A Região do Douro volta a
receber o robô que promete uma revolução da monitorização das vinhas.
A máquina permite uma recolha
de informação mais rápida com dados mais precisos sobre a qualidade da vinha e
a forma como pode ser potenciada.
Autónomo, simples de manusear
e de leitura fácil. Chama-se VineScout e está de regresso ao Douro.
O projeto, desenvolvido pela
Comissão Europeia, foi acolhido com entusiasmo pelo departamento de
investigação e desenvolvimento de viticultura da casa Symington. O responsável,
Fernando Alves, apresenta o robô que promete aumentar a qualidade do produto
final, através da monitorização de dados importantes, como o estado hídrico da
vinha.
O VineScout permite, ainda,
selecionar zonas de qualidade diferenciadas - ajudando a separar as melhores
uvas das restantes - e a recolha de dados de mais pontos de observação.
Fernando Alves explica a diferença entre a máquina e o ser humano.
A jornalista Sónia Santos
Silva conversou com Fernando Alves, responsável do departamento de investigação
e desenvolvimento de viticultura da casa Symington
"Enquanto uma equipa
consegue recolher, por dia, dados em vinte pontos da vinha, o robô consegue
milhares no mesmo período de tempo".
No ano passado, o VineScout já
foi testado no Douro, a circular numa vinha para reconhecer obstáculos e o tipo
de vegetação que está a monitorizar. Esta quarta-feira será desenvolvida a
segunda fase de testes e em 2019 a terceira e última fase.
O lugar escolhido para os
testes foi a Quinta do Ataíde, distrito de Bragança, propriedade da família
Symington, onde por estes dias se juntam especialistas europeus em robótica e
vitivinicultura portugueses, mas também oriundos de países como Espanha,
França, Reino Unido.
O robô está numa fase
"intermédia" de desenvolvimento, para um projeto que tem uma duração
prevista de três anos e que poderá ser dilatado conforme as necessidades das
pastes envolvidas no projeto que é financiado pela União Europeia.
No projeto
"VineScout" além da empresa Symington, estão incluídos a Universidade
Politécnica de Valência e a Universidade de La Rioja (Espanha), a Wall-YE
Robots & Software (França), e a Sundance Multiprocessor Technologies (Reino
Unido).
Dentro de três anos, a casa
Symington espera que este protótipo passe a ser uma realidade nas vinhas do
Douro.
Sónia Santos Silva, Foto:
Francisco Pinto/ Lusa
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