Destaques

sexta-feira, 22 de outubro de 2021

Nota de Pesar – Gilson Cantarino

Gilson Cantarino O´Dwyer

O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) manifesta seu imenso pesar pelo falecimento de Gilson Cantarino O´Dwyer, presidente do Conass de 2003 a 2005, integrante da assessoria técnica e membro permanente do Conselho Consultivo. Grande sanitarista, o Dr. Gilson deixa um legado de luta e defesa da saúde pública e compromisso com o Sistema Único de Saúde por meio de seu trabalho na gestão do SUS, nos âmbitos municipal e estadual.

No Conass, fica a alegria de todos que conviveram e trabalharam com o Dr. Gilson, uma pessoa querida, gentil e amável que deixa boas lembranças e muita saudade.

 






Conexão Brasília com o jornalista Olho Vivo Edmar Soares

Conexão Brasília com o jornalista Olho Vivo Edmar Soares

 

Brasília, 22 de outubro –

- Guedes fica: O presidente Jair Bolsonaro disse ontem que o ministro da Economia, Paulo Guedes, fica no governo e que continuará as reformas.

- 'Nervosinhos': Em sua transmissão ao vivo, Bolsonaro falou que o mercado fica "nervosinho" com medidas anunciadas por ele. "Se vocês explodirem a economia do Brasil, mercado, vão ficar prejudicados também", declarou.

- Reforma do Teto: O relatório do deputado Hugo Motta para a Proposta de Emenda Constitucional dos Precatórios, aprovado em comissão especial da Câmara, altera o período de apuração da inflação para correção da regra e aponta para sua reforma antecipada. O texto abrirá espaço de R$83 bilhões no Orçamento e viabiliza um Auxílio Brasil de R$400 até o fim de 2022. A PEC deve ser votada em plenário na semana que vem.

-  Análise: A contribuidora de renda fixa e macro reading do TC, Fernanda Pereira, comentou ontem que esta semana será lembrada como “a semana oficial da morte do Teto de Gastos”.

-  Debandada: Após a sinalização de mudança no Teto, o secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, e o secretário do Tesouro, Jeferson Bittencourt, pediram demissão junto com seus secretários adjuntos.

- Dança das cadeiras: O assessor especial de Guedes Esteves Colnago foi convidado para a vaga de Funchal. Auxiliares do ministro pedem que ele tenha autonomia para escolher o titular do Tesouro, segundo a Folha de S. Paulo.

-  Ala política: O pedido de demissão dos secretários da Economia irritou a ala política do governo e congressistas, reporta a Folha. O gesto foi entendido como forma uma forme de auxiliares de Guedes tumultuarem a aprovação da PEC dos Precatórios.

-  Combustíveis: Bolsonaro também anunciou ontem um auxílio de R$400 a caminhoneiros para compensar a alta do diesel.

- Senado: O presidente da Senado, Rodrigo Pacheco, falou ontem que os governadores “não são os responsáveis pela alta dos preços dos combustíveis” e que a Petrobras “precisa corresponder” para combater a alta dos combustíveis.

- Pauta econômica: Pacheco também prometeu celeridade na apreciação quando a PEC dos Precatórios chegar ao Senado e voltou a defender a aprovação da chamada Tributária ampla.

-  Terceira via: O presidente nacional do PSDB, deputado Bruno Araújo, disse ontem não ter "ilusão sobre a pulverização que vai haver no campo do centro". Para ele, a dúvida é saber o tamanho dela. "Precisamos ter três candidaturas de centro”, afirmou o tucano, em debate do grupo Lide com dirigentes de legendas centristas.

Edmar Soares

DRT 2321

Plano Setorial para Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária, com vistas ao Desenvolvimento Sustentável - ABC+ para a década 2020- 2030

DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO

Publicado em: 22/10/2021 | Edição: 200 | Seção: 1 | Página: 3

Órgão: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento/Gabinete da Ministra

PORTARIA MAPA Nº 323, DE 21 DE OUTUBRO DE 2021

Institui o Plano Setorial para Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária, com vistas ao Desenvolvimento Sustentável - ABC+ para a década 2020- 2030.

A MINISTRA DE ESTADO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso das atribuições que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II da Constituição Federal, tendo em vista o disposto no parágrafo único do art. 11 da Lei nº 12.187, de 29 de dezembro de 2009, no art. 3º, no inciso IV do art. 17, no inciso III do art. 18, nos incisos IV a IX e no caput do § 1º do art. 19 do Decreto nº 9.578, de 22 de novembro de 2018, e o que consta do Processo SEI nº 21000.086295/2021-14, resolve:

Art. 1º Fica instituído o Plano Setorial para Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária, com vistas ao Desenvolvimento Sustentável (2020-2030) - ABC+.

Art. 2º O ABC+ tem o objetivo geral de promover a adaptação à mudança do clima e o controle das emissões de gases de efeito estufa (GEE) na agropecuária brasileira, com aumento da eficiência e resiliência dos sistemas produtivos, considerando uma gestão integrada da paisagem rural.

Art. 3º Por meio do estímulo à adoção de sistemas, práticas, produtos e processos de produção sustentáveis, o ABC+ possui como compromissos, até 2030:

I - ampliar em 30 (trinta) milhões de hectares as áreas com adoção de práticas para Recuperação de Pastagens Degradadas (PRPD);

II - ampliar em 12,58 (doze vírgula cinquenta e oito) milhões de hectares a área com adoção de Sistema de Plantio Direto;

III - ampliar em 10,10 (dez vírgula dez) milhões de hectares a área com adoção de Sistemas de Integração;

IV - ampliar em 4 (quatro) milhões de hectares a área com adoção de Florestas Plantadas;

V - ampliar em 13 (treze) milhões de hectares a área com adoção de Bioinsumos;

VI - ampliar em 3 (três) milhões de hectares a área com adoção de Sistemas Irrigados;

VII - ampliar em 208,40 m3 (duzentos e oito vírgula quarenta) metros cúbicos a adoção de Manejo de Resíduos da Produção Animal; e

VIII - ampliar em 5 (cinco) milhões os bovinos em Terminação Intensiva.

§ 1º O ABC+ promoverá em 72,68 (setenta e dois vírgula sessenta e oito) milhões de hectares a diminuição da vulnerabilidade e o aumento da resiliência dos sistemas de produção agropecuários frente à mudança do clima, a conservação dos recursos naturais, o aumento da biodiversidade e a estabilidade climática dos sistemas produtivos.

§ 2º O potencial de mitigação das ações propostas no caput permitirá uma redução estimada de emissões de GEE, pelo setor agropecuário nacional, correspondente a 1.110,4 (um mil cento e dez vírgula quarenta) milhões de Mg CO2eq até o ano de 2030.

Art. 4º A estrutura de governança do ABC+ será composta pelo Sistema Integrado de Informações do Plano Setorial para Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura (SINABC) e seu Comitê Técnico de Acompanhamento do Plano Setorial para Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura (CTABC), instituídos pelo Decreto nº 10.606, de 22 de janeiro de 2021, e pela Comissão Executiva Nacional do Plano Setorial para Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura (CENABC), instituída pelo Decreto nº 10.431, de 20 de julho de 2020.

Art. 5º O ABC+ será disponibilizado no site do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Art. 6º As Metas e os Eixos Estratégicos do ABC+ deverão ser revisados a cada dois anos, contados a partir da publicação desta Portaria, por meio de Consulta Pública, disponibilizada por período não inferior a 30 (trinta) dias.

Art. 7º Fica revogada a Portaria Interministerial nº 984, de 08 de outubro de 2013, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e do Ministério do Desenvolvimento Agrário.

Art. 8º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

TEREZA CRISTINA CORREA DA COSTA DIAS

Este conteúdo não substitui o publicado na versão certificada.

Boletim aponta redução da transmissão do Sars-CoV-2

Regina Castro (Agência Fiocruzde Notícias)


Boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz, divulgado nesta quinta-feira (21/10), aponta para a continuidade da redução da transmissão do Sars-CoV-2, com queda do número de óbitos e de casos graves da pandemia. Os dados são referentes à Semana Epidemiológica (SE) 41, de 10 a 16 de outubro, que apresentou média diária de 10.200 casos confirmados e 330 óbitos por Covid-19. As taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no Sistema Único de Saúde (SUS) mantêm-se em relativa estabilidade, com 25 estados e 23 capitais fora da zona de alerta, sendo a maioria com patamares inferiores a 50%. As duas únicas Unidades da Federação na zona de alerta são Espírito Santo, na zona de alerta intermediário, onde a taxa voltou a crescer de 65% para 71%; e o Distrito Federal, na zona de alerta crítico, onde a taxa caiu de 89% para 80%.

Na visão dos pesquisadores do Observatório, responsáveis pelo Boletim, o resultado mostra que a campanha de vacinação está atingindo seu principal objetivo - o de minimizar o impacto da doença nos indivíduos e na coletividade, contribuindo para o seu controle. No entanto, eles reforçam que a contínua tendência de redução dos principais indicadores, ao mesmo tempo em que ocorrem as oscilações nos registros, ratifica a preocupação com a possibilidade de reveses, ainda que haja melhora consistente da pandemia. Os cientistas chamam atenção também para o fato de que a intensidade de circulação de pessoas nas ruas se encontra no mesmo nível da fase pré-pandêmica. 

“A manutenção do atual patamar de transmissão não permite afirmar que a pandemia está definitivamente controlada. A impressão de que já vencemos a pandemia é enganosa, sendo imperioso, nesse momento, continuar vigilante em relação à Covid-19. A flexibilização de medidas que protegem contra a transmissão do vírus deve ser adotada de forma cautelosa, paulatina e acompanhada de medidas de vigilância, conjugadas com a adoção do passaporte vacinal, além de testes para identificar rapidamente novos casos e seus contatos. Essas medidas são estratégicas para a redução do risco de contágios no retorno às atividades laborais, educacionais, sociais, culturais e de lazer em ambientes fechados”, ressaltam. 

A análise observa que a redução dos níveis de isolamento, indicado pelo Índice de Permanência Domiciliar (IPD), e mesmo o aumento da positividade dos testes laboratoriais, sinalizam ainda cenários de transmissão do vírus. Além disso, a taxa de letalidade da doença no Brasil (cerca de 3,2%) se mantém em valores considerados altos em relação aos padrões internacionais, “o que reflete a insuficiência de programas de testagem e diagnóstico clínico de casos suspeitos e seus contatos”. 

Outra questão sinalizada pelo Boletim é a queda abrupta do número de casos e, em menor proporção, do número de óbitos. De acordo com os pesquisadores do Observatório, esse declínio acentuado pode estar sendo influenciado por falhas no fluxo de dados pelo e-SUS e Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe), que vêm sofrendo oscilações na disponibilização de registros. “Esse fato pode se refletir na divulgação de um número abaixo do esperado durante algumas semanas, seguido de um número excessivo de notificações, o que pode gerar interpretações equivocadas sobre as tendências locais da pandemia e a tomada de decisões baseadas em dados incompletos. Diante desse quadro, recomendam que a irregularidade do fluxo de notificação deva servir como alerta para a tomada de decisões”.

Ministério da Saúde lança Plano Nacional Pelo Fim da Tuberculose

A elaboração do plano contou com a participação de gestores estaduais e municipais, academia e sociedade civil

O Ministério da Saúde lançou, no mês de outubro, o Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose como problema de Saúde Pública - Estratégias para 2021-2025. O documento tem o objetivo de informar as coordenações estaduais e municipais de tuberculose e a sociedade civil sobre metas, indicadores e execução do plano.

Dentre as metas estipuladas pela iniciativa estão a redução da incidência da doença para menos de 10 casos para cada 100 mil habitantes, além da diminuição para uma morte por 100 mil habitantes até o ano de 2025. "Para alcançar as metas de eliminação da tuberculose no Brasil até 2025, será necessário fortalecer as estratégias para manutenção do diagnóstico, do tratamento e da prevenção como serviços essenciais à população, e trabalhar de forma engajada para superar os impactos da pandemia e acelerar o progresso em torno dos compromissos assumidos", explicou Gerson Pereira, diretor do Departamento de Doenças Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde.

O Plano é baseado nas recomendações da Estratégia pelo Fim da Tuberculose da Organização Mundial de Saúde (OMS). Elaborado pelo Programa Nacional de Controle da Tuberculose, com a participação de gestores estaduais e municipais, academia e sociedade civil, foi submetido à consulta pública e aprovado pela Comissão Intergestores Tripartite.

Pilares
O plano se divide em três pilares. O primeiro diz respeito à prevenção e cuidado integrado para diagnosticar e tratar todas as formas da doença, além de intensificar as atividades colaborativas sobre HIV e ações de prevenção para populações vulneráveis. O segundo pilar é referente às políticas e sistemas de apoio, que visam fortalecer o compromisso e garantir recursos para as ações. O terceiro pilar aborda o estabelecimento de parcerias para a realização de pesquisas em temas de interesse em saúde pública e a incorporação de tecnologias e iniciativas inovadoras para aprimorar o controle da tuberculose.

Fernando Caixeta
Ministério da Saúde

Ministério da Saúde vai receber 36,2 milhões de doses da Janssen até dezembro

Farmacêutica detalhou cronograma de entregas; novos lotes começam a chegar no início de novembro

- Foto: Myke Sena/MS


Mais 36,2 milhões de vacinas Covid-19 de dose única para acelerar ainda mais a maior campanha de vacinação da história do país. Esse é o quantitativo que a farmacêutica Johnson & Johnson vai entregar ao Ministério da Saúde até o fim de 2021. A previsão é que o Brasil receba o primeiro lote no começo do mês que vem.

Os representantes da farmacêutica estipularam a entrega de 7,8 milhões de doses em novembro e 28,4 milhões em dezembro. O contrato total do Governo Federal com a multinacional prevê o recebimento de 38 milhões de doses, o suficiente para imunizar 38 milhões de pessoas, já que a vacina é dose única. Em junho, o Brasil já recebeu mais de 1,5 milhão de vacinas do laboratório, após o Ministério da Saúde antecipar a entrega de parte do contrato.

Até o momento, a campanha já aplicou mais de 263 milhões de doses e vacinou mais de 151,9 milhões de brasileiros com a primeira dose e 111,8 milhões com as duas doses. Isso significa que quase 95% da população-alvo, de 160 milhões de brasileiros, já começaram o ciclo vacinal e quase 70% estão completamente vacinados contra a Covid-19.

Ao todo, mais de 550 milhões de doses de vacinas Covid-19 foram encomendadas para 2021. Para dar continuidade à proteção dos brasileiros no ano que vem, o Governo Federal garantiu mais 354 milhões de doses de vacinas que possuem o registro definitivo pela Anvisa.

Fernando Caixeta
Ministério da Saúde

quinta-feira, 21 de outubro de 2021

Fiocruz entrega mais 2,1 milhões de doses da vacina Covid-19

Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)


A Fiocruz, por meio de seu Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), entrega, nesta quarta-feira (20/10), mais 2,1 milhões de doses da vacina Covid-19 ao Ministério da Saúde (MS). A liberação acontece diretamente para o almoxarifado designado pelo MS, para distribuição aos estados.

Com a entrega, a Fundação alcança a marca de 113,8 milhões de doses da vacina Covid-19 disponibilizadas ao Programa Nacional de Imunizações (PNI).


Ministério da Saúde publica resoluções da Agência de Desenvolvimento da Atenção Primária

Estatuto, regimento interno, regulamento de compras e licitações, estrutura de cargos e outras regulamentações deixam a Adaps mais perto de iniciar suas atividades

A Agência de Desenvolvimento da Atenção Primária à Saúde (Adaps) está mais perto de iniciar suas atividades. O Ministério da Saúde publicou as resoluções que criam a estrutura para funcionamento da Agência no Diário Oficial da União. As normativas dispõem sobre a criação de estatuto, estrutura dos cargos, o regimento interno e o manual voltado ao regulamento para licitações, além de fixar contrato de gestão para a instituição. 

É ela que vai operacionalizar o Médicos pelo Brasil, programa que vai substituir o Mais Médicos, além de atuar em todo o território nacional em diversas frentes, como a organização da prestação de serviços da Atenção Primária no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) a de ações de incorporação de tecnologias assistenciais e de gestão. O orçamento previsto para execução em 2021 e 2022 é de R$ 1,2 bilhão. 

Para o primeiro ano de atuação da Agência, estima-se a contratação de até 5 mil profissionais médicos. A transição do programa de provimento atual para o Médicos pelo Brasil se dará de forma gradativa (conforme termos do Acórdão nº 994/2020 do Tribunal de Contas da União).  

O novo programa prevê a disponibilização de médicos mediante seleção pública com critérios para qualificar o processo. A Adaps também fará um levantamento do número de profissionais médicos necessários ao atendimento da população nos municípios que aderirem ao programa, o que proporcionará uma ampliação do atendimento, bem como a permanência dos médicos no local que por que optarem.  

É requisito para inscrição no processo seletivo que o profissional tenha registro em Conselho Regional de Medicina (CRM) e que seja especialista em medicina de família e comunidade ou em clínica médica para a seleção de tutor médico.   

A remuneração dos profissionais também é outro diferencial, pois busca incentivar a progressão na carreira médica no âmbito da Atenção Primária e a fixação dos médicos em localidades mais distantes dos centros urbanos ou naqueles com maior vulnerabilidade.  

Estrutura

Entre os instrumentos previstos no funcionamento, a Adaps poderá firmar contratos, convênios, acordos, ajustes e outras ferramentas de gestão com órgãos e entidades públicas e privadas, inclusive com instituições de ensino, para o cumprimento de seus objetivos. Sua principal atividade é, no entanto, levar profissionais médicos à Atenção Primária, que é a porta de entrada, e organizar e qualificar o fluxo de assistência do SUS.  

A Agência é formada por Conselho Deliberativo (12 conselheiros), Diretoria Executiva (três diretores) e Conselho Fiscal (três conselheiros). O Conselho Deliberativo será presidido pelo Ministério da Saúde e conta com assentos das seguintes entidades representativas: Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass); a Associação Médica Brasileira; Conselho Federal de Medicina (CFM); Federação Nacional dos Médicos; Conselho Nacional de Saúde (CNS). O Conselho Deliberativo se reunirá ordinariamente a cada bimestre, e extraordinariamente sempre que necessário.  

Para atuar de forma ampla como indutora de boas práticas de gestão na APS, a entidade ainda está autorizada a abrir e manter escritórios com representações em várias partes do Brasil. O próximo passo para início das atividades é a estruturação física. 

Confira nos links abaixo as portarias que regulamentam o funcionamento da Adaps:  
 
Estatuto | Regimento Interno | Estrutura dos cargos | Regulamento de compras | Contrato de gestão

Paula Bittar
Ministério da Saúde

quarta-feira, 20 de outubro de 2021

Webinar: documentos harmonizados para ações na área de sangue

A Anvisa apresentará no evento os primeiros documentos harmonizados no âmbito do SNVS em sangue, tecidos, células e órgãos.

Atenção, Vigilâncias Sanitárias, setor regulado e demais interessados! A Anvisa realizará na próxima quinta-feira (21/10), às 10h, um webinar para apresentar os primeiros documentos harmonizados de forma tripartite, no âmbito do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS), para ações nos estabelecimentos de sangue, tecidos, células e órgãos. 

Anote na agenda e venha participar! Não é necessário realizar cadastro prévio. Basta acessar o link de acesso ao seminário virtual no dia e hora marcados. 

A harmonização dos documentos tem como objetivo qualificar ainda mais as funções regulatórias do SNVS, aprimorando os procedimentos a fim de fortalecer as ações na respectiva área. 

Agenda           

Lançamento dos documentos harmonizados no âmbito do SNVS em sangue, tecidos, células e órgãos. 

Quando? Quinta-feira, 21/10. 

A que horas? A partir das 10h. 

Sobre os webinares 

Os seminários virtuais, chamados de webinares, disponibilizam conteúdo e conhecimento atualizado à sociedade. A transmissão é via web e a interação com os usuários é feita em tempo real, por um chat realizado durante o evento. A gravação fica disponível para visualização, no mesmo link da transmissão, após o término do seminário. 

Anvisa

Conexão Brasília com o jornalista olho vivo Edmar Soares

Brasília, 20 de outubro –

-  Guedes x ala política: O centro do embate entre o ministro da Economia, Paulo Guedes, e a ala política do governo é pelo valor do Auxílio Brasil que será pago por fora do Teto de Gastos, segundo o Scoop.

-  Condições: O Ministério da Economia admite um furo de até R$30 bilhões, mas não estender o Auxílio Brasil aos beneficiários do Auxílio Emergencial, o que significaria gerar um rombo em torno de R$140 bilhões no Teto.

- Sobrevida: A forte repercussão negativa do plano de elevar o benefício a R$400 forçou o cancelamento do anúncio, dando sobrevida a Guedes, com uma vitória na longa guerra para preservar o Teto.

-  Rumores: Os rumores de uma demissão, ou de uma saída honrosa de Guedes estão crescendo, com o ministro desgastado por sua relutância quanto à extensão dos programas emergenciais da pandemia da Covid-19, destacou o Valor Econômico.

-  Ofensiva: Os principais artífices do plano de rompimento da regra fiscal são os ministros Ciro Nogueira, da Casa Civil, João Roma, da Cidadania, ainda conforme apuração do Scoop.

- Surpresa: Em entrevista coletiva, à noite, o relator de medida provisória do Auxílio Brasil, deputado Marcelo Aro, disse que foi surpreendido com o plano de benefício de R$400 e se manifestou contrário a uma "política temporária".

👎 Benefício maior: Parte da ala política do governo, capitaneada por líderes do Centrão, defende pagamentos para o auxílio de até R$500, segundo o Valor. Furo no Teto abre espaço para que, em ano eleitoral, outras despesas fiquem fora da regra.

-  Riscos: A área econômica ainda vê risco elevado de o Congresso deixar todo o auxílio fora do Teto durante a tramitação da Proposta de Emenda à Constituição dos Precatórios, reporta: o Estado. A PEC pode ser votada hoje na comissão especial da Câmara a partir das 14h00.

-  Emendas: A ampliação do valor de emendas parlamentares para 2022 é um dos principais motivos pelos quais o Congresso tem ignorado as fórmulas propostas pela equipe econômica para o Auxílio Brasil e pressiona Guedes a aceitar um formato que na prática fure o Teto, informa a CNN Brasil.

-  Lira: O presidente da Câmara, Arthur Lira, comentou a polêmica ontem, dizendo que é preciso esperar "que nasça a proposta" para o Auxílio Brasil. Também criticou o Senado por não ter votado a reforma do Imposto de Renda. O deputado se queixou de que "o mercado não está precificando a falta de votação de Senado".

-  Escolhas: À revista Veja, ontem, Lira questionou: "Como furar o Teto para pagar precatórios, e muitos precatórios já foram vendidos, estão nas mãos de fundos de investimentos, e não furarmos o Teto para um programa ou para um auxílio?".

- Gás para os pobres: O Senado aprovou o projeto que institui o auxílio-gás para famílias de baixa renda. O texto vai à Câmara.

-  CPI da Covid: Nesta terça às 10h00 está prevista a leitura do parecer do relator Renan Calheiros, responsabilizando o governo, empresas, empresários e médicos por mortes na pandemia. No Parlamento muitos dizem que, finalmente acabou a palhaçada e o circo será desarmado!

- Acordo: Calheiros livrou Bolsonaro de ao menos duas acusações: genocídio contra populações indígenas e homicídio, que não eram consensuais, conforme o Correio Braziliense.

Edmar Soares

DRT 2321

TCU-Informativo Licitações e Contratos

Número 423

Sessões: 21, 22, 28 e 29 de setembro de 2021

Este Informativo contém informações sintéticas de decisões proferidas pelos Colegiados do TCU, relativas à área de Licitações e Contratos, que receberam indicação de relevância sob o prisma jurisprudencial no período acima indicado. Os enunciados procuram retratar o entendimento das deliberações das quais foram extraídos. As informações aqui apresentadas não constituem, todavia, resumo oficial da decisão proferida pelo Tribunal nem representam, necessariamente, o posicionamento prevalecente do TCU sobre a matéria. O objetivo é facilitar o acompanhamento dos acórdãos mais importantes do TCU. Para aprofundamento, o leitor pode acessar o inteiro teor das deliberações por meio dos links disponíveis.

SUMÁRIO

Plenário

1. Em licitações de âmbito internacional, as empresas estatais devem prever, em seus regulamentos de licitações e contratos, regra de equalização de propostas, tendo por base, por exemplo, o preceito contido no art. 52, § 4º, da Lei 14.133/2021, com vistas a assegurar a comparação justa das propostas de licitantes estrangeiras com as de licitantes nacionais, em observância ao princípio da isonomia contido no art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal e no art. 31, caput, da Lei 13.303/2016.

PLENÁRIO

1. Em licitações de âmbito internacional, as empresas estatais devem prever, em seus regulamentos de licitações e contratos, regra de equalização de propostas, tendo por base, por exemplo, o preceito contido no art. 52, § 4º, da Lei 14.133/2021, com vistas a assegurar a comparação justa das propostas de licitantes estrangeiras com as de licitantes nacionais, em observância ao princípio da isonomia contido no art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal e no art. 31, caput, da Lei 13.303/2016.

Representação protocolada por sociedade empresária noticiou supostas irregularidades no Pregão Eletrônico 56/2020 promovido pela Casa da Moeda do Brasil (CMB), que teve por objeto a aquisição de papéis especiais de segurança, com valor estimado de cerca de R$ 96,5 milhões. Em síntese, a representante alegou que o procedimento licitatório teria infringido o princípio da isonomia, ao conceder tratamento diferenciado em favor de empresas estrangeiras que viessem a participar da disputa, pelo fato de o edital do certame não ter exigido que as cotações de empresas situadas no exterior incluíssem os tributos aplicáveis à operação de importação do papel, ao passo que, para os licitantes sediados no país, o edital determinava que as propostas de preços deveriam incluir todos os tributos inerentes à venda do insumo, gerando vantagem indevida às empresas estrangeiras e fazendo com que as propostas nacionais ficassem cerca de 40% mais caras, o que caracterizaria quebra da isonomia. Diante disso, a representante defendeu que deveria ser aplicado ao caso concreto o critério de equalização das propostas nacionais e internacionais, nos termos do art. 42, § 4º, da Lei 8.666/1993, e requereu, entre outras medidas, a concessão de cautelar para suspensão imediata do certame. O relator, acompanhando o posicionamento do Ministério Público junto ao TCU, reconheceu que estavam caracterizados a fumaça do bom direito e o perigo da demora, pois, embora a empresa não tivesse que seguir as regras da Lei de Licitações, o tratamento diferenciado entre licitantes estrangeiros e nacionais afrontava o princípio da igualdade, estabelecido no art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, e no art. 31 do Estatuto Jurídico das Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista (Lei 13.303/2016). Todavia, diante dos argumentos apresentados pela CMB, que indicavam riscos reais de desabastecimento dos produtos licitados, se convenceu de que o perigo da demora reverso não autorizaria a suspenção cautelar do certame. A solução a ser adotada no caso concreto, então, guiou-se pela necessidade de se evitar que o problema se repetisse em futuras licitações. Nesse sentido, a unidade técnica sugeriu determinação à CMB para que, em observância ao princípio da isonomia, “adote as necessárias providências visando a incluir, em seu regulamento de licitações e contratos, regra disciplinando a equalização de propostas de preços ofertadas em licitações internacionais, tendo por base o preceito contido no § 4º do art. 52 da Lei 14.133/2021, bem como a premissa de, na definição dos gravames incidentes sobre os preços deverão ser definidos a partir de estimativas ou médias dos tributos, considerar, nos termos do Acórdão 2.238/2013-TCU-Plenário (Relator Ministro José Jorge), para fins de análise das propostas, a incidência de tributos e outras taxas no processo de importação/nacionalização dos produtos ofertados por licitantes estrangeiros, não se aplicando, para tanto, os benefícios fiscais e tributários (imunidades ou isenções) de que a CMB seja titular”. O relator concordou com o posicionamento da unidade técnica, contudo entendeu necessário realizar alguns ajustes na determinação a ser proferida, por considerar que faz parte da discricionariedade da entidade contratante escolher qual a melhor solução para corrigir a falta de isonomia entre empresas brasileiras e estrangeiras, consignando que a correção da falha pode orientar-se pelo preceito do art. 52, § 4º, da Lei 14.133/2021, como sugerido pela unidade técnica, mas “que sua adoção como referência para alteração do Regulamento de Licitações e Contratos da CMB é apenas uma opção de solução para o caso, podendo a CMB optar por outras redações. O importante é que a entidade assegure, nas licitações futuras, a comparação justa das propostas de licitantes estrangeiras com as oferecidas por empresas nacionais”. Ao final, o Plenário, acolhendo o voto do relator, decidiu, entre outras deliberações, “determinar à Casa da Moeda do Brasil - CMB, com fundamento no inciso I do art. 4º da Resolução TCU 315/2020 e no princípio da isonomia contido no inciso XXI do art. 37 da Constituição Federal e no caput do art. 31 da Lei 13.303/2016, que adote, no prazo de 120 dias, as providências necessárias para prever, em seu regulamento de licitações e contratos, regra de equalização de propostas, a exemplo da contida no art. 52, § 4º, da Lei 14.133/2021, com vistas a assegurar a comparação justa das propostas de licitantes estrangeiras com àquelas de licitantes nacionais”.

Acórdão 2319/2021 Plenário, Representação, Relator Ministro Bruno Dantas.

Observações:

Inovação legislativa:

Lei 14.217, de 13.10.2021 - Dispõe sobre medidas excepcionais para a aquisição de bens e de insumos e para a contratação de serviços, inclusive de engenharia, destinados ao enfrentamento da pandemia da Covid-19.

Elaboração: Diretoria de Jurisprudência - Secretaria das Sessões

Contato: jurisprudenciafaleconosco@tcu.gov.br

Arquivo Original em PDF:

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