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quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Dez empresas e instituições se unem em campanha para estimular doação de sangue


Dez empresas e instituições estão mobilizadas para salvar vidas. A 2ª Ação de Doação de Sangue visa elevar os estoques, visto que agosto é tradicionalmente um mês de baixa, como reflexo das férias de julho. Em São Paulo, de acordo com dados da Pró-Sangue, a reserva para os tipos sanguíneos O+, B- e A- estão em estado de alerta e O- em estado crítico. O objetivo da campanha é mobilizar mais de 120 mil funcionários para alcançar 10 mil doações, totalizando 5 mil litros de sangue para Hemocentros de todo o país até o dia 1º de setembro.

Segundo dados do Ministério da Saúde, no Brasil, são feitas cerca de 3,4 milhões de doações de sangue por ano. Dados de 2016 indicam que 1,6% da população brasileira - 16 a cada mil habitantes - doa sangue. O Ministério da Saúde tem se esforçado para aumentar a taxa. Em 2017 investiu R$ 1,2 bilhão na rede de sangue e hemoderivados (Hemorrede). Os recursos foram destinados, entre outros, para a estruturação da rede nacional para a modernização das unidades, qualificação dos profissionais e processos de produção da Hemorrede.

Aderiram à 2ª Ação de Doação de Sangue, capitaneada pelo Banco Santander, a Marinha do Brasil, Unilever, Accenture, Azul Linhas Aéreas, Embraer, Auxiliadora Predial, Prefeitura de São José dos Campos, Grupo Cataratas e Johnson & Johnson.

Além de auxiliar a elevar essa reserva, cada doador ajuda a salvar a vida de quatro pessoas, visto que cada bolsa de sangue atende a quatro pacientes com necessidade de transfusão. Serão mais de 100 pontos de coleta em todo o país, que podem ser conferidos pelo site www.santander.com.br/eudouosangue.

No domingo, 26/8, foi realizada uma ação de mobilização de doadores na Avenida Paulista direcionando os doadores para o Hospital das Clínicas (HC) e o Hospital do Coração (Hcor). Os hemocentros dos hospitais, que abriram neste domingo especialmente para esta ação, receberam mais de 260 doadores.

Gustavo Donado, publicitário de 25 anos, doou pela primeira vez e sentiu um "orgulho genuíno", de si mesmo. Segundo ele, o que o motivou a doar foi a constatação de que algumas preocupações que tinha sobre o procedimento não passavam de mitos. "Tinha medo de doar sangue e correr o risco de desmaiar por pressão baixa, além de achar que seria demorado. Descobri que esse risco não existe e que a doação é rápida. Não levou nem meia hora. Saí de lá com um sentimento indescritível. Uma sensação boa por perceber que contribuí de fato com algo, que fui útil e fiz o bem", comemora.

A enfermeira Ana Lucia Carvalho de Oliveira, de 37 anos, foi mais uma a ter um dia gratificante. Doadora de longa dada, aproveitou a campanha para, uma vez mais, promover um ato de caridade. "É muito bom saber que estamos ajudando. Sentir que estamos fazendo algo pelo próximo. Poderia ser o inverso, e eu estivesse precisando. Então, vamos doar e ajudar a salvar vidas", convida ela.

No último mês de abril o Santander fez a primeira ação, quando conseguiu mobilizar 3.300 doações e 1.650 litros. O desafio nessa segunda onda é triplicar o volume, beneficiando um número maior de bancos de sangue e pacientes.



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