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quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Ministro da Saúde visitou, ontem (28)Hospital do Câncer em Recife (PE)


Na capital pernambucana, Occhi também conheceu projeto social Orquestra Criança Cidadã e recebeu o Título de Cidadão Pernambucano

Cumprindo agenda em Recife nesta terça-feira (28/8), o ministro da Saúde, Gilberto Occhi visitou as instalações do Hospital do Câncer de Pernambuco. A unidade filantrópica é referência em oncologia no estado. O Hospital possui 223 leitos SUS e no atendimento específico, responde por 6.375 das cirurgias oncológicas, 44.986 dos procedimentos de quimioterapia e 66.072 dos procedimentos de radioterapia realizados no município de Recife. Em 2017, a unidade registrou foram 972.100 atendimentos ambulatoriais e 14.764 internações.

Ainda na capital pernambucana, o ministro assistiu a uma apresentação do projeto Orquestra Criança Cidadã, gerido pela Associação Beneficente Criança Cidadã (ABCC) que trabalha no resgate social de crianças carentes através da música. O projeto funciona desde 2006 no Coque - um dos bairros mais violentos e de menor Índice de Desenvolvimento Humano do Recife - e desde 2014, funciona na cidade do Ipojuca. Atende a mais de 300 crianças, adolescentes e jovens de faixa etária entre 4 e 21 anos. Entre atividades extracurriculares oferecidas, estão, além de cursos em parceria com universidades, intercâmbios para a Europa, direcionados aos alunos de destaque.

O ministro Gilberto Occhi também recebeu na Assembleia Legislativa de Pernambuco o título Honorífico de Cidadão Pernambucano, em reconhecimento e valorização ao trabalho de pessoas que, em qualquer área de atuação, desenvolvam ou tenha desenvolvido atividades em prol do Estado de Pernambuco. “Receber o Título de Cidadão Pernambucano é uma grande responsabilidade e posso dizer que estou comprometido em buscar espelhar a garra desse povo e continuar a ser parceiro para o desenvolvimento do Estado. Eu estou honrado com esta homenagem. Continuem contando comigo para avançarmos ainda mais e garantirmos o cuidado e assistência dos pernambucanos”, ressaltou o ministro.

Por Zinda Perrú, da Agência Saúde


Dez empresas e instituições se unem em campanha para estimular doação de sangue


Dez empresas e instituições estão mobilizadas para salvar vidas. A 2ª Ação de Doação de Sangue visa elevar os estoques, visto que agosto é tradicionalmente um mês de baixa, como reflexo das férias de julho. Em São Paulo, de acordo com dados da Pró-Sangue, a reserva para os tipos sanguíneos O+, B- e A- estão em estado de alerta e O- em estado crítico. O objetivo da campanha é mobilizar mais de 120 mil funcionários para alcançar 10 mil doações, totalizando 5 mil litros de sangue para Hemocentros de todo o país até o dia 1º de setembro.

Segundo dados do Ministério da Saúde, no Brasil, são feitas cerca de 3,4 milhões de doações de sangue por ano. Dados de 2016 indicam que 1,6% da população brasileira - 16 a cada mil habitantes - doa sangue. O Ministério da Saúde tem se esforçado para aumentar a taxa. Em 2017 investiu R$ 1,2 bilhão na rede de sangue e hemoderivados (Hemorrede). Os recursos foram destinados, entre outros, para a estruturação da rede nacional para a modernização das unidades, qualificação dos profissionais e processos de produção da Hemorrede.

Aderiram à 2ª Ação de Doação de Sangue, capitaneada pelo Banco Santander, a Marinha do Brasil, Unilever, Accenture, Azul Linhas Aéreas, Embraer, Auxiliadora Predial, Prefeitura de São José dos Campos, Grupo Cataratas e Johnson & Johnson.

Além de auxiliar a elevar essa reserva, cada doador ajuda a salvar a vida de quatro pessoas, visto que cada bolsa de sangue atende a quatro pacientes com necessidade de transfusão. Serão mais de 100 pontos de coleta em todo o país, que podem ser conferidos pelo site www.santander.com.br/eudouosangue.

No domingo, 26/8, foi realizada uma ação de mobilização de doadores na Avenida Paulista direcionando os doadores para o Hospital das Clínicas (HC) e o Hospital do Coração (Hcor). Os hemocentros dos hospitais, que abriram neste domingo especialmente para esta ação, receberam mais de 260 doadores.

Gustavo Donado, publicitário de 25 anos, doou pela primeira vez e sentiu um "orgulho genuíno", de si mesmo. Segundo ele, o que o motivou a doar foi a constatação de que algumas preocupações que tinha sobre o procedimento não passavam de mitos. "Tinha medo de doar sangue e correr o risco de desmaiar por pressão baixa, além de achar que seria demorado. Descobri que esse risco não existe e que a doação é rápida. Não levou nem meia hora. Saí de lá com um sentimento indescritível. Uma sensação boa por perceber que contribuí de fato com algo, que fui útil e fiz o bem", comemora.

A enfermeira Ana Lucia Carvalho de Oliveira, de 37 anos, foi mais uma a ter um dia gratificante. Doadora de longa dada, aproveitou a campanha para, uma vez mais, promover um ato de caridade. "É muito bom saber que estamos ajudando. Sentir que estamos fazendo algo pelo próximo. Poderia ser o inverso, e eu estivesse precisando. Então, vamos doar e ajudar a salvar vidas", convida ela.

No último mês de abril o Santander fez a primeira ação, quando conseguiu mobilizar 3.300 doações e 1.650 litros. O desafio nessa segunda onda é triplicar o volume, beneficiando um número maior de bancos de sangue e pacientes.



Pró-Ética: algumas dicas para tornar o seu programa de Compliance efetivo


Alguns dos principais pontos que a CGU levou em conta para considerar empresas Pró-Ética

Recentemente, o Ministério da Transparência e Controladoria Geral da União (CGU) divulgou os relatórios de avaliação das empresas que submeteram seus programas de Compliance para avaliação do órgão com a finalidade de serem consideradas empresas Pró-Ética, uma iniciativa da CGU que consiste em “fomentar a adoção voluntária de medidas de integridade pelas empresas, por meio do reconhecimento público daquelas que, independentemente do porte e do ramo de atuação, mostram-se comprometidas em implementar medidas voltadas para a prevenção, detecção e remediação de atos de corrupção e fraude”.

De forma bem resumida, as empresas fornecem informações e documentos à CGU com relação a medidas de Compliance adotadas por elas. Ao final do processo, as empresas que atingirem uma determinada pontuação serão consideradas empresas Pró-Ética, sendo aclamadas em evento público realizado pelo órgão governamental.

Na última premiação, ocorrida em dezembro de 2017, em Brasília, a CGU revelou o rol das empresas aprovadas, assim como os números que demonstraram o crescimento na procura por parte das empresas em fazer parte da avaliação. Ao todo, 375 empresas se inscreveram, mas apenas 23 foram aprovadas ao final do processo. Agora, a CGU divulgou o relatório detalhado de avaliação de cada uma das 23 empresas aprovadas.

Apesar de não ser uma afirmação de que o Programa de Compliance avaliado é ou não efetivo na prática, ter seu programa de Compliance aprovado no Pró-Ética é um indicativo de que a CGU entende que algumas medidas que vêm sendo tomadas são positivas.

Aliás, ter um “Programa de Compliance Efetivo” virou o lema das empresas que vêm implementando e aprimorando suas estruturas de Compliance. A Lei Anticorrupção (Lei Federal nº. 12.846/2013) diz que será levada em consideração na aplicação de sanções por violações ao seu texto “a existência de mecanismos e procedimentos internos de integridade, auditoria e incentivo à denúncia de irregularidades e a aplicação efetiva de códigos de ética e de conduta”.

As normas estaduais que vêm surgindo na esteira da legislação federal adotam a mesma abordagem. Mais recentemente e, de certa forma, até com uma maior relevância, as legislações que vêm obrigando as empresas que querem contratar com a administração pública a ter um programa de Compliance também exigem a avaliação da efetividade do programa.

Mas, como medir essa efetividade? Enquanto essa questão no âmbito das novas leis estaduais ainda é uma incógnita, iniciativas como o Pró-Ética não deixam de ser uma chancela do órgão federal a respeito das medidas de Compliance adotadas pelas empresas. Por essa razão, tomamos por base os 5 pilares avaliados nos relatórios de avaliação do Pró-Ética divulgados pela CGU e que integram os elementos de um programa de Compliance efetivo (comprometimento da alta administração e compromisso com a ética; política e procedimentos; comunicação e treinamento; canais de denúncia e remediação; análise de risco e monitoramento; e transparência e responsabilidade social), para avaliar algumas das melhores práticas indicadas pela CGU como efetivas e consideradas positivas para efeito da aprovação no Pró-Ética.

Este é o primeiro de uma série de artigos que irá analisar as melhores práticas de cada item informadas pelas 23 empresas aprovadas no Pró-Ética 2017.

Comprometimento da alta administração e compromisso com a ética:
As empresas participantes do Pró-Ética tinham 6 perguntas a serem endereçadas com relação a esse tópico, buscando demonstrar o compromisso da alta administração com o programa de Compliance. O apoio da alta administração tem um papel fundamental na criação de uma cultura ética, e não à toa é o primeiro e principal pilar de um programa de Compliance efetivo.

Por essa razão, as empresas, buscando a chancela Pró-Ética, precisavam demonstrar à CGU como esse item era cumprido. As perguntas relacionadas a esse tópico traziam questionamentos relacionados à maneira como a alta direção demonstrava o comprometimento com ética e integridade; como a alta direção supervisionava a implementação e a manutenção do programa de Compliance; uma descrição da área da empresa responsável pela implementação e manutenção do programa; o valor alocado pela empresa para implementação e manutenção do programa nos últimos 3 anos; entre outros.

Para tratar das boas práticas e pontos a serem aprimorados, seguiremos aqui a mesma divisão utilizada pela CGU no Pró-Ética nos relatórios de avaliação:
Envolvimento da alta administração com o programa de Compliance:
Pontos que contribuíram positivamente para a avaliação
Alguns dos pontos indicados como positivos pela CGU a respeito do envolvimento da alta administração com o programa de Compliance:
  • Reuniões trimestrais integrando a alta direção, inclusive a presidência da empresa, e o nível gerencial da empresa para discussão de temas corporativos e Compliance, métricas e indicadores de treinamentos mandatórios específicos sobre o tema;
  • A alta direção acompanha o cumprimento das avaliações de integridade dos parceiros de negócios da empresa por intermédio de indicadores e métricas que expressam riscos e vulnerabilidades;
  • Utilização de Painel de Controle (Dashboard) para monitoramento das métricas de Compliance e discussão, pela Presidência e Diretoria, do desenvolvimento de seus times;
  • Realização das reuniões do Comitê de Integridade, com a participação do presidente, dos diretores das divisões da empresa, da gerente de Recursos Humanos e outros;
  • Encaminhamento das denúncias recebidas, bimestralmente, ao Comitê Local de Integridade, que tem a competência de recomendar ações adicionais investigativas, decidir pelas ações disciplinares a serem aplicadas e estabelecer ações para mitigação de riscos futuros;
  • Programa global de acompanhamento da implementação do programa de Compliance, por meio do qual, anualmente, é realizada a prestação de contas da implementação de cada item do programa de Compliance e eventuais deficiências a serem corrigidas;
  • O Conselho de Administração é responsável por aprovar mudanças relativas ao Código de Conduta, ao Regimento Interno do Comitê de Ética, bem como aprovar as ações relacionadas ao programa de Compliance e as normas e políticas internas da companhia;
  • Publicações no canal interno de comunicação de notícias relacionadas ao programa de Compliance da empresa e sobre a atuação da Gerência Executiva de Governança Corporativa (à qual se vincula a área de Compliance) inclusive mensagem de sensibilização sobre a prática de fraude e corrupção no dia-a-dia por ocasião do Dia Internacional de Combate à Corrupção;
·       Resultados das ações de due diligence de fornecedores realizadas pela área de Compliance são reportados ao Conselho de Administração;
·       Presidente do Conselho de Administração é um dos administradores da ferramenta de denúncias da empresa e tem ciência de todas as denúncias reportadas no canal;
·       Membros do Conselho de Administração da companhia recebem, semestralmente, relatório informando as ações realizadas para o aprimoramento do programa de Compliance;
·       Contrato com escritório de advocacia para auditoria externa dos programas de compliance e de prevenção de crimes com base na legislação brasileira;
·       Participação da alta administração em treinamentos internos e palestras relacionadas ao Código de Ética e Conduta da empresa e à Lei Federal nº. 12.846/2013;
·       A empresa informou que a nomeação de seus conselheiros é submetida à análise da Superintendência de Compliance;
·       Em uma das empresas há procedimentos de aprovação de contratações de alto risco que demanda aprovação expressa de seu CEO, como a de Business Partners.
·        
    1. Manifestações da alta direção de apoio ao programa de Compliance e a temas relacionados:
  • Mensagens da alta direção da matriz da empresa no Código de Conduta;
  • Participação dos membros da alta direção, inclusive Presidência das subsidiárias de todos os países da América Latina, em workshop sobre Liderança Ética e Conflito de Interesses 2016;
  • Participação em curso de atualização sobre responsabilização de executivos em face das leis brasileiras;
  • Na internet e também no YouTube, a empresa mantém vídeos, em português, em que a alta direção da companhia fala sobre assuntos relacionados ao programa de Compliance;
  • Participação da alta direção da empresa em eventos da Integrity Week 2016, que teve como foco o tema “Vamos Falar de Comportamento?”
  • O presidente da empresa, periodicamente, reforça a importância do tema integridade na empresa por meio da sua conta de Twitter e Linkedin e em entrevistas concedidas em diversos jornais de grande circulação;
  • No site da empresa constam quatro vídeos sobre integridade em que membros da alta direção falam sobre integridade nos negócios. Participam do vídeo o presidente da empresa, o diretor jurídico e de Integridade;
  • Participação de 3 dos 5 membros do Conselho de Administração no Compliance Day realizado pela empresa em 2016;
  • Foram publicados dois anúncios em jornal de circulação nacional reforçando o comprometimento com uma atuação empresarial íntegra;
  • O Presidente e o Comitê de Ética e Integridade expressam o comportamento ético da empresa por meio de mensagens aos colaboradores que são enviadas por e-mail, bem como por meio de jornal mensal denominado Compliance Newsletter;
  • A empresa disponibilizou na intranet vídeo com mensagem do Presidente e de Membros do Comitê, tratando de temas relacionados à ética, e explicitando aspectos de seu Código de Conduta Ética, do Comitê de Ética e do Canal Externo de Denúncias;
  • Envio de carta aos fornecedores convidando para participação no Pró-Ética 2017, bem como para desenvolverem ou aprimorarem seus programas de integridade;
  • Apoio na participação da empresa em todas as edições do Pró-Ética desde 2013;
  • Divulgação ao público externo do Relatório Anual Consolidado (RAC), contendo mensagem do presidente do Conselho de Administração sobre políticas de prevenção à corrupção e à lavagem de dinheiro e sobre a importância da cultura de riscos disseminada na empresa;
  • Notícias veiculadas na imprensa com manifestação Presidente sobre a necessidade de estabelecer mecanismos de prevenção nas operações de lavagem de dinheiro;
  • Mensagem do Comitê de Ética e Integridade reforçando a obrigatoriedade de anuência, por parte dos colaboradores, ao termo de adesão às Políticas de Integridade Corporativas;
  • Divulgação pública da cultura ética da empresa e disseminação da experiência relacionada à implantação do programa de Compliance, realizada com o auxílio da área de comunicação, que se deu pela participação em palestras realizadas em diversos eventos nacionais e internacionais, além de concessão pelo CEO da empresa de entrevista à revista da instituição LEC (Legal, Ethics & Compliance).
    1. Setor responsável pelo programa de Compliance:
Pontos que contribuíram positivamente para a avaliação
  • Estrutura de Compliance transnacional integrando Departamento de Compliance global, localizado na matriz, Equipe de Compliance da América Latina e Comitê de Compliance na subsidiária brasileira, integrado pelas áreas de Negócios/Manufatura, Recursos Humanos, Segurança Corporativa, Auditoria, Jurídica e a Líder de Compliance;
  • Na unidade de Compliance para a América Latina, dois dos quatro membros dedicados estão baseados no Brasil;
  • Garantia de acesso irrestrito dos funcionários de Compliance a qualquer informação e documento da empresa, inclusive Folha de Pagamento de qualquer funcionário, podendo conduzir análises sem solicitar autorizações e garantindo confidencialidade do processo;
  • Análises de performance dos funcionários de Compliance e decisões de carreira, inclusive demissões, feitas pela matriz nos Estados Unidos;
  • Existência de um Comitê Local de Integridade que funciona bimestralmente e é responsável por deliberar ações disciplinares, sugerir medidas investigativas adicionais e recomendar pela adoção de medidas preventivas;
  • A área responsável pelo programa de Compliance no Brasil possui autonomia uma vez que se reporta ao Compliance Officer regional, que por sua vez reporta-se ao Compliance Officer da matriz;
  • O reporte anual relativo à implementação do programa de Compliance é feito diretamente pelo Compliance Officer do Brasil ao Compliance Officer regional, sem qualquer interferência da administração local;
  • O Comitê de Gestão de Riscos e Auditoria é órgão independente da companhia e tem por objetivo assessorar as decisões do Conselho de Administração;
  • Existe dedicação exclusiva da área de Gestão de Riscos e Compliance ao programa de integridade;
  • As responsabilidades específicas do Compliance Officer e sua equipe estão bem detalhadas na política de Compliance; tendo autonomia para desenvolver e implantar os mecanismos necessários para a evolução e maturidade do programa, entre outros;
  • A empresa promoveu aperfeiçoamento no que se refere à descentralização de responsabilidade pelo acompanhamento do programa de integridade ao criar em cada filial a figura do Champion, que é um colaborador da empresa que recebe treinamento para atuar como representante do Compliance em âmbito local e que se reporta diretamente ao Comitê de Ética. Além disso, outra empresa informou que sua equipe de Compliance conta com representantes nos demais setores da empresa como embaixadores da integridade (Compliance Embassador), que fazem o elo com o Compliance Officer e o papel de disseminador do tema, os chamados Champions, nas diversas unidades de negócios das empresas no Brasil;
  • Compliance Review Board trimestral em que o Compliance Officer apresenta o status do programa de Compliance, com presença obrigatória do CEO, CFO, Compliance Officer Global e General Counsel.
    1. Disponibilização de recursos:
Pontos que contribuíram positivamente para a avaliação
  • Gasto médio de R$ 1,0 milhão/ano pelo Departamento de Compliance da empresa no Brasil para assegurar a implementação e controle do programa de Compliance em suas fábricas no país, com custos indiretos (viagens e serviços externos, treinamentos) e diretos (salários) na média histórica de 10% e 90%, respectivamente;
  • Outra empresa encaminhou a relação das despesas despendidas com o seu programa de Compliance, nos anos de 2014, 2015 e 2016, demonstrando assim, que a empresa vem trabalhando, anualmente, o tema de integridade. Além disso, para o cálculo do valor despendido com a implementação do programa de Compliance foram considerados: os valores com remuneração anual das pessoas que atuam na implementação de integridade no Brasil; produções da Integrity Week, traduções de comunicações de Integridade, impressão de material gráfico, quadros de divulgação e palestras, entre outros. Os custos com despesas de viagem pertinentes às investigações, bem como as despesas de locomoção dos funcionários para participação de treinamentos e eventos de Integridade são contabilizados nos custos da própria área de negócio;
  • Os recursos financeiros alocados para as ações de Compliance nos últimos três anos mantiveram-se praticamente inalterados (variação média na faixa de 5% a 15%), utilizados para contratação de consultorias, de ferramentas de pesquisa e de sistema, de palestrantes, de treinamentos, e de campanhas e eventos de divulgação do programa de Compliance;
  • Pessoal exclusivo e orçamento próprio para a área de Compliance.
    1. Participação em ações coletivas relacionadas à integridade:
Pontos que contribuíram positivamente para a avaliação
  • A matriz é signatária do Pacto Global da Organização das Nações Unidas;
  • A empresa integra grupo de trabalho de Compliance da Associação de Classe;
  • A empresa participa de iniciativas, tais como: Iniciativa de Parceria Contra Corrupção” (Partnering Against Corruption Initiative – PACI), United Nations Global Compact; Princípios Empresariais da Transparência Internacional para Combate ao Suborno; Business Ethics Leadership Alliance (BELA);
  • A empresa integra o Comitê de Compliance e Gestão de Risco da Câmara Sueca;
  • A Compliance Officer do Brasil é membro da Comissão Permanente de Estudos de Compliance do IASP – Instituto dos Advogados de São Paulo;
  • A empresa é associada ao Instituto Ethos e participa das reuniões com o Grupo de Trabalho do Pacto Empresarial pela Integridade e Contra a Corrupção;
  • A empresa é membro da Abimip (Associação Brasileira de Medicamentos Isentos de Prescrição) e da Amcham (Câmara Americana de Comércio para o Brasil), integrando seus Comitês de Compliance;
  • Empresa signatária do Pacto pela Ética, pela Transparência e pela Boa Governança dos Patrocínios e Doações Culturais do Fórum Brasileiro pelo Direitos Culturais;
  • A empresa é signatária do UniEthos – Formação e Desenvolvimento da Gestão Socialmente Responsável, e da Patri Relações Governamentais & Políticas Públicas, e faz parte do Comitê Brasileiro do Pacto Global da ONU e do World Economic Forum, sendo membro do Partnering Against Corruption Initiative (PACI);
  • A empresa é signatária da Carta de São Paulo, por meio da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (“ABRAMED”), a qual tem como objetivo resgatar a ética e os valores fundamentais das empresas e do setor de saúde, especificamente, de medicina diagnóstica;
  • A empresa participa do Global Reporting Iniciative;
  • A empresa apoia a Alliance for Integrity, iniciativa global fomentada por diversas partes interessadas e promovida pelo setor empresarial visando incentivar transparência e integridade no sistema econômico para combater a corrupção coletivamente, através dos setores privado e público e da sociedade civil;
  • A empresa, por meio do seu Superintendente de Compliance, participa do comitê de ética e responsabilidade social da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base – ABDIB;
  • Apoio a Câmaras Setoriais como das Associações de Classe e ABDIB, ajudando a formular códigos de conduta das associações e auxiliando em seus treinamentos, palestras e eventos de conscientização no combate à corrupção. Além disso, participou na ação “De Empresas Para Empresas” (DEPE) conduzida pela Alliance For Integrity treinando pequenas e médias empresas em todo Brasil nos temas de integridade.
O debate acerca das vantagens de se obter a chancela Pró-Ética é bastante vivo, já que algumas empresas sentem que, uma vez submetidas ao Pró-Ética, terão que se submeter todo ano, já que ser aprovada em um ano e não tentar ou ser reprovada no ano seguinte pode passar uma mensagem de enfraquecimento do programa de Compliance.

É inegável, contudo, o papel relevante de fomento a práticas éticas que o Pró-Ética traz, e a divulgação de medidas consideradas positivas pelo órgão cria um norte a ser seguido pelas empresas que querem dar mais efetividade a seu programa de Compliance.

ALESSANDRO DE FRANCESCHI DA CRUZ – Associado sênior do grupo de Compliance e Investigações de Trench Rossi Watanabe. Possui experiência na coordenação e condução de investigações internas de grande porte envolvendo violações a legislações anticorrupção. Trabalha com o desenvolvimento, revisão e implementação de programas de compliance, treinamento de diretores e empregados, condução de avaliações de risco de Compliance e auditorias anticorrupção no contexto de projetos de M&A. É coordenador da Comissão de Compliance Corporativo do Instituto Brasileiro de Direito e Ética Empresarial - IBDEE.

MARCELO RAMOS LEITE 
– Associado do grupo de Compliance e Investigações de Trench Rossi Watanabe. Sua experiência inclui assistência em questões da legislação brasileira anticorrupção e atuação em diversos casos de investigação interna de grande porte, além do desenvolvimento, revisão e implementação de programas de Compliance, condução de avaliações de risco de Compliance e auditorias anticorrupção no contexto de projetos de M&A. Graduado pela Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Com informações do JOTA


Indústria se mobiliza por novos modelos de planos de saúde


Grupo, que reúne 45 empresas, defende remuneração que leve em consideração o resultado do atendimento e o custo

Insatisfeitas com o preço, a qualidade e o tipo de serviço oferecido pelos planos de saúde, 45 grandes empresas nacionais estão unindo forças para pressionar as operadoras a desenvolverem novos modelos de convênio. Reunidas pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), essas companhias querem mudar o atual formato, com pagamento por serviço, por um modelo que leve em consideração a performance, ou seja, o resultado do atendimento ao paciente e o custo. Além disso, pedem mais transparência.

Os planos de saúde representam entre 15% e 20% da folha de pagamento das indústrias, segundo a CNI. Pesquisas da entidade feitas com funcionários apontam que o benefício é um dos principais fatores que mantêm as pessoas no emprego. Por outro lado, de acordo com um levantamento da GE no Brasil, uma das empresas membro do grupo, os empregados dizem que a qualidade do serviço não é satisfatória.

A fórmula "preço alto de um serviço que gera insatisfação" não é boa para essas empresas. Não à toa, esse grupo, criado em 2016, saltou de oito membros para os atuais 45. Entre as companhias estão, além da GE Brasil, Coca-Cola, Ambev, Odebrecht, CSN, Embraer e Petrobras. O grupo já começou a se reunir com membros da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para tentar tirar os pleitos do campo das ideias.

- Nossa agenda não é só para redução de custos. Também pleiteamos mais transparência de dados e mais acesso às informações de gastos para fazermos prevenção. Seria uma forma de conter a inflação da saúde - explicou Pablo Cesário, gerente executivo de Gestão de Defesa de Interesses da CNI.

Em julho, membros da diretoria da ANS foram à CNI ouviras empresas. Amanhã, é a vez de as companhias irem à sede da ANS.

- Neste grupo, identificamos que todas as indústrias enfrentam o mesmo problema. As operadoras de saúde trabalham apenas com "serviços de prateleira", que não atendem às nossas necessidades - comentou Márcia Agosti, líder de gestão de saúde da GE Brasil.
'É URGENTE DISCUTIR CUSTO'
Para ilustrar como a oferta das operadoras é insatisfatória às corporações industriais, Márcia contou que, há oito anos, a GE investe em um programa paralelo aos convênios médicos, para dar suporte aos funcionários que trabalham em obras distantes de centros urbanos, como na construção de hidrelétricas ou usinas eólicas.

- Mapeamos os hospitais que podem atender os funcionários que estão atuando em áreas distantes e fizemos uma parceria com uma empresa que faz o transporte da obra até o ponto de atendimento contou, para completar: - Ao longo do tempo, a assistência médica adotou cada vez mais um modelo de verticalização, que se aproxima dos grandes centros e deixa um pouco de lado o atendimento dos usuários que estão distantes.
A entrada das empresas na discussão é uma sinalização que os tempos estão mudando, diz Solange Beatriz Palheiro Mendes, presidente da FenaSaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar), acrescentando que as alterações na remuneração já estão mostrando resultado:
- Onde o modelo foi alterado, a redução de custo é de 20% a 30%. Os resultados assistenciais estão sendo avaliados.
Martha Oliveira, diretora executiva da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), acredita que não haverá no futuro um modelo hegemônico, como o atual, com pagamento por serviço, mas uma combinação de várias possibilidades. A grande dificuldade, diz ela, é chegar a um acordo sobre o que é qualidade em saúde e como medir o desempenho de um tratamento:
- Precisamos combinar qual será o valor importante nesse cenário. Hoje, a qualidade não é um valor, o sistema privilegia a ineficiência.
Para Reinaldo Scheibe, presidente da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), discutir custos na saúde é urgente:
- Há um grande esforço para mudar a forma de pagamento e de relacionamento entre operadores e prestadores de serviços na cadeia de saúde. É urgente discutir custos. Está claro que não há recurso para dar tudo para todo mundo, nem no setor privado nem no público.

A ANS garante que os tipos de planos existentes hoje permitem às operadoras fazer segmentação de assistência e cobertura, com a formatação de produtos "que atendam às diferentes necessidades dos beneficiários e, ainda assim, capazes de preservar a sustentabilidade das empresas no longo prazo". A ANS defende que a mudança do modelo de remuneração seja feita não apenas para reduzir custos, mas a estimular a melhor qualidade do atendimento e dos resultados.

Roberta Scrivano, Luciana Casemiro e Glauce Cavalcanti, O Globo


Trabalho do TCU leva BNDES a aumentar transparência


Parceria: Acordo de cooperação técnica que permitirá o desenvolvimento de um fluxo de informações integral entre a Corte de Contas e a instituição financeira será assinado em novembro

O Tribunal de Contas da União (TCU) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deram mais um passo rumo ao lançamento, em novembro, de um painel de transparência com dados da instituição financeira. Na última terça-feira (21/8), realizaram, na sede do banco no Rio de Janeiro (RJ), uma audiência pública para obter contribuições para aprimorar a divulgação das informações disponíveis ao público externo no site do BNDES. Quem quiser participar pode enviar sugestões até o dia 6 de setembro.

O foco de todo esse trabalho é transparência, a consolidação de uma nova postura do banco de abrir as informações de suas operações financeiras aos cidadãos, segundo a Lei de Acesso à Informação (Lei 12.527/2011) – uma transformação em que o Tribunal tem papel primordial. “O BNDES tem tido uma postura de transparência ampla nas suas ações e a parceria com o TCU tem sido muito importante para os avanços que nós temos tido recentemente nessa matéria”, declarou o presidente do BNDES, Dyogo Oliveira, durante a abertura do evento.
“Hoje temos a oportunidade de realizar uma audiência pública que tem duas grandes significações: a primeira delas é que essa audiência é resultado de um trabalho de proximidade, de ação conjunta, com o Tribunal de Contas da União; nasceu dessa relação, dessa parceria, e isso já é, por si só, uma grande significação”, ressaltou. A outra grande significação, disse ainda, “é o objetivo dessa audiência: facilitar o acesso às informações”.

O presidente do TCU, ministro Raimundo Carreiro, destacou a parceria que vem de longa data: “Nós agora estamos apenas consolidando”, recordou.

Também presente à audiência, o ministro da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner de Campos Rosário, falou que, atualmente, a base da mudança de uma sociedade está inicialmente na transparência e que ela é necessária para que ocorra o controle social. “Por isso, gostaria de parabenizar o banco pela iniciativa e o TCU pelo trabalho”, felicitou.

Histórico

Tanto a audiência quanto o painel desenvolvido conjuntamente pelo BNDES e pelo TCU são resultado de uma trajetória que começou em 2014, a partir de um levantamento de auditoria (TC 007.481/2014-4), de relatoria do ministro-substituto Augusto Sherman, que tinha como objetivo compreender as operações financeiras do banco e mapear, a partir de critérios econômicos, geográficos, de grupo empresarial e outros, a aplicação dos vultosos recursos a ele disponibilizados (aproximadamente R$ 1,2 trilhão, de 2000 a 2016).

A trajetória e as dificuldades no desenvolvimento do processo foram lembradas pelo ministro-substituto Augusto Sherman, também presente à audiência pública no Rio de Janeiro. Segundo o ministro-substituto, depois de dois anos de pesquisas e análises, veio a compreensão de que seria possível atuar diretamente sobre a base de dados do banco, contemplando todas as suas operações. “Solicitamos essa base de dados e o BNDES nos atendeu”, recorda. Até que, passados mais dois anos, “nós conseguimos construir um painel”. “Queríamos compreender melhor como o BNDES realiza as suas operações de financiamento e saber, de algum modo, como o banco vinha aplicando os recursos colocados à sua disposição”, explicou.

Parceria

O painel a que se refere o ministro-substituto foi apresentado ao BNDES em maio deste ano em reunião na sede do Tribunal, em Brasília, com a presença do presidente do banco, Dyogo Oliveira. Nesse mesmo dia, a equipe da instituição financeira falou da plataforma que também vinha desenvolvendo e de sua nova postura de transparência.

Em resposta à sugestão de parceria para publicização dos painéis feita por Sherman, “Dyogo propôs que produzíssemos um único painel, fazendo a junção dos dois”, recordou o ministro-substituto. Também nesse dia foi debatida a possibilidade de realização de uma audiência pública e de um seminário para apresentação do painel de informações à sociedade.

Todo esse trabalho de abertura de dados do banco foi resultado da atuação do TCU e da nova postura adotada pela atual administração do BNDES. “O mais importante disso tudo para mim foi que, nessa reunião que tivemos em Brasília, o presidente Dyogo Oliveira deixou claro ao Tribunal que o BNDES havia alterado significativamente o seu entendimento sobre as informações que precisam ser mantidas em sigilo, reduzindo-as significativamente”, prosseguiu. Assim, poucos itens sofreriam restrição quanto ao público externo.

Para Sherman, o mais importante é que, daqui por diante, vai ocorrer um nível de transparência muito alto no que se refere às operações do banco. “Nós estamos construindo relações institucionais com o BNDES que tendem a se consolidar, e acho que essa parceria vai ser boa para todos, para o TCU, para o BNDES e para a sociedade brasileira”, concluiu.

Resultados

Os resultados dessas ações já podem ser vistos no banco e no próprio Tribunal.  De acordo com o secretário de Controle Externo da Administração Indireta no Rio de Janeiro (SecexEstataisRJ), Carlos Borges Teixeira, o TCU tem hoje um conhecimento muito mais amplo dos financiamentos da instituição. “Temos uma visão geral das atividades do banco, inclusive algumas ações nossas de fiscalização em andamento às vezes se valem de dados que estão nessa base”, comenta.

A sua visão sobre o momento atual é muito positiva. “Honestamente, na visão mais otimista, eu não imaginava que a gente tivesse, em tão curto espaço de tempo, esse retorno”, pontua. Para ele, três anos entre solicitar e tratar as informações, discutir com o banco e realizar a audiência pública é uma “evolução fantástica”.

Para o banco, o resultado tem sido uma verdadeira transformação de postura diante do que é sigiloso e do que pode ser divulgado. O diretor de Compliance do BNDES, Marcelo de Siqueira Freitas, contou como foi o processo pelo qual a instituição passou. Segundo ele, um dos grandes desafios que encontrou ao chegar ao banco, em 2016, foram as consultas com base na Lei de Acesso à Informação.

Marcelo Freitas citou a discussão no STF (MS 33.340 DF) sobre o tema da transparência, com origem no processo do TCU. Em seguida, o banco recebeu um ofício da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) sugerindo que fossem incluídas informações no site do BNDES. Mas, após análise, logo vinha a resposta: isso é sigiloso. “Sigiloso com base em quê? Sigiloso por quê?”, questionou, então.

A partir daí, a página passou a ser reestruturada com viés em transparência e, nessa mudança, uma premissa não podia ser esquecida. “Este é um banco público, e sendo um banco público, nós temos alguns deveres que os demais bancos privados não têm. E esses deveres, de forma muito resumida, mas muito impactante, começam na Constituição (Art. 37)”, enfatizou.

Mas o grande impasse estava exatamente nesse ponto, pois o BNDES é regido por dois princípios constitucionais, que, aparentemente, poderiam estar em conflito. Primeiro, o direito à preservação da intimidade do tomador de recursos, assim como o tomador de recursos de qualquer outro banco. Por outro lado, a instituição é, também, um banco público, e é necessário prestar respeito aos princípios da administração, e “um dos princípios de extrema relevância da administração é exatamente o princípio da publicidade”.

Sigilo bancário

Diante dessa dicotomia entre os dois princípios constitucionais, Marcelo Freitas explica que “era obrigação do BNDES, inclusive a partir da análise dos precedentes do Supremo, interpretá-los de forma a encontrar uma harmonia possível entre eles”. Assim, foi feita uma análise, chegando a uma percepção “bastante clara do que efetivamente é sigilo bancário”, contou.

Portanto, constituem sigilo bancário, segundo o diretor de Compliance do BNDES:

as informações que o tomador entrega para convencer o banco a lhe dar recursos – são eventualmente entregues o plano de negócios, segredos industriais, como ele vai enfrentar a concorrência dos demais atores do setor,  um conjunto de informações que responde pelo sigilo comercial e industrial;
a análise, “absolutamente subjetiva”, da capacidade de pagamento do tomador feita pelo banco, que não é uma empresa que vende esse serviço no mercado e, dessa forma, essa informação também não deve ser divulgada;
a percepção do BNDES quanto à adimplência ou não do tomador e qual o seu saldo devedor com a instituição – que formam “o núcleo essencial do sigilo bancário”.
Em todo o processo, para chegar até esse ponto, Marcelo Freitas ressalta a importância do “relacionamento entre o TCU e o BNDES naquilo que nós devemos reconhecer em relação ao principal interesse do TCU para o desempenho da sua missão junto ao banco: ter acesso às informações”.

Por isso, para além daquelas informações que vão constar do site e que estarão à disposição de toda a sociedade, “o TCU e a CGU têm que ter acesso ampliado, o que significa, na prática, acesso a 100%, à integralidade das informações do BNDES, mesmo àquelas que efetivamente estão cobertas pelo sigilo bancário, com o cuidado que as duas instituições sempre têm tido de preservar as informações sigilosas que recebem”.

Exatamente por isso, garantiu o diretor, “para que possamos garantir que o TCU terá de forma perene acesso a todo o conjunto de informações do BNDES”, será assinado em novembro “um acordo de cooperação técnica que permitirá o desenvolvimento de um fluxo de informações integral” entre a Corte de Contas e a instituição financeira.

É hora de participar!

Agora, reforça o titular da SecexEstataisRJ, Carlos Borges Teixeira, o TCU tem um dever de casa, a partir de 6 de setembro, quando se encerra o prazo para as contribuições ao aprimoramento do painel que será lançando em novembro, no seminário que está sendo programado. “A partir daí, vamos monitorar, primeiro, para saber se será dado um feedback quanto ao que foi demandado e, segundo, se o banco vai consolidar essas informações, o que foi possível alterar, o que não, e por quê”, explica.

Assim, é o momento de monitorar esse processo, “e também como estão as ações do BNDES para tornar as mudanças factíveis”. Depois, é construir o acordo e lançar a plataforma. Por isso, esta é a hora de atuar, de participar. Basta acessar na página do BNDES o formulário, preencher e enviar. Leva poucos minutos.

Mudanças já feitas no painel do BNDES, resultado da parceria com o TCU

Em informações individualizadas por contrato/operação

Nas operações de renda fixa – porte do cliente, situação do contrato, valor desembolsado, identificação das operações de apoio à inovação; próximos passos: fonte de recursos e valor desembolsado.

Nas operações de renda variável – próximos passos: desinvestimentos/remuneração e valor de mercado da carteira.

Informações consolidadas de desempenho do BNDES

Desembolsos mensais desde 1995: inovação, município, instrumento financeiro.

Serviço: Secom


Robô monitora à vinha - por enquanto, só para quem aprecia vinhos do velho mundo


A Região do Douro volta a receber o robô que promete uma revolução da monitorização das vinhas.

A máquina permite uma recolha de informação mais rápida com dados mais precisos sobre a qualidade da vinha e a forma como pode ser potenciada.

Autónomo, simples de manusear e de leitura fácil. Chama-se VineScout e está de regresso ao Douro.

O projeto, desenvolvido pela Comissão Europeia, foi acolhido com entusiasmo pelo departamento de investigação e desenvolvimento de viticultura da casa Symington. O responsável, Fernando Alves, apresenta o robô que promete aumentar a qualidade do produto final, através da monitorização de dados importantes, como o estado hídrico da vinha.

O VineScout permite, ainda, selecionar zonas de qualidade diferenciadas - ajudando a separar as melhores uvas das restantes - e a recolha de dados de mais pontos de observação. Fernando Alves explica a diferença entre a máquina e o ser humano.
A jornalista Sónia Santos Silva conversou com Fernando Alves, responsável do departamento de investigação e desenvolvimento de viticultura da casa Symington

"Enquanto uma equipa consegue recolher, por dia, dados em vinte pontos da vinha, o robô consegue milhares no mesmo período de tempo".
No ano passado, o VineScout já foi testado no Douro, a circular numa vinha para reconhecer obstáculos e o tipo de vegetação que está a monitorizar. Esta quarta-feira será desenvolvida a segunda fase de testes e em 2019 a terceira e última fase.
O lugar escolhido para os testes foi a Quinta do Ataíde, distrito de Bragança, propriedade da família Symington, onde por estes dias se juntam especialistas europeus em robótica e vitivinicultura portugueses, mas também oriundos de países como Espanha, França, Reino Unido.

O robô está numa fase "intermédia" de desenvolvimento, para um projeto que tem uma duração prevista de três anos e que poderá ser dilatado conforme as necessidades das pastes envolvidas no projeto que é financiado pela União Europeia.

No projeto "VineScout" além da empresa Symington, estão incluídos a Universidade Politécnica de Valência e a Universidade de La Rioja (Espanha), a Wall-YE Robots & Software (França), e a Sundance Multiprocessor Technologies (Reino Unido).

Dentro de três anos, a casa Symington espera que este protótipo passe a ser uma realidade nas vinhas do Douro.

Sónia Santos Silva, Foto: Francisco Pinto/ Lusa


Comissão de Acompanhamento do Contrato de Gestão, celebrado entre o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária


AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA
PORTARIA N° 1.095, DE 27 DE AGOSTO DE 2018
O Diretor-Presidente Substituto da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso das atribuições que lhe confere a Portaria MS/GM nº 1.162, de 12 de maio de 2017, tendo em vista o disposto no art. 47, IX aliado ao art. 54, III, § 3º e ao art. 44, III do Regimento Interno aprovado nos termos do Anexo I, da Resolução da Diretoria Colegiada - RDC n° 61, de 3 de fevereiro de 2016,
Considerando o parágrafo único do art. 19 da Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999, que define o Contrato de Gestão como instrumento de avaliação da atuação administrativa da Agência e de seu desempenho;
Considerando, ainda, o disposto na Cláusula Sexta do Contrato de Gestão celebrado entre a União, por meio do Ministério da Saúde e a Anvisa, assinado em 5 de julho de 2018,
resolve:
Art.1º Designar a representação da Comissão de Acompanhamento do Contrato de Gestão, celebrado entre o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, com a seguinte composição:
I - Ministério da Saúde:
Secretaria Executiva – SE (titular e suplente)
Secretaria de Vigilância em Saúde – SVS (titular e suplente)
Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos – SCTIE (titular e suplente)
Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa – SGEP (titular e suplente)
Secretaria de Atenção à Saúde – SAS (titular e suplente)
II - Agência Nacional de Vigilância Sanitária:
Diretoria de Gestão Institucional – Diges (titular e suplente)
Diretoria de Regulação Sanitária – Direg (titular e suplente)
Diretoria de Controle e Monitoramento Sanitário – Dimon (titular e suplente)
Diretoria de Coordenação e Articulação do SNVS – DSNVS (titular e suplente)
Diretoria de Autorização e Registro Sanitário – Diare (titular e suplente)
Gabinete do Diretor-Presidente – Gadip (titular e suplente)
Assessoria de Planejamento – Aplan (titular e suplente)
Parágrafo único. A Comissão de Acompanhamento será coordenada pela Assessoria de Planejamento da Anvisa.

Art. 2º Componentes da Comissão: os representantes das Unidades Organizacionais definidas no art.1º serão indicados pelos respectivos titulares.
§ 1º A lista dos representantes será atualizada sempre que houver alteração na representação das Secretarias, Diretorias ou Gabinete do Diretor-Presidente da Anvisa, podendo ser solicitada a qualquer tempo.
§ 2º A publicação da composição nominal na Comissão de Acompanhamento, bem como suas atualizações serão consignadas no Boletim de Serviços da Anvisa.
Art. 3º Caberá à Comissão:
I. acompanhar a execução do Plano de Trabalho no que se refere ao desempenho dos resultados pactuados, em seus aspectos quantitativos e qualitativos;
II. emitir relatório de acompanhamento com análise quantitativa e qualitativa sobre a execução do CONTRATO quanto ao alcance das metas pactuadas;
III. propor ações corretivas, sugestões, e/ou recomendações decorrentes do acompanhamento; e
IV. propor a revisão de metas e indicadores de desempenho, quando julgar necessário ou de acordo com as orientações e deliberações da Comissão de Avaliação.
Art. 4º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação e revoga a Portaria nº 1.884, de 7 de outubro de 2016, publicada no DOU de 10 de outubro de 2016, Seção 1, pág. 57.
FERNANDO MENDES GARCIA NETO


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