Pius Hornstein, diretor geral
da Empresa no Brasil fala, em entrevistas aos meios de comunicação, sobre as
dificuldades com o marco regulatório - custo Brasil, que atrasam a
implementação de produtos de alta tecnologia devido a longas esperas para a
obtenção dos registros sanitários na ANVISA, autorização da de preços na
CMED e incorporação ao Sistema Único de Saúde – SUS pelo CONITEC
A Sanofi recebeu aprovação, da
Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa, para lançar um imunoterápico
para dermatite atópica, mas há seis meses aguarda que a CMED – câmara
responsável pela regulação e autorização de preços, autorize o valor máximo de
venda ao consumidor para comercialização do medicamento no Brasil, afirmou o
executivo em entrevista a folha de São Paulo.
A empresa tem investido em
eficiência, e, em ferramentas digitais, mas evidência que a grupo não cogita
realizar aportes em capacidade produtiva no Brasil, diz Hornstein, na mesma
entrevista. A Companhia tem previstos novos projetos para o mercado brasileiro,
mas a exceção do tratamento para esclerose múltipla, enfrenta barreiras para
comercializar fármacos de alta complexidade para o governo.
"Em relação a novos
tratamentos, o país está bem atrasado em relação à Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Econômico - OCDE. Muitas empresas não querem
lançar novos produtos no Brasil, porque tem que esperar seis ou sete anos para
ser incluído na lista do SUS. A longo prazo, isso não é bom porque resulta em
menos inovação. Os pacientes merecem o mesmo acesso que há no México ou na
Turquia”, diz Hornstein no mesmo artigo.
A Sanofi Pasteur atravessa
longa trajetória de insucessos para incorporação da vacina “Dengvaxia”,
tetravalente contra gripe, a nível mundial, mas particularmente no Brasil
amarga, várias tentativas mal sucedidas, de incluí-la no Programa Nacional de
Imunizações do SUS, mais recentemente – nesta semana, dia 23 – a ANVISA
anunciou a contraindicação para pessoas que nunca tiveram contato com o vírus,
obrigando a empresa a adequara bula eletrônica, dentro de 30 dias, e
ainda enviar orientações para os locais onde a vacina já está sendo usada.
No Sistema Público de Saúde a
exceção é o Paraná, onde o governo estadual decidiu fornecer a vacina em rede
pública, prioritariamente, onde o os focos endêmicos foram mais rigorosos, foi
aplicada em alguns munícipios e micro regiões, como projeto piloto. Hoje em
avaliação, as autoridades de vigilância em saúde, ainda não sinalizam com a
utilização da vacina em todo território paranaense.
No Brasil, a Sanofi opera em
cinco unidades de negócio: Sanofi Farma, Sanofi Consumer Healthcare, Sanofi
Pasteur, Sanofi Genzyme e também a Medley
A Empresa perdeu, em 2017,
para a Hypermarcas a segunda posição no ranking das maiores empresas da
indústria farmacêutica no País, e ficou sem medicamentos protegidos por
patentes, a francesa Sanofi, dona da Medley chegou a cogitar a venda do
segmento genérico a exemplo do que ocorreu com o Teuto. Apesar da profunda
reestruturação conduzida pela Sanofi o laboratório acumula prejuízos. Os
franceses perderam mais tempo tentando consertar a herança que receberam do que
pensando na expansão do negócio. A Medley tinha uma pesadíssima estrutura de
custos.
Apesar das queixas a Empresa
prevê lançar os genéricos e similares:
- Dupixent, para o tratamento contínuo da
dermatite atópica;
- Soliqua, para pacientes com diabetes tipo
2;
- Cerdelga, para tratamento da doença de
Gaucher;
- Menactra, uma vacina contra meningite
meningocócica;
- além da mudança do anti-histamínico
Allegra para medicamento isento de prescrição (com exceção do Allegra D),
com informações da reportagem
da Maria Cristina Frias da Folha de São Paulo
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