Dez empresas e instituições
estão mobilizadas para salvar vidas. A 2ª Ação de Doação de Sangue visa elevar
os estoques, visto que agosto é tradicionalmente um mês de baixa, como reflexo
das férias de julho. Em São Paulo, de acordo com dados da Pró-Sangue, a reserva
para os tipos sanguíneos O+, B- e A- estão em estado de alerta e O- em estado
crítico. O objetivo da campanha é mobilizar mais de 120 mil funcionários para
alcançar 10 mil doações, totalizando 5 mil litros de sangue para Hemocentros de
todo o país até o dia 1º de setembro.
Segundo dados
do Ministério da Saúde, no Brasil, são feitas cerca de 3,4 milhões de
doações de sangue por ano. Dados de 2016 indicam que 1,6% da população
brasileira - 16 a cada mil habitantes - doa sangue. O Ministério da Saúde tem se
esforçado para aumentar a taxa. Em 2017 investiu R$ 1,2 bilhão na rede de
sangue e hemoderivados (Hemorrede). Os recursos foram destinados, entre outros,
para a estruturação da rede nacional para a modernização das unidades,
qualificação dos profissionais e processos de produção da Hemorrede.
Aderiram à 2ª Ação de Doação
de Sangue, capitaneada pelo Banco Santander, a Marinha do Brasil, Unilever,
Accenture, Azul Linhas Aéreas, Embraer, Auxiliadora Predial, Prefeitura de São
José dos Campos, Grupo Cataratas e Johnson & Johnson.
Além de auxiliar a elevar essa
reserva, cada doador ajuda a salvar a vida de quatro pessoas, visto que cada
bolsa de sangue atende a quatro pacientes com necessidade de transfusão. Serão
mais de 100 pontos de coleta em todo o país, que podem ser conferidos pelo
site www.santander.com.br/eudouosangue.
No domingo, 26/8, foi
realizada uma ação de mobilização de doadores na Avenida Paulista direcionando
os doadores para o Hospital das Clínicas (HC) e o Hospital do Coração (Hcor).
Os hemocentros dos hospitais, que abriram neste domingo especialmente para esta
ação, receberam mais de 260 doadores.
Gustavo Donado, publicitário
de 25 anos, doou pela primeira vez e sentiu um "orgulho genuíno", de
si mesmo. Segundo ele, o que o motivou a doar foi a constatação de que algumas
preocupações que tinha sobre o procedimento não passavam de mitos. "Tinha
medo de doar sangue e correr o risco de desmaiar por pressão baixa, além de achar
que seria demorado. Descobri que esse risco não existe e que a doação é rápida.
Não levou nem meia hora. Saí de lá com um sentimento indescritível. Uma
sensação boa por perceber que contribuí de fato com algo, que fui útil e fiz o
bem", comemora.
A enfermeira Ana Lucia
Carvalho de Oliveira, de 37 anos, foi mais uma a ter um dia gratificante.
Doadora de longa dada, aproveitou a campanha para, uma vez mais, promover um
ato de caridade. "É muito bom saber que estamos ajudando. Sentir que
estamos fazendo algo pelo próximo. Poderia ser o inverso, e eu estivesse
precisando. Então, vamos doar e ajudar a salvar vidas", convida ela.
No último mês de abril o
Santander fez a primeira ação, quando conseguiu mobilizar 3.300 doações e 1.650
litros. O desafio nessa segunda onda é triplicar o volume, beneficiando um
número maior de bancos de sangue e pacientes.
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