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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

Anvisa aprova segundo autoteste para Covid-19

O produto será fabricado no Brasil.

Anvisa aprovou nesta quarta-feira (23/2) o segundo autoteste para Covid-19 do Brasil. O produto registrado pela Agência é o Autoteste COVID Ag Detect fabricado pela empresa Eco Diagnostica Ltda. O produto será fabricado no Brasil.

O produto foi desenvolvido para uso de amostra obtida por swab nasal não profundo e que fornece o resultado após 15 minutos.

Para analisar o pedido de registro, a Anvisa avalia uma série de requisitos técnicos, entre os quais estão a usabilidade e o gerenciamento de risco. Estes dois critérios são centrais para um autoteste e servem para adequar o produto ao uso por pessoas leigas, garantindo maior segurança. Confira as instruções de uso aprovadas para o produto e o guia rápido que deverão acompanhar o produto. 

Segundo a avaliação, o produto atendeu aos critérios técnicos definidos pela Agência e também teve o desempenho avaliado e aprovado pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), conforme estabelecido no Plano Nacional de Expansão da Testagem (PNE) do Ministério da Saúde.

A publicação do registro está na Resolução RE 569/2022, publicada nesta quarta-feira (23/2) no Diário Oficial da União. A disponibilidade do produto no mercado depende da empresa detentora do registro.

A avaliação do pedido de registro pela Anvisa levou 22 dias, incluindo quatro dias utilizados pela empresa solicitante para atender exigências técnicas feitas pela Agência e realização de uma reunião técnica para apresentação de informações.

A avaliação ocorre de forma simultânea a outros pedidos de autoteste e produtos de uso profissional, já que todas as petições que envolvem produtos relacionados ao Covid-19 estão sendo priorizadas.

Após a publicação da resolução RDC 595/2022, que estabeleceu os critérios para registro, distribuição, comercialização e uso de autotestes para detecção de antígeno para Covid-19, a Anvisa vem se dedicando à avaliação dos produtos que possam ser usados como mais uma ferramenta para o enfrentamento da pandemia de coronavírus.

O que é o autoteste e o que é importante saber

O autoteste é o produto que permite que a pessoa realize todas as etapas da testagem, desde a coleta da amostra até a interpretação do resultado, sem a necessidade de auxílio profissional. Para isso, deve seguir atentamente as informações das instruções de uso, que possuem linguagem simples e figuras ilustrativas do seu passo a passo.

Independentemente do seu resultado, lembre-se que o uso de máscaras, a vacinação e o distanciamento físico são medidas que protegem você e outras pessoas, pois reduzem as chances de transmissão do coronavírus.

Você pode utilizar o autoteste entre o 1º e o 7º dia do início de sintomas como febre, tosse, dor de garganta, coriza (popularmente conhecida como nariz escorrendo), dores de cabeça e no corpo.

Caso você não tenha sintomas, mas tiver tido contato com alguém que testou positivo, aguarde cinco antes de usar o autoteste.

Somente os autotestes aprovados pela Anvisa podem ser comercializados no país, seja em farmácias ou estabelecimentos de produtos médicos regularizados junto à vigilância sanitária. É proibida a venda de autotestes em sites que não pertençam a farmácias ou estabelecimentos de saúde autorizados e licenciados pelos órgãos de vigilância sanitária.

O autoteste não define um diagnóstico, o qual deve ser realizado por um profissional de saúde. Seu caráter é orientativo, ou seja, não se trata de um atestado médico.

Para a sua segurança, adquira autotestes para Covid-19 aprovados pela Anvisa.

A lista completa dos testes aprovados será atualizada periodicamente e está disponível no painel eletrônico

Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento regulamenta os procedimentos para o recebimento e o tratamento de manifestações de ouvidoria e de relatos de irregularidades

DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO

Publicado em: 22/02/2022 | Edição: 37 | Seção: 1 | Página: 2

Órgão: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento/Gabinete da Ministra

PORTARIA MAPA Nº 403, DE 21 DE FEVEREIRO DE 2022

Estabelece, no âmbito do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, os procedimentos para o recebimento e o tratamento de manifestações de ouvidoria e de relatos de irregularidades.

A MINISTRA DE ESTADO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso das atribuições que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição Federal, tendo em vista o disposto na Lei nº 13.460, de 26 de junho de 2017; na Lei nº 13.608, de 10 de janeiro de 2018; no Decreto nº 9.094, de 17 de julho de 2017; no Decreto nº 9.492, de 5 de setembro de 2018; na Portaria nº 581, de 9 de março de 2021, da Controladoria-Geral da União, e o que consta do Processo SEI nº 21000.065745/2020-46, resolve:

CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º Ficam estabelecidos, no âmbito do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, os procedimentos para o recebimento e tratamento de manifestações de ouvidoria de que trata o Decreto nº 9.492, de 5 de setembro de 2018, e de relatos de irregularidades de que trata o caput do art. 4º-A da Lei nº 13.608, de 10 de janeiro de 2018.

ANEXO:

Art. 2º A Ouvidoria detém ascompetências de Unidade Setorial do Sistema de Ouvidoria do Poder ExecutivoFederal - SisOuv, previstas no Decreto nº 9.492, de 2018.

Fiocruz libera primeira vacina Covid-19 nacional

Fundação Oswaldo Cruz(Fiocruz)


A Fundação Oswaldo Cruz, por meio do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), disponibiliza para o Ministério da Saúde (MS) as primeiras doses da vacina Covid-19 (recombinante) produzidas com o Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) nacional. O primeiro lote de vacinas nacionais foi liberado pelo controle de qualidade interno de Bio-Manguinhos/Fiocruz no dia 14 de fevereiro.

“A liberação das primeiras vacinas Covid-19 100% nacionais, agora disponíveis para o Ministério da Saúde, é um marco da autossuficiência brasileira e do fortalecimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde [Ceis]. Termos realizado uma transferência tecnológica desse porte em tão pouco tempo para atender a uma emergência sanitária só reafirma o papel estratégico de instituições públicas como a Fiocruz para o desenvolvimento do país e garantia de acesso com equidade a um bem público”, destaca a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima.

As pouco mais de 550 mil doses disponibilizadas já compõem as entregas da Fiocruz contratadas pelo Ministério da Saúde para 2022. Ao todo, o MS contratou 105 milhões de doses da vacina da instituição para este ano, sendo 45 milhões de doses da vacina nacional. Os imunizantes serão entregues conforme cronograma pactuado e demanda estabelecida pela pasta. A Fundação já produziu um quantitativo de IFA nacional equivalente a cerca de 25 milhões de doses de vacina, das quais envasou 2,6 milhões de doses, incluindo as 550 mil já disponíveis. As demais (cerca de 2 milhões) estão em diferentes etapas para liberação. 

“Com a entrega das primeiras doses da vacina totalmente nacionalizada, estamos encerrando um ciclo onde internalizamos toda a tecnologia da vacina e estabelecemos a produção em larga escala em Bio-Manguinhos. Nossa planta industrial está preparada, com capacidade extra, podendo operar e entregar conforme demanda, considerando os tempos de produção e controle de qualidade”, explica o diretor de Bio-Manguinhos/Fiocruz, Mauricio Zuma.

A produção 100% nacional traz ainda benefícios econômicos, contribuindo para a balança comercial em saúde, ao reduzir a necessidade de importações, e trazendo garantia de oferta do imunizante pelo PNI à população, quaisquer que sejam os esquemas vacinais que venham a ser adotados pelo programa do Ministério da Saúde no futuro. Ao mesmo tempo, trata-se de uma das vacinas de mais baixo custo, com o valor de U$ 5,27 por dose, o que contribui para a sustentabilidade econômica do Sistema Único de Saúde (SUS).


IFA nacional na produção da vacina

Em 1º de junho de 2021, Bio-Manguinhos/Fiocruz e AstraZeneca assinaram o contrato de transferência de tecnologia da vacina. Um dia após a assinatura, em 2 de junho, o Instituto recebeu em suas instalações dois bancos, um de células e outro de vírus, para a produção do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) nacional da vacina Covid-19. Considerados o coração da tecnologia para a produção da vacina, os bancos de células e de vírus começaram a ser utilizados na produção do IFA nacional em julho – após treinamento das equipes de Bio-Manguinhos. Desde então, o IFA produzido em Bio-Manguinhos/Fiocruz passou por diversos processos de validação e controle de qualidade, inclusive no exterior, e toda a documentação técnica foi elaborada e submetida em fins de novembro ao órgão regulatório brasileiro.

Foram apenas 10 meses entre a assinatura da Encomenda Tecnológica, firmada com a AstraZeneca em 8 de setembro de 2020, e a incorporação total dos equipamentos, processos e atividades que permitiram o início da produção por Bio-Manguinhos/Fiocruz ainda em julho de 2021.

Em 7 de janeiro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a inclusão de Bio-Manguinhos/Fiocruz como unidade produtora do IFA, o que permitiu ao Instituto utilizar o Ingrediente nas etapas seguintes de produção da vacina. Desde então, a vacina totalmente nacionalizada passou pelo processamento final e controle de qualidade, tendo cumprido com todos prazos e requisitos técnicos dessas etapas. 

AQUELE ALIMENTO COLORIDO, LINDO, PODE ESTAR ENVENENANDO VOCÊ E SUA FAMÍLIA

A atitude irreverente das gomas de mascar esconde um veneno poderoso

A Autoridade Européia Para a Segurança de Alimentos (EFSA) publicou um relatório concluindo que o Dióxido de Titânio, um pigmento para branquear, não pode mais ser considerado seguro. Usado para colorir quase tudo: dos molhos, até Gomas, Cápsulas de suplementos e muitos outros produtos pode criar ambiente no organismo para as piores doenças. Esta notícia impactou o mercado. Consumidores passaram a olhar no rótulos se os produtos contém Dióxido de Titânio, e se tiver não compram o produto. E falam mal dele.

Fornecedores de corantes alimentares, por sua vez, estão se movimentando rápidamente sobre a melhor forma de substituir o agente clareador, que é usado em uma variedade de marcas bem conhecidas de gomas de masxar e outros doces.

Só nos EUA hoje , mais de 11.000 produtos na categoria de produtos alimentares tem dióxido de titânio na composição.

Nas declarações de ingredientes, conduzido por doces não de chocolate (32%), seguido por salgadinhos (14%), biscoitos (8%), pretzels revestidos (7%), enfeites de panificação (6%), chicletes e balas (4%) e sorvetes (2%).

Ela acrescentou: “ É muito provável que o dióxido de titânio está contido em muito mais produtos alimentares, porque é regulamentada como uma cor isenta , que não exige declaração explícita na declaração de ingredientes.”

Quase tudo o que é bem colorido, tem Dióxido de Titânio, especialmente os doces

A notícia da Sensient Food Colors: 'Temos visto um forte aumento nas consultas [sobre a substituição de DT

David Rigg, diretor de marketing, cores globais dos alimentos em Sensient Cores , disse Sensient vem trabalhando em DT 2 alternativas para um número de anos “ dado o escrutínio vindo de órgãos reguladores e outras Esse organizações.”

Ele acrescentou: “ Temos visto um forte aumento nos inquéritos recentemente, especificamente desde que a França indicou que estava suspendendo o uso de dióxido de titânio.

“Embora estejamos vendo um aumento para cores naturais em geral, nossas alternativas de substituição de dióxido de titânio são, na verdade, as amostras mais solicitadas. Desde o anúncio da AESA, temos visto um aumento adicional nos inquéritos sobre a nossa Avalanche linha de produtos.”

Então, quão desafiador é substituir o dióxido de titânio em produtos alimentícios?

O pigmento branco utilizado em tudo, desde goma de mascar e balas a doces, chocolates, cremes de café, decorações para bolos, recheios, molhos, rações e refrigerantes em pó, o dióxido de titânio tem excelente estabilidade de calor, luz, pH e atividade de água , disse Rigg.

Até muitas marcas de catchups e diversos molhos tem Dióxido de Titânio.Diversas delas nem citam isso na rotulagem, pois até a pouco era considerado seguro

Joe O'Neill é vice-presidente de vendas e desenvolvimento de negócios da A&B Ingredients, que oferece amidos de arroz que ele afirma serem adequados para substituir o dióxido de titânio em revestimentos de goma de mascar e confeitaria, devido ao seu pequeno tamanho de partícula e capacidade de branqueamento natural.

“A carteira inclui amidos de arroz nativos e biológicos, os quais têm pequenos grânulos de amido de entre 2 a 8 mícrons. Os pequenos grânulos atuam para preencher superfícies irregulares em revestimentos de confeitaria e podem criar um revestimento de superfície lisa em produtos, como balas de menta e goma de mascar. Em linha com nossa missão de oferecer soluções limpas de rótulos da natureza, os amidos de arroz são uma alternativa atraente ao dióxido de titânio e podem ajudar na redução de lascas e rachaduras dos revestimentos. Eles estão disponíveis em ambas as formas convencionais e orgânicas.”

O dióxido de titânio (titânio e oxigênio DT é um mineral natural extraído da terra e posteriormente processado e purificado para uso em produtos de consumo. No mercado dos EUA, ele é classificado como um aditivo de cor isentos de certificação taxas de inclusão fornecidos não superior a 1% por peso do alimento.

A Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA - que é um órgão consultivo científico, não um regulador) emitiu uma tomada de avaliação atualizada em conta “ novas provas científicas e dados sobre nanopartículas ”, e concluiu que o dióxido de titânio “ lata deixará de ser considerado seguro como aditivo alimentar ", pois pode causar doenças genéticas e levar até o câncer.

E aqui no Brasil, quanto tempo levaremos para que nossos governantes proíbam esta nociva substância na nossa alimentação?

Projeto aumenta pena para importunação sexual por médicos

Da Agência Senado | 22/02/2022, 07h40

Aguarda votação no Senado o projeto de lei que aumenta em 2/3 a pena para a prática de importunação sexual se o crime for praticado por médicos ou profissionais de saúde no exercício de suas atividades em consultórios ou hospitais.

De autoria do senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR), o PL 39/2022 acrescenta o artigo 215-A ao Código Penal (Decreto-Lei 2.848, de 1940), para punir de forma mais severa médicos ou profissionais da saúde que cometem importunação sexual no exercício profissional, o que acaba gerando traumas psicológicos em suas vítimas.

Na justificativa do projeto, Mecias de Jesus enumera casos de importunação que ganharam destaque na mídia nos últimos tempos, como o do nutrólogo Abib Maldaun Neto, que envolve nove vítimas que sofreram abusos entre 1997 e 2020; o ginecologista José Adagmar Pereira de Moraes, acusado por pacientes de São Paulo e Pernambuco; o ginecologista Nicodemos Júnior Estanislau Morais, preso em Anápolis, em outubro de 2021; e o médico Klaus Wietske Brodbeck, suspeito de crimes sexuais contra 95 mulheres, em Porto Alegre.

“Os exemplos não param por aí e envolvem médicos que atuam em diferentes áreas, sempre no exercício de suas funções, dentro de consultórios ou hospitais. A perversidade desse crime se destaca pelo fato de mulheres serem importunadas sexualmente num momento de fragilidade, onde depositam todas as suas esperanças nos médicos consultados para sanar seu problema de saúde. Nesse momento, a mulher está totalmente entregue aos comandos do médico porque ela confia naquele profissional. Essa questão tem que ser encarada de frente para evitar que novos casos continuem acontecendo”, conclui Mecias de Jesus na justificativa do projeto”.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

CTFC quer que Planalto revele gastos com cartão corporativo

Da Agência Senado | 22/02/2022, 15h50

A Comissão de Fiscalização e Controle (CTFC) aprovou, nesta terça-feira (22) , um requerimento (6/2022) pedindo informações sobre os gastos da Presidência da República com o Cartão de Pagamento do Governo Federal (CPGF), mais conhecido como cartão corporativo, entre 2019 e 2022. O requerimento solicita detalhamento das despesas com nome e CPF do portador do cartão, responsável pela autorização do gasto, nome e CNPJ do favorecido e valor pago.

O autor do requerimento foi o senador Fabiano Contarato (PT-ES), que critica a falta de transparência do Poder Executivo com os gastos de cartão corporativo. Citando reportagens, o senador afirma que, no período entre 2019 e 2021, o Planalto desembolsou cerca de R$ 30 milhões - valor maior do que nos quatro anos anteriores. Apenas em 2021 foram R$ 11,8 milhões.

"A atual gestão utiliza os cartões corporativos de modo indiscriminado e com pouca responsabilidade fiscal, o que contrasta com a grave situação em que vivem as contas públicas do governo federal. Enquanto se cortam gastos para a proteção do meio ambiente e do patrimônio histórico-cultural do país e para políticas sociais destinadas à camada mais pobre da sociedade, os gastos com cartão corporativo só aumentam", aponta Contarato, lembrando que cabe ao Congresso Nacional fiscalizar os atos do Executivo.

O senador Reguffe (Podemos-DF), presidente da CTFC, declarou apoio à iniciativa e cobrou ação do Senado para retirar o sigilo sobre os gastos do governo federal com cartão corporativo.

— Eu sou um crítico do sigilo desses gastos. Desde que cheguei nesta Casa, defendo que eles não sejam secretos. A população tem o direito de saber como é gasto cada centavo desse dinheiro. São impostos da sociedade brasileira. Todos esses gastos precisam ser detalhados e de conhecimento público — afirmou.

O requerimento é endereçado ao ministro Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria-Geral da Presidência. De acordo com a Constituição Federal, ele deve responder em até 30 dias, senão fica sujeito a denúncia por crime de responsabilidade.

Pauta

A CTFC tinha outros 10 itens na pauta desta terça-feira, mas não reuniu quórum para a votação de nenhum deles. A comissão volta a se reunir em duas semanas, no dia 8 de março, a partir das 14h30.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

CAE aprova regulamentação de criptomoedas

Da Agência Senado | 22/02/2022, 10h44

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou nesta terça-feira (22) um projeto que reconhece e regula o mercado de criptomoedas no Brasil. O colegiado acolheu o substitutivo do senador Irajá (PSD-TO) a três matérias apresentadas pelos senadores Flávio Arns (Podemos-PR), Soraya Thronicke (PSL-MS) e Styvenson Valentim (Podemos-RN). Caso não haja recurso para votação em Plenário, o texto poderá seguir diretamente para a Câmara dos Deputados.

As moedas digitais usam sistemas de criptografia para a realização de transações. Ao contrário do dinheiro soberano — emitido por governos, como o real ou o dólar —, as criptomoedas são lançadas por agentes privados e negociadas exclusivamente na internet. O detentor de uma moeda virtual só pode resgatá-la usando um código fornecido por quem vendeu.

Segundo Irajá, quase 3 milhões de pessoas estão registradas em corretoras de criptomoedas. O número se aproxima da quantidade de investidores na bolsa de valores. “As empresas negociadoras de criptoativos não estão sujeitas nem à regulamentação, nem ao controle do Banco Central ou da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o que torna mais difícil ao poder público identificar movimentações suspeitas”, alerta.

— A intenção do projeto é coibir ou restringir práticas ilegais, como a lavagem de dinheiro, evasão de divisa e tantos outros crimes nesse segmento. Há um mercado que é lícito, legal que é a grande maioria desse mercado, mas há exceções — afirmou Irajá, que destacou o papel do Banco Central de fiscalizar as empresas e garantir que o criptoativo possa ser, de fato, uma boa opção de investimento e as criptomoedas, uma alternativa de meio de pagamento, como hoje acontece com o Pix.

Em 2018, foram negociados R$ 6,8 bilhões em moedas virtuais no Brasil, tendo sido criadas 23 novas exchanges (corretoras). Em 2019 já eram 35 empresas agindo livremente, sem a supervisão ou fiscalização dos órgãos do sistema financeiro, como o Banco Central ou as bolsas de valores.

O que diz o substitutivo

O substitutivo recomenda a aprovação do PL 3.825/2019, do senador Flávio Arns. Irajá considera prejudicados os PLs 4.207/2020 e 3.949/2019, sugeridos por Soraya Thronicke e Styvenson Valentim. O substitutivo traz regras e diretrizes tanto para a prestação de serviços relacionados a ativos virtuais quanto para o funcionamento das corretoras.

Irajá entende que o criptoativo não é um título mobiliário. Portanto, não fica submetido à fiscalização da CVM, que supervisiona o mercado de ações. A exceção é para o caso de oferta pública de criptoativos para captação de recursos no mercado financeiro.

O relator considera como prestadora de serviços de ativos virtuais a empresa que executa, em nome de terceiros, pelo menos um dos serviços: resgate de criptomoedas (troca por moeda soberana); troca entre uma ou mais criptomoedas; transferência de ativos virtuais; custódia ou administração desses ativos ou de instrumentos de controle de ativos virtuais; ou participação em serviços financeiros relacionados à oferta por um emissor ou à venda de ativos virtuais.

Regulação

As propostas de Soraya Thronicke e Flávio Arns estabeleciam a Receita Federal e o Banco Central como reguladores do mercado de moedas virtuais. O relator atribui ao Poder Executivo a responsabilidade de definir quais órgãos devem normatizar e fiscalizar os negócios com criptomoedas.

O substitutivo de Irajá fixa algumas diretrizes: a regulação do mercado de criptomoedas deve promover a livre iniciativa e a concorrência; obrigar o controle e a separação dos recursos dos clientes; definir boas práticas de governança e gestão de riscos; garantir a segurança da informação e a proteção dos dados pessoais; proteger e defender consumidores e usuários e a poupança popular; e garantir a solidez e eficiência das operações.

De acordo com o texto, o Poder Executivo deve criar normas alinhadas aos padrões internacionais para prevenir a lavagem de dinheiro e a ocultação de bens, assim como combater a atuação de organizações criminosas, o financiamento do terrorismo e da produção e comércio de armas de destruição em massa. Pelo texto, cabe aos órgãos indicados pelo Poder Executivo autorizar o funcionamento das corretoras e definir quais serão os ativos regulados.

O texto admite a possibilidade de um procedimento simplificado para obtenção da licença de funcionamento. O órgão pode autorizar a prestação de outros serviços direta ou indiretamente relacionados à atividade da exchange. O regulador indicado pelo Poder Executivo pode autorizar a transferência de controle, fusão, cisão e incorporação da corretora; estabelecer condições para o exercício de cargos de direção; e autorizar a posse e o exercício de pessoas nesses cargos.

Segundo o PL 3.825/2019, o órgão fica livre para decidir se as empresas terão que atuar exclusivamente no mercado de ativos virtuais ou não. As hipóteses de inclusão das transações no mercado de câmbio e a necessidade de submissão delas à regulamentação de capitais brasileiros no exterior e capitais estrangeiros no país também precisam ser definidas pelo regulador.

De acordo com o substitutivo, o funcionamento irregular sujeita a corretora e seus donos a todas as penas previstas na lei dos crimes de colarinho branco (Lei 7.492, de 1986). O regulador deve definir condições e prazos para o registro das corretoras existentes, e elas devem se adequar em até seis meses depois que a proposta virar lei.

Lavagem de dinheiro

O órgão indicado pelo Poder Executivo deve supervisionar as corretoras e aplicar as mesmas regras que a Lei 13.506, de 2017, estabelece para as empresas fiscalizadas pela CVM e pelo Banco Central. Ele deve estabelecer normas para o cancelamento da licença de funcionamento, por iniciativa própria ou a pedido, em caso de desobediência à legislação.

O projeto também submete as corretoras às regras da lei de lavagem de dinheiro (Lei 9.613, de 1998). Elas ficam obrigadas a registrar todas as transações que ultrapassem os limites fixados pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), o órgão brasileiro de combate à lavagem de dinheiro.

O texto propõe que as empresas sejam consideradas instituições financeiras e submetidas a todas as normas da lei de crimes financeiros (Lei 7.492, de 1986); e também ao Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078, de 1990).

Segundo o senador Flávio Arns, o Coaf já alertou para os riscos de lavagem de dinheiro em negócios com criptomoedas. Ele informa que, em 2017, o Ministério Público e a Polícia Civil do Distrito Federal identificaram um grupo criminoso praticando pirâmide financeira com uma moeda virtual fictícia (kriptacoin). Em 2019, a Polícia Federal no Rio Grande do Sul indiciou 19 pessoas que captavam dinheiro de prefeituras para investimento em criptomoedas, prometendo rendimentos elevados.

Arns lembra que, na União Europeia, exchanges e carteiras digitais devem ser registradas nos órgãos financeiros de cada país. Estados Unidos, Japão e Austrália já regulam operações com criptomoedas e têm sistemas de licenciamento de corretoras. Além de uma série de informações sobre o negócio e os sócios, os países exigem das empresas a prevenção a fraudes e lavagem de dinheiro e mecanismos de compliance e gerenciamento de riscos, além de demonstrações contábeis auditadas.

Isenções fiscais

O substitutivo prevê a redução a zero das alíquotas de determinados tributos devidos por pessoas jurídicas. O benefício vale até 31 de dezembro de 2029 e se aplica a empresas que comprem máquinas (hardware) e ferramentas computacionais (software) para processamento, mineração e preservação de ativos virtuais.

O incentivo foi sugerido por meio de emenda do senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) e acolhida pelo relator, senador Irajá. Se as máquinas ou ferramentas forem adquiridas por meio de importação, serão zeradas as alíquotas de PIS, Cofins Importação, IPI Importação e Imposto de Importação. Se forem adquiridas no mercado nacional, serão zeradas as alíquotas de contribuição para o PIS, Cofins e IPI.

Têm direito às alíquotas zeradas os empreendimentos que utilizem em suas atividades 100% de fontes de energia renováveis e neutralizem 100% das emissões de gases de efeito estufa provenientes dessas atividades. Um ato do Poder Executivo deve definir a competência para autorizar e fiscalizar a concessão da isenção.

Cadastro de políticos

Uma novidade no texto foi sugerida pela senadora Soraya Thronicke e acolhida por Irajá: a criação de um Cadastro Nacional de Pessoas Expostas Politicamente (CNPEP), a ser normatizado por ato do Poder Executivo e publicado pelo Portal da Transparência. A mudança deve ser feita também na lei da lavagem de dinheiro.

Os órgãos e as entidades de quaisquer Poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios devem encaminhar ao gestor CNPEP informações atualizadas sobre seus integrantes ou ex-integrantes classificados como pessoas expostas politicamente na legislação e regulação vigentes. O órgão gestor do CNPEP deve indicar órgãos e entidades que deixem de cumprir essa obrigação.

As instituições reguladas pelo Banco Central devem consultar o CNPEP para executar políticas de prevenção à lavagem de dinheiro e avaliar o risco de crédito, por meio de convênio com o órgão responsável pelo cadastro definido em comum acordo. Outras instituições podem aderir ao convênio com o CNPEP visando combater e prevenir a lavagem de dinheiro.

Fraude

O parecer inclui na lei de crimes financeiros (Lei 7.492, de 1986) a prestação de serviços de ativos virtuais sem prévia autorização. A pena prevista é de reclusão de um a quatro anos e multa.

O texto também insere no Código Penal (Decreto-Lei 2.848, de 1940) a fraude em prestação de serviços de ativos virtuais, tipificada como “organizar, gerir, ofertar carteiras ou intermediar operações envolvendo ativos virtuais, com o fim de obter vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento”. A pena é de reclusão de quatro a oito anos.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

WEBINÁRIO- O PAPEL DO COMPLEXO ECONÔMICO -INDUSTRIAL DA SAÚDE NO CONTEXTO DA PANDEMIA

REPORTAGEM ESPECIAL Complexo Industrial da Saúde

terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

Conexão Brasília com o jornalista Olho Vivo Edmar Soares

Brasília, 22 de fevereiro - Às 10h00

- Paulo Guedes: O ministro da Economia colocou em dúvida ontem, em entrevista à Jovem Pan, sua participação em um segundo mandato do presidente Jair Bolsonaro, relata a Folha de S. Paulo. Ele afirmou que haveria entusiasmo caso continue a existir aliança entre conservadores e liberais, mas deixou em aberto o cenário caso o governo se transforme apenas em conservador.

-  Embate: O clima não anda bom entre Bolsonaro e o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna devido ao alto valor dos combustíveis, informa a coluna de Bela Megale, em O Globo. As conversas recentes entre eles “não foram fáceis”, porque os preços pesam contra a campanha da reeleição, e Bolsonaro está exercendo forte pressão sobre Luna, disseram auxiliares do presidente à colunista.

-  Combustíveis: Previsto na pauta do Senado desta semana, o chamado “pacote de combustíveis” corre risco de ter sua votação adiada para depois do Carnaval, conforme o Valor Econômico, e como antecipou o Scoop By Mover. O motivo é a falta de consenso, pois alguns líderes ainda tentam convencer o relator, senador Jean Paul Prates, a fazer novos ajustes no texto.

-  Ajustes: Uma das divergências é o imposto sobre a exportação de petróleo bruto, que está no projeto que cria um fundo compensador de reajustes e altera a política da Petrobras, diz o jornal. Já no projeto que trata do ICMS, a divergência é a redução de tributos federais que incidem sobre os combustíveis.

-  Diesel e gás: O governo discute, internamente, se irá propor oficialmente a desoneração do diesel e do gás de cozinha, com impacto de R$19,5 bilhões, por meio de uma nova emenda, segundo o Valor.

-  Gesto: O Estado de S. Paulo reportou que Prates, em nome da Lei de Responsabilidade Fiscal, rejeitou emenda da senadora Soraya Thronicke pela zeragem da cobrança de impostos federais sobre diesel e gás de cozinha.

-  Sinais: A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis, Abicom, pretende entrar novamente com um questionamento no Conselho Administrativo de Defesa Econômica, Cade, sobre os preços dos combustíveis praticados pela Petrobras, diz o Valor. A entidade alega que a petroleira tem sistematicamente desrespeitado o alinhamento ao preço de paridade de importação, PPI.

-  Caminhoneiros: Segundo o UOL, o debate no Congresso sobre os preços dos combustíveis não agrada parte dos caminhoneiros, como grupos ligado a Wallace Landim, o Chorão, líder da greve de 2018. Após reuniões entre lideranças, ficou acertado que a categoria vai pressionar para que o presidente Jair Bolsonaro se posicione em relação à política de preços da Petrobras.

- Visão: "O governo precisa impor uma mudança na política de preços da Petrobras, parar de atrelar os custos da nossa matriz de combustíveis ao dólar, prejudicando muitos para enriquecer poucos. A revisão do PPI e do papel da Petrobras é o que tem que ser enfrentado", afirmou Chorão ao portal.

 - Servidores: Após uma série de manifestações e paralisações no funcionalismo, integrantes do Executivo afirmam que o governo avalia conceder um reajuste linear de R$400 para todos os servidores da União em 2022, segundo o Correio Braziliense. Já o Valor diz que Bolsonaro sinalizou conceder reajuste a policiais rodoviários federais antes de outras categorias, mas não deixou claro se haverá aumentos para policiais federais.

-  IPI: Paulo Guedes condiciona o corte linear em alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados à manutenção dos tributos federais que incidem sobre combustíveis, apurou o Scoop. Há pressão para anunciar o corte do IPI ainda esta semana. Se dependesse da ala política, a redução do IPI valeria somente para a linha branca. Porém, a equipe econômica rechaça a ideia. “Se vier, será linear”, disse ao Scoop fonte próxima a Guedes.

Edmar Soares

DRT 2321

RODRIGO OTAVIO MOREIRA DA CRUZ, Secretário-Executivo do Ministério da Saúde, participará de reunião de trabalho na Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS

DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO

Publicado em: 22/02/2022 | Edição: 37 | Seção: 2 | Página: 33

Órgão: Ministério da Saúde/Gabinete do Ministro

PORTARIA GM/MS Nº 367, DE 21 DE FEVEREIRO DE 2022

O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso da competência que lhe foi delegada pelo artigo 2° do Decreto nº 1.387, de 7 de fevereiro de 1995, e pelo inciso VI do artigo 8° do Decreto n°10.193, de 27 de dezembro de 2019, resolve:

Autorizar o afastamento do País do servidor RODRIGO OTAVIO MOREIRA DA CRUZ, matrícula SIAPE nº 1975062, Secretário-Executivo do Ministério da Saúde, com a finalidade de participar de reunião de trabalho na Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e em debate temático de alto nível sobre a promoção de esforços pela vacinação universal, convocado pelo presidente da 76ª Assembleia-Geral das Nações Unidas AGNU, respectivamente em Washington-DC e Nova York - EUA, no período de 22 a 26 de fevereiro de 2022, inclusive trânsito, com ônus para o MS (Processo nº 25000.021551/2022-51).

MARCELO ANTÔNIO CARTAXO QUEIROGA LOPES

Este conteúdo não substitui o publicado na versão certificada.

Ministro de Estado da Saúde participar de reunião de trabalho na Organização Pan-Americana da Saúde - OPAS

DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO

Publicado em: 22/02/2022 | Edição: 37 | Seção: 2 | Página: 1

Órgão: Presidência da República

DESPACHO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA

MINISTÉRIO DA SAÚDE

Exposição de Motivos

Nº 3, de 17 de fevereiro de 2022. Afastamento do País do Ministro de Estado da Saúde, com ônus, no período de 23 a 27 de fevereiro de 2022, inclusive trânsito, com destino aos Estados Unidos da América, para:

- em Washington, D.C., participar de reunião de trabalho na Organização Pan-Americana da Saúde - OPAS; e

- em Nova Iorque, participar do debate temático de alto nível sobre a promoção de esforços pela vacinação universal, organizado pela Organização das Nações Unidas.

Autorizo. Em 21 de fevereiro de 2022.

Este conteúdo não substitui o publicado na versão certificada.

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