Dirigentes
de cinco universidades públicas, uma de cada região do país, analisam na
terça-feira (8) a aplicação de recursos para o desenvolvimento científico e
tecnológico. Será o quarto debate sobre o tema promovido este ano pela Comissão
de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT).
A
comissão avalia a efetividade da aplicação dos recursos do Fundo Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e do Fundo para o
Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel).
Já
falaram aos senadores representantes de centros de pesquisa,
de órgãos de
fiscalização, de agências de desenvolvimento da indústria e das
empresas. Agora é a vez de a academia relatar avanços e dificuldades na
realização de pesquisas e na geração de conhecimento científico e tecnológico.
Foram
convidados José Eduardo Krieger, da Universidade de São Paulo (USP); Rui
Vicente Oppermann, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS);
Antônio Queiroz, da Universidade Federal da Bahia (UFBA); Rômulo Simões
Angélica, da Universidade Federal do Pará (UFPA); e Jaime Martins de Santana,
da Universidade de Brasília (UnB).
Responsável
por propor o tema para avaliação na CCT, o senador Aloysio Nunes Ferreira
(PSDB-SP) quer saber se os fundos setoriais, criados na década de 1990, têm
sido fontes estáveis de recursos para as atividades científicas e se têm
contribuído para a estruturação da pesquisa no país.
Dificuldades
Os
recursos dos fundos setoriais têm crescido, mas parte deles tem sido desviada
para a manutenção dos órgãos do setor, como o Ministério da Ciência, Tecnologia
e Inovação. O problema foi revelado aos senadores nos debates anteriores
promovidos pela comissão.
O
contingenciamento de recursos foi outro problema apontado pelos debatedores.
Dirigentes de centros de pesquisa afirmam que o corte de verbas e a
descontinuidade dos projetos de pesquisas têm feito com que muitos
pesquisadores deixem o país.
Para
2017, a previsão é de contingenciamento de 55% dos recursos do Fundo Nacional
de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. A arrecadação deverá chegar a R$
5,2 bilhões, mas R$ 2,9 bilhões não deverão ser efetivamente gastos.
A
indústria cobra maior aplicação de recursos em projetos com abrangência
nacional e em conexão com esforços de inovação do setor empresarial, criticando
os aportes em projetos pequenos, quase sempre ligados às universidades.
O
debate na CCT começa às 8h45, na sala 9 da Ala Alexandre Costa, no Senado.
COMO ACOMPANHAR E PARTICIPAR
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www.senado.gov.br/ecidadania |
Alô Senado (0800-612211)
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Agência Senado
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