Brasília, 20 de outubro –
- Guedes x ala política: O centro do embate
entre o ministro da Economia, Paulo Guedes, e a ala política do governo é pelo
valor do Auxílio Brasil que será pago por fora do Teto de Gastos, segundo o
Scoop.
- Condições: O Ministério da Economia admite um
furo de até R$30 bilhões, mas não estender o Auxílio Brasil aos beneficiários
do Auxílio Emergencial, o que significaria gerar um rombo em torno de R$140
bilhões no Teto.
- Sobrevida: A forte
repercussão negativa do plano de elevar o benefício a R$400 forçou o
cancelamento do anúncio, dando sobrevida a Guedes, com uma vitória na longa
guerra para preservar o Teto.
- Rumores: Os rumores de uma demissão, ou de
uma saída honrosa de Guedes estão crescendo, com o ministro desgastado por sua
relutância quanto à extensão dos programas emergenciais da pandemia da
Covid-19, destacou o Valor Econômico.
- Ofensiva: Os principais artífices do plano de
rompimento da regra fiscal são os ministros Ciro Nogueira, da Casa Civil, João
Roma, da Cidadania, ainda conforme apuração do Scoop.
- Surpresa: Em entrevista
coletiva, à noite, o relator de medida provisória do Auxílio Brasil, deputado
Marcelo Aro, disse que foi surpreendido com o plano de benefício de R$400 e se
manifestou contrário a uma "política temporária".
👎 Benefício maior: Parte da ala política do
governo, capitaneada por líderes do Centrão, defende pagamentos para o auxílio
de até R$500, segundo o Valor. Furo no Teto abre espaço para que, em ano
eleitoral, outras despesas fiquem fora da regra.
- Riscos: A área econômica ainda vê risco
elevado de o Congresso deixar todo o auxílio fora do Teto durante a tramitação
da Proposta de Emenda à Constituição dos Precatórios, reporta: o Estado. A PEC
pode ser votada hoje na comissão especial da Câmara a partir das 14h00.
- Emendas: A ampliação do valor de emendas
parlamentares para 2022 é um dos principais motivos pelos quais o Congresso tem
ignorado as fórmulas propostas pela equipe econômica para o Auxílio Brasil e
pressiona Guedes a aceitar um formato que na prática fure o Teto, informa a CNN
Brasil.
- Lira: O presidente da Câmara, Arthur Lira,
comentou a polêmica ontem, dizendo que é preciso esperar "que nasça a
proposta" para o Auxílio Brasil. Também criticou o Senado por não ter
votado a reforma do Imposto de Renda. O deputado se queixou de que "o
mercado não está precificando a falta de votação de Senado".
- Escolhas: À revista Veja, ontem, Lira
questionou: "Como furar o Teto para pagar precatórios, e muitos
precatórios já foram vendidos, estão nas mãos de fundos de investimentos, e não
furarmos o Teto para um programa ou para um auxílio?".
- Gás para os pobres: O Senado
aprovou o projeto que institui o auxílio-gás para famílias de baixa renda. O
texto vai à Câmara.
- CPI da Covid: Nesta terça às 10h00 está
prevista a leitura do parecer do relator Renan Calheiros, responsabilizando o
governo, empresas, empresários e médicos por mortes na pandemia. No Parlamento
muitos dizem que, finalmente acabou a palhaçada e o circo será desarmado!
- Acordo: Calheiros livrou
Bolsonaro de ao menos duas acusações: genocídio contra populações indígenas e
homicídio, que não eram consensuais, conforme o Correio Braziliense.
Edmar
Soares
DRT 2321
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