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quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Acordo com o Brasil e Cuba apoia reestruturação dos serviços de saúde do Haiti

Após o terremoto que devastou o Haiti em 2010, o Ministério da Saúde, juntamente com Cuba, assinou um acordo cooperação tripartite para apoiar na reconstrução do país e ajudar no fortalecimento do sistema de saúde e vigilância epidemiológica.

Assinado no dia 27 de março de 2010 em Porto Príncipe, capital haitiana,  o acordo regido por representantes dos Ministérios da Saúde dos três países, também envolve, no lado brasileiro, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Firmada para minimizar os estragos causados pelo desastre natural que deixou mais de 200 mil mortos e destruiu grande parte da infraestrutura de serviços públicos do país, a Cooperação Brasil, Cuba e Haiti atua na construção, reforma e estruturação de unidades de saúde do país.

Parte significativa dos profissionais e estudantes da saúde morreu durante a tragédia, o que dificultou ainda mais o atendimento e a prestação de serviços em saúde à população.  Nas áreas mais atingidas, 60% dos hospitais foram severamente danificados ou completamente destruídos, além de prédios e unidades que faziam parte do Sistema de Saúde Haitiano.

Para enfrentar esses danos, a cooperação dá suporte na formação e qualificação de profissionais e agentes de saúde, apoio no fortalecimento ao programa de imunização do Haiti, além de ações voltadas para a comunicação em saúde e assistência.

“A cooperação tem como princípio norteador a solidariedade entre nações vizinhas. A já delicada realidade sanitária do país assumiu proporções maiores com a devastação provocada pelo terremoto e recentemente, ainda outra tragédia trazida pela passagem do furacão Matthew tornou a vida no país mais difícil. Por essa razão, a cooperação se torna, mais uma vez, fundamental para o Haiti.  Nossa atuação tem se dado no sentido contribuir para que o país reestabeleça a estrutura mínima necessária à retomada de seu protagonismo, melhorando as condições sanitárias e compartilhando experiências exitosas de gestão. O acesso a serviços de saúde é indicador fundamental no desenvolvimento de qualquer nação”, destaca a diretora do Departamento de Economia da Saúde do Ministério da Saúde, Ana Wanzeler.

Apoio permanente

Brasil e Cuba ainda dão suporte para organizar as redes de atendimento e apoio em ações prioritárias junto à população, como campanhas de vacinação.

O acordo ainda prevê a doação de ambulâncias, construção de três Hospitais Comunitários de Referência e Instituto Haitiano de Órteses e Próteses, além da reforma de Laboratórios de Saúde Pública.

O Assessor Especial do Ministro para Assuntos Internacionais em Saúde, Fabio Frederico, defende o estreitamento dos laços bilaterais com outros países, chamando a atenção para a necessidade de que as ações desenvolvidas no Haiti tenham continuidade.  “A parceria com o Haiti é uma das mais importantes para o Brasil.  Cooperamos com a reconstrução do país, estreitamos nossos laços bilaterais e desenvolvemos conhecimento conjunto em diversas áreas.  Atualmente, a área da saúde é um dos principais eixos da cooperação entre os dois países, o que nos deixa muito orgulhosos. O Projeto tripartite entre Brasil, Haiti e Cuba, que construiu três hospitais no país, foi o maior projeto de cooperação sul-sul já executado pelo governo brasileiro. Desejamos e estamos trabalhando pela continuidade desta cooperação”, frisou.

Até o momento, 26 missões ao Haiti já foram realizadas pelo Ministério da Saúde para o cumprimento  e monitoramento das ações de todo o acordo.

Clique AQUI para conhecer o Projeto Haiti

Gabi Kopko, para o Blog da Saúde


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