfico. O Estado é chamado para chegar junto com as custas processuais, com a manutenção do preço, com o tratamento de saúde dos dependentes. Somando tudo, hoje, o Brasil, gasta anualmente em torno de 5 bilhões. Olha o prejuízo que o tráfico traz para a sociedade e para uma nação".

Ezequiel Teixeira afirmou que a saúde do Brasil melhoraria com mais recursos destinados ao SUS.

"Vai ter mais recursos, vamos ter um atendimento melhor porque o atendimento é precário, na realidade, a saúde no Brasil está doente. Então, na realidade, se você tem mais recursos, você tem mais objetividade, profissionais mais qualificados, enfim, abre-se um leque tremendo. Eu creio que esse projeto de lei foi muito específico e feliz".
O projeto segue agora para a Comissão de Constituição e Justiça.

Reportagem - Clara Sasse


Ministro confirma MP que pode aumentar preço de medicamentos emergenciais

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, confirmou hoje (4), em São Paulo, que o governo está elaborando medida provisória (MP) para permitir que, em casos emergenciais como calamidades e epidemias, os preços dos medicamentos sejam elevados. 

Atualmente, os aumentos são impedidos por lei, que autoriza apenas o reajuste compatível com a inflação. De acordo com Barros, a medida está sendo tomada principalmente devido aos aumentos dos casos de sífilis no país, já que o medicamento utilizado no tratamento da doença, a penicilina benzatina, é importado e o governo não tem conseguido comprar quantidades suficientes.

“O governo prepara uma solução para o abastecimento de medicamentos, que são fundamentais no caso de uma epidemia de sífilis no Brasil por falta de penicilina. Então, precisamos viabilizar economicamente a produção para atender as pessoas. É isso que será feito. Já há uma deliberação sobre isso, que é a que trata da fixação de preços para novos produtos no Brasil, e nós faremos, a partir da flexibilização desses produtos, que precisam estar no mercado para evitar epidemias”, afirmou após participar de reunião na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

O ministro disse ainda que o governo está trabalhando para agilizar as Parcerias de Desenvolvimento Produtivo (PDPs) para produção de medicamentos similares e que já houve reunião com os órgãos competentes. “Nós deliberamos todos os recursos e pendências que haviam. E aqueles parceiros que foram escolhidos, públicos e privados, nacionais e estrangeiros, que detém tecnologias, estão com as parcerias autorizadas. Esperamos um investimento de R$ 6,4 bilhões, a partir de agora, para os próximos dois anos, com a geração de 7,4 mil de empregos nessa área sendo 350 pesquisadores”.

Barros lembrou que dia 25 será o Dia Nacional de Combate ao Mosquito Aedes aegypti, mas que a campanha terá início no dia 20 com a divulgação de peças publicitárias chamando a população a colaborar com a eliminação do mosquito. “Todas as sextas-feiras, durante todo o Verão e o período de maior proliferação do mosquito, haverá ações e combate ao mosquito, conscientização dos alunos nas escolas, empresas. O combate ao mosquito é a única forma de evitarmos mais crise e desgaste com a denque, zika vírus e chikungunya”.

Sobre o Plano de Saúde Popular, o ministro ressaltou que houve uma reunião na última segunda-feira e as propostas iniciais foram colocadas em pauta. O Plano de Saúde Popular foi criado pelo governo para permitir acessibilidade à saúde suplementar com preços mais acessíveis.

Segundo o secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Francisco de Assis Figueiredo, já ocorreram quatro reuniões e as propostas saíram de um consenso das diversas instituições. “Todas ficaram de retornar com um novo plano de ação que será apresentado daqui a 15 dias”.

Agência Brasil, foto arquivo 


CCT ouvirá universidades sobre incentivos ao desenvolvimento científico e tecnológico

Dirigentes de cinco universidades públicas, uma de cada região do país, analisam na terça-feira (8) a aplicação de recursos para o desenvolvimento científico e tecnológico. Será o quarto debate sobre o tema promovido este ano pela Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT).

A comissão avalia a efetividade da aplicação dos recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e do Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel).

Já falaram aos senadores representantes de centros de pesquisa, de órgãos de fiscalização, de agências de desenvolvimento da indústria e das empresas. Agora é a vez de a academia relatar avanços e dificuldades na realização de pesquisas e na geração de conhecimento científico e tecnológico.

Foram convidados José Eduardo Krieger, da Universidade de São Paulo (USP); Rui Vicente Oppermann, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); Antônio Queiroz, da Universidade Federal da Bahia (UFBA); Rômulo Simões Angélica, da Universidade Federal do Pará (UFPA); e Jaime Martins de Santana, da Universidade de Brasília (UnB).

Responsável por propor o tema para avaliação na CCT, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) quer saber se os fundos setoriais, criados na década de 1990, têm sido fontes estáveis de recursos para as atividades científicas e se têm contribuído para a estruturação da pesquisa no país.

Dificuldades
Os recursos dos fundos setoriais têm crescido, mas parte deles tem sido desviada para a manutenção dos órgãos do setor, como o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. O problema foi revelado aos senadores nos debates anteriores promovidos pela comissão.
O contingenciamento de recursos foi outro problema apontado pelos debatedores. Dirigentes de centros de pesquisa afirmam que o corte de verbas e a descontinuidade dos projetos de pesquisas têm feito com que muitos pesquisadores deixem o país.

Para 2017, a previsão é de contingenciamento de 55% dos recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. A arrecadação deverá chegar a R$ 5,2 bilhões, mas R$ 2,9 bilhões não deverão ser efetivamente gastos.

A indústria cobra maior aplicação de recursos em projetos com abrangência nacional e em conexão com esforços de inovação do setor empresarial, criticando os aportes em projetos pequenos, quase sempre ligados às universidades.

O debate na CCT começa às 8h45, na sala 9 da Ala Alexandre Costa, no Senado.

COMO ACOMPANHAR E PARTICIPAR
Portal e-Cidadania:
www.senado.gov.br/ecidadania
Alô Senado (0800-612211) 
Agência Senado


Seminário do Senado sobre a primeira infância e os desafios do milênio - inscrições abertas

Estão abertas as inscrições para o seminário que o Senado promoverá, de 22 a 24 de novembro, durante a 9ª Semana de Valorização da Primeira Infância. O encontro, aberto ao público, reunirá especialistas e estudiosos para discutir "A primeira infância e os desafios do milênio". Os interessados podem se inscrever na página do evento.

A programação inclui debates sobre novas constituições familiares; presença maciça de tecnologia no cotidiano infantil; importância da educação na transmissão de costumes e ideias entre gerações; e consequências da separação dos pais.

Entre os palestrantes estarão o psicanalista francês Alain Ducousso-Lacaze, professor de Psicopatologia Clínica na Universidade de Poitiers; o médico Antônio Márcio Lisboa, membro da Sociedade Brasileira de Pediatria e professor titular de pediatria da Universidade de Brasília (UnB); Dafne Herrero, doutoranda em Ciências da Saúde pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP) e com atuação nas áreas de fisioterapia neonatal e pediátrica, desenvolvimento infantil e inclusão escolar; e a psicóloga Drina Candilis, ex-professora da Universidades de Amiens e de Denis-Diderot (Paris VII), na França.

O debate é organizado pela Comissão de Valorização da Primeira Infância e Cultura da Paz do Senado, que completará dez anos de ações com mais essa edição da Semana. A série de palestras tem como público-alvo representantes dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, além de pedagogos, educadores, profissionais da saúde e outras pessoas interessadas no tema.

Agência Senado, Antonio Thomás Koenigkam Oliveira/Flickr


Comissão de Educação vota projeto que beneficia jovens com deficiência


A Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), deve votar, na terça-feira (8), proposta que obriga os sistemas de ensino a desenvolver e implantar projetos de atendimento educacional de jovens e adultos com deficiência.

O Projeto de Lei do Senado 208/2016, do senador Romário (PSB-RJ), modifica a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/1996). Os projetos voltados ao atendimento de pessoas com deficiência seriam desenvolvidos em parceria com a família e por meio da articulação intersetorial entre órgãos e políticas públicas de saúde, assistência social e de direitos humanos.

O relator, senador Paulo Paim (PT-RS), observa que o Plano Nacional de Educação já estabelece importantes estratégias para inclusão de jovens e adultos com deficiência em ambientes educacionais. O PNE, no entanto, tem prazo de validade. Ele lembra ainda que a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146/2015) já assegura um sistema educacional inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo da vida.

Frequência
Também está na pauta da CE o projeto (PLS 293/2014) que aumenta para 85% a frequência mínima exigida na educação básica para aprovação. Atualmente, são necessários 75% de frequência atestada para que os alunos dos níveis fundamental e médio passem de ano.

O autor da proposta, o então senador Wilson Matos (PR), argumenta que o absenteísmo impacta o desempenho, os resultados apresentados pelos estudantes e, consequentemente, os índices de qualidade da educação. Ele também afirma que o percentual de presença atualmente exigido está aquém do desejável, pois o tempo dos professores não é somente utilizado em atividades de ensino e aprendizagem, mas também é gasto para controlar a disciplina dos alunos e para execução de tarefas administrativas.

O relator, senador Alvaro Dias (PV-PR), é favorável ao projeto. Para ele, a obrigatoriedade de frequência a um número mínimo de horas letivas não deve ser encarada como punição, pelo contrário, deve ser vista em sua dimensão pedagógica, como condição para que a aprendizagem efetivamente aconteça, através da participação do estudante nas atividades escolares programadas.

Agência Senado


Comissão promove seminário sobre envelhecimento seguro da população

A Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa da Câmara dos Deputados promove um seminário na próxima terça-feira (8) com o tema “Idoso: Direitos e Garantias para um Envelhecimento Seguro". O evento, que tem o apoio do Centro de Estudos e Debates Estratégicos, ocorrerá no auditório Nereu Ramos, às 9 horas.

O seminário foi proposto pelo presidente da comissão, deputado Roberto de Lucena (PV-SP). Ele alerta que o País está envelhecendo numa velocidade maior do que se imagina. “O número de pessoas com mais de 60 anos no Brasil deverá crescer muito mais rápido do que a média internacional. Enquanto a quantidade de pessoas idosas será duplicada no mundo até o ano de 2050, essa mesma população será triplicada no Brasil”, destacou o parlamentar, citando estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgados em setembro de 2015.

Para Lucena, apesar de alguns recentes avanços da nossa legislação, ainda há muito a se fazer. “Temos que nos preparar para esse futuro. A porcentagem atual de idosos no Brasil corresponde a 12,5% da população e deve alcançar os 30% até a metade do século. Já estamos a caminho da chamada nação envelhecida”, disse o deputado. Conforme a OMS, essa classificação é dada aos países com mais de 14% da população constituída de idosos.

Foram convidados para discutir o assunto o médico e presidente do Centro Internacional de Longevidade no Brasil (ILC-Brasil), Alexandre Kalache; e secretário-adjunto da Secretaria de Direitos Humanos do Ministério da Justiça, embaixador Sílvio José Albuquerque e Silva.

Lançamento
Durante o seminário, será lançado o livro “Histórias de Muitas Vidas”, que reúne pequenas biografias de nonagenários do município de Veranópolis (RS), conhecida como a terra da longevidade, por ser um dos municípios com o maior número de idosos acima de 90 anos. A publicação é de autoria da prefeitura e do Centro Cultural da cidade.

Recentemente, a comissão visitou a cidade para obter informações sobre o envelhecimento ativo e trazer exemplos de políticas públicas para serem discutidas e aperfeiçoadas no Parlamento.

Da Redação - MB
Agência Câmara Notícias


Comissão debate uso de fármacos experimentais

 A Comissão de Seguridade Social e Família realiza na terça-feira (8), às 9h30, uma audiência pública para discutir quatro objetivos do plano de trabalho da subcomissão especial que trata do uso de fármacos experimentais.

Os objetivos em debate serão os seguintes:
- reunir pesquisadores para discutir dificuldades e obstáculos enfrentados, os objetivos perseguidos e os resultados obtidos nas pesquisas científicas relacionadas aos medicamentos inovadores e novas vacinas. 
- detectar as externalidades que influem, ou que advém do sistema de produção e comercialização dos medicamentos, não controladas de forma satisfatória pelo próprio mercado. 
- explorar os temas que envolvem o desenvolvimento e o uso de fármacos em fase experimental no enfrentamento às patologias graves ou raras. 
- estudar os aspectos relacionados à pesquisa científica e à descoberta de drogas inovadoras, além do desenvolvimento de novas produtos medicamentosos, os obstáculos existentes e as possíveis soluções, entre outros fatores.

Foram convidados:
- o professor de Medicina da PUC-PR Salmo Raskin;
- o professor de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) Jorge Elias Kalil Filho;
- o professor da USP e consultor do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico Fernando de Queiroz Cunha;
- o professor de Medicina da USP e diretor-geral do Instituto do Câncer de São Paulo, Paulo Hoff.

A audiência foi requerida pelos deputados Arlindo Chinaglia (PT-SP), Leandre (PV-PR), Carmen Zanotto (PPS-SC), Eduardo Barbosa (PSDB-MG), Adelmo Carneiro Leão (PT/MG) e Dulce Miranda (PMDB-TO).

Da Redação - AP
Agência Câmara Notícias

Seguridade debate controle social na Previdência, SUS e assistência social

A Comissão de Seguridade Social e Família, da Câmara dos Deputados, discute em audiência pública, na quinta-feira (11), o controle social e a participação popular na Previdência Social, no Sistema Único de Saúde (SUS) e no Sistema Único de Assistência Social (SUAS).
A audiência foi proposta pela deputada Angela Albino (PCdoB-SC). Segundo a parlamentar, “a seguridade social no Brasil está embasada em princípios constitucionais que defendem a participação popular na sua gestão e administração”.
Seu objetivo com a audiência é “identificar e prestigiar mecanismos de valorização e fortalecimento de participação social na construção e monitoramento das políticas públicas nas áreas da Saúde, Previdência e Assistência Social”.
Convidados
- o presidente do Conselho Nacional de Previdência Social, Henrique Meirelles;
- o secretário-geral da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Leonardo Ulrich Steiner;
- o presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Ronald Ferreira dos Santos;
- o presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), Gastão Wagner Sousa Campos;
- o presidente do Conselho Nacional de Assistência Social, Fábio Moassab Bruni.

A reunião ocorrerá no plenário 7, a partir das 14h30.
Da Redação – NA
Agência Câmara Notícias

Comissão discute atendimento ambulatorial para crianças com cardiopatia congênita

Erika Kokay: mortalidade decorrente das cardiopatias congênitas seria reduzida se todos os cuidados no pré e pós-natal fossem devidamente instituídos

A Comissão de Legislação Participativa discute em audiência pública, na quarta-feira (9), para discutir a situação do atendimento ambulatorial e cirúrgico das crianças com cardiopatia congênita.
A audiência foi proposta pela deputada Erika Kokay (PT-DF). Ela ressalta que a Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV), que representa os cirurgiões cardiovasculares do Brasil, emitiu uma nota no final de abril de 2015, alertando a sociedade brasileira para o eminente risco de colapso no atendimento cirúrgico, em especial às crianças cardiopatas.
De acordo com a entidade, de 2010 a 2015 ocorreu uma diminuição progressiva e acentuada no número de cirurgias cardiovasculares realizadas no País. Segundo a SBCCV, mais de 28.000 crianças com problemas cardíacos nascem no Brasil, ou seja, a cada 100 bebês nascidos vivos um é cardiopata.
Desses 28.000 cardiopatas que nascem anualmente, pelo menos 23.000 necessitarão de uma cirurgia cardíaca, mas infelizmente cerca de 18.000, 78%, não recebem o tratamento, principalmente por falta de diagnostico ou vagas na rede pública.
“A mortalidade decorrente das cardiopatias congênitas seria drasticamente reduzida se todos os cuidados no pré e pós-natal fossem devidamente instituídos”, afirma Erika Kokay.
Convidados
- o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, Fábio Biscegli Jatene;
- a presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria, Luciana Rodrigues Silva;
- o representante da Defensoria Pública do Distrito Federal, Celestino Chupel; e
- a presidente da Associação de Assistência à Criança Cardiopata Pequenos Corações, Márcia Adriana Saia Rebordões;
- o diretor do Hospital São Francisco de Cardiologia da Santa casa de Porto Alegre, Fernando Lucchese, médico cardiologista; e
- um representante do Ministério da Saúde.

A audiência ocorrerá no plenário 3, a partir das 14h30.
Da Redação – NA

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