Destaques

terça-feira, 15 de agosto de 2017

Comissão garante atendimento a idosos por geriatras em asilos

A Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa aprovou proposta que obriga asilos e casas de repouso a garantir o atendimento de idosos por médicos geriatras pelo menos uma vez por semana.

O texto aprovado é o substitutivo do relator, deputado Geraldo Resende (PSDB-MS), ao Projeto de Lei 227/15, do deputado Rômulo Gouveia (PSD-PB). No texto substitutivo, o relator especifica que o atendimento deverá ocorrer pelo menos uma vez por semana.

“Nem todas as instituições terão condições de contratar um geriatra exclusivamente para o atendimento de seus internos”, disse Resende. “Desse modo, optamos por apresentar substitutivo, prevendo que tal exigência será no mínimo de uma vez na semana”, completou.

“Garante-se, dessa forma, a atenção gerontológica aos pacientes, sem que a proposta seja inviabilizada por insuficiência de recursos”, acrescentou ainda o relator.

O texto altera o Estatuto do Idoso (Lei 10.741/03) que já obriga todas as instituições de atendimento a manter em seus quadros “funcionários com formação específica”.

Tramitação

A proposta será analisada de forma conclusiva pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

ÍNTEGRA DA PROPOSTA: PL-227/2015
Reportagem – Lara Haje, Edição – Natalia Doederlein, Foto - Alex Ferreira, Agência Câmara Notícias


Câmara fixa o dia 15 de setembro para combate a doenças reumáticas

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou o Projeto de Lei 8202/14, do deputado Felipe Bornier (Pros-RJ), que institui o 15 de setembro como o Dia Nacional da Conscientização sobre as Doenças Reumáticas. O texto segue para o Senado.

Atualmente, o Ministério da Saúde estabelece o dia 30 de outubro como Dia Nacional de Luta contra o Reumatismo. Entretanto, Bornier argumenta que essa data não permite a necessária divulgação do tema, uma vez que outubro concentra um grande número de datas comemorativas relacionadas a outras questões de saúde (como o Outubro Rosa).

Relator, Ronaldo Fonseca apresentou parecer favorável ao projeto de lei
O deputado acrescenta ainda que o termo “reumatismo” não se mostra adequado, pois possui uma conotação de doença ligada à idade que faz com que pessoas jovens se sintam livres de desordens reumatológicas.

Relator no colegiado, o deputado Ronaldo Fonseca (Pros-DF) defendeu a constitucionalidade e a juridicidade da proposta, apresentando parecer por sua aprovação. Fonseca propôs emenda de redação apenas para que as iniciais da data sejam grafadas em maiúsculas.

OMS
Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) mostram que as doenças reumáticas atingem 10% da população mundial e cerca de 20 milhões de brasileiros, com manifestações em pessoas de qualquer idade

ÍNTEGRA DA PROPOSTA: PL-8202/2014

Reportagem – Murilo Souza, Edição – Sandra Crespo, Foto Alex Ferreira - Agência Câmara Notícias


UFMG lança o primeiro Portal de análise de notícias em saúde do país

Pesquisadores da Faculdade de Farmácia da UFMG vão lançar no dia 14 de agosto, segunda-feira, o primeiro portal acadêmico de avaliação de notícias em saúde no Brasil. O site faz parte do projeto MEDIA DOCTOR do Centro Colaborador do SUS - Avaliação de Tecnologias & Excelência em Saúde (CCATES) da Universidade Federal de Minas Gerais, em parceria com a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC).

Preocupados com a qualidade da informação em saúde oferecida à população brasileira, os pesquisadores adotaram a metodologia Media Doctor, implantada em países como a Austrália, Estados Unidos, Canadá e Japão para analisar as notícias em saúde publicadas em jornais, revistas e portais online.

O projeto é coordenado pelo professor Augusto Guerra, do Departamento de Farmácia Social, financiado pelo Ministério da Saúde, e trará no site avaliações de reportagens sobre tecnologias em saúde. Para as avaliações, os pesquisadores examinam critérios científicos como indicação: benefícios; segurança; custo; alternativas; novidade tecnológica em saúde e independência da informação.

Além das avaliações por profissionais de saúde, o portal MEDIA DOCTOR terá o OLHAR DO JORNALISTA, que é a percepção de um profissional da imprensa sobre o conteúdo escrito, observando critérios de noticiabilidade. Já a BULA, servirá aos jornalistas como fonte segura de informações por apresentar definições científicas de doenças, tratamentos e medicamentos.

Outro diferencial do MEDIA DOCTOR BRASIL é que o site apresentará um monitoramento das avaliações, o SCANNER SAÚDE, uma espécie de raios-X das reportagens avaliadas pelos pesquisadores em que se observa: percentual daquelas que receberam cinco estrelas e temas mais publicados em jornais, revistas e portais de notícia do país.

Fonte: CCATES/UFMG


Cientistas desenvolvem adesivo para reparar órgãos - Bandagem evita cirurgias invasivas e pode ser colocada apenas com uma aplicação

Um coração remendado com um curativo. A imagem, tão recorrente em desenhos animados e ilustrações, está próxima de se tornar realidade. Um grupo de cientistas da Universidade de Toronto, no Canadá, desenvolveu um adesivo, de tamanho pouco menor que um selo postal, capaz de reparar o tecido cardíaco danificado por um infarto. De acordo com os pesquisadores, esse curativo também poderia ser utilizado em outros órgãos do corpo humano.

A invenção representa um avanço importante para pacientes vítimas de ataques cardíacos, já que ela permite reparação no coração sem a necessidade de uma intervenção cirúrgica complexa e invasiva. O adesivo pode ser injetado no coração usando-se apenas uma agulha e dispensando a necessidade de se abrir cirurgicamente o tórax do paciente para realizar a cirurgia. Os pesquisadores afirmam que esse tipo de cirurgia representa mais riscos do que benefícios para pacientes que já estão com a função cardíaca reduzida, como aqueles que sofreram infarto.

— Se um implante requer cirurgia de coração aberto, ele não estará amplamente disponível para os pacientes — diz a pesquisadora Milica Radisic, uma das cientistas que desenvolveu o adesivo. — Isso é muito perigoso.

Depois de várias tentativas ao longo de três anos, os pesquisadores conseguiram finalmente desenvolver um curativo capaz de se desenrolar sem que para isso fosse necessária outra aplicação ou intervenção cirúrgica. Além disso, o adesivo ainda se fixava na superfície do órgão. Ao atingir a eficácia nesses aspectos, os cientistas envolvidos no projeto injetaram células do coração no curativo e esperaram alguns dias antes de implantarem a bandagem no coração de ratos e porcos.

Após o implante, os pesquisadores identificaram que, além de o adesivo se desdobrar perfeitamente na superfície do órgão, as células, embora muito sensíveis, foram capazes de sobreviver ao procedimento. Eles observaram ainda que a função cardíaca dos animais submetidos ao procedimento melhorou significativamente, sobretudo devido a um bombeamento maior de sangue por parte dos ventrículos que antes estavam com sua capacidade reduzida.

— Quando vimos que o tecido cardíaco desenvolvido em laboratório era funcional e não era afetado pelo processo de injeção, foi muito emocionante. As células do coração são extremamente sensíveis. Então, se conseguimos fazer isso com elas, provavelmente poderemos realizar o mesmo procedimento com outros tecidos — afirmou Miles Montgomery, pesquisador que deu início ao projeto.

Especialista em desenvolver tecidos humanos em laboratório, a equipe da Universidade de Toronto utilizou material biodegradável no adesivo, o que faz com que ao longo do tempo a bandagem suma e deixe apenas o novo tecido.

— O adesivo não pode restaurar a saúde total do coração, mas, se ele puder ser utilizado em um ser humano, acreditamos que melhoraria significativamente sua qualidade de vida — comemorou Milica Radisic.

O time que desenvolveu o curativo para o coração trabalha agora em um curativo semelhante, desta vez para ser usado no fígado. A expectativa é de que, no futuro, outras funcionalidades sejam adaptadas ao objeto, como a injeção de medicamentos que estimulem a regeneração de tecidos.



Reunião do CNS termina com assinatura de Carta de Intenções

O terceiro e último dia da reunião do Conselho Nacional de Saúde (CNS), nesta sexta-feira (11/8), começou com a participação da presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima. O presidente do CNS, Ronald Santos, disse que, no momento atual, “o Estado está esvaziado e o mercado, privilegiado”. Fazendo uma alusão ao Dia do Estudante, comemorado nesta sexta-feira, ele disse que “somos, todos, eternos estudantes, sempre aprendendo”. Ao final da participação de todos os conselheiros inscritos para falar, os presidentes do CNS e da Fiocruz assinaram uma carta de intenções que prevê capacitação de recursos humanos, a elaboração de estratégias e ações comuns, o desenvolvimento de pesquisas e o compartilhamento de dados entre as duas instituições.

O presidente do CNS, Ronald Santos, e a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, participam da abertura do evento (foto: Peter Ilicciev)

Logo depois, a presidente Nísia destacou que a comunidade da Fiocruz se sente honrada e orgulhosa de sediar um evento como a reunião do CNS. “Isso faz parte do entendimento que temos do nosso papel no campo de CT&I. O pensamento crítico, que é uma marca da Fiocruz, é também do CNS. Esperamos que a Fundação possa contribuir, cada vez mais, para a apropriação do conhecimento pelas políticas públicas. Pesquisadores e sanitaristas de duas das nossas unidades, a Escola Nacional de Saúde Pública, e a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, tiveram uma participação importante na discussão sobre a atenção básica, que foi um dos pontos fortes desta reunião do CNS”, afirmou Nísia, acrescentando que o ocorreu nestes três dias foi uma “festa da democracia”.

“Esta é uma instituição que respira história. E o Ano Oswaldo Cruz [iniciativa que lembra os 100 anos da morte do cientista Oswaldo Cruz e que tem como slogan Ciência e saúde no projeto nacional] vem reforçar essa característica”. Há mais de 100 anos, quando Oswaldo Cruz dirigia o Instituto que viria a ser o embrião da Fiocruz, o Brasil era um país onde o analfabetismo grassava e vastos territórios do interior sequer dispunham de atendimento médico.

“Oswaldo atuou firmemente nesse amplo processo de intervenção nacional que se deu quando os sanitaristas adentraram os sertões e conheceram a realidade da saúde pública. Desde aquela época eles sabiam que sem melhorar as condições de saúde não se constrói uma nação”, observou a presidente, lembrando ainda que, segundo pesquisas, a Fiocruz é a instituição pública de C&T mais conhecida pelos brasileiros.

Nísia também recordou a 100ª reunião do CNS, ocorrida na Fiocruz em 2000 – até agora a única realizada na instituição. Ela mostrou fotos do evento, citou a participação da médica Zilda Arns, que à frente da Pastoral da Criança fez um importante trabalho pela redução da mortalidade infantil, e comentou uma manifestação feita à época na frente do Castelo, para salientar que a democracia sempre foi algo muito valioso para a instituição.

Em seguida, Nísia apresentou números sobre a produção de vacinas na Fundação, as pesquisas desenvolvidas, os mais recentes avanços obtidos pela Fiocruz, as parcerias com outras instituições de pesquisa públicas e privadas. Atualmente são 271 linhas de pesquisa e 1.665 projetos de desenvolvimento tecnológico. A Fiocruz 275 patentes depositadas no exterior e 83 no Brasil. Cerca de 1,8 mil pesquisadores trabalham com tecnologias para o SUS. “Aqui funciona uma parte significativa do SUS, aqui trabalham companheiros que defendem a vida, a saúde e a ciência e tecnologia nacionais”. Ao final da fala, o presidente do CNS disse que “fortalecer a Fiocruz é fortalecer a capacidade de fazer ciência e saúde em defesa da vida”.

O pensamento crítico, que é uma marca da Fiocruz, é também do CNS. Esperamos que a Fundação possa contribuir, cada vez mais, para a apropriação do conhecimento pelas políticas públicas (foto: Peter Ilicciev)

Santos passou então a palavra aos conselheiros inscritos para participar. O conselheiro Geraldo Adão, de Nova Lima (MG), elogiou a atuação e a programação do Canal Saúde e pediu que a abrangência da emissora atinja todo o país. Antônio Lacerda Souto, representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) no CNS, afirmou que os agentes comunitários de saúde (ACS) representam o Estado naqueles lugares onde ele não se faz presente, como favelas, periferias e comunidades rurais.

Francisca Valda Silva, da Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn), pediu que os profissionais de saúde precisam “tirar a roupa de trabalhadores e vestir a de usuários do SUS”, para assim defender melhor o Sistema. As presidentes dos conselhos Estadual e Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, respectivamente Étila Elane de Oliveira Ramos e Maria de Fátima Gustavo Lopes, criticaram os gestores e o que chamaram de desmonte do SUS.

A enfermeira Rebeca Santos, da residência multiprofissional em saúde da família da Fiocruz, emocionou os presentes ao fazer uma veemente e apaixonada defesa do Sistema Único de Saúde. “Todos aqui temos que lutar pelo SUS. Há pessoas que passam fome, outras que morrem de diarreia ou, em pleno século 21, apresentam doenças como sarna. Não podemos permitir que isso continue a acontecer. Viva a saúde pública!”, bradou emocionada e chorando.

O representante do Ministério da Saúde no CNS, Neilton Araújo dos Santos, discordou da quase totalidade dos presentes à reunião. Sob vaias e chamado de “golpista”, ele disse que “existe um esforço para construir um projeto que atenda a maioria e esses encontros também servem para se ouvir o contraditório. “A partir do debate é que vamos encontrar os pontos que temos em comum, que acredito serem muitos. O que hoje pode ser visto como retrocesso terá outra avaliação no futuro”. O presidente Ronald Santos precisou intervir para que Neilton conseguisse expor seu pensamento, devido às vaias.

Depois das participações de todos os conselheiros, a presidente Nísia voltou a se manifestar. Ela disse que está consciente da missão que é estar à frente da Fiocruz neste momento e se declarou confiante na força da democracia. Nísia afirmou que a comunicação pública é fundamental para o processo de defesa do SUS e citou as experiências da Fundação na área, como o Canal Saúde, a revista Radis e o Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz). Por fim, os dois presidentes assinaram uma Carta de Intenções da Fiocruz com o Conselho, para formalizar o início de uma agenda de colaboração, com ações futuras a serem definidas por uma assessoria técnico-científica. Santos convidou as presidentes dos conselhos Estadual e Municipal de Saúde, Étila Elane e Maria de Fátima, para servirem de testemunhas da assinatura.

Os dois presidentes assinaram uma Carta de Intenções da Fiocruz com o Conselho (foto: Peter Ilicciev)

A última atividade dos conselheiros foi uma visita ao campus da Fiocruz, na qual puderam conhecer o Castelo da instituição, a unidade de produção de vacinas (Bio-Manguinhos) e outros espaços.

CNS promove 296ª Reunião Ordinária em Manguinhos (RJ)

A 296ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Saúde (CNS) foi marcada por uma série de atividades no auditório da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), em Manguinhos (RJ). A Comissão Intersetorial de Orçamento e Financiamento (Confin) da CNS esteve reunida e manifestou preocupação com a escassez de recursos e o esvaziamento da saúde pública no Brasil. Durante o encontro, os conselheiros debateram o relatório do 1º Quadrimestre (ampliado para junho de 2017) e aprovaram, por unanimidade, uma proposta de minuta. Também foi aprovado, por unanimidade, a Programação Anual de Saúde (PAS) 2017.

Outro item de pauta em votação foi a proposta de atualização da Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde. Após debater as contribuições apresentadas pelo Grupo de Trabalho e pela consulta à sociedade, os conselheiros aprovaram, por unanimidade, uma nova versão da carta.  No último ponto de pauta da reunião de quinta-feira (10/8), também foram apreciados encaminhamentos para a 1ª Conferência Nacional de Vigilância em Saúde (1ª CNVS) e a 2ª Conferência Nacional de Saúde das Mulheres (2ª CNSMu).

Prevista para acontecer entre 21 e 24 de novembro em Brasília, a 1ª CNVS já teve o documento (em anexo) guia aprovado e terá como tema principal a Vigilância em Saúde: Direito, Conquista e Defesa de um SUS Público de Qualidade. Entre os seus principais desafios está o estabelecimento de um modelo de atenção à saúde voltado para a redução do risco da doença e de outros agravos, em que a promoção, a proteção e prevenção recebam a mesma importância do que a recuperação e a assistência.

A etapa nacional da 2ª Conferência Nacional de Saúde das Mulheres está programada para acontecer entre os 17 a 20 de agosto, em Brasília, 31 anos após a realização da sua primeira edição. Com o tema de “Saúde das mulheres: Desafios para a integralidade com equidade”, a 2ª CNSMu terá como eixo principal a implementação da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Mulheres. De acordo com os membros do CNS, a meta é ampliar a mobilização e o engajamento das mulheres com a agenda de resistência e de lutas contra os retrocessos na saúde. Confira em anexo o documento orientador da 2ª CNSMu).

Anexos:






segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Inovação é pauta da Feira de Soluções para a Saúde - Zika

O vice-diretor da Fiocruz Brasília, Wagner Martins, coordenou a mesa Desenvolvimento e Inovação em Saúde – a sustentabilidade da vida, no último dia da Feira Soluções para a Saúde – Zika, realizada na tarde da última quinta-feira (10/8), em Salvador. Participaram como palestrantes o vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Marco Krieger, o coordenador da Agenda 2030 na Fiocruz, Paulo Gadelha, o coordenador das Ações de Prospecção da Fiocruz, Carlos Gadelha, além de representantes do Programa das nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Rômulo Paes e do Senai/Cimatec, Roberto Badaró.

Ex-presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha relembrou as ações da Fundação durante a crise internacional provocada pelo vírus zika (Foto: Sérgio Velho)

Ao falar sobre os objetivos estratégicos da Organização das Nações Unidas (ONU) para combater o ebola, o representante do PNUD Rômulo Paes disse que era fundamental criar meios para tratar os possíveis infectados, garantir serviços essenciais, prevenir surtos em países ainda não afetados e foi enfático. “A grande questão não é criar um muro e achar que vamos conseguir evitar que os problemas se espalhem pelas fronteiras, o importante é saber qual a capacidade do Estado e da sociedade de resolver esses problemas”, afirmou.
O coordenador da Agenda 2030 na Fiocruz, Paulo Gadelha, começou a sua fala elogiando o formato e a programação do evento. “Estou emocionado com tudo o que está acontecendo aqui e curioso para saber o que está acontecendo nesse momento nas outras salas. Além disso, tenho uma relação muito próxima com a epidemia de zika que vivenciamos porque eu estava à frente da Presidência da Fiocruz quando tudo aconteceu”, recordou.

Paulo Gadelha também lembrou que a Fiocruz estava preparada para enfrentar os desafios da epidemia de zika por diversos motivos, entre eles pelo fato de já possuir expertise com arboviroses. “A Fiocruz também estava bem posicionada e de forma bem articulada para trabalhar internamente e externamente com diversos parceiros”, salientou. Paulo Gadelha também falou sobre a Agenda 2030 do Desenvolvimento Sustentável e do papel estratégico da Fiocruz no fornecimento de subsídios na área da saúde.

Em seguida, o coordenador das Ações de Prospecção da Fiocruz, Carlos Gadelha, falou sobre Soluções, Saúde e Desenvolvimento no Conjunto Econômico Industrial da Saúde e começou a sua fala elogiando o evento e afirmando que a saúde é parte endógena do desenvolvimento social. “Partimos da hipótese central de que a natureza de um capitalismo dependente e periférico e de um padrão global e local não sustentável de desenvolvimento se manifestam de modo avassalador no campo das doenças transmissíveis e, em particular, nas arboviroses”, destacou. Ele também ressaltou que a saúde deve ser encarada como uma área estratégica da sociedade de conhecimento e citou alguns desafios a serem enfrentados. “É preciso mostrar que é possível sair de uma agenda econômica limitada de alocação de recursos escassos em favor de uma agenda de criação de valor, de direitos, de riqueza social e de recursos públicos”, afirmou.

Já o vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Marco Krieger, fez um retrospecto do papel da Fiocruz frente ao enfrentamento das arboviroses ao longo da sua história e lembrou da atuação da instituição no combate à febre amarela, na produção do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) e do trabalho realizado dentro do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz). “Vale dizer que a Fiocruz é referência na produção de remédio contra a malária viral”, comentou.
O encerramento da mesa ficou por conta do diretor do Instituto de Tecnologia da Saúde (ITS) do Senai/Cimatec, Roberto Badaró, que falou sobre o futuro da medicina nos próximos 20 anos. Roberto Badaró citou as lacunas do complexo industrial da saúde e dos altos gastos do Ministério da Saúde na aquisição de medicamentos. “Para a saúde superar o déficit no Brasil, precisamos investir mais em prevenção”, avaliou.

Fernanda Miranda (Fiocruz Brasília)



Ministro inaugura unidade de microscopia em laboratório da UFRJ

O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, inaugurou nesta segunda-feira (14) a Unidade de Microscopia Avançada do Centro Nacional de Biologia Estrutural e Bioimagem (Cenabio), laboratório multiusuário da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O MCTIC aportou recursos para a construção do novo núcleo.

"A missão dessa Unidade de Microscopia Avançada é proporcionar aos seus usuários uma completa infraestrutura, à altura das mais modernas técnicas, de forma a consolidar uma rede capaz de analisar sistemas biológicos em dimensões nanométricas", destacou o ministro. "O Cenabio cobre uma lacuna nas ciências biomédicas brasileiras, ao oferecer à comunidade científica o que existe de mais sofisticado em bioimagem na América Latina. O centro combina conhecimentos das áreas de biologia, engenharia, física, informática, matemática e química", completou.

Kassab conheceu um microscópio de super-resolução e visitou as outras duas unidades do Cenabio, com equipamentos para análise de biologia estrutural por meio de técnicas como fluorescência e luminescência, ressonância magnética nuclear, ultrassonografia e tomografia. Ele ainda se reuniu com o Conselho Gestor do centro da UFRJ, ao lado do diretor de Desenvolvimento Científico e Tecnológico da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Wanderley de Souza, e da vice-reitora da universidade fluminense, Denise Lopez Nascimento.

Laboratório multiusuário do Centro de Ciências da Saúde da UFRJ (CSS), na Ilha do Fundão, o Cenabio oferece desde 1998 abordagens experimentais para obtenção de imagens de órgãos, células e biomoléculas. Em 2009, o laboratório passou a contar com apoio do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Biologia Estrutural e Bioimagem (Indeb), a partir de programa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Ascom/MCTIC


Dicol debate, amanhã(15) a partir das 10h a mudança de prazo em RDC sobre medicamentos

A Diretoria Colegiada da Anvisa irá realizar, nesta terça-feira (15/8), a partir das 10 horas, a 21ª Reunião Ordinária Pública do ano. Na pauta, está a proposta de alteração dos prazos da RDC 53/2015. A Resolução estabelece parâmetros para a notificação, identificação e qualificação de produtos de degradação em medicamentos com substâncias ativas sintéticas e semissintéticas, classificados como novos, genéricos e similares.
A pauta prevê, ainda, a análise de Consulta Pública para o estabelecimento de procedimentos a serem utilizados nos casos de indisponibilidade de comercialização de medicamentos de referência no Brasil.
Acompanhe a 21ª Reunião Pública, ao vivo, por um dos links abaixo.
Via Skype - https://join-noam.broadcast.skype.com/anvisa.gov.br/b26a27cb69e640f7baa08c927ca10ec7 (você também pode rever o vídeo após a reunião).
Via DataSUS – http://datasus.saude.gov.br/emtemporeal (somente pelo Internet Explorer).
I. ASSUNTOS PARA DISCUSSÃO E INFORMES: Não há item a deliberar.
II. ASSUNTOS DELIBERATIVOS DE REGULAÇÃO:

2.1. Proposta de Iniciativa:
2.1.1
Relator: Fernando Mendes Garcia Neto
Processo: 25351.054514/2015-52
Expediente: 080915/15-2
Proposta de Iniciativa para elaboração do Guia para condução de Estudos Comparativos com Azacitidina.
Agenda Regulatória 2015-16: sim
Área: GGMED
Relator: Fernando Mendes Garcia Neto

2.2. Proposta de Consulta Pública:
2.2.1.
Relator: Fernando Mendes Garcia Neto
Processo: 25351.447396/2016-26
Expediente: 424726/16-4
Proposta de Consulta Pública para o Estabelecimento de Procedimentos Utilizados nos Casos de Medicamentos de Referência Indisponíveis para Comercialização em Território Nacional.
Área: GGMED
Agenda Regulatória 2015-16: sim

2.3. Proposta de Resolução da Diretoria Colegiada (RDC):
2.3.1
Relator: Fernando Mendes Garcia Neto
Processo: 25351.452495/2016-12
Expediente: 431268/16-6
Proposta de RDC para alterar os prazos da RDC 53/2015.
Área: GGMED
Agenda Regulatória 2015-16: não

2.4 Outros Assuntos de Regulação: Não há item a deliberar.
2.5 Petições e Solicitações à Diretoria Colegiada: Não há item a deliberar

Inspetores de alimento são capacitados em Boas Práticas

Inspetores do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária de diversas regiões do Brasil foram capacitados em Boas Práticas de Fabricação de Alimentos e gerenciamento de Risco Sanitário pela Anvisa e pela Superintendência de Vigilância Sanitária do Estado do Maranhão - Suvisa/Ma.
Foram capacitados 90 inspetores de 18 estados. O curso marca o início dos trabalhos para padronização das inspeções de estabelecimentos fabricantes.
O curso foi ministrado por servidores da Anvisa e palestrantes convidados de Vigilâncias Sanitárias Estaduais e de associações do setor produtivo. Foram abordados temas como Boas Práticas de Fabricação (BPF) em estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos; Suplementos Alimentares; Águas Minerais, Natural e Adicionadas de Sais.  Ainda, embalagens de alimentos, e requisitos sanitários para o controle do processamento de palmito e de amendoins; gerenciamento de risco sanitário na transmissão de doença de chagas por ingestão de açaí, o recolhimento de alimentos e a comunicação à Anvisa.
Para a gerente substituta da Gerência de Inspeção e Fiscalização de Alimentos (Giali/GGFIS), Rosane Maria Franklin Pinto, o curso apresentou dentre outros temas, alguns das novas propostas de regulamentos da Agência, como  “boas práticas para indústrias fabricantes de água adicionada de sais e de embalagens de alimentos. 
De acordo com o Superintendente de Vigilância Sanitária do Maranhão, Edmilson Silva Diniz Filho, o curso foi importante para nivelar o entendimento técnico de profissionais de regiões distintas do país e propiciar troca de experiências.
A palestrante Doriléia Pantoja, da Vigilância Sanitária do Pará, destacou que o curso de Boas Práticas de Fabricação é de extrema importância para o melhor desempenho das ações de vigilância sanitária. “O formato de inserir as experiências das Vigilâncias Sanitárias, além de ser gratificante, é um momento de partilhar as ações que deram certo e de receber novas ideias acerca daquilo que ainda pode ser feito”, destacou Pantoja.
Patrícia Chagas, Especialista em Regulação da Anvisa, ressaltou que o curso de formação de inspetores de alimentos foi um marco na padronização das inspeções. E, que, apesar de se tratar de um segmento com uma grande amplitude de ação sanitária, buscou-se atingir os pontos críticos.
Confira a programação do curso.
Programação 
Dia 7
8h – Abertura do evento
8h30 – Inspeção e fiscalização de Alimentos
10h45 – Boas Práticas em Serviços de Alimentação
12h – Almoço
13h às 17h30 – Boas Práticas em Serviços de Alimentação 
Dia 8 – 8h às 12h – Boas Práticas de Fabricação de Estabelecimentos
12h – Almoço13h às 17h15 – Boas Práticas em Serviços de Alimentação
Dia 9
8h – Suplementos Alimentares – Novas Perspectivas
10h45 – Gerenciamento de Risco Sanitário na Transmissão de doença de Chagas Aguda por ingestão de Açaí
12h – Almoço
13h às 17h15 – Boas Práticas de Fabricação e requisitos sanitários específicos para o controle do processamento de palmito
Dia 10
8h às 12h– Boas Práticas para industrialização, distribuição e comercialização de água adicionada de sais
12h – Almoço
13h às 15h – Boas Práticas para industrialização e comercialização de água mineral natural e água natural
15h às 17h15 – Boas Práticas de fabricação para estabelecimentos industrializadores de amendoins processados e derivados
Dia 11
8h às 12h– Boas Práticas para industrialização de embalagens de alimentos
12h – Almoço
13h às 15h – Recolhimento de alimentos e sua comunicação à Anvisa
15h às 17h15 – Encerramento 

Análise de LI poderá ser feita por todas as PAFs

Publicada, nesta segunda-feira (14/8), a Orientação de Serviço n° 34/GGPAF/Anvisa, em anexo. O documento determina que as análises dos processos de Licença de Importação (LI) poderão ser realizadas por servidores da Anvisa de todo o Brasil. A medida tem por objetivo atender os prazos de análise, que, de acordo com o que foi pactuado no Contrato de Gestão de Anvisa, é de 7 dias.

A mudança busca utilizar da melhor forma os recursos humanos disponíveis, considerando que atualmente o processo de LI é totalmente digital e acessado no Portal Único do Comércio Exterior, o sistema Siscomex.

Antes da publicação, a análise estava restrita à unidade diretamente relacionada à instalação alfandegada de despacho da carga, que é a URF de despacho. Ou seja, a avaliação era de competência exclusiva do posto da Anvisa que estava instalado ou atendia a determinado terminal de carga de aeroporto, porto ou porto seco. Isso gerava acúmulo de processos para análise das LI, principalmente nos postos da Agência em São Paulo, onde o número de protocolos diários equivale a 50% de processos de todo o Brasil. A situação, que fica agravada em razão da aposentadoria de diversos profissionais do quadro específico da Agência, era tratada por meio de forças tarefa e processos de remoção. Essas medidas se mostraram ineficientes, pois não resolveram o atraso nas análises, que chegava a 30 dias, 23 dias a mais que o previsto.

De acordo com o Diretor de Monitoramento da Agência, William Dib, “esta Orientação de Serviço é um primeiro passo da Anvisa para racionalizar o processo de trabalho no tratamento administrativo de licenças de importação, de forma a integrar-se ao Portal do Comércio Exterior, gerando economias com armazenagem de cargas, focando realmente nos casos de maiores riscos sanitários e contribuindo para a redução do custo Brasil”, explica.

Com a mudança, o setor regulado passará a consultar a fila de processos e situação dos documentos diretamente no site da Anvisa e não mais em determinado posto da Agência, como ocorria antes.

A fila e a situação dos processos podem ser consultadas no endereço: http://portal.anvisa.gov.br/sistema-de-fila-de-peticoes

Para acompanhar os tempos de análise basta acessar: http://portalanalitico.anvisa.gov.br/portos-aeroportos-e-fronteira

A racionalização na gestão de pessoas é apenas a primeira iniciativa, no sentido de aprimorar a atuação da Anvisa no controle sanitário de produtos importados. Melhorias nos sistemas de informação e processos de trabalho que viabilizarão a parametrização das análises, com consequente implementação de canais automatizados para processos de baixo risco, estão em homologação e mudarão radicalmente o processo de anuência de LI, reduzindo a burocracia e aumentando a segurança sanitária.

Em anexo disponibilizamos a integra da Orientação de Serviços

Anexo:



Agenda do Ministro de Estado, Ricardo Barros Terça-feira, 15 de Agosto de 2017

6h30 – Decolagem de Brasília para Rio de Janeiro (uso da FAB para deslocamento)
Comitiva: Assessor de Imprensa/ASCOM, Renato Strauss

9h10 – Palestra no Seminário “Novos modelos para saúde” – Painel: “Saúde pública e Suplementar – Um único sistema” ?
Local: Museu de Arte do Rio - MAR

10h30 – Decolagem do Rio de Janeiro para Brasília (uso da FAB para deslocamento)
Comitiva: Assessor de Imprensa/ASCOM, Renato Strauss

Assessoria de Cerimonial, Bruna Battaglia



Summit Saúde Brasil: Em evento, ministro promete informatizar UBSs até o fim de 2018

As medidas para modernização do SUS incluem ainda mais interatividade com os pacientes que, por meio do aplicativo E-Saúde, vão poder inclusive avisar quando não for possível comparecer a uma consulta

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, afirmou nesta segunda-feira, 14, que todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) estarão informatizadas até o final do próximo ano. 
Ministro Ricardo Barros na abertura do Summit Saúde Brasil 2017, no hotel Sheraton, na zona sul de Sao Paulo.

A declaração foi dada durante a abertura do Summit Saúde Brasil 2017, evento promovido pelo Estado que reúne alguns dos maiores especialistas no tema.

Segundo Barros, todas as UBSs devem passar pelo processo, que inclui a implantação do prontuário eletrônico dos pacientes
As medidas para modernização do SUS incluem ainda mais interatividade com os pacientes que, por meio do aplicativo E-Saúde, vão poder inclusive avisar quando não for possível comparecer a uma consulta.

"Hoje, financiamos doença e temos passar a financiar saúde. Investir em prevenção e promoção será a palavra de ordem. Sabemos que, em 30% das consultas, as pessoas não comparecem. Elas poderão confirmar com o smartphone", explica Barros.
Para informatizar as UBSs, o ministério deve fazer um contrato com duração de 60 meses, que será pago mensalmente.

Em sua apresentação, o ministro apresentou ainda o projeto de criação de uma fila única para procedimentos cirúrgicos, cuja posição também poderá ser consultada por smartphones.

Evento

Pelo segundo ano consecutivo, o Estado realiza em 14 de agosto o evento Summit Saúde Brasil - conferência que tem como principal objetivo destacar e discutir as principais tendências em gestão e tecnologia na área de Saúde e Medicina não só no Brasil, mas no mundo todo.

Voltado para gestores e administradores de hospitais, clínicas, laboratórios e planos de saúde, o Summit também vai discutir a importância da profissionalização da gestão, pois abordará temas como redução de custos e sustentabilidade do sistema. A expectativa é de que ao menos 500 gestores de todo o Brasil participem da conferência, em São Paulo.

Para debater tendências comportamentais, tecnológicas e de gestão na Medicina, palestrantes brasileiros e estrangeiros vão expor suas experiências em painéis e sessões simultâneas durante todo o dia. 

Foto: Amanda Perobelli/Estadão, Paula Felix, O Estado de S.Paulo


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