Audiência pública na Comissão
de Seguridade Social debateu projeto que define diretrizes do SUS para política
de atenção integral a doentes de Parkinson
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Projeto em discussão na Câmara
dos Deputados pode contribuir para integrar a assistência a pacientes com doença
de Parkinson (PL 605/15). A proposta foi discutida nesta quinta-feira (17),
em audiência pública da Comissão de Seguridade Social e Família. O texto define
diretrizes para a política de atenção integral aos portadores de doença de
Parkinson no Sistema Único de Saúde (SUS).
A diretora do Departamento de
Atenção Especializada e Temática do Ministério da Saúde, Maria Inês Gadelha,
acredita que o projeto estabelece diretrizes necessárias para ajudar os
gestores estaduais a melhorar o atendimento integrado aos doentes de Parkinson.
"Nós temos no Brasil mais
de 15 mil neurologistas. Destes, 9.608 integram o Sistema Único de Saúde; são
quase 90 mil fisioterapeutas no Brasil, sendo que mais de 57 mil no SUS; 27 mil
fonoaudiólogos, sendo mais de 17 mil no SUS, ou seja, existe a disponibilidade
de serviços. O que realmente pode estar acontecendo é uma dificuldade de
integração e organização desses serviços", disse Gadelha.
O presidente da Associação de
Parkinson do Rio Grande do Sul, o médico Carlos Roberto Rieder, destacou a
importância da criação de centros de atendimento integral. "O ideal é uma
equipe interdisciplinar com centros únicos de reabilitação, onde todos os
profissionais possam atender o paciente no mesmo momento, evitando que ele vá
de um centro para outro, aguardando consulta num centro e depois no
outro", afirmou.
Também participou da audiência
o presidente da Federação Brasileira de Parkinson, Carlos Anibal Patto, que é
autor do livro "Rompendo as Amarras da Doença de Parkinson". "Eu
tenho Parkinson há 27 anos e estou bem, mas cumpro todos os procedimentos e
toda a medicação necessária", disse.
Debate ampliado
Autor do projeto de lei que
define diretrizes para a política de atenção integral aos doentes de Parkinson,
o deputado Lobbe Neto (PSDB-SP) destacou que o texto pode ser aprimorado por
meio de emendas. O deputado também sugeriu que o Ministério da Saúde promova
seminários estaduais para incentivar a integração das equipes municipais de
saúde, principalmente as que assumem as novas secretarias municipais de saúde a
partir do ano que vem.
O relator do projeto na
Comissão de Seguridade, deputado Geraldo Resende (PMDB-MS), já apresentou
parecer pela aprovação do texto, que ainda não tem data para ser votado. A
audiência desta quinta-feira foi sugerida pelo deputado Hiran Gonçalves
(PP-RR).
ÍNTEGRA DA PROPOSTA:
Reportagem – Geórgia Moraes,
Edição – Pierre Triboli, Foto - Alex Ferreira - 'Agência Câmara Notícias'
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