O uso de medicamentos isentos
de prescrição (MIPs) gera uma economia de R$ 364 milhões para o Sistema
Único de Saúde (SUS). Os dados fazem parte do novo estudo Utilização de medicamentos isentos de prescrição e economias
geradas para os sistemas de saúde, realizado pela Fundação Instituto de
Administração (FIA) e referente a 2017. Segundo o levantamento, para cada R$ 1
gasto com essa categoria de remédios, são economizados até R$ 7.
O estudo deduziu o custo dos
MIPs para o consumidor (R$ 61,2 milhões) dos gastos desnecessários com 5,1
milhões de consultas médicas (R$ 56,1 milhões) e a perda por dias não
trabalhados – equivalente a R$ 369,2 milhões. Foram utilizadas como parâmetro
estimativas de valores de consultas ambulatoriais na rede pública, dados
do Ministério
do Trabalho e informações de consumo desses medicamentos colhidas
junto à IQVIA.
“O uso dos MIPs possibilita
uma diminuição substancial do número de visitas desnecessárias às unidades de
pronto-atendimento, com redução do volume de exames laboratoriais e maior
produtividade profissional”, reforça Marli
Sileci, vice-presidente da Associação Brasileira de Medicamentos Isentos de
Prescrição (ABIMIP), entidade que apoiou a realização do estudo.
Alavanca de crescimento
Segundo balanço da Associação Brasileira de
Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), a categoria dos MIPs foi a
única a avançar dois dígitos em vendas no grande varejo farmacêutico no
primeiro semestre deste ano, com faturamento superior a R$ 3,5 bilhões – 16% do
montante total. O aumento percentual foi de 15,42%, contra 7,54% de crescimento
geral. “Cerca de 60% dos pacientes recorrem a esses medicamentos sob orientação
farmacêutica para gerenciar os sintomas do dia a dia. Os consumidores estão se
tornando mais proativos em relação ao autocuidado com a saúde”, avalia Sergio
Mena Barreto, presidente executivo da entidade.
0 comentários:
Postar um comentário