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segunda-feira, 20 de novembro de 2017

GERSON OLIVEIRA PENNA é exonerado do cargo de Diretor da Gerência Regional de Brasília da FIOCRUZ , Nomeada MARIA FABIANA DAMÁSIO PASSOS para substituí-lo

PORTARIAS DE 13 DE NOVEMBRO DE 2017
O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, SUBSTITUTO, no uso da competência que lhe foi delegada pelo art. 3º do Decreto nº 8.821, de 26 de julho de 2016,
resolve:
Nº 2.871 - Exonerar GERSON OLIVEIRA PENNA do cargo de Diretor da Gerência Regional de Brasília, código DAS 101.4, nº 45.0766, da Fundação Oswaldo Cruz.
Nº 2.872 - Nomear MARIA FABIANA DAMÁSIO PASSOS, para exercer o cargo de Diretora da Gerência Regional de Brasília, código DAS 101.4, nº 45.0766, da Fundação Oswaldo Cruz.
ADEILSON LOUREIRO CAVALCANTE


Adequação das margens pode levar o Ministério da Saúde a rever os critérios para o aqui tem Farmácia Popular

Para reduzir gastos, é necessário rever distribuição de remédio
Plano é mudar atual modelo de pagamento à rede particular credenciada no Farmácia Popular

Para setor farmacêutico, as medidas colocam em xeque o programa; já o governo admite retomar entrega pela rede do SUS.

Um dos mais conhecidos programas do Ministério da Saúde, o Farmácia Popular, iniciativa que oferta medicamentos gratuitos ou com até 90% de desconto, deve passar por mudanças. Para o setor farmacêutico, as medidas o colocam em risco.

Após fechar cerca de 400 farmácias da rede própria que mantinha no programa, o governo quer agora mudar o modelo de pagamento para farmácias particulares credenciadas. Hoje, há cerca de 30 mil estabelecimentos que ofertam os medicamentos no Aqui Tem Farmácia Popular, nome dado ao eixo do programa na rede particular.

Para o ministro Ricardo Barros (Saúde), o objetivo é reduzir gastos, tidos como mais altos do que na compra centralizada de remédios no SUS.

Representantes do setor e sanitaristas, porém, dizem que as novas propostas colocam o programa em xeque.

Hoje, farmácias recebem um reembolso do governo a cada produto dispensado, com base em uma tabela de valores de referência pré definidos para cada um deles.

O governo quer renegociar esses valores. De acordo o ministro, a ideia é propor um novo cálculo, definido por um preço base no atacado e 40% de margem para compensar os custos de aquisição e distribuição dos produtos.

Hoje, não há uma margem padrão, o que leva à diferença de valores, justifica.
"Vamos atualizar os preços para esse momento de mercado", disse à Folha.
"Se fizemos essa margem, economizaremos R$ 600 milhões ao ano." O programa, criado em 2004 no governo Lula, custa R$ 2,7 bilhões.

Há ainda um modelo alternativo em estudo, semelhante ao aplicado nas lotéricas.
Neste caso, as farmácias receberíam um valor fixo pelo procedimento de entrega do medicamento, não importa qual deles entregou. Neste caso, os medicamentos seriam do Ministério da Saúde.

As mudanças, porém, dependem de negociação com o setor. Segundo Sérgio Barreto, da Abrafarma, associação que reúne as redes de farmácias, os preços sugeridos na proposta, e que preveem redução de até 60%, não compensam os custos.

"Estão partindo de uma base que não está correta. Não consigo receber menos do que paguei para a indústria."

Para ele, a medida pode inviabilizar o programa.

Posição semelhante tem representantes da indústria. "Nos parece perigoso que um dos poucos êxitos seja ameaçado", diz Antônio Britto, da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa.

O Ministério cita exemplo da insulina, que custa R$ 10 o frasco no SUS e R$ 26 no Farmácia Popular. Para Britto, não é possível comparar os valores, por serem situações e volumes diferentes.

SÓ NO SUS
À Folha o ministro afirma que, caso não haja um acordo, a pasta pode voltar a distribuir todos os medicamentos da lista apenas no SUS. "Se não quiserem fazer nessa margem que estamos propondo, vamos centralizar a compra e fazer [a entrega] na nossa rede, que já está paga."

Neste caso, diz, os valores pagos ao programa seriam direcionados a complementar as verbas de assistência farmacêutica, assim como ocorreu no fechamento das unidades próprias. Questionado se isso não indicaria o fim do programa, ele minimiza.

"Tem 1.500 municípios do Brasil que não têm Farmácia Popular nem rede própria nem conveniada. E nem por isso deixam de receber os medicamentos", diz ele, que nega prejuízos à população no acesso a remédios. "O que afeta o acesso é pagar caro por algum medicamento."

Arthur Chioro, ministro da Saúde na gestão Dilma Rousseff, tem visão oposta. "Observamos em relação ao Farmácia Popular a desmontagem do programa." Ele diz que o programa foi criado para aumentar acesso a medicamentos para doenças comuns e reduzir custos com internação.

Com base no artigo da Natalia Cancan da Folha


Samsung Bioepis Receives Regulatory Approval for Europe's First Trastuzumab Biosimilar, ONTRUZANT | FirstWord Pharma

Ref: Business Wire

  • ONTRUZANT® is the industry's first biosimilar referencing Herceptin® i (trastuzumab) to receive marketing authorization from the European Commission
  • Samsung Bioepis sets an industry record by obtaining European regulatory approval for four biosimilars in just two years
INCHEON, Korea--(BUSINESS WIRE)-- Samsung Bioepis Co., Ltd. today announced the European Commission's (EC) marketing authorization of ONTRUZANT®, a biosimilar referencing Herceptin® (trastuzumab), for the treatment of early breast cancer, metastatic breast cancer and metastatic gastric cancer. ONTRUZANT® is the first trastuzumab biosimilar to receive regulatory approval in Europe.

This press release features multimedia. View the full release here: http://www.businesswire.com/news/home/20171119005066/en/

Christopher Hansung Ko, President & CEO of Samsung Bioepis. (Photo: Business Wire)
The EC approval of ONTRUZANT® applies to all 28 European Union (EU) member states and the European Economic Area (EEA) member states of Norway, Iceland and Liechtenstein. ONTRUZANT® will be commercialized by MSD, which is known as Merck in the United States and Canada.

"Breast cancer remains the most common form of cancer affecting women. We hope ONTRUZANT will play an important role expanding patient access to trastuzumab across the region," said Christopher Hansung Ko, President & CEO of Samsung Bioepis. "Through relentless process innovation and an uncompromising commitment to quality, we remain dedicated to advancing one of the industry's strongest biosimilar pipelines, so that more cancer patients and healthcare systems across Europe will benefit from biosimilars."

ONTRUZANT® is the fourth biosimilar developed by Samsung Bioepis to receive EC marketing authorization. Samsung Bioepis has also received marketing authorizations for Benepali® (etanercept), Flixabi® (infliximab) and Imraldi® (adalimumab).

About Samsung Bioepis Co., Ltd.
Established in 2012, Samsung Bioepis is a biopharmaceutical company committed to realizing healthcare that is accessible to everyone. Through innovations in product development and a firm commitment to quality, Samsung Bioepis aims to become the world's leading biopharmaceutical company. Samsung Bioepis continues to advance a broad pipeline of biosimilar candidates that includes six first-wave candidates that cover the therapeutic areas of immunology, oncology and diabetes. Samsung Bioepis is a joint venture between Samsung BioLogics and Biogen. For more information, please visit: www.samsungbioepis.com.

iHerceptin® is a registered trademark of Genentech Inc.

View source version on businesswire.com: http://www.businesswire.com/news/home/20171119005066/en/



domingo, 19 de novembro de 2017

Exposição "Aedes: que mosquito é esse?" chega ao Sesc São Paulo

Buscar, identificar e capturar o mosquito Aedes aegypti numa espécie de caça ao inseto.
Acompanhar o voo do mosquito dentro de um apartamento por meio de óculos Virtual Reality (VR). Esses jogos e outras atividades compõem a exposição Aedes: que mosquito é esse?, produzida pelo Museu da Vida com patrocínio da Sanofi que está em cartaz até 15 de dezembro no Sesc São Paulo, unidade Florêncio de Abreu.

Dividida em seis módulos - como “Dengue”; “Zika”; “Chikungunya”; “Os vírus - por dentro dos vírus" e "Um mosquito doméstico – o zumzumzum da questão" -, a mostra passeia pelo universo do inseto e usa tecnologia de última geração e material multimídia. A iniciativa é apoiada pela Rede Dengue, Zika e Chikungunya da Fiocruz, que coordena diversas ações integradas para o controle do Aedes na instituição.

Uma escultura de mosquito fêmea com mais de dois metros – criação do artista plástico Ricardo Fernandes – recepciona o visitante para estimulá-lo a explorar diferentes partes do Aedes. Sensores de proximidade distribuídos pelo modelo 3D, ao serem acionados pelo público, projetam informações em uma tela sobre a anatomia e outros detalhes do mosquito.

Passeando pela mostra, o público encontrará diversas atividades interativas, entre elas o “Quintal Interativo”, em que é possível observar, com lupas, o ciclo de vida do mosquito, desde o ovo até a fase adulta. Além disso, a ideia é encontrar potenciais criadouros do vetor, como pneus, caixas d’água destampadas e garrafas armazenadas de maneira incorreta.

Já o jogo “Detetive da Dengue” apresenta cenários com possíveis criadouros: o participante deve identificá-los e tocá-los para eliminar a ameaça. Quem encontrar e bloquear mais focos ganha a partida e acumula pontos para a próxima fase, com nova missão. Ainda na exposição, o público poderá assistir aos documentários "O mundo macro e micro do mosquito Aedes aegypti – para combatê-lo é preciso conhecê-lo" e "Aedes aegypti e Aedes albopictus: uma ameaça nos trópicos", dirigidos por Genilton José Vieira, do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).

Serviço
Aedes: que mosquito é esse?
Entrada gratuita
Local: Sesc Florêncio de Abreu. Rua Florêncio de Abreu, 305/315 – Centro - São Paulo
Abertura para o público: 5 de outubro a 15 de dezembro
Atendimento: segunda a sexta, das 10 às 19h
Informações: (11) 3329-2800 e sescsp.org.br/florenciodeabreu
Agendamento de grupos monitorado – Inscricoes@florenciodeabreu.sescsp.org.br


A BCG em gotas para o nariz

Mais barata, mais eficaz e com recurso a nanotecnologia, assim se apresenta a vacinação nasal da BCG que está a ser desenvolvida num estudo da faculdade de Farmácia de Lisboa

O estudo é coordenado pelo professor António Almeida que explica que esta alternativa surge depois de se ter verificado que a BCG injetável não protege completamente algumas faixas etárias, como é o caso dos adultos.

Sendo a tuberculose pulmonar, uma doença contagiosa que se transmite por via aérea, esta futura BCG nasal pretende estimular a imunidade no local de entrada da infeção.

A grande inovação passa pelo conciliar dos conhecimentos anteriores da BCG, que já existe desde 1927, com tecnologia de ponta, incluindo na formulação partículas de tamanho nanométrico ou micrométrico para manter as bactérias vivas.

O estudo ainda está numa fase preliminar, com testes feitos em animais de laboratório com boas respostas à imunização através da administração nasal da BCG.


Ana Cristina Henriques, foto: Leonel de Castro / Global  Imagens


Diagnóstico molecular do vírus influenza - Capacitação internacional para especialistas, patrocinado pela OPAS/OMS

A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) trouxe ao país, entre os dias 6 e 10 de novembro, para um curso internacional sobre diagnóstico molecular do vírus influenza, cerca de 25 especialistas das Américas, incluindo Bolívia, Costa Rica, Guatemala, Haiti e República Dominicana.

A capacitação realizada em parceria com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), aconteceu no Laboratório de Vírus Respiratório e do Sarampo do IOC o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), anfitrião da iniciativa. 

Por meio do diagnóstico laboratorial, os profissionais identificam tipos e subtipos de vírus influenza em circulação e estabelecem relações com os padrões regionais e mundiais. A ação faz parte da rotina de vigilância do vírus, que inclui o monitoramento de cepas com potencial pandêmico e serve de instrumento para a formulação anual da vacina que será disponibilizada para a população. “A Capacitação atualizou o panorama da influenza no mundo, com destaque para a situação atual dos diferentes países das Américas. Além da troca de informações, foram discutidos protocolos da metodologia de diagnóstico molecular e os processos praticados em laboratório para “treinar os treinadores”.

As atividades práticas foram acompanhadas por especialistas do CDC e coordenadas por pesquisadores do IOC, do Chile e do México. “O treinamento permite que esses três países possam ajudar outros no suporte técnico de influenza, tanto para a realização de testes de detecção e diagnóstico do vírus, como nas ações de vigilância.

Os profissionais dos centros nacionais de influenza saem do treinamento com maior proficiência para a realização dos procedimentos de rotina de diagnóstico. O monitoramento do vírus influenza acontece por meio de um trabalho conjunto, o que ressalta a importância de treinamentos que fortalecem a rede.

Com base nas informações do site da IOC/Fiocruz


Contribuições da bioinformática para Leishmaniose é tema de workshop (30/11)

A Fiocruz Brasília, por meio do Colaboratório Ciência, Tecnologia e Sociedade promove, no dia 30 de novembro, o Workshop Contribuições da Bioinformática para Leishmaniose. A programação conta com apresentações de pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais, Instituto Butantan, além de pesquisadores da Fiocruz do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco e Brasília. A atividade é gratuita e aberta ao público e será realizada a partir das 8h30, no auditório interno da instituição .

As leishmanioses atingem cerca de 12 milhões de pessoas em 98 países e há 350 milhões sob o risco de infecção, em especial em regiões pobres. Os casos são associados a má nutrição, moradia precária e deficiência imunológica. A bioinformática é utilizada há mais de dez anos para processar e analisar grandes volumes de dados em saúde, possibilitando a integração de resultados de diferentes pesquisas pelo mundo. Desde a publicação do genoma da Leishmania major em 2005, foi iniciada a era pós-genômica no estudo desses parasitas. Impulsionados pelos avanços tecnológicos nos métodos de Biologia Molecular e Bioinformática, projetos genomas estruturais e funcionais estão em desenvolvimento, e com potencial para derivarem outras pesquisas científicas a partir de seus resultados.

A pesquisadora Tainá Raiol espera que o worskhop promova a interação entre pesquisadores das duas áreas, com compartilhamento de conhecimento e desenvolvimento de pesquisas colaborativas para se melhorar o quadro epidemiológico da doença no Brasil.
As inscrições são gratuitas e devem ser feitas pela internet até o dia 29 de novembro.



IQUEGO - governo manda novo projeto para Assembleia do Estado, liquidar, fazer PPP ou alienar 49% da Empresa

Chega à Assembleia Legislativa novo projeto de privatização da Iquego

 Governo apresenta três alternativas possíveis para empresa: alienar até 49% das ações, a liquidação total ou desenvolver projeto de PPP

Já está tramitando na Assembleia Legislativa o Projeto de Lei nº 4569/2017, assinado pelo governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), que trata da desmobilização da Indústria Química do Estado de Goiás (Iquego).

A proposta foi protocolada no dia 14 de novembro e ainda aguarda a indicação de um relator na Comissão Mista.

Na justificativa, o tucano destaca três alternativas possíveis para a privatização da empresa: alienar até o limite de 49% de suas ações, proceder sua liquidação ou desenvolver projeto de Parceria Público Privada (PPP) na forma da legislação aplicável.

Segundo O Governador Marconi Perillo, a proposta decorre de análise realizada pela Fundação Getúlio Vargas e visa o combate dos problemas estruturais da Iquego por meio de um projeto de compartilhamento de riscos e ganhos.

“A escolha desta alternativa de desmobilização, revela-se estratégica como política de Estado, visto que permitirá a manutenção do único laboratório público do Centro-Oeste”, explica.

O objetivo é buscar o saneamento das finanças da empresa e, para tanto, o projeto de PPP revela-se de fundamental importância, em razão da possibilidade de produção de medicamentos destinados a suprir, inclusive, a demanda do Sistema único de Saúde (SUS).

Trâmite
No ano passado, a Assembleia Legislativa chegou a aprovar, em primeira votação, a liquidação da Indústria Química do Estado de Goiás (Iquego). O Projeto de Lei nº 3.432/16 foi enviado para a Casa pelo Governo do Estado e modifica a Lei nº 17.257/11, que trata da organização administrativa do Executivo.

Segundo o governo, a empresa – que já tinha autorização para alienar 49% dos bens – precisa ser completamente vendida por fazer parte do então Programa de Desmobilização e Gestão dos Ativos do Estado de Goiás. 

Com informações da Assembleia Legislativa



Outubro Rosa: Cai o número de regiões de saúde sem mamógrafos

A Campanha “Outubro Rosa” chama a atenção das mulheres para a prevenção e diagnóstico precoce da neoplasia de mama. Contudo, além das ações de rastreamento, é de extrema importância monitorar o cuidado adequado e integral dos casos detectados, procurando-se com isso diminuir a mortalidade por esta causa. O Programa de Avaliação do Desempenho do Sistema de Saúde (PROADESS), realizado pela Fiocruz, tem como objetivo contribuir para esse monitoramento e avaliação do sistema de saúde brasileiro, fornecendo subsídios para o planejamento de políticas, programas e ações de saúde para gestores de todas as esferas administrativas e disseminando informações sobre o desempenho do SUS nos seus distintos âmbitos.

O boletim desta edição mostra alguns indicadores relacionados à detecção precoce do câncer de mama para Brasil e Grandes Regiões, comparando os anos 2010 e 2015. Em relação à oferta de mamógrafos houve aumento, em 2015, em todas as grandes regiões do país, tanto no total da oferta de equipamentos quanto nos disponíveis ao SUS. O número de regiões de saúde sem mamógrafos diminuiu de 48 para 17, e constata-se também um aumento no número de regiões de saúde com mais de 3 mamógrafos por 100 mil habitantes, que eram 54 em 2010 e passaram para 109 em 2015. Essa ampliação da oferta de equipamentos foi maior nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.


Quanto ao investimento em recursos humanos, medido pela quantidade de médicos ginecologistas, obstetras e mastologistas, nota-se no Boletim divulgado que em 2015 existiam 27 regiões de saúde, situadas principalmente nas regiões Norte e Nordeste, sem nenhum profissional. Apesar de precária, essa situação apresenta uma melhora significativa ao compararmos com o ano de 2010, quando 56 regiões de saúde não dispunham de médicos dessas especialidades, em 2015, a ausência de profissionais dessa área vinculados ao SUS é notada em 36 regiões de saúde, ainda assim um número inferior às 68 regiões identificadas em 2010.



sábado, 18 de novembro de 2017

JUDICIALIZAÇÃO DA SAÚDE E SUAS IMPLICAÇÕES NO SUS - assista os vídeos

A Câmara Técnica de Direito Sanitário do CONASS reuniu, em Brasília, nos dias 6 e 7 de novembro, desembargadores, promotores, procuradores, juízes, auditores de tribunais e demais profissionais de direito para debater a judicialização da saúde e suas implicações para o SUS.

O encontro teve como objetivos desenvolver a integração e troca de experiências entre as Secretarias Estaduais de Saúde e compartilhar informações e a busca por subsídios técnicos para as discussões entre os gestores do SUS.

Os técnicos das Secretarias Estaduais de Saúde debateram com os convidados temas como judicialização e fraudes, o sistema SCODES, a cooperação técnica com a Procuradoria Geral do Estado de São Paulo, dentre outros.

Assista nos vídeos abaixo o que disseram os principais convidados
Fernando Bardi
Polícia de São Paulo investiga fraudes nas judicializações da saúde
Você sabia que a polícia de São Paulo criou um departamento para investigar possíveis fraudes na judicialização da Saúde?
É o que explica o delegado Fernando Bardi falou sobre essa divisão policial que cuida especificamente de delitos desta natureza e tem atribuição em todo território paulista para controlar e também investigar essas fraudes

Marcelo Rocha Chaves
Tribunal de Contas da União - TCU apresenta levantamento sobre governança e gestão em saúde .
Auditores do TCU participaram do encontro e apresentaram o resultado de três trabalhos realizados: um levantamento sobre judicialização da saúde em 10 estados brasileiros; um levantamento sobre governança e gestão em saúde em todos os estados e municípios e um trabalho sobre gestão da Atenção Básica em Saúde nos estados, municípios e no Ministério da Saúde.
Os auditores destacaram a importância da aproximação dos órgãos de controle com os gestores de saúde, pois segundo eles, é uma oportunidade de conhecer melhor uma realidade que, muitas vezes, não se tem conhecimento apenas com a análise de processos.

Ulisses Schwarz Viana
Procurador do estado do Mato Grosso do Sul e presidente da Câmara Técnica do Colégio Nacional de Procuradores Gerais dos Estados e do DF (CNPGEDF), fala sobre atuação das procuradorias gerais junto aos Tribunais Superiores. Ele observou uma mudança de paradigma na atuação dessas procuradorias que antes atuavam de forma isolada e agora passaram a atuar coletivamente levando, auxiliando o judiciário com a visão do estado sobre questões que têm gerado controvérsia social como a oferta de medicamentos, por exemplo.

Luciana da Veiga Oliveira
Juíza de Curitiba
Como funcionam os Comitês Executivos da Saúde?
Os Comitês Executivos da Saúde foram criados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com o objetivo de monitorar as demandas judiciais em saúde. Presente em todos os estados da federação, possuem uma composição heterogênea com a presença de diversos setores que vão desde o Ministério Público até médicos, associação de pacientes etc., conforme explicou a juíza

Milena Carvalho Henrique
Juíza da Comarca de Araguaína (TO)
Conheça os Núcleos de Apoio Técnico do Poder Judiciário (NATs). A juíza apresentou o funcionamento dos NATs e a sua importância para os juízes que lidam com a judicialização da saúde

Arthur Pinto Filho
Promotor do Ministério Público de São Paulo
“Há desconhecimento na penalização pessoal do gestor”. Segundo ele não se pode imaginar que todo descumprimento de ordem judicial seja, de forma imediata, por desobediência. O promotor explicou que a desobediência para caracterização exige o dolo, ou seja, a livre e consciente vontade do agente em não cumpri-la. No entanto, se a decisão não é cumprida por que não é possível naquele momento, não se pode caracterizar um crime de desobediência

Tanus Salim
Procurador do Estado do Rio Grande do Sul, fala sobre judicialização da saúde e afirma que as demandas judiciais da saúde chegaram a um patamar que inviabiliza que sejam tratadas de forma individualizada, como por exemplo, há 15 anos. Para Salim é claro que hoje existe um conflito entre interesses individuais de alguns contra interesses coletivos de um grupo de usuários muito mais amplo.

Renato Dresh
Desembargador do Tribunal de Justiça de Minas Gerais
"Judiciário precisa compreender o impacto da judicialização da saúde”, é preciso compreender as causas da judicialização para então encontrar meios de otimizar as demandas judiciais. Dresh também defende ser necessário que o judiciário compreenda o impacto dessas demandas e disse que apesar de a Constituição Federal assegurar de fato a saúde como direito humano fundamental, ainda assim é preciso compreender o impacto da judicialização, bem como também é necessário compreender as políticas públicas


EMICIZUMAB, HEMLIBRA da ROCHE foi aprovado pelo FDA PARA PACIENTES ADULTOS E PEDIÁTRICOS COM HEMOFILIA A

A Roche ganhou a aprovação da FDA para sua terapia de hemofilia A, emicizumab, que será comercializada como Hemlibra.

A injeção semanal de adultos e pacientes pediátricos com hemofilia A que desenvolveram resistência a outros tratamentos virá com uma caixa negra de advertência sobre o risco de coágulos sanguíneos.

Analistas entrevistados pela Reuters prevêem que Hemlibra produza cerca de US $ 1,6 bilhão em vendas anuais em 2022.

A aprovação segue meses de batalhas legais com o rival Shire, com Shire alegando que a Roche divulgou declarações enganosas sobre a droga e eventos adversos subestimados em um ensaio de Fase 3.



Anticorpo criado na USP em Ribeirão Preto, pode auxiliar tratamento do câncer

Anticorpo desenvolvido em laboratório no campus da USP de Ribeirão Preto já teve sucesso em modelo animal para tumor de mama e de ovário

Combinação da droga hoje utilizada com o novo anticorpo foi mais eficiente na redução do tumor do que quando as drogas foram utilizadas isoladamente


.Cientistas desenvolveram um tratamento coadjuvante para barrar o avanço do câncer de mama. Uma empresa startup que começou suas atividades no campus da USP em Ribeirão Preto, com apoio do Supera Parque de Inovação e Tecnologia, produziu um anticorpo monoclonal (proteína criada em laboratório para atingir alvo específico) que mostrou eficiência nos testes em animais. Com resultados promissores, os pesquisadores depositaram, em nome da startupVeritas, patente desse novo anticorpo nos Estados Unidos.

O descobrimento de moléculas biológicas que posteriormente possam ser interessantes para as empresas farmacêuticas desenvolverem novos medicamentos precisa passar e ser aprovado em vários testes, e as pesquisas ainda estão em fase pré-clínica, que são os testes em modelos animais, explica Sandra Faça, diretora de Pesquisa e Desenvolvimento da Veritas. Desde 2009, contudo, os estudos com a nova molécula para terapia e diagnóstico do câncer vêm avançando com sucesso.

“É preciso paciência, uma vez que, de forma geral, o tempo para o desenvolvimento de um novo medicamento pode chegar a 14 anos. São cinco anos de pesquisa básica, dois anos de testes em modelos animais e cinco anos de desenvolvimento clínico”, diz a pesquisadora, ao explicar que, na fase de desenvolvimento clínico, serão avaliadas a segurança e a eficácia dos anticorpos em pacientes. “Depois disso, ainda serão necessários mais dois anos para que o medicamento chegue ao mercado.”

Os anticorpos monoclonais são designados para destruir as células cancerosas sem atingir as células normais – Ilustração: Veritas

Apesar do longo tempo de desenvolvimento, os resultados têm sido promissores: o novo anticorpo inibe uma proteína alvo envolvida em metástase e evita a migração celular para outras partes do corpo. “Além disso, o anticorpo reconhece o alvo na superfície das células de câncer de mama, e também de ovário, obtidas de tecidos tumorais de pacientes.”

Nos estudos in vivo realizados em camundongos de laboratório, o anticorpo não apresentou toxicidade e mostrou-se eficiente na redução do crescimento de tumores preexistentes. “Ele também potencializa a ação da droga que já é utilizada, atualmente, no tratamento de pacientes”, comemora Sandra.

Em modelo animal, continua a pesquisadora, foi verificado que “a combinação da droga hoje utilizada com o nosso anticorpo foi mais eficiente na redução do tumor do que quando as drogas foram utilizadas isoladamente”. Sandra prevê que este é o futuro das terapias contra o câncer: as combinações de drogas e uma medicina mais personalizada.

De acordo com a cientista, nos últimos anos, o tratamento do câncer com anticorpos monoclonais tem sido uma das estratégias mais bem-sucedidas e importantes. “Os anticorpos são reconhecidos por terem alta especificidade ao alvo e baixa incidência de efeitos colaterais”, diz.  “Exemplo disso são os anticorpos utilizados para o tratamento do câncer que incluem a Herceptin, que é um anticorpo para o câncer de mama dirigido à proteína HER-2.”

Futuro de nova droga depende de mais parceiros
A ideia da pesquisa surgiu a partir de experiência pessoal de Sandra. Após o nascimento de seu primeiro filho, a pesquisadora notou um nódulo grande na mama.

Felizmente não era maligno, mas, se fosse, garante que  haveria pouco a ser feito pois a progressão desses tumores “é realmente rápida”. Por isso, alerta para a importância do diagnóstico precoce, quando é possível ainda tratar e curar a doença. “Retirei o nódulo mas o susto foi muito grande.”

Sandra então se uniu a outros dois pesquisadores e criou a Veritas. Diz que o trabalho também conta com apoio de agências de auxílio para as atividades de pesquisa, entre elas a Fapesp, o CNPq e a Finep. Além desse aporte, sua empresa conta com recursos próprios gerados a partir de prestação de serviços na área de pesquisa e análise de proteínas.

Mas alguns estudos ainda precisam ser realizados antes que a nova molécula seja testada em pacientes, ou, como se diz na área médica, atinja o estágio de pesquisa clínica. “Considerando que encontremos um parceiro para viabilizar esse processo em breve e que os resultados apresentem benefícios aos pacientes tratados, acreditamos que levaria mais cinco ou sete anos para atingir a etapa de comercialização para tratamento de seres humanos”, ressalta.

O próximo passo será identificar os pacientes mais indicados para o tratamento com o anticorpo e expandir o estudo para outros modelos de câncer mais letais, como os de ovário, cervical, pulmão e pâncreas. “Esperamos fechar com sucesso um ciclo de desenvolvimento de um produto biotecnológico inovador no País e conseguir parcerias com uma grande empresa farmacêutica e um hospital para seu desenvolvimento clínico e comercial.”

Supera Parque de Inovação e Tecnologia
Instalado no campus da USP em Ribeirão Preto, o Supera Parque de Inovação e Tecnologia é resultado de parcerias da própria USP com a Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto e a Secretaria de Desenvolvimento do Estado de São Paulo.

Gerido pela Fundação Instituto Polo Avançado de Saúde (Fipase), o Supera abriga a Supera Incubadora de Empresas, o Supera Centro de Tecnologia, a associação do Arranjo Produtivo Local (APL) da Saúde, o Polo Industrial de Software (Piso), além do Supera Centro de Negócios.

Com informações de Ana Cunha / Assessoria de Comunicação do Supera Parque, – Foto: Domínio público via Wikimedia Commons


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