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segunda-feira, 27 de agosto de 2018

SANOFI AVENTIS DESCARTA APORTES EM FÁBRICAS ALEGANDO DIFICULDADES EM ACESSAR (VENDER) PARA O SUS


Pius Hornstein, diretor geral da Empresa no Brasil fala, em entrevistas aos meios de comunicação, sobre as dificuldades com o marco regulatório  - custo Brasil, que atrasam a implementação de produtos de alta tecnologia devido a longas esperas para a obtenção dos registros sanitários na ANVISA, autorização da  de preços na CMED e incorporação ao  Sistema Único de Saúde – SUS pelo CONITEC

A Sanofi recebeu aprovação, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa, para lançar um imunoterápico para dermatite atópica, mas há seis meses aguarda que a CMED – câmara responsável pela regulação e autorização de preços, autorize o valor máximo de venda ao consumidor para comercialização do medicamento no Brasil, afirmou o executivo em entrevista a folha de São Paulo.

A empresa tem investido em eficiência, e, em ferramentas digitais, mas evidência que a grupo não cogita realizar aportes em capacidade produtiva no Brasil, diz Hornstein, na mesma entrevista. A Companhia tem previstos novos projetos para o mercado brasileiro, mas a exceção do tratamento para esclerose múltipla, enfrenta barreiras para comercializar fármacos de alta complexidade para o governo.

"Em relação a novos tratamentos, o país está bem atrasado em relação à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico - OCDE. Muitas empresas não querem lançar novos produtos no Brasil, porque tem que esperar seis ou sete anos para ser incluído na lista do SUS. A longo prazo, isso não é bom porque resulta em menos inovação. Os pacientes merecem o mesmo acesso que há no México ou na Turquia”, diz Hornstein no mesmo artigo.

A Sanofi Pasteur atravessa longa trajetória de insucessos para incorporação da vacina “Dengvaxia”, tetravalente contra gripe, a nível mundial, mas particularmente no Brasil amarga, várias tentativas mal sucedidas, de incluí-la no Programa Nacional de Imunizações do SUS, mais recentemente – nesta semana, dia 23 – a ANVISA anunciou a contraindicação para pessoas que nunca tiveram contato com o vírus, obrigando a empresa a adequara bula eletrônica, dentro de 30 dias,  e ainda enviar orientações para os locais onde a vacina já está sendo usada.

No Sistema Público de Saúde a exceção é o Paraná, onde o governo estadual decidiu fornecer a vacina em rede pública, prioritariamente, onde o os focos endêmicos foram mais rigorosos, foi aplicada em alguns munícipios e micro regiões, como projeto piloto. Hoje em avaliação, as autoridades de vigilância em saúde, ainda não sinalizam com a utilização da vacina em todo território paranaense.

No Brasil, a Sanofi opera em cinco unidades de negócio: Sanofi Farma, Sanofi Consumer Healthcare, Sanofi Pasteur, Sanofi Genzyme e também a Medley

A Empresa perdeu, em 2017, para a Hypermarcas a segunda posição no ranking das maiores empresas da indústria farmacêutica no País, e ficou sem medicamentos protegidos por patentes, a francesa Sanofi, dona da Medley chegou a cogitar a venda do segmento genérico a exemplo do que ocorreu com o Teuto. Apesar da profunda reestruturação conduzida pela Sanofi o laboratório acumula prejuízos. Os franceses perderam mais tempo tentando consertar a herança que receberam do que pensando na expansão do negócio. A Medley tinha uma pesadíssima estrutura de custos.

Apesar das queixas a Empresa prevê lançar os genéricos e similares:
  • Dupixent, para o tratamento contínuo da dermatite atópica;
  • Soliqua, para pacientes com diabetes tipo 2;
  • Cerdelga, para tratamento da doença de Gaucher;
  • Menactra, uma vacina contra meningite meningocócica;
  • além da mudança do anti-histamínico Allegra para medicamento isento de prescrição (com exceção do Allegra D),

com informações da reportagem da Maria Cristina Frias da Folha de São Paulo


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