Profissionais
de saúde podem se matricular, gratuitamente, até 5
de março de 2017, no curso on-line “Microcefalia e infecção por vírus zika:
abordagem para a estimulação precoce na atenção domiciliar”.
A
oportunidade é oferecida pela Universidade Federal de Santa Catarina,
integrante da Rede Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS/UFSC). A carga
horária é de 30 horas, e o curso será iniciado no dia 21 de novembro.
O
curso irá preparar os profissionais das equipes multiprofissionais da Atenção
Básica e da Atenção Especializada quanto ao acompanhamento e o monitoramento do
desenvolvimento infantil e também para a realização da estimulação precoce e
orientação às famílias de crianças com problemas decorrentes da microcefalia e
outros agravos.
Para
dinamizar os estudos, os conteúdos estão disponibilizados em diferentes mídias
e leituras complementares. Além disso, os alunos poderão contar virtualmente
com o apoio de monitores. O curso integra o Programa Multicêntrico de Qualificação Profissional em Atenção Domiciliar a Distância.
De
acordo com a coordenadora geral de Atenção Domiciliar do Ministério da Saúde,
Mariana Borges Dias, uma das responsáveis pelo conteúdo do curso, a estimulação
precoce na faixa etária dos 0 a 3 anos pode reduzir o nível de comprometimento
causado pela má formação cerebral.
“A
abordagem oportuna por estimulação precoce reduzirá a intensidade do
comprometimento neurológico, favorecendo o desenvolvimento psicomotor, das
habilidades de linguagem e comunicação e, consequentemente, propiciando a
socialização da criança”, afirma.
Microcefalia
Segundo
o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, que monitora os casos de
microcefalia, até o dia 29 de outubro, foram confirmados 2.106 casos da doença
e/ou alteração do sistema nervoso central sugestivo de infecção congênita no
Brasil.
Para
a professora da UNA-SUS/UFSC, Marta Verdi, que é também responsável pelo
conteúdo, é preciso estar atento ao crescente número de casos registrados de
doenças virais transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, como a
dengue, a febre chikungunya e a zika.
“Diante
da possível relação do zika vírus com o aumento de casos de microcefalia e
síndrome de Guillain-Barré, é essencial que todos os profissionais de saúde
sejam capacitados para a realização de ações coordenadas com os demais órgãos
governamentais, a fim de proteger a saúde da população e reduzir o impacto dessas
enfermidades nas pessoas atingidas”, ressalta.
A
capacitação é uma iniciativa da Secretaria de Atenção à Saúde, por meio da
Coordenação Geral de Atenção Domiciliar (CGAD/DAHU/SAS/MS), viabilizado pelo
Sistema UNA-SUS.