Especialistas discutiram
durante dois dias as perspectivas de regulação do plasma rico em plaquetas no
Brasil.
Para promover o debater sobre
a utilização do Plasma Rico em Plaquetas (PRP) como produto do sangue para fins
não transfusionais, a Anvisa sediou, em parceria com o Hospital Sírio Libanês,
o Seminário Internacional sobre o uso e a Regulação de PRP no auditório da
Agência, em Brasília. O evento, que ocorreu entre os dias 16 e 17 de agosto,
teve a presença de especialistas que abordaram as perspectivas do tema a partir
das fontes de obtenção, processos produtivos e de indicações terapêuticas.
O Seminário foi aberto ao
público e contou com a participação de 163 inscritos, além de ter sido
transmitido on-line para todo o país. Entre os presentes, o evento contou a
contribuição da Agência Reguladora de Medicamentos da Espanha, pesquisadores
brasileiros e técnicos de vigilâncias sanitárias locais, a fim de
compartilharem experiências e estudos sobre o PRP.
Para Alessandra Bastos Soares,
Diretora de Autorização e Registro Sanitários da Anvisa (Diare), este debate
serve como oportunidade de promover a discussão técnica entre especialistas das
áreas clínica e regulatória para se obter subsídios para a construção de
análises regulatórias. “Aqui não há juízo de valor, pois o que a gente quer é
entregar para a população e para a comunidade científica, assim como para o
setor produtivo e para o cidadão comum, o que eles precisam, que no
entendimento da Anvisa é trabalhar sempre com segurança e eficácia”, concluiu
Alessandra.
Plasma Rico em Plaquetas
O PRP é uma técnica medicinal
em que é utilizado o próprio sangue do paciente como tratamento. No caso, o
sangue é levado a uma centrífuga com a finalidade de que as células sejam
separadas para chegar ao plasma rico em plaquetas. Para entender melhor, o sangue
é composto por células brancas, células vermelhas, plasma e plaquetas. Ao
passar pelo processo de centrifugação, as hemácias do plasma são segmentadas
para que se obtenha o PRP.
O plasma é a porção líquida do
sangue que contém, entre diversas substâncias, os fatores de coagulação.
Segundo especialistas, comparando-o ao sangue considerado normal, o PRP contém
uma concentração de fatores que podem influenciar na cicatrização de tendões,
ligamentos, músculos, cartilagem e osso de 3 a 5 vezes maior.
Seminário
Durante o primeiro dia do
Seminário, foi aberta uma Mesa Redonda entre os convidados que debateu acerca
da produção e do uso do PRP no Brasil, além de ter contado com um Painel
que expôs a posição dos Conselhos Profissionais ligados ao assunto. Foram
discutidos, ainda, o reconhecimento do uso odontológico do PRP pelo Conselho
Federal de Odontologia e a perspectiva de reconhecimento desse tipo de
tratamento pelo Conselho Federal de Medicina.
No segundo dia, foi possível
acompanhar a conferência do Dr. José Luis Bueno Cabrera, da Agência Reguladora
de Medicamentos da Espanha, que já desenvolve tratamentos com o uso do PRP, e
assistir à exposição dos possíveis cenários para a regulação de outros produtos
do sangue para uso terapêutico não transfusional no país.
Ao final do Seminário, foram
avaliados os possíveis desdobramentos para a regulação de PRP no Brasil, como
presente, futuro e ações para Sangue, Tecidos, Células e Órgãos.
Análise de Impacto Regulatório
Todas as palestras, debates e
discussões que ocorreram dentro do Seminário, entre especialistas e sociedade,
servirão como base para a produção do relatório de Análise de Impacto
Regulatório (AIR) e para a definição de uma proposta de instrumento regulatório
sobre o uso do tratamento feito pelo PRP.
Você pode rever o Seminário
pelos links:
16/8/2018
17/8/2018
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