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quinta-feira, 28 de outubro de 2021

Conexão Brasília com o jornalista Olho Vivo Edmar Soares

Brasília, 28 de outubro –

-  PEC dos Precatórios: A análise da proposta foi adiada ontem – como antecipou o Scoop By Mover – porque o governo não conseguiu quórum suficiente para ter segurança de vitória ao colocar a matéria em votação.

-  Para acertar: Depois da sessão, o presidente da Câmara, Arthur Lira, se reuniu com os ministros Ciro Nogueira, da Casa Civil, Flavia Arruda, da Secretaria de Governo, e João Roma, da Cidadania, para tratar de estratégias para votar o texto na próxima quarta, como também antecipou o Scoop.

-  Governabilidade: Lira, contudo, não descartou tentar a votação hoje, cenário considerado improvável pelos líderes e até por Nogueira, reporta O Globo. Congressistas não retornaram a Brasília e, sem poder marcar presença à distância, desfalcaram o quórum, segundo o Estado de S. Paulo.

-  Prazos: Roma afirmou que está "bastante preocupado" com o atraso na análise da PEC dos Precatórios, dizendo que seria "muito importante" que fosse aprovada "ainda no início de novembro" nas duas Casas do Congresso. A legislação veda aumento de gastos sociais em ano de eleição.

- Mudanças: Em meio ao impasse, cresceram articulações por alterações na PEC, diz o Estado. A principal mudança seria a retirada dos precatórios do Fundef do alcance do limite para essas dívidas judiciais.

- Fura-Teto: A PEC pode sofrer mudanças que dobrariam o furo no Teto de Gastos de R$15 bilhões para R$30 bilhões, de acordo com o Scoop. A elevação, que acomodaria emendas parlamentares, aproxima líderes de bancadas de base e oposição, aumentando as chances de aprovação.

- No Senado: O presidente Rodrigo Pacheco, que se filiou ontem ao PSD, cogitou levar a PEC dos Precatórios diretamente ao plenário. Em discurso, ele condenou a polarização e disse se inspirar em dois ex-presidentes da República mineiros: no “entusiasmo” e "coragem” de Juscelino Kubitschek e no "espírito de conciliação" de Tancredo Neves.

- Trombada: O presidente Jair Bolsonaro repetiu ontem na Jovem Pan que o mercado financeiro é "nervosinho", referindo-se às reações à flexibilização do Teto.

- ICMS dos combustíveis: O governador do Piauí, Wellington Dias, coordenador do Consórcio Nordeste, disse em vídeo que os estados vão tentar fechar amanhã uma proposta para congelar o ICMS por 90 dias, em contraponto ao projeto votado pela Câmara, conforme a Reuters.

Edmar Soares

DRT 2321

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