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sábado, 18 de novembro de 2017

JUDICIALIZAÇÃO DA SAÚDE E SUAS IMPLICAÇÕES NO SUS - assista os vídeos

A Câmara Técnica de Direito Sanitário do CONASS reuniu, em Brasília, nos dias 6 e 7 de novembro, desembargadores, promotores, procuradores, juízes, auditores de tribunais e demais profissionais de direito para debater a judicialização da saúde e suas implicações para o SUS.

O encontro teve como objetivos desenvolver a integração e troca de experiências entre as Secretarias Estaduais de Saúde e compartilhar informações e a busca por subsídios técnicos para as discussões entre os gestores do SUS.

Os técnicos das Secretarias Estaduais de Saúde debateram com os convidados temas como judicialização e fraudes, o sistema SCODES, a cooperação técnica com a Procuradoria Geral do Estado de São Paulo, dentre outros.

Assista nos vídeos abaixo o que disseram os principais convidados
Fernando Bardi
Polícia de São Paulo investiga fraudes nas judicializações da saúde
Você sabia que a polícia de São Paulo criou um departamento para investigar possíveis fraudes na judicialização da Saúde?
É o que explica o delegado Fernando Bardi falou sobre essa divisão policial que cuida especificamente de delitos desta natureza e tem atribuição em todo território paulista para controlar e também investigar essas fraudes

Marcelo Rocha Chaves
Tribunal de Contas da União - TCU apresenta levantamento sobre governança e gestão em saúde .
Auditores do TCU participaram do encontro e apresentaram o resultado de três trabalhos realizados: um levantamento sobre judicialização da saúde em 10 estados brasileiros; um levantamento sobre governança e gestão em saúde em todos os estados e municípios e um trabalho sobre gestão da Atenção Básica em Saúde nos estados, municípios e no Ministério da Saúde.
Os auditores destacaram a importância da aproximação dos órgãos de controle com os gestores de saúde, pois segundo eles, é uma oportunidade de conhecer melhor uma realidade que, muitas vezes, não se tem conhecimento apenas com a análise de processos.

Ulisses Schwarz Viana
Procurador do estado do Mato Grosso do Sul e presidente da Câmara Técnica do Colégio Nacional de Procuradores Gerais dos Estados e do DF (CNPGEDF), fala sobre atuação das procuradorias gerais junto aos Tribunais Superiores. Ele observou uma mudança de paradigma na atuação dessas procuradorias que antes atuavam de forma isolada e agora passaram a atuar coletivamente levando, auxiliando o judiciário com a visão do estado sobre questões que têm gerado controvérsia social como a oferta de medicamentos, por exemplo.

Luciana da Veiga Oliveira
Juíza de Curitiba
Como funcionam os Comitês Executivos da Saúde?
Os Comitês Executivos da Saúde foram criados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com o objetivo de monitorar as demandas judiciais em saúde. Presente em todos os estados da federação, possuem uma composição heterogênea com a presença de diversos setores que vão desde o Ministério Público até médicos, associação de pacientes etc., conforme explicou a juíza

Milena Carvalho Henrique
Juíza da Comarca de Araguaína (TO)
Conheça os Núcleos de Apoio Técnico do Poder Judiciário (NATs). A juíza apresentou o funcionamento dos NATs e a sua importância para os juízes que lidam com a judicialização da saúde

Arthur Pinto Filho
Promotor do Ministério Público de São Paulo
“Há desconhecimento na penalização pessoal do gestor”. Segundo ele não se pode imaginar que todo descumprimento de ordem judicial seja, de forma imediata, por desobediência. O promotor explicou que a desobediência para caracterização exige o dolo, ou seja, a livre e consciente vontade do agente em não cumpri-la. No entanto, se a decisão não é cumprida por que não é possível naquele momento, não se pode caracterizar um crime de desobediência

Tanus Salim
Procurador do Estado do Rio Grande do Sul, fala sobre judicialização da saúde e afirma que as demandas judiciais da saúde chegaram a um patamar que inviabiliza que sejam tratadas de forma individualizada, como por exemplo, há 15 anos. Para Salim é claro que hoje existe um conflito entre interesses individuais de alguns contra interesses coletivos de um grupo de usuários muito mais amplo.

Renato Dresh
Desembargador do Tribunal de Justiça de Minas Gerais
"Judiciário precisa compreender o impacto da judicialização da saúde”, é preciso compreender as causas da judicialização para então encontrar meios de otimizar as demandas judiciais. Dresh também defende ser necessário que o judiciário compreenda o impacto dessas demandas e disse que apesar de a Constituição Federal assegurar de fato a saúde como direito humano fundamental, ainda assim é preciso compreender o impacto da judicialização, bem como também é necessário compreender as políticas públicas


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