A Campanha “Outubro Rosa”
chama a atenção das mulheres para a prevenção e diagnóstico precoce da
neoplasia de mama. Contudo, além das ações de rastreamento, é de extrema
importância monitorar o cuidado adequado e integral dos casos detectados,
procurando-se com isso diminuir a mortalidade por esta causa. O Programa
de Avaliação do Desempenho do Sistema de Saúde (PROADESS), realizado pela Fiocruz,
tem como objetivo contribuir para esse monitoramento e avaliação do sistema de
saúde brasileiro, fornecendo subsídios para o planejamento de políticas,
programas e ações de saúde para gestores de todas as esferas administrativas e
disseminando informações sobre o desempenho do SUS nos seus distintos âmbitos.
O boletim desta
edição mostra alguns indicadores relacionados à detecção precoce do câncer
de mama para Brasil e Grandes Regiões, comparando os anos 2010 e 2015. Em
relação à oferta de mamógrafos houve aumento, em 2015, em todas as grandes
regiões do país, tanto no total da oferta de equipamentos quanto nos
disponíveis ao SUS. O número de regiões de saúde sem mamógrafos diminuiu de 48
para 17, e constata-se também um aumento no número de regiões de saúde com mais
de 3 mamógrafos por 100 mil habitantes, que eram 54 em 2010 e passaram para 109
em 2015. Essa ampliação da oferta de equipamentos foi maior nas regiões Norte,
Nordeste e Centro-Oeste.
Quanto ao investimento em
recursos humanos, medido pela quantidade de médicos ginecologistas, obstetras e
mastologistas, nota-se no Boletim divulgado que em 2015 existiam 27 regiões de
saúde, situadas principalmente nas regiões Norte e Nordeste, sem nenhum
profissional. Apesar de precária, essa situação apresenta uma melhora
significativa ao compararmos com o ano de 2010, quando 56 regiões de saúde não
dispunham de médicos dessas especialidades, em 2015, a ausência de
profissionais dessa área vinculados ao SUS é notada em 36 regiões de saúde,
ainda assim um número inferior às 68 regiões identificadas em 2010.



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