Destaques

quinta-feira, 13 de julho de 2017

Criminalização de exigência de autorização prévia dos planos de saúde para urgências é aprovado na CAS do Senado

A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) aprovou nesta quarta-feira (12) substitutivo ao projeto que veda e enquadra como crime a exigência de autorização prévia de operadoras de planos de saúde para atendimento de casos de urgência ou emergência. A proposta (PLS 480/2015) prevê pena de detenção e multa e seguirá agora para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), onde receberá decisão terminativa.

O substitutivo foi apresentado pelo senador Paulo Paim (PT-RS), como alternativa ao texto original, de autoria do ex-senador Marcelo Crivella, hoje prefeito do Rio de Janeiro. A intenção de Crivella era enquadrar como cláusula abusiva a exigência de autorização prévia para todos os tipos de atendimento cobertos pelos planos, não apenas os de urgência e emergência.

Ainda pelo texto original, a tipificação dessa exigência como crime no Código Penal se aplicaria a todas as situações, mas Paim também restringiu a medida apenas aos casos de urgência e emergência. O infrator poderá receber pena de detenção de três meses a um ano, além de multa. Se a recusa de atendimento resultar em lesão grave ou morte, o tempo de detenção poderá ser aumentado em metade ou triplicado.

Cheque-caução
Deverá responder pelo crime representante, funcionário, gerente ou diretor dos planos de saúde ou da unidade de saúde que condicionar o atendimento à prévia autorização dos planos de saúde. A proposta estende ainda a punição a qualquer outro tipo de condição para o atendimento de urgência e emergência, como a exigência de cheque-caução ou nota promissória.

Na justificação da proposta original, Crivella relembra caso ocorrido em Brasília, em 2012, quando o secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva Ferreira, morreu de infarto agudo do miocárdio após ter seu atendimento recusado em dois hospitais. Ele deixou de ser socorrido pelo fato de não ter podido fornecer um cheque-caução, a garantia exigida até que fosse emitida a autorização do seu plano de saúde para o atendimento.

Equilíbrio do mercado
Ao justificar a decisão de restringir os efeitos do projeto aos casos de urgência e emergência, Paim destacou o impacto que o fim da exigência de autorização prévia para todos os procedimentos cobertos poderia ter sobre a “estabilidade e harmonia” do mercado de planos de saúde. Salientou a necessidade de garantia da continuidade e da qualidade do atendimento aos clientes.

No relatório, Paim destacou ainda nota técnica encaminhada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que descreve as autorizações prévias como mecanismos de regulação aceitos no mercado de saúde complementar, desde que não impeçam ou dificultem o atendimento em situações de urgência e emergência. Para evitar esses casos, lembrou já existe regulação específica adotada pelo Conselho de Saúde Suplementar.

— Há casos em que a autorização prévia funciona como controle de preços abusivos praticados em determinadas áreas, como a de procedimentos cirúrgicos que envolvem o uso de órteses e próteses ortopédicas comercializadas com preços excessivamente elevados — destacou.

Proposições legislativas: •     PLS 480/2015

Marcos Oliveira/Agência Senado 


PENICILINA, Desabastecimento no SUS será debatido em audiência pública, nesta quinta-feira(13) na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), às 9h30, plenário 2 da Ala Nilo Coelho do Senado

O desabastecimento de penicilina do Sistema Único de Saúde será tema de audiência pública da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) nesta quinta-feira (13).

A penicilina, um dos antibióticos mais antigos do mundo, é fundamental para o tratamento da sífilis no mercado nacional e internacional. Se não for tratada, a sífilis pode provocar cegueira e deformidades. Uma das formas de contágio é a transmissão pela mãe à criança, durante a gestação.

A audiência foi requerida pelo senador José Medeiros (PSD-MT), que disse ter ficado surpreso quando tomou conhecimento do problema.

— Ficamos sabendo do problema no Mato Grosso e, quando fomos buscar informações sobre isso, descobrimos que ocorria em todo o país. Queremos saber dos órgãos do governo, principalmente do Ministério da Saúde, porque falta esse medicamento, o que pode ser feito para resolver o problema. Não é possível que um país continental como o nosso fique sem esse remédio, que nem tem similar que o substitua com eficácia — afirmou o senador, em entrevista à TV Senado.

No ano passado, o presidente Michel Temer chegou a editar a Medida Provisória 754/2016, que permitia à Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) ajustar o preço de medicamentos com potencial risco de desabastecimento ou epidemiológico no Brasil, o que poderia resolver o problema da falta de penicilina no mercado. Sem consenso sobre o tema, a MP não foi votada e perdeu a eficácia.

Para discutir a questão foram convidadas a coordenadora geral de Assistência Farmacêutica e Medicamentos, Lorena Brito Evangelista do Ministério da Saúde; a representante da Gerência Geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da ANVISA, Patrícia Castilho; o representante da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), Pedro Bernardo; e representantes da empresa Nord Regulatorial, da Associação Brasileira das Indústrias de Química Fina, Biotecnologia e suas Especialidades (Abifina) e da Organização Pan-Americana de Saúde no Brasil (OPAS).

Proposições legislativas: •     MPV 754/2016

A audiência está marcada para 9h30, no Plenário 2 da Ala Nilo Coelho.

COMO ACOMPANHAR E PARTICIPAR
Portal e-Cidadania:
www.senado.gov.br/ecidadania
Alô Senado (0800-612211) 
Agência Senado



Comissão de Orçamento aprova LDO; relator diz que situação fiscal do País é "dramática"

Texto aprovado mantém a meta fiscal definida pelo governo, que prevê deficit primário de R$ 131,3 bilhões para 2018. Proposta ainda será votada em sessão do Congresso Nacional

Marcus Pestana: “Vivemos uma situação dramática. O Rio de Janeiro é só a ponta do iceberg do que pode acontecer no Brasil se não houver responsabilidade fiscal”

A Comissão Mista de Orçamento concluiu nesta quarta-feira (12) a votação do relatório final do deputado Marcus Pestana (PSDB-MG) ao projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que vai orientar a elaboração e a execução do orçamento de 2018.

O relatório ainda será votado em sessão do Congresso Nacional. Já existe uma marcada para amanhã, às 16 horas. Antes de votar a LDO, porém, deputados e senadores têm que limpar a pauta trancada por vetos presidenciais. Pela Constituição, o recesso parlamentar do meio do ano (18 a 31 de julho) só ocorre se os congressistas aprovarem a LDO.

Para garantir a conclusão da votação, Pestana acolheu algumas emendas que ele havia inicialmente rejeitado e fez mudanças no texto. Uma delas permite a execução de recursos oriundos de emendas parlamentares em entidades de saúde públicas e privadas, como as santas casas, no período eleitoral.

Hoje, o Tribunal de Contas da União (TCU) tem o entendimento de que esse tipo de execução é vedado pela Lei Eleitoral (Lei 9.504/97).

Crise fiscal
Antes do início dos debates, Pestana fez um discurso alertando os parlamentares sobre a situação fiscal do País. “Nós vivemos uma situação dramática. O Rio de Janeiro é só a ponta do iceberg do que pode acontecer no Brasil se não houver responsabilidade fiscal”, disse.

Ele afirmou que o cenário econômico, que inclui queda de arrecadação e aumento de despesa, é de “radicalização do estrangulamento fiscal”. “O governo só não chegou a um estrangulamento total porque tem capacidade de se financiar no mercado, pela emissão de títulos públicos.”

Mudança
A situação fiscal foi, segundo ele, o pano de fundo da elaboração do parecer final. Isso o levou a rejeitar emendas que estabeleciam piso de gastos ou indexavam receitas. Inicialmente, ele também rejeitou mais de 650 emendas que protegiam despesas do contingenciamento a ser feito em 2018, que são elencadas em um anexo específico da LDO.

O plenário da comissão divergiu do deputado e incluiu no anexo despesas para a transposição do rio São Francisco, para o projeto do submarino nuclear da Marinha e as realizadas pelo Fundo da Criança e do Adolescente, entre outras.

Pestana ainda tentou barrar a iniciativa. “A margem de manobra já é muito curta. Não podemos engessar ainda mais o governo”, disse.

Vários parlamentares, no entanto, defenderam os destaques blindando as despesas do contingenciamento. “Não podemos, neste momento, determinar que o orçamento é imexível”, disse o deputado Edio Lopes (PR-RR). Já o deputado Weverton Rocha (PDT-MA) disse que não podia ter “um olhar apenas fazendário e econômico”.

Meta fiscal
O relatório final mantém a meta fiscal proposta pelo governo. O texto prevê, para 2018, deficit primário de R$ 131,3 bilhões para o conjunto do setor público consolidado, número que Pestana chamou de “pornográfico”.

O governo federal responderá pelo deficit de R$ 129 bilhões. Estatais federais terão como meta o deficit de R$ 3,5 bilhões, e nos estados e municípios a projeção é de superavit de R$ 1,2 bilhão.

O projeto estabelece a possibilidade de compensação entre os resultados do governo, das estatais e dos entes federados. Com isso, desde que mantida a meta total de R$ 131,3 bilhões, o governo poderá fazer mudanças no seu esforço fiscal ou no das estatais durante a execução orçamentária.

Se os números propostos pelo governo se confirmarem, o ano de 2018 será o quinto consecutivo de deficit primário. Os saldos negativos contribuem para o crescimento da dívida do governo.

Medida compensatória
O texto que sai da Comissão de Orçamento é o primeiro sob a vigência do Novo Regime Fiscal (NRF), que estabeleceu teto para os gastos públicos. O NRF determina que as despesas primárias (obrigatórias por lei e as não obrigatórias, também chamadas de discricionárias) de um ano devem ser equivalentes à do ano anterior acrescidas da inflação (IPCA) medida entre julho e junho dos dois anos.

O substitutivo apresentado por Pestana adapta a LDO ao NRF. Um dos pontos principais do texto é a exigência de que o aumento de despesa obrigatória sujeita ao teto, em 2018, por proposta legislativa (como projeto de lei e medida provisória), terá que ser acompanhada pelo corte em outras despesas obrigatórias.

Por exemplo, se o governo quiser conceder reajuste a uma categoria do funcionalismo, medida que eleva os gastos, terá que cortar em outras obrigatórias para manter as despesas primárias niveladas.

As despesas primárias sujeitas ao teto de gastos somaram R$ 1,301 trilhão em 2017. Pelos critérios do NRF, o fator de correção em 2018 será de 3% (IPCA de julho-junho), o que eleva a despesa primária para R$ 1,340 trilhão. Segundo Pestana, o ganho entre os dois anos, de R$ 39 bilhões, já está integralmente comprometido com o crescimento vegetativo dos benefícios sociais e os reajustes do funcionalismo público já concedidos.

Campanha eleitoral
Outra novidade do relatório final é a obrigação, para a lei orçamentária, incluir reserva específica para as despesas com a campanha eleitoral de 2018, ano de eleições gerais. Esse ponto, segundo Pestana, visa garantir recursos caso o Congresso aprove o financiamento público de campanha, um dos temas da reforma política em discussão na Câmara.

O deputado optou por não determinar valor, para não atropelar o debate na Câmara, que tem duas comissões especiais em curso sobre a reforma política. Pela redação proposta por ele, os recursos para a campanha vão sair do valor que será destinado às emendas de bancada de execução obrigatória, que vão somar cerca de R$ 5 bilhões em 2018.

Durante a análise da proposta orçamentária, no segundo semestre, os parlamentares vão definir quanto deste valor será destinado às emendas e quanto irá para a campanha eleitoral.

Compreensão
Com a aprovação da LDO, o foco do debate muda para o relator da proposta orçamentária de 2018, deputado Cacá Leão (PP-BA). Ele admitiu que a situação fiscal tornará o seu trabalho mais difícil, mas disse que conta com a compreensão dos integrantes da Comissão de Orçamento.

“Já é possível notar nos membros da comissão uma preocupação com a situação da economia. Eu conto com isso para me ajudar a fechar o relatório”, disse. A proposta orçamentária chega ao Congresso Nacional em agosto.

Reportagem – Janary Júnior, Edição – Pierre Triboli, Foto - Cleia Viana, Agência Câmara Notícias 


Em meio à crise, Frente Parlamentar de CT&I aponta soluções para cortes no orçamento

A Frente Parlamentar de Ciência, Tecnologia, Pesquisa e Inovação (FPCTPI) promoveu nesta terça-feira (11), na Câmara dos Deputados, o seminário “Redução do Orçamento de CT&I: Consequências e Possibilidades”. No evento, representantes da comunidade científica, do setor privado, do governo e parlamentares discutiram as possíveis soluções para atenuar os impactos sofridos com os cortes nas áreas de ciência, tecnologia e inovação (CT&I), que já tem levado ao êxodo de cientistas para outros países e ao término de pesquisas em universidades.

Na avaliação do diretor-presidente do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) e presidente da Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica e Inovação (Abipti), Julio C. Felix, uma das saídas é utilizar recursos que não sejam do orçamento, sempre suscetível a cortes. Um exemplo são os fundos setoriais de CT&I, como o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). Contudo, eles precisam ser descontingenciados e usados para sua real finalidade, que é financiar as atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) no Brasil.

“Hoje, nesse cenário instável, me parece o único caminho que nós temos para amenizar a situação. É o uso dos fundos como eles foram planejados para ser usados”, afirmou Felix. “Contudo, os fundos deixaram de ser fundos. Viraram uma peça orçamentária também. Ou seja, uma peça de ficção. Então, não temos um problema de indisponibilidade de dinheiro, mas falta de previsibilidade, numa área onde as coisas precisam ser previsíveis”, ressaltou.

De acordo com Felix, atualmente, recursos são buscados pela comunidade científica simplesmente para manter o custeio que já existia, mas foi interrompido. “Não é nem investimento em novos projetos. Para os projetos já aprovados e que estão em andamento, nós não temos meios de mantê-los ano que vem. Esse é o fato. Então, as armas que sobram são as que todas as áreas estão utilizando, que é a força do debate, do convencimento. Deixar claro que sem pesquisa e inovação um país não desenvolve, não sai da crise”, avaliou.

Segundo o presidente da FPCTPI, deputado Izalci Lucas (PSDB-DF), uma das propostas para fortalecer o debate sobre CT&I é criar uma Semana de Ciência, Tecnologia e Inovação no Congresso Nacional, que poderá ocorrer junto à Semana Nacional de CT&I, promovida pelo Poder Executivo anualmente em outubro. “Temos que pressionar, mas também sensibilizar sobre a regularidade de recursos para o setor. Fortalecer essa agenda e se fazer presente para falar abertamente a todas as pessoas sobre a importância do conhecimento, e ao mesmo tempo, deixar claro a nossa insatisfação”, disse Izalci.

Com um orçamento de aproximadamente R$ 3,2 bilhões para o Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) em 2017, cerca de R$ 700 milhões são somente para Comunicações. Sobra para CT&I em torno de R$ 2,5 bilhões. Os recursos são inferiores a orçamentos anteriores, como o de 2005, que corrigido pela inflação, chegaria a mais de R$ 6 bilhões, conforme os números apresentados pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

Já o FNDCT, administrado pela Finep, tem atualmente cerca de R$ 600 milhões disponíveis para 2017. A título de comparação, por ano, o fundo arrecada entre R$ 4 bilhões a R$ 5 bilhões – sendo que aproximadamente R$ 3,5 bilhões são do CT-Petro, que está sob judice e não pode ser usado. Além disso, sofreu contingenciamentos que absorveram 30% dos recursos que poderiam estar indo para sua atividade fim.

(Com Agência Abipti)


Guias de Medicamentos e Insumos Farmacêuticos

A Anvisa disponibiliza propostas de guias para Revisão Periódica de Produtos, as contribuições vão até o dia 24/7. E também, guias para Investigação deResultados Fora de Especificação, que vão até 21/8.

O objetivo é orientar os fabricantes de medicamentos e insumos farmacêuticos ativos na elaboração de procedimentos, para assim, gerar relatórios de revisão periódica de produto. E também, para investigar os resultados fora de especificação encontrados nos laboratórios de controle de qualidade.

As contribuições devem ser enviadas através de formulários específicos. Para a Revisão Periódica de Produtos (Guia 9, Versão 1) o formulário está disponível aqui. Para a investigação de Resultados Fora de Especificação (Guia 8, Versão 1) as contribuições devem ser feitas através deste formulário aqui.

Guias
Os Guias formalizam recomendações que expressam o entendimento da Agência sobre procedimentos ou métodos, considerados adequados ao cumprimento de requisitos exigidos pela legislação.

São uma referência para o cumprimento de normas, sendo possível, contudo, a realização de abordagens alternativas, desde que atendidos os requisitos legais correspondentes.

Para acessar as propostas dos guias na íntegra entre neste link.
Não perca os prazos para envio das contribuições:
Revisão Periódica de Produtos - até 24/7
Investigação de Resultados Fora de Especificação - até 21/8


Saúde apoia projeto de implantação de PROFILAXIA PRÉ-EXPOSIÇÃO AO HIV PrEP na América Latina - medicamento para a prevenção ao HIV, testes rápidos para HIV, sífilis e hepatites; vacinas para hepatite B e insumos

No Brasil, a estratégia já foi incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS) recentemente e estará disponível para as populações-chave até o final deste ano

O Ministério da Saúde, juntamente com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), lançou nesta quarta-feira (12) o Projeto para Implementação da Profilaxia Pré-Exposição na América Latina (ImPrEP). O estudo também conta com o apoio e financiamento da Unitaid e será realizado simultaneamente no México e Peru, além do Brasil. O projeto terá duração de três anos e o objetivo é verificar a aceitabilidade da PrEP nas populações-chave, formadas por cerca de 7,5 mil pessoas, entre homens que fazem sexo com homens, mulheres transexuais e travestis – os grupos mais afetados pela epidemia de HIV/AIDS nos três países. Esses públicos terão acesso à Profilaxia Pré-Exposição ao HIV, o que permitirá também a ampliação do diagnóstico das Hepatites B e C, Sífilis, HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis.

O projeto envolverá ainda a realização de questionários com profissionais de saúde e com as populações-chave, além de possuir um forte componente de educação, mobilização comunitária e compartilhamento de experiências na implementação da PrEP com países em desenvolvimento. A elaboração do ImPrEP teve como ponto de partida a experiência da Fiocruz e do Ministério da Saúde na condução do projeto PrEP Brasil, iniciado em 2012.

Para a diretora do Departamento de HIV, Aids e Hepatites Viriais do Ministério da Saúde, Adele Benzaken, a PrEP é uma das opções mais avançadas no campo da prevenção. “Esse projeto vai contribuir para colocar o Brasil e a nossa região alinhados com que há de mais avançado na resposta global ao HIV. O que nos dá segurança de que teremos um impacto positivo na redução de novas infecções pelo vírus” destacou.

No Brasil, inicialmente o projeto contará com a participação de oito estados brasileiros, e ao longo do primeiro ano a participação dos serviços será expandida a, pelo menos, um serviço em cada estado. No México, participarão cinco cidades (Cidade do México, Guadalajara, Puerto Vallarta, Oaxaca e Juchitan) e no Peru seis (Lima/Callao - províncias que concentram 71% dos casos de Aids do país-, Iquitos, Pucallpa, Tarapoto, Chiclayo e Trujillo).

O Ministério da Saúde irá fornecer, além do medicamento para a prevenção ao HIV, testes rápidos para HIV, sífilis e hepatites; vacinas para hepatite B; exames de monitoramento; insumos de prevenção como preservativos e lubrificantes, além do tratamento para as pessoas que tiverem resultado positivo para o HIV.

INCORPORAÇÃO - A estratégia de prevenção ao HIV com medicamentos foi incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS) em maio deste ano e estará disponível nos serviços de saúde até o final de 2017, conforme o prazo estabelecido, que é de 180 dias após a publicação do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da PrEP, que ocorreu em 29 de maio.

Inicialmente, a estratégia será implantada em 12 municípios e, gradativamente, será expandida para todo o país. As primeiras cidades a oferecer o medicamento serão: Porto Alegre; Curitiba; São Paulo; Rio de Janeiro; Belo Horizonte, Fortaleza, Recife, Manaus, Brasília, Florianópolis, Salvador e Ribeirão Preto. Estes municípios foram escolhidos porque participaram de um dos projetos pilotos da PrEP.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda, desde 2012, a oferta da pré-exposição para casais soro diferentes, gays; homens que fazem sexo com homens; profissionais do sexo e pessoas transgêneros (travestis e transexuais), consideradas populações-chaves. A PrEP já é utilizada em países como Estados Unidos, Bélgica, Escócia, Peru e Canadá, onde é comercializada na rede privada, além da França, África do Sul, entre outros, que já utilizam no sistema público de saúde. O investimento inicial do Ministério da Saúde será de U$ 1,9 milhão na aquisição de 2,5 milhões de comprimidos, o que deve atender a demanda pelo período de um ano, aproximadamente.

PREVENÇÃO COMBINADA - A PrEP insere-se como uma estratégia adicional dentro de um conjunto de ações preventivas, denominadas “prevenção combinada”, como forma de potencializar a proteção contra o HIV.  A prevenção combinada inclui: testagem regular; profilaxia pós-exposição ao HIV (PEP); teste durante o pré-natal e tratamento da gestante que vive com o vírus; redução de danos para uso de drogas; testagem e tratamento de outras infecções sexualmente transmissíveis (IST) e das hepatites virais; uso de preservativo masculino e feminino, além do tratamento para todas as pessoas.

 Por Camila Bogaz, da Agência Saúde


Ministério da Saúde anuncia novos recursos para ampliar o atendimento da população

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, anuncia, nesta quinta-feira (13), em Brasília, novos recursos para qualificar o atendimento de emergência e ampliar a assistência da Atenção Básica, principal porta de entrada para o SUS, em todo o Brasil. Também serão apresentadas ações para viabilizar o transporte sanitário de pacientes - deslocamento até serviços de saúde de referência. Medida é resultado de recursos economizados na administração e integralmente reaplicados na saúde do cidadão.

Anúncios de recursos para o atendimento em saúde
Data: 13 de julho (quinta-feira)
Horário: 10h
Local: Palácio do Planalto, Salão Leste

 Assessoria de imprensa do Ministério da Saúde


Ministério da Saúde anuncia chamada pública para informatização de UBS

Serão credenciadas empresas para fornecer equipamentos, conectividade e treinamento para as unidades. A meta é que 100% dos serviços tenham prontuário eletrônico até dezembro de 2018

O Ministério da Saúde lançou nesta quarta-feira (12) consulta pública direcionada a empresas que queiram se credenciar para levar soluções de informática (conectividade, equipamentos e treinamento) às Unidades Básicas de Saúde (UBS) em todo o país. Essa medida é mais um passo do Ministério da Saúde para apoiar estados e municípios a informatizar esses serviços. Hoje, 27.330 UBS, equivalente a 64%, não utilizam Prontuário Eletrônico. A meta é informatizar 100% desses serviços até o final de 2018.

“Esse edital oferece as condições necessárias para que todos os municípios implantem o prontuário eletrônico em suas unidades básicas. A medida é fundamental para que o gestor público possa ter acesso a informações precisas sobre o atendimento e os principais problemas de saúde do cidadão, além do maior controle do gasto público. Para a população, permite o acesso a serviços de mais qualidade. Seus dados clínicos estarão disponíveis em qualquer unidade de saúde do país”, destacou o ministro da Saúde, Ricardo Barros.

O projeto básico disponível, em anexo. 

A informatização das unidades básicas de saúde é uma das principais ações do DIGISUS, um projeto que deve digitalizar todas as informações dos usuários do SUS, facilitando o acesso aos dados do cidadão em todas as unidades de saúde do Brasil.

MODELO - O Ministério da Saúde pagará um valor mensal pelo serviço, em um contrato que deve durar 60 meses. A tabela com os valores será definida por meio de um estudo técnico. As empresas interessadas devem se credenciar junto à pasta informando suas características e funcionalidades de suas soluções e municípios em que pretende atuar, permitindo que pequenas empresas com atuação regional possam participar do processo. O Ministério irá analisar se cada solução atende aos requisitos mínimos.

Para os municípios que não possuem informatização, o Ministério pagará o valor total à empresa fornecedora do serviço e descontará 50% do montante do repasse do Piso da Atenção Básica do município. O município que já possui UBS informatizada poderá receber da pasta 50% do valor para auxiliar no custeio da informatização existente, desde que os dados sejam mensalmente enviados ao Ministério da Saúde.

Pelo modelo da proposta, cada empresa será responsável pela solução completa, não haverá necessidade de licitar qualquer outro item. Os critérios de qualidade dos serviços e o investimento inicial de cada empresa irão garantir as soluções sempre em funcionamento. O conjunto de empresas credenciadas montará uma estrutura para atender o maior número possível de municípios, viabilizando a implantação nas UBS em menos de 12 meses.

Após o chamamento, divulgado nesta quarta-feira, será publicado um edital para credenciamento das empresas interessadas a participar do projeto. A empresa escolhida deverá fornecer toda a informatização das unidades, desde equipamentos, sistemas de prontuário eletrônico e conectividade até os serviços implantação, treinamento, suporte e manutenção necessária.

A nova medida trará benefícios e melhorias na qualidade da assistência a toda população atendida na Atenção Básica, uma vez que permite, em curto prazo, acessar todos os dados de pacientes do SUS por uma única plataforma, por meio da biometria do usuário, evitando assim a repetição de exames e encaminhamentos desnecessários para atenção especializada, aumentando a resolutividade no âmbito da Atenção Básica.

Os dados clínicos de cada cidadão ficarão armazenados no repositório do Registro Eletrônico de Saúde (RES) no Ministério da Saúde, podendo ser acessados de qualquer unidade federativa do país. O Ministério da Saúde receberá os dados clínicos de todas as UBS, aperfeiçoando o controle e as políticas de saúde para a população. Os gestores terão que alimentar o sistema com os dados dos usuários, como identificação do paciente, medicamentos, exames, prescrições, vacinas, toda a evolução clínica do cidadão.

PRONTUÁRIO ELETRÔNICO – Atualmente, o Brasil possui 42.488 UBS em funcionamento. Deste total, 15.158 (35,7%) UBS enviam dados por meio do Prontuário Eletrônico, dessas 6.373 utilizam o e-SUS AB, prontuário fornecido gratuitamente pelo Ministério da Saúde. Hoje, 27.330 (64,3%) UBS não utilizam Prontuário Eletrônico.
Com a plataforma digital, todos os serviços de saúde da cidade poderão acompanhar o histórico, os dados e resultado de exames dos pacientes, verificar em tempo real a disponibilidade de medicamentos ou mesmo registrar as visitas de agentes de saúde, melhorando o atendimento ao cidadão.

A transmissão 100% digital dos dados da rede municipal à base nacional permite ainda que o Ministério da Saúde verifique online como está sendo investido cada real do SUS na saúde do brasileiro. A plataforma digital permite o acompanhamento do histórico médico do paciente em todas as UBS, oferecendo ganho na qualidade e na gestão da Atenção Básica para o gestor, para os profissionais de saúde e para o cidadão.

E-SAÚDE - A informatização dos sistemas de saúde é uma das prioridades da atual gestão. O objetivo é integrar o controle das ações, promover a correta aplicação dos recursos públicos, obter dados para o planejamento do setor e, principalmente, propiciar a ampliação do acesso e da qualidade da assistência prestada à população, tornando o atendimento mais eficiente. Não apenas na Atenção Básica, mas também no âmbito hospitalar. A medida ajudará também a reduzir custos, evitando, por exemplo, a duplicidade de exames ou retiradas de medicamentos.

Também foi está sendo implantada a estratégia e-Saúde, um conjunto de ações que qualifica a gestão da saúde por meio eletrônico, a saúde digital do Governo Federal. A e-Saúde vem mudando a maneira de se organizar e ofertar serviços de saúde em todo o mundo e no Brasil. As atividades de saúde estão ligadas à informação e dependem de conhecimento e tecnologia para viabilizar mecanismos efetivos que ampliem o alcance e aumentem a qualidade, resolutividade e a humanização dos diversos aspectos da atenção em saúde.

Anexo:

Por Nicole Beraldo, da Agência Saúde



Plano Nacional de Assistência à Criança com Cardiopatia Congênita

PORTARIA Nº- 1.727, DE 11 DE JULHO DE 2017
Aprova o Plano Nacional de Assistência à Criança com Cardiopatia Congênita.

O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso das atribuições que lhe conferem os incisos I e II do parágrafo único do art. 87 da Constituição, e

Considerando o Decreto nº 7.508, de 28 de junho de 2011, que regulamenta a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, para dispor sobre a organização do Sistema Único de Saúde (SUS), o planejamento da saúde, a assistência à saúde e a articulação interfederativa, e dá outras providências;

Considerando a Portaria nº 1.169/GM/MS, de 15 de junho de 2004, que institui a Política Nacional de Atenção Cardiovascular de Alta Complexidade;

Considerando a Portaria nº 1.459/GM/MS, de 24 de junho de 2011, que institui, no âmbito do SUS, a Rede Cegonha;

Considerando a Portaria nº 1.130/GM/MS, de 5 de agosto de 2015, que institui a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC) no âmbito do SUS; e Considerando a necessidade de implementar diretrizes nacionais para qualificar a assistência à criança com cardiopatia congênita e expandir a oferta de cirurgia cardiovascular pediátrica no SUS,
resolve:

Art. 1º Fica aprovado o Plano Nacional de Assistência à Criança com Cardiopatia Congênita, com o objetivo de estabelecer diretrizes e integrar ações que favoreçam o acesso ao diagnóstico, ao tratamento e à reabilitação da criança e do adolescente com cardiopatia congênita, bem como a redução da morbimortalidade desse público.
Parágrafo único. O Plano será disponibilizado no sítio eletrônico www.saude.gov.br/sas.

Art. 2º O Plano visa orientar a organização da assistência à criança com cardiopatia congênita, de modo a proporcionar o cuidado integral da criança em todas as etapas: pré-natal, nascimento, assistência cardiovascular e seguimento.
Parágrafo único. O Plano está estruturado nos seguintes eixos: I - diagnóstico pré-natal;
II - diagnóstico no período neonatal;
III - transporte seguro de recém-nascidos e crianças cardiopatas;
IV - assistência cirúrgica; e
V - assistência multidisciplinar.

Art. 3º Para assegurar a sua implementação, o Plano:
I - define as responsabilidades dos gestores do SUS envolvidos;
II - determina diretrizes de Financiamento;
II - estabelece estratégias para o Monitoramento, Avaliação e Controle; e
III - propõe recomendações para Formação e Capacitação.

Art. 4º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

RICARDO BARROS


FINGOLIMODE Genérico da EMS para Esclerose Múltipla distribuído no SUS preocupa pacientes

Governo substituiu o Gilenya, fabricado pela Novartis, pela versão genérica, produzida pela EMS. Ambos fazem parte da lista de remédios de alto custo. Pacientes enfrentam problemas de distribuição e, para bancar o tratamento por conta própria, teriam de desembolsar entre R$ 2.400 e R$ 8.200 por mês. Associação questiona impacto da troca de produto no meio do tratamento e pede mais organização para eliminar falhas na entrega periódica.

Pessoas com Esclerose Múltipla que recebiam pelo Sistema Único de Saúde (SUS) o Gilenya™ (cloridrato de fingolimode), fabricado pela Novartis, estão preocupadas com a recente troca do medicamento por sua versão genérica, produzida no Brasil pela EMS e liberada desde janeiro.

Ambos fazem parte da distribuição de remédios de alto custo. Para bancar o tratamento por conta própria, os pacientes teriam de desembolsar entre R$ 7.100 (sete mil e cem reais) a R$ 8.200 (oito mil e duzentos reais) na compra do Gilenya. O Fingolimode da EMS, por causa da política nacional de medicamentos genéricos, custa 35% menos, entre R$ 2.400 (dois mil e quatrocentos reais) e R$ 2.800 (dois mil e oitocentos reais).

Para o médico Denis Bernardi Bichuetti, professor adjunto de Neurologia na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), se o remédio é exatamente igual ao de referência e a aprovação do genérico fizer com que as falhas de distribuição acabem, será ótimo, mas mostrar que um comprimido tem a mesma composição química de outro não significa que eles funcionem da mesma forma.

O neurologista ressalta que nunca teve acesso a publicações da EMS sobre o genérico do Fingolimode e jamais recebeu visita de nenhum representante do laboratório para falar sobre o remédio.
Denis Bernardi Bichuetti é neurologista e professor adjunto de neurologia na UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo).


“Isso não torna o produto ineficaz, mas o que prova essa eficácia é o estudo clínico. E demora entre dois e três anos para comprovar uma possível falha terapêutica com o uso do genérico”, diz Bichuetti, que comenta sobre a existência de remédios genéricos para tratamento da Esclerose Múltipla em todo mundo.

“Betaferon foi o primeiro comercializado no planeta e ele tem vários genéricos. Copaxone também tem genéricos. No Brasil, o mercado de medicamentos de alto custo é mais complexo porque depende de distribuição do governo e não de livre prescrição, o que torna a venda menos competitiva, diferente do que existe, por exemplo, com antibióticos ou analgésicos”.

Em entrevista à AME (Amigos Múltiplos pela Esclerose), o gerente de bioequivalência do laboratório EMS, Maurício Rocha de Magalhães Sampaio, afirma que o remédio é confiável. “A eficácia do Fingolimode para tratamento da Esclerose Múltipla está comprovada nos estudos clínicos feitos pelo laboratório que produz o remédio de referência (Gilenya, da Novartis) e ratificada por nossas pesquisas”.

De acordo com o gerente, princípio ativo, dose e forma de liberação são correspondentes nos dois medicamentos. “O genérico é idêntico ao Gilenya. Tem de ser dessa forma. É obrigatório”, Farmacocinética e farmacodinâmica do Gilenya foram estudadas durante anos, ressalta Sampaio. “Dessa forma, a EMS não precisa conduzir estudos clínicos porque a eficácia do remédio já está comprovada”.
Fingolimode integra o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) de Esclerose Múltipla. Imagem: Reprodução


O gerente de bioequivalência da EMS reforça que os estudos clínicos para fabricação do Gylenia já comprovaram a eficácia da fórmula. “O que eu preciso comprovar é que a minha formulação é capaz de liberar o princípio ativo da mesma forma que o remédio de referência. Eu avalio eficácia e segurança, mas isso já foi provado. O genérico não é melhor nem pior. Ele tem de ser igual”, afirma Maurício Sampaio.

O laboratório informou à AME que o produto foi devidamente aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), após todos os rigorosos critérios que avaliam os medicamentos genéricos no Brasil. “O cloridrato de fingolimode teve comprovada a sua qualidade e esperada ação terapêutica, podendo substituir o medicamento de referência indicado nas prescrições médicas e, inclusive, já é consumido em grande escala”, diz a EMS.

ANVISA RESPONDE – Em abril deste ano, a AME questionou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, por meio da Lei de Acesso à Informação, no que diz respeito ao uso do fingolimode genérico para tratamento da Esclerose Múltipla. A agência respondeu aproximadamente um mês depois, com envio de um documento de cinco páginas no qual confirma o registro do produto da EMS no Brasil, após “apresentação de estudos de bioequivalência”, e ressalta não haver diferença entre o remédio da Novartis e o genérico para segurança do paciente.

Documento


Na oportunidade, a AME perguntou se a troca de produto depois do começo do tratamento teria impacto no resultado. Conforme a resposta da Anvisa, essa substituição, ou intercambialidade, não alteram o processo, mas a agência alertou para a necessidade de uma decisão conjunta entre o profissional de saúde e o paciente. “A prescrição continua a critério médico ou de profissional legalmente habilitado”.
O preço poderia ser o motivo para justificar a troca, se essa substituição eliminasse um dos principais problemas enfrentados pelos pacientes, os atrasos na distribuição. Um estudo do Observatório da EM, criado pela AME, e divulgado pelo #blogVencerLimites, constatou a falha.

O Fingolimode integra o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) de Esclerose Múltipla, assim como betainterferona, glatiramer, natalizumabe, azatioprina e metilprednisolona. Todos são adquiridos de forma centralizada pelo Ministério da Saúde e fornecidos às secretarias estaduais.

“Essas secretarias têm responsabilidade pela programação, armazenamento, distribuição e dispensação para tratamento das doenças”, informou o ministério. “Cabe ressaltar que as aquisições são feitas para um período de 12 meses. O financiamento está previsto na Portaria GM/MS 1554/2013, nos artigos 60 e 70. E a portaria 1554/2013 preconiza que as secretarias ficam responsáveis por encaminhar a necessidade trimestral de cada medicamento de aquisição centralizada”, explicou a pasta.

SAIBA MAIS – Por lei, os medicamentos genéricos só podem chegar ao consumidor depois de passarem por testes de bioequivalência realizados em seres humanos – o que garante que serão absorvidos como os medicamentos de referência – e equivalência farmacêutica, confirmando que a composição do produto é tão boa quanto a do medicamento de referência.

Por isso, medicamentos genéricos são intercambiáveis, ou seja, podem substituir remédios referência indicados nas prescrições médicas. Os critérios técnicos para registro desses medicamentos no País são semelhantes aos adotados no Canadá e nos Estados Unidos, entre outros centros de referência de saúde pública no mundo. Desde que chegaram ao Brasil, no ano 2000, os genéricos sempre foram uma importante estratégia para ampliação do acesso da população a medicamentos.

Luiz Alexandre Souza Ventura, Imagem: Divulgação


FIOCRUZ, SE FILIA A ALFOB

EXTRATO DE INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO Nº 123/2017 - UASG 254445 Nº Processo: 25386000539201769 .
Objeto: Filiação a Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Oficiais do Brasil (ALFOB).
Total de Itens Licitados: 00001. Fundamento Legal: Art. 25º, Caput da Lei nº 8.666 de 21/06/1993..
Justificativa: Inviabilidade de competição. Declaração de Inexigibilidade em 10/07/2017. LORENA DRUMOND LOUREIRO VIEIRA. Vice-diretora de Gestão e Mercado. Ratificação em 10/07/2017. ANTONIO DE PADUA RISOLIA BARBOSA. Vice-diretor de Produção. Valor Global: R$ 27.500,00. CNPJ CONTRATADA : 37.993.201/0001-47 ASSOCIAÇÃO DOS LABORATÓRIOS FARMACÊUTICOS OFICIAIS DO BRASIL.


ABBOTT - REGISTRO DE PREÇOS PARA FORNECIMENTO DE REAGENTES PARA RNA viral HIV I PCR total R$

COORDENAÇÃO-GERAL DE SERVIÇOS GERAIS
EXTRATO DE REGISTRO DE PREÇOS
Espécie: Ata de Registro de Preços nº 60/2017 - Pregão Eletrônico - SRP n.º 33/2017; Processo: 25000.154864/2017-47.

Item Descrição do Objeto Unid. de Fornec. Qtde. Máx. anual do órgão Gerenciador Preço Unitário (R$) Preço Unitário (US$) Preço To t a l (R$) Preço To t a l (US$) 01 Reagente, conj. comp. p/ automação, quant. RNA viral HIV I PCR tempo real. Te s t e 1.596.000 33,5827 10,21 53.597.989,20 16.295.160,00
Partes: DLOG/SE/MINISTÉRIO DA SAÚDE x Empresa ABBOTT LABORATORIES INTERNACIONAL LLC, representada pela empresa nacional ABBOTT LABORATÓRIOS DO BRASIL LTDA - EPP, Vigência: 10/07/2017 a 09/07/2018.


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