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quarta-feira, 20 de outubro de 2021

Conexão Brasília com o jornalista olho vivo Edmar Soares

Brasília, 20 de outubro –

-  Guedes x ala política: O centro do embate entre o ministro da Economia, Paulo Guedes, e a ala política do governo é pelo valor do Auxílio Brasil que será pago por fora do Teto de Gastos, segundo o Scoop.

-  Condições: O Ministério da Economia admite um furo de até R$30 bilhões, mas não estender o Auxílio Brasil aos beneficiários do Auxílio Emergencial, o que significaria gerar um rombo em torno de R$140 bilhões no Teto.

- Sobrevida: A forte repercussão negativa do plano de elevar o benefício a R$400 forçou o cancelamento do anúncio, dando sobrevida a Guedes, com uma vitória na longa guerra para preservar o Teto.

-  Rumores: Os rumores de uma demissão, ou de uma saída honrosa de Guedes estão crescendo, com o ministro desgastado por sua relutância quanto à extensão dos programas emergenciais da pandemia da Covid-19, destacou o Valor Econômico.

-  Ofensiva: Os principais artífices do plano de rompimento da regra fiscal são os ministros Ciro Nogueira, da Casa Civil, João Roma, da Cidadania, ainda conforme apuração do Scoop.

- Surpresa: Em entrevista coletiva, à noite, o relator de medida provisória do Auxílio Brasil, deputado Marcelo Aro, disse que foi surpreendido com o plano de benefício de R$400 e se manifestou contrário a uma "política temporária".

👎 Benefício maior: Parte da ala política do governo, capitaneada por líderes do Centrão, defende pagamentos para o auxílio de até R$500, segundo o Valor. Furo no Teto abre espaço para que, em ano eleitoral, outras despesas fiquem fora da regra.

-  Riscos: A área econômica ainda vê risco elevado de o Congresso deixar todo o auxílio fora do Teto durante a tramitação da Proposta de Emenda à Constituição dos Precatórios, reporta: o Estado. A PEC pode ser votada hoje na comissão especial da Câmara a partir das 14h00.

-  Emendas: A ampliação do valor de emendas parlamentares para 2022 é um dos principais motivos pelos quais o Congresso tem ignorado as fórmulas propostas pela equipe econômica para o Auxílio Brasil e pressiona Guedes a aceitar um formato que na prática fure o Teto, informa a CNN Brasil.

-  Lira: O presidente da Câmara, Arthur Lira, comentou a polêmica ontem, dizendo que é preciso esperar "que nasça a proposta" para o Auxílio Brasil. Também criticou o Senado por não ter votado a reforma do Imposto de Renda. O deputado se queixou de que "o mercado não está precificando a falta de votação de Senado".

-  Escolhas: À revista Veja, ontem, Lira questionou: "Como furar o Teto para pagar precatórios, e muitos precatórios já foram vendidos, estão nas mãos de fundos de investimentos, e não furarmos o Teto para um programa ou para um auxílio?".

- Gás para os pobres: O Senado aprovou o projeto que institui o auxílio-gás para famílias de baixa renda. O texto vai à Câmara.

-  CPI da Covid: Nesta terça às 10h00 está prevista a leitura do parecer do relator Renan Calheiros, responsabilizando o governo, empresas, empresários e médicos por mortes na pandemia. No Parlamento muitos dizem que, finalmente acabou a palhaçada e o circo será desarmado!

- Acordo: Calheiros livrou Bolsonaro de ao menos duas acusações: genocídio contra populações indígenas e homicídio, que não eram consensuais, conforme o Correio Braziliense.

Edmar Soares

DRT 2321

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