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quinta-feira, 15 de novembro de 2018

FÓRUM NACIONAL DO CONTROLE - TCU


O evento, coordenado pelo Ministro Augusto Nardes, tem como objetivo integrar as instituições de controle externo e interno das três esferas da federação e de todos os poderes, com vistas a: desenvolver atividades de capacitação conjuntas; promover ações de controle integradas, propor legislação sobre controle externo, compartilhar informações e divulgar e disseminar boas práticas

Início: 22/11/18 09:00                                   Fim: 23/11/18 18:00
Local: Auditório do Instituto Serzedello Corrêa
Inscrição: Inscreva-se aqui (insira o código FNC2018)
 Detalhes: Clique aqui para acessar os detalhes do evento


Conselho Administrativo da ABIFINA recebe Mirna Oliveira, da SCTIE/MS


Coordenadora-Geral de Base Química e Biotecnológica do DECIIS/SCTIE/MS, Dra. Mirna Poliana Oliveira foi a convidada da última reunião do Conselho Administrativo da ABIFINA, realizada em 8 de novembro, quinta-feira. À frente da Coordenação há cerca de um ano e meio, Mirna detalhou as ações realizadas durante sua gestão no âmbito das Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs), bem como sinalizou quais devem ser as prioridades no próximo governo.

Entre as principais realizações da SCTIE, estão a análise e a aprovação das parcerias propostas na última rodada das PDPs, iniciada em setembro de 2017 e ainda em andamento. Essa foi a primeira chamada que seguiu todo o rito processual previsto Portaria GM/MS nº 2.531 de 2014. Mirna contou que, nesse período, ela e sua equipe identificaram uma série de entraves que impediam a conclusão dos processos no tempo previsto na regulamentação, que é de um ano. Segundo ela, de 83 propostas iniciais, 37 foram aprovadas e apenas 13 tiveram seus termos publicados até agora, mais de um ano depois. Os resultados foram divulgados em março deste ano, mas a fase recursal se estende até este mês de novembro. A previsão é de que até dezembro todas as parcerias entrem em vigor.

Outro foco de sua gestão foi a preocupação com a internalização das plataformas tecnológicas. A dificuldade, no entanto, é a falta de definição sobre a questão, o que precisa ser corrigido num futuro próximo, aponta a dirigente. “Desde 2017, temos trabalhado muito com ações para consolidar as plataformas tecnológicas, a partir da avaliação da rodada de PDPs de 2017, embora não tenha ainda nenhum regramento, nada por escrito do que são essas plataformas. Esse é um trabalho que a gente vai precisar avançar nos próximos anos”, afirmou.

A representante do MS contou ainda que, na sua gestão, foi conduzida uma análise minuciosa dos projetos de PDPs vigentes, a partir da qual foi possível identificar uma série de projetos que apresentavam falhas, como atraso nos cronogramas e, por isso, precisaram ser suspensos. Só este ano, 24 PDPs sofreram suspensão, o que gerou apreensão das instituições. Mirna esclareceu, porém, que a suspensão não é uma penalidade. Segundo ela, essa é uma medida para que as instituições públicas e seus parceiros façam ajustes ao andamento dos projetos, garantindo o cumprimento dos contratos e o atendimento aos objetivos da política pública. “É ilusão achar que PDP não tem que fazer ajuste, porque nós estamos trabalhando com o mundo no papel e o mundo real. Esse é um momento importante do processo”, argumentou.

Foram implantadas ainda mudanças nas visitas técnicas, que deixaram de ter um viés de mera fiscalização para se tornarem um momento de avaliação do andamento dos projetos e de diálogo com as instituições, com o objetivo de se apontarem as correções e melhorias necessárias. Atualmente, as visitas são realizadas em dois dias e, ao final, há sempre uma reunião dos representantes da SCTIE com a instituição pública e os parceiros privados para discutir o que precisa ser feito.

O tempo necessário para internalização da tecnologia pelas PDPs também se mostrou maior do que o previsto na regulamentação. De acordo com as regras atuais, esse processo deveria ser concluído até o final da fase 3, mas não é isso que acontece. “Pensava-se que tudo sairia conforme foi colocado no papel. A realidade mostra que nenhuma PDP consegue internalizar cem por cento dentro do cronograma previsto. Muitos parceiros sabem que [a internalização] segue avançando pela fase 4”, explicou. Associado a isso, identificou-se a inexistência de um regramento para a avaliação da fase 4, o que foi temporariamente resolvido com a definição de um procedimento interno do ministério.

Novo marco regulatório e IFAs
Uma das principais atuações da SCTIE no momento é a elaboração do novo marco regulatório para as PDPs, conforme estabelecido no Decreto Presidencial nº 9.245 de 2017, que instituiu a Política Nacional de Inovação Tecnológica na Saúde (PITS). Apesar de o decreto prever também os instrumentos de Encomendas Tecnológicas e Medidas de compensação, o Ministério optou por iniciar a discussão pelas parcerias, por ser a principal ferramenta da atual política pública de saúde. Mirna contou que a SCTIE está na fase final de elaboração da minuta da regulamentação e que a mesma entrará em consulta pública ainda em novembro.

Segundo a gestora da SCTIE, existem alguns pontos críticos a serem resolvidos com as novas regras. O principal deles é a internalização dos insumos farmacêuticos ativos (IFAs). De acordo com a Mirna, a portaria em vigor, apesar de prever a necessidade de produção de IFAs no país, não traz instrumentos suficientes para garantir a compra do produto brasileiro pelos formuladores de medicamentos. “A portaria do jeito que está diz que tem que internalizar o IFA, que seria adquirido pela instituição pública, mas algumas instituições continuam importando, porque em muitos casos é mais barato”, apontou. 

O objetivo é, na nova regulamentação, incluir dispositivos que garantam a aquisição dos insumos nacionais pelas PDPs aprovadas. “Para essa versão, nós temos colocado, além da produção de IFA em território nacional, que a instituição pública passe a produzir e fornecer [medicamentos] para o Ministério com IFA nacional”. Esse é um reflexo da visão pessoal de Mirna, que defende a necessidade de se consolidar a indústria de insumos no Brasil para fortalecimento da política de saúde. “Na minha percepção como gestora, a gente precisa começar a fortalecer a indústria base, de insumos para as PDPs”. Além disso, ela revelou que existe uma alta probabilidade de vir uma recomendação do Tribunal de Contas da União - TCU para que as instituições públicas formulem seus produtos com IFA nacional.

Apesar dessa preocupação, Mirna esclareceu que, por falta de tempo para se aprofundar a discussão com todo o setor, a regulamentação a ser colocada em consulta pública não inclui propostas detalhadas para garantir a aquisição de insumos nacionais pelas PDPs. Diante da informação, os associados da ABIFINA presentes à reunião expressaram preocupação e destacaram a importância da medida para a política nacional de saúde. “O IFA nacional é a solução não só para as PDPs, mas para uma série de carências de fornecimento e desabastecimento que estão acontecendo, pela saturação dos fornecedores asiáticos, que estão enfrentando problemas macro e micro”, defendeu Marcus Soalheiro, presidente da Nortec Química. O presidente licenciado da ABIFINA, Ogari Pacheco, também se mostrou preocupado. “Mais de 90% dos IFAs no Brasil são importados. O que fazer para estimular produção nacional?”, questionou. A coordenadora da SCTIE garantiu, no entanto, que a expectativa do Ministério da Saúde é que, a partir da consulta pública, as empresas e laboratórios nacionais possam contribuir para definir melhor a questão.

O próximo governo e o futuro da política
Questionada sobre se haveria o risco de interrupção da atual política com o início do novo governo federal em 2019, Mirna respondeu que, na sua visão, ele não existe. “Acredito seriamente ser uma política de Estado. Os investimentos já foram feitos. Não acredito que a vontade de um grupo pequeno vai minar a política”, defendeu.

Ainda sobre o futuro da política, a coordenadora da SCTIE afirmou que o Ministério está preocupado em resolver a insegurança a respeito da garantia de aquisição de produtos das PDPs pelo governo. Revelou ainda que a partir de agora as instituições públicas devem passar a fazer chamamento público para seleção dos parceiros privados, medida que pretende antecipar-se a uma provável recomendação do TCU.

Para ela, também é preciso aprofundar a articulação com demais setores da sociedade, principalmente devido à adoção de produtos biológicos, que ainda geram desconfiança dos usuários. “O desafio é convencer os pacientes de que o biossimilar é seguro”, disse. A produção de medicamentos negligenciados pelos laboratórios públicos é outra discussão iniciada sob a gestão de Mirna que ficará para ser consolidada nos próximos anos. “O processo está sendo encaminhado internamente, mas ainda estamos no início”, contou. Em sua visão, será preciso que a próxima gestão priorize a questão, incentivando as instituições públicas a assumirem a fabricação de produtos biológicos.

Com informações do site Abifina 


quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Concluída a primeira etapa do Sirius, a nova fonte síncrotron


Prédio com 68 mil metros quadrados e dois aceleradores foram inaugurados no campus do CNPEM, em Campinas (imagem: Pesquisa FAPESP)

O Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas (SP), concluiu a primeira etapa do Sirius, a nova fonte brasileira de luz síncrotron. Serão inaugurados nesta quarta-feira (14/11) o edifício de 68 mil metros quadrados de área e 15 metros de altura em formato circular e dois dos três aceleradores de elétrons que compõem o projeto.

A previsão é que o primeiro feixe de elétrons comece a circular no anel de armazenamento no primeiro semestre de 2019 e que as seis primeiras estações experimentais – conhecidas como linhas de luz – estejam abertas a pesquisadores de todo o Brasil até o fim daquele ano.
Concebido no estado da arte da tecnologia, Sirius é um equipamento de quarta geração. Entre as cerca de 50 fontes síncrotrons em operação em todo o mundo, o Sirius se compara apenas ao MAX IV, inaugurado em junho de 2016 na Suécia. Futuramente, ambos deverão ter a concorrência do European Synchrotron Radiation (ESRF), na França, que planeja um upgrade para o seu síncrotron de terceira geração.

“Sirius permitirá a realização de pesquisa competitiva, impossível de ser realizada hoje no Brasil com o síncrotron atual ou em vários dos países do mundo que têm acesso a tecnologia semelhante”, disse Antonio José Roque da Silva, diretor-geral do CNPEM e responsável pelo projeto Sirius desde 2009, quando ocupava o cargo de diretor do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS).

A exemplo da atual fonte síncrotron em operação no LNLS, Sirius será um laboratório nacional, aberto a usuários ligados às universidades, instituições de pesquisa e a empresas. Tanto que as seis primeiras estações experimentais de pesquisa do Sirius – nanoscopia de raios X, espalhamento coerente de raios X, micro e nanocristalografia macromolecular, por exemplo –, acessíveis a partir do próximo ano, foram selecionadas para atender tanto à demanda “da nova ciência e da tecnologia avançadas” e às tecnologias mais utilizadas pelo usuário, como para permitir o avanço de investigações em áreas estratégicas como óleo e gás, saúde, entre outras, ressalta Roque da Silva.

A luz, ou radiação, síncrotron é um tipo de radiação eletromagnética de alto fluxo e alto brilho que se estende por uma faixa ampla do espectro eletromagnético desde a luz infravermelha, passando pela radiação ultravioleta e chegando aos raios X. Ela é produzida quando partículas carregadas, aceleradas a velocidades próximas à velocidade da luz, têm sua trajetória desviada por campos magnéticos.

A luz síncrotron é capaz de penetrar a matéria e revelar características de sua estrutura molecular e atômica. O amplo espectro dessa radiação permite aos pesquisadores utilizar os comprimentos de onda mais adequados para o experimento que desejam executar (leia mais em: www.lnls.cnpem.br/o-lnls/o-que-e-luz-sincrotron/). 

Projeto estruturante
A ideia de ter um síncrotron novo e mais competitivo começou a ser gestada em 2003, na 13ª Reunião Anual dos Usuários (RAU) do LNLS, seis anos depois da inauguração da atual fonte síncrotron, de segunda geração, denominada UVX, em 1997, a primeira do hemisfério Sul.

Mas o primeiro equipamento de segunda geração, o Synchrotron Radiation Source (SRS), já operava no Reino Unido desde 1981. Essa defasagem tecnológica demandou atenção constante na atualização dos equipamentos de pesquisa do UVX para atender, anualmente, mais de mil usuários em suas 18 estações experimentais.

Sirius chegou a correr o risco de nascer defasado. Começou a ser projetado em 2008, quando a então Associação Brasileira de Luz Síncrotron (ABTLus), gestora do LNLS, obteve recursos do então Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT) para a realização de um estudo conceitual no novo equipamento.

O projeto inicial era o de uma fonte de terceira geração. Mas em 2012, quando o projeto foi submetido a um comitê científico internacional, a recomendação foi que a nova máquina buscasse o nível de brilho que vigoraria no futuro.

“Era a chance de sair na frente”, lembra Roque da Silva. Desafiada, a equipe do LNLS redesenhou a rede magnética para que o brilho de Sirius – de 0,28 nm.rad – fosse o mais intenso entre todos os síncrotrons em operação. Seis meses depois o comitê aprovou o projeto.

O desafio seguinte foi obter recursos para o Sirius, orçado em R$ 1,8 bilhão até 2020, tendo como principais interlocutores oito ministros de Ciência e Tecnologia – e, posteriormente, também de Inovação e de Comunicações –, até o projeto ser incluído no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a partir de 2016.

“Sirius deu certo porque extrapola o projeto de ciência. Tem um pano de fundo científico, mas é, principalmente, um projeto estruturante para o país. Vai impactar, além da ciência, também as áreas de tecnologia, inovação e empresas; contribuir com a formação de recursos humanos, e não apenas no Brasil, além de abrir perspectivas para a forte internacionalização da ciência, tecnologia e inovação nacionais”, disse Roque da Silva.


 Claudia Izique  |  Agência FAPESP 


ABIMO leva informações sobre cadeia produtiva de saúde à reunião do IEL com o BNDES


Na ocasião foi apresentado o programa de desenvolvimento e qualificação de fornecedores
Presente em reunião realizada nesta terça-feira 13 de novembro, na sede do IEL (Instituto Euvaldo Lodi), entidade responsável pelo desenvolvimento de serviços que favorecem o aperfeiçoamento da gestão e a capacitação empresarial de indústrias de todos os portes, a ABIMO apresentou informações sobre a cadeia produtiva de saúde. Representada por Marcio Bosio, diretor institucional, e Rejane Dias, gerente de marketing, a entidade abordou a necessidade de investir em um trabalho conjunto para promoção de soluções que gerem resultados positivos à indústria, além de impulsionar o desenvolvimento da tecnologia 4.0.

Durante o encontro, foi apresentado o programa de desenvolvimento e qualificação de fornecedores que, oferecido pelo IEL, visa aproximar fornecedores e empresas compradoras, ampliando a competitividade da cadeia.

Participando do evento, a Bosch apresentou um case de sucesso realizado por meio do programa. A empresa busca, até 2020, garantir que todas as suas fábricas no Brasil sigam o modelo da indústria 4.0. Durante todo esse processo iniciado em 2013, a marca alinhou seus 25 fornecedores para atender especificamente a uma linha de produto por eles desenvolvida. Em conjunto com o IEL, a fabricação foi detalhada em uma análise que passou por big data, mapeamento de processos e de valor, integração entre as áreas, liderança, gestão de custo, finanças, tempo de produção e manutenção.

Na sequência, desafios e oportunidades foram listados e, como resultado, em menos de dois anos a empresa conquistou uma notável redução de custos de mão de obra, tempo e planejamento para manutenção dos equipamentos, além de aumento da produtividade e da expectativa traçada para retorno financeiro.

Para Rejane, a discussão promoveu uma reflexão importante. “Temos o dever de trabalhar esses cases de sucesso e esses estudos para mostrar, à indústria, os principais valores que a levarão a buscar caminhos e oportunidades para inovar”, disse.

Também presente no evento, o BNDES apresentou um estudo que coloca o Brasil na 69ª posição em um ranking global de inovação e na 29ª posição na lista das nações mais competitivas. Mencionou, também, o comportamento do país frente a tecnologia 4.0 e o desenvolvimento de produtos e processos com conectividade. Na sequência, o banco citou suas principais linhas de financiamento, dentre elas as que são desenvolvidas em parceria com a Embrapii e o SENAI. “Até o final do ano anunciaremos novos modelos de financiamento e diversas novas possibilidades para o credenciamento financeiro da indústria nacional”, comentou Luiz Edmundo Del negro Sutter, engenheiro do BNDES.

“A triangulação entre a indústria, o IEL e o BNDES só traz vantagens pra o setor e a ABIMO, como apoiadora do desenvolvimento da cadeia produtiva, reconhece que além de se aliar a entidades como o instituto, deve ajudar a desmistificar qualquer tipo de acesso ou dificuldade sob as linhas de financiamento do BNDES”, declarou Bosio.



CNS ELEGE NOVOS CONSELHEIROS NACIONAIS DE SAÚDE PARA MANDATO ATÉ 2021



O Conselho Nacional de Saúde (CNS) renovou o quadro de conselheiros e conselheiras nacionais na eleição realizada nesta terça-feira (13/11), em Brasília. Foram eleitas 104 entidades que devem compor o colegiado até 2021, com titulares e suplentes.

Elas representarão os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), profissionais de saúde (incluindo a comunidade científica), prestadores de serviços e entidades empresariais com atividades na área de saúde.

As entidades e movimentos sociais terão até o dia 23 de novembro para indicar os seus titulares e/ou primeiro e segundo suplentes. A posse dos novos conselheiros e conselheiras de saúde será no dia 13 de dezembro, na mesma data que serão escolhidos os membros da mesa diretora e o novo presidente ou presidenta do Conselho.

Para o conselheiro nacional de saúde Geordeci Menezes de Souza, que presidiu a Comissão Eleitoral deste processo, a renovação do colegiado foi bastante significativa, uma vez que várias entidades novas foram eleitas para os seus primeiros mandatos no Conselho e outras entidades, que já estiveram no Conselho, retornaram à gestão para o mandato de 2018 a 2021.

“Essa eleição foi extremamente positiva. A próxima gestão é muito qualificada e, sem dúvida, está bem preparada para os desafios que se avizinham a partir de 2019. Mesmo com a grave situação política que estamos atravessando, tivemos o mesmo número de inscrições de entidades da eleição anterior, o que nos mostra que o Conselho está na cabeça das pessoas como algo imprescindível para a defesa do SUS e da saúde do povo brasileiro”, avalia.

O atual presidente do CNS, Ronald dos Santos, destaca a importância da unidade e da construção coletiva na defesa de direitos e da saúde de qualidade para toda a população. “A eleição encerra de forma mais democrática possível, como uma demonstração de força neste cenário nacional tenebroso que estamos vivendo”, avalia Ronald. “Esse é um processo muito rico, que fortalece a democracia participativa e o Controle Social, que sai unitário e à altura para enfrentar os desafios que nossa realidade impõe para o próximo período”.

O processo eleitoral do CNS ocorre a cada três anos. A eleição é voltada para representantes de entidades e movimentos de usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), de profissionais de saúde (incluindo a comunidade científica), de entidades nacionais de prestadores de serviços e de entidades empresariais.

Os representantes do Governo Federal, do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems) não participam do processo eleitoral e são indicados pelos seus titulares e presidentes, conforme determina o Decreto nº 5.839/2006.

Para o conselheiro nacional de saúde, Neilton Araújo dos Santos, que atualmente representa o Ministério da Saúde no colegiado, a luta para fortalecer a saúde como direito, a qualidade de vida e a cidadania é um processo permanente e um desafio perene.

“Mudam as pessoas, as instituições e a representação, mas a nossa força e a nossa identidade continuam fortes, continuam vivas sempre. Não somos mais uma instituição governamental, somos uma instituição de Estado e reconhecidos como tal. Temos que honrar cada vez mais a expressão do Conselho Nacional de Saúde como expressão da participação da sociedade do povo brasileiro”, afirma.

Fonte: Conselho Nacional de Saúde


Cuba sai do programa Mais Médicos no Brasil após declarações de Bolsonaro


Ilha solicitou retorno dos mais de 11 mil médicos cubanos após Bolsonaro questionar permanência no programa à revalidação do diploma e recebimento do salário integral

O governo cubano informou nesta quarta-feira, 14, que está se retirando do programa social Mais Médicos do Brasil após declarações "ameaçadores e depreciativas" do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), que anunciou mudanças "inaceitáveis" no projeto.  O programa Mais Médicos tem 18.240 profissionais - sendo 11 mil cubanos, segundo o governo do país caribenho - em 4.058 municípios, cobrindo 73% das cidades brasileiras.

O convênio com o governo cubano é feito entre Brasil e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). "Diante desta realidade lamentável, o Ministério da Saúde Pública (Minasp) de Cuba tomou a decisão de não continuar participando do programa Mais Médicos e assim comunicou a diretora da Organização Panamericana da Saúde (OPAS) e aos líderes políticos brasileiros que fundaram e defenderam esta iniciativa", anunciou o governo cubano em comunicado.

Após Cuba anunciar a saída do programa, Bolsonaro disse via Twitter que condiciona a continuidade do programa "à aplicação de teste de capacidade, salário integral aos profissionais cubanos, hoje maior parte destinados à ditadura, e a liberdade para trazerem suas famílias" e que, "infelizmente, Cuba não aceitou".



700 municípios brasileiros tiveram médico pela primeira vez na história com o programa, diz governo cubano Foto: Ministério da Saúde/Divulgação

O futuro ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, disse que o assunto será discutido entre Bolsonaro e o futuro ministro da Saúde, que acrescentou não saber quem é. "Isso não é minha área. O presidente certamente vai conversar isso com o ministro da Saúde e ele vai se posicionar em nome do governo", declarou.

Cuba tomou a decisão de solicitar o retorno dos mais de 11 mil médicos cubanos que trabalham hoje no Brasil depois que Bolsonaro questionou a preparação dos especialistas e condicionou a permanência no programa "à revalidação do diploma", além de ter imposto "como via única a contratação individual". 

"Não é aceitável que se questione a dignidade, o profissionalismo e o altruísmo dos colaboradores cubanos que, com o apoio de suas famílias, presta serviços atualmente em 67 países", declarou o governo. 


Condicionamos à continuidade do programa Mais Médicos a aplicação de teste de capacidade, salário integral aos profissionais cubanos, hoje maior parte destinados à ditadura, e a liberdade para trazerem suas famílias. Infelizmente, Cuba não aceitou.

Além de explorar seus cidadãos ao não pagar integralmente os salários dos profissionais, a ditadura cubana demonstra grande irresponsabilidade ao desconsiderar os impactos negativos na vida e na saúde dos brasileiros e na integridade dos cubanos.

"As mudanças anunciadas impõem condições inaceitáveis ​​e violam as garantias acordadas desde o início do programa, que foram ratificados em 2016 com a renegociação da cooperação entre a Organização Pan-Americana da Saúde e o Ministério da Saúde do Brasil e entre a Organização Pan-Americana da Saúde e o Ministério da Saúde Pública de Cuba. Essas condições inadmissíveis impossibilitam a manutenção da presença de profissionais cubanos no programa", informou em nota o Ministério da Saúde.

De acordo com o governo cubano, em cinco anos de trabalho no programa brasileiro, cerca de 20 mil médicos atenderam a 113.539 milhões de pacientes em mais de 3,6 mil municípios. "Mais de 700 municípios tiveram um médico pela primeira vez na história", disse o governo.

Segundo o governo de Cuba, mais de 20 mil médicos cubanos passaram pelo Brasil e chegaram a compor 80% do contingente do Mais Médicos, criado no governo Dilma Rousseff. Cuba anunciou que manteria o programa depois do impeachment da ex-presidente petista, apesar de considerar o afastamento um “golpe de Estado”.

O Ministério da Saúde cubano também diz que “o povo brasileiro compreenderá quem é o responsável por nossos médicos não poderem continuar prestando solidariedade no País.” 
Em nota, a Opas informou que Cuba comunicou ao órgão a decisão de não continuar participando do Mais Médicos. A Opas, por sua vez, comunicou a decisão ao Ministério da Saúde do Brasil. "Devemos ter mais detalhes nos próximos dias. Assim que os tivermos, divulgaremos", informou o órgão internacional. 

'Dia triste'
Alexandre Padilha, então ministro da Saúde no governo Dilma Rousseff (PT), quando o programa foi implementado, lamentou a decisão. Em vídeo publicado nas redes sociais, ele se manifestou afirmando que este é "um dia triste para saúde pública e para a política externa do Brasil" e é resultado de "reiteradas agressões" do presidente eleito. 
Cuba anuncia sua retirada do Programa Mais Médicos.
A saúde pública e o povo mais pobre perdem muito hoje.
É isso o que acontece quando se coloca o espírito da guerra e os interesses particulares acima das necessidades do nosso povo.

"Isso pode significar a saída de dezenas de milhares de médicos que estão atendendo nos sertões, na Amazônia brasileira, na periferia das grandes cidades, nas áreas mais vulneráveis... É isso que pode acontecer quando se coloca o espírito da guerra, da ideologização, do conflito na frente dos interesses sobretudo do povo brasiliero, do povo que mais sofre e mais precisa. Dia triste para saúde publica provocado por uma ação despreparada e conflituosa do atual presidente eleito do nosso país", disse. 

'Saída prejudica índios'
O presidente do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems), Mauro Guimarães Junqueira,  afirmou hoje que povos indígenas atendidos por médicos cubanos devem ser os mais prejudicados pelo fim da participação de Cuba no programa Mais Médicos.

“A assistência nas aldeias é feita quase que exclusivamente por médicos cubanos. Ali, nenhum outro médico quer ficar”, disse Junqueira. Ele afirmou ter sido surpreendido com a nota do governo cubano anunciado o fim da participação no programa do Mais Médicos. O rompimento foi anunciado hoje em Havana.

Junqueira disse estar em contato com a embaixada de Cuba. De acordo com ele, 1.600 vagas do programa estão abertas. "Mesmo confirmada a saída, não há como retirar os 8 mil médicos de um dia para a noite. Certamente haverá um prazo", afirmou ele.

O que é o programa
O Mais Médicos é um programa criado pelo governo federal para usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). A proposta é levar mais profissionais para regiões com ausência ou escassez de médicos. O programa se propõe a resolver a questão emergencial da saúde básica.

Quando são abertos chamamentos de médicos para o programa, a seleção segue uma ordem de preferência: médicos com registro no Brasil (formados em território nacional ou no exterior, com revalidação do diploma no País); médicos brasileiros formados no exterior; e médicos estrangeiros formados fora do Brasil. Após as primeiras chamadas, caso sobrem vagas, os médicos cubanos são convocados.

Crise
Em abril do ano passado, o país caribenho decidiu suspender o envio de 710 médicospara trabalhar em cidades brasileiras. A medida foi uma mostra do descontentamento de Cuba com o número de profissionais que, terminado o prazo de três anos  no Mais Médicos, ganharam na Justiça o direito de permanecer no Brasil. Na ocasião, 88 profissionais recorreram à Justiça para permanecer no Brasil e garantir o direito de continuar no programa. 

O Mais Médicos previa inicialmente que profissionais recrutados para trabalhar no programa ficassem por até três anos no País. Na renovação do acordo, em setembro de 2016, ficou determinado que a maior parte dos 4 mil recrutados no primeiro ciclo do convênio deveria regressar ao país de origem para dar lugar a novos profissionais.

A estratégia tem como objetivo evitar que cubanos estreitem os laços com o Brasil e, com isso, resistam a regressar para Cuba ao fim do contrato. Pelo acordo, a permissão de prorrogar o prazo desses profissionais por mais três anos seria dada apenas para aqueles que tivessem estabelecido família no Brasil ou criado vínculos. / COM AGÊNCIAS

Fonte: Felipe Frazão, Juliana Diógenes e Lígia Formenti, O Estado de S.Paulo



Antibióticos: uso indiscriminado deve ser controlado


Objetivo é evitar o surgimento de bactérias resistentes a tratamentos usados atualmente. O tema é foco da Semana Mundial de Uso Consciente de Antibióticos.

Embora pareçam inofensivos, a automedicação e o uso indevido de antibióticos e outros medicamentos causam sérios problemas à saúde pública. Isso porque o consumo inadequado de certos produtos farmacêuticos provoca o que as autoridades sanitárias chamam de resistência antimicrobiana, fenômeno caracterizado pelo desenvolvimento de superbactérias capazes de resistir aos efeitos dos tratamentos das doenças.  

Essa resistência acontece quando bactérias são expostas, repetidas vezes, ao uso de um ou mais produtos, como antibióticos e antivirais, entre outros. Com o tempo, esses produtos deixam de ser eficazes contra os agentes etiológicos que causam as enfermidades, e os medicamentos passam a ser limitados no combate à doença.  

O problema é tão sério que mobiliza governos em todo o mundo, pois gera uma série de consequências para toda a população, como o prolongamento de doenças e o aumento da taxa de mortalidade e internações hospitalares, bem como a ineficiência de terapias preventivas. 

Plano de Ação    
Para enfrentar essa situação, a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou, em 2015, o Plano de Ação Global em Resistência a Antimicrobianos, que serviu de base para diversos países traçarem suas estratégias.   

A resistência ocorre mais frequentemente com antibióticos, mas também afeta antivirais, antifúngicos e antiparasitários. Antimicrobiano é o nome comum para todos estes medicamentos. 

No Brasil, a elaboração de um Plano de Ação Nacional envolve diversos órgãos, em uma parceria entre a Anvisa e os ministérios da Saúde, Agricultura, Ciência e Tecnologia e Meio Ambiente. 

Como complemento às estratégias nacionais, a Anvisa elaborou um plano de ação próprio, indicando o papel da vigilância sanitária nos esforços do país para a prevenção e o controle da resistência aos antimicrobianos, com atividades previstas até 2021.  

O plano foi construído no âmbito da Comissão de Vigilância Sanitária em Resistência aos Antimicrobianos e contou com a participação de 20 áreas da Agência.   

Objetivos da Anvisa 
Para conter o problema no país, foram estabelecidos nove objetivos, que incluem ações de conscientização da sociedade e de capacitação sobre a resistência antimicrobiana, voltada para profissionais de saúde, serviços e gestores do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS).  

Outros objetivos são: aprimoramento da rede nacional de laboratórios para o monitoramento e a vigilância em resistência aos antimicrobianos; ampliação do conhecimento relacionado ao tema, por meio de estudos e pesquisas; desenvolvimento de trabalho conjunto com o Ministério da Saúde na definição de uma política abrangente de prevenção e controle de infecções; e redução da incidência de infecções.  

Também estão previstas medidas que visam qualificar as prescrições médicas de antimicrobianos e reduzir o uso indiscriminado desse tipo de medicamento, além de aprimorar ações regulatórias a respeito da presença dos resíduos desses produtos em alimentos.  

Esse conjunto de ações visa uma mudança de comportamento nos próximos anos, com vistas à redução do uso incorreto de antibióticos e outros produtos, com consequente queda das infecções e dos riscos causados à população.  
Dados mundiais  
Se medidas não forem tomadas, estimativas indicam que em 2050 uma pessoa morrerá a cada três segundos em consequência de agravos causados por resistência aos antimicrobianos, o que representará 10 milhões de óbitos por ano, ultrapassando a atual mortalidade por câncer (8,2 milhões de mortes/ano). 

Com relação ao uso desses produtos, entre 2000 e 2010 foi registrado um aumento de 36% no consumo de antimicrobianos em 71 países, sendo que Brasil, Rússia, Índia, África do Sul e China responderam por três quartos (75%) desse crescimento. 
    
No Brasil, somente em 2015, foram comercializadas 73 milhões de embalagens de antimicrobianos, de acordo com dados do Sistema de Acompanhamento do Mercado de Medicamentos (Sammed).  

Mobilização  
O enfrentamento do problema requer a participação de toda a sociedade. Nesse sentido, a OMS promove a Semana Mundial de Uso Consciente de Antibióticos, que, neste ano, ocorre de 12 a 18 de novembro de 2018. Com o tema: “A mudança não pode esperar. Nosso tempo com antibióticos está se esgotando”, a mobilização chama a atenção das pessoas para a necessidade de busca de orientação antes do uso de antibióticos.   

Leia mais: 
Conheça a estratégia de outros órgãos: 


Comissões locais facilitam comércio exterior no Brasil


O objetivo das comissões é trabalhar pela facilitação e pela desburocratização do comércio exterior brasileiro nas 15 maiores unidades alfandegárias do país.

Visando um maior diálogo entre todos os envolvidos que representam o comércio exterior no Brasil, foram lançadas na última semana, pela Portaria Conjunta RFB/SDA/Anvisa 1.702, de 7 de novembro de 2018, as Comissões Locais de Facilitação de Comércio (Colfacs). As comissões têm como objetivo trabalhar pela facilitação e pela desburocratização do comércio exterior brasileiro nas 15 principais unidades alfandegárias do país, dando cumprimento às disposições do Acordo de Facilitação de Comércio (AFC) da Organização Mundial do Comércio (OMC). 

As Colfacs foram criadas com o propósito de resolver localmente situações e problemas que afetam procedimentos relativos à exportação, à importação, ao trânsito de mercadorias e à facilitação do comércio em portos, aeroportos ou pontos de fronteira terrestre. Trata-se de uma ampliação da parceria dos vários órgãos federais envolvidos com o setor de comércio exterior. 

Composição 
Compõem as Colfacs representantes da Receita Federal, da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), dos importadores e exportadores, e dos recintos nos quais são realizados despachos aduaneiros. O resultado de suas reuniões e deliberações será tratado também por um Grupo Técnico do Comitê Nacional de Facilitação do Comércio (Confac) criado para esse fim. 

De acordo com a Portaria Conjunta 1.702/2018, as decisões das Colfacs serão aplicadas no âmbito jurisdicional da unidade local da Receita Federal na qual a comissão for instituída. 

Instalação 
A instalação das Colfacs está prevista nas seguintes unidades alfandegárias da Receita Federal: 
ALF - Porto de Santos (SP).
ALF - Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos (SP). 
ALF - Aeroporto Internacional de Viracopos (SP).
ALF - Porto de Itajaí (SC).
ALF - Porto de Paranaguá (PR).
ALF - Uruguaiana (RS).
ALF - São Paulo (SP).
ALF - Aeroporto Internacional do Galeão (RJ). 
ALF - Foz do Iguaçu (PR).
ALF - Porto de São Francisco do Sul (SC).
ALF - Aeroporto Internacional Eduardo Gomes (AM).
ALF - Porto de Vitória (ES).
ALF - Porto do Rio de Janeiro (RJ).
ALF - Porto de Rio Grande (RS).
ALF - Porto de Manaus (AM).

Confac 
O Comitê Nacional de Facilitação de Comércio (Confac), colegiado integrante da Secretaria-Executiva da Câmara de Comércio Exterior (Camex), é copresidido pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) e pelo Ministério da Fazenda, e composto por representantes da Casa Civil, dos ministérios das Relações Exteriores e da Agricultura, e da Camex. Seu objetivo é orientar, coordenar, harmonizar e supervisionar as atividades operacionais dos órgãos e das entidades da Administração Pública Federal relativas às importações e exportações, com vistas à implementação das políticas e das diretrizes interministeriais determinadas pelo Acordo sobre Facilitação de Comércio da OMC e à redução dos custos de cumprimento com exigências. 

O Brasil foi o primeiro país da América do Sul a colocar em funcionamento um Comitê Nacional de Facilitação de Comércio, conforme determina o AFC. A participação do setor privado e de outros órgãos governamentais também é garantida no Confac, que busca melhorias nos procedimentos, controles e exigências aduaneiras e administrativas relativas ao comércio exterior de bens. 

Com informações da Assessoria de Comunicação Social do MDIC.

Por: Ascom/Anvisa 


Anvisa debate regulação de agroquímicos com Abiquim


Reunião em São Paulo contou com a participação de diversos representantes da indústria.

A diretora de Autorização e Registro Sanitários, Alessandra Bastos Soares, e o gerente geral de Toxicologia da Anvisa, Carlos Alexandre de Oliveira Gomes, participaram, na última sexta-feira (9/11), da reunião extraordinária da Comissão Setorial de Químicos para o Agronegócio. A reunião foi realizada na sede da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), em São Paulo (SP). 

A atividade foi focada em duas consultas públicas, ambas realizadas no primeiro semestre deste ano. Uma delas é a CP 484, sobre os critérios para avaliação e classificação toxicológica de agroquímicos, componentes, afins e preservativos de madeira. A outra é a CP 486, relativa aos componentes não ativos de agroquímicos e afins considerados avaliados e componentes não autorizados para uso em agroquímicos e afins.

Durante a reunião, Alessandra Bastos afirmou que a Anvisa planeja dialogar com o setor sobre a melhor forma de discutir os temas apresentados. Para isso, disse que pretende promover reuniões frequentes com representantes das entidades presentes, de forma a regular produtos e componentes que ajudem o produtor rural e garantam a saúde dos trabalhadores, dos produtores e da população, além de preservar o meio ambiente. 

A diretora da Anvisa lembrou também que a Agência trabalha para construir normas claras, que gerem segurança e eficácia, beneficiando toda a sociedade, e que está atenta ao setor, devido ao grande volume de produção agrícola no país. 

A diretora de Assuntos Técnicos da Abiquim, Andrea Carla Cunha, explicou que o setor químico tem compromisso de buscar a melhoria contínua da saúde, da segurança e do meio ambiente, por meio do Programa Atuação Responsável. Esse programa incentiva as empresas a utilizarem os recursos eficientemente, minimizando a geração de resíduos, o descarte de efluentes e as emissões gasosas. Andrea afirmou que o setor defende a necessidade de haver uma regulação, mas pondera que ela precisa ser factível e considerar a avaliação de risco dos produtos.  

Os representantes das empresas que compõem a comissão e as entidades parceiras – Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef), Associação Brasileira das Indústrias de Química Fina, Biotecnologia e suas Especialidades (Abifina) e Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg) – reconhecem a necessidade de o país ter uma regulação robusta de agroquímicos, que seja reconhecida internacionalmente. 

Por: Ascom/ Anvisa 

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