Brasília, 22 de fevereiro - Às
10h00
- Paulo Guedes: O ministro da
Economia colocou em dúvida ontem, em entrevista à Jovem Pan, sua participação
em um segundo mandato do presidente Jair Bolsonaro, relata a Folha de S. Paulo.
Ele afirmou que haveria entusiasmo caso continue a existir aliança entre
conservadores e liberais, mas deixou em aberto o cenário caso o governo se
transforme apenas em conservador.
- Embate: O clima não anda bom entre Bolsonaro
e o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna devido ao alto valor dos
combustíveis, informa a coluna de Bela Megale, em O Globo. As conversas
recentes entre eles “não foram fáceis”, porque os preços pesam contra a
campanha da reeleição, e Bolsonaro está exercendo forte pressão sobre Luna,
disseram auxiliares do presidente à colunista.
- Combustíveis: Previsto na pauta do Senado
desta semana, o chamado “pacote de combustíveis” corre risco de ter sua votação
adiada para depois do Carnaval, conforme o Valor Econômico, e como antecipou o
Scoop By Mover. O motivo é a falta de consenso, pois alguns líderes ainda
tentam convencer o relator, senador Jean Paul Prates, a fazer novos ajustes no
texto.
- Ajustes: Uma das divergências é o imposto
sobre a exportação de petróleo bruto, que está no projeto que cria um fundo
compensador de reajustes e altera a política da Petrobras, diz o jornal. Já no
projeto que trata do ICMS, a divergência é a redução de tributos federais que
incidem sobre os combustíveis.
- Diesel e gás: O governo discute,
internamente, se irá propor oficialmente a desoneração do diesel e do gás de
cozinha, com impacto de R$19,5 bilhões, por meio de uma nova emenda, segundo o
Valor.
- Gesto: O Estado de S. Paulo reportou que
Prates, em nome da Lei de Responsabilidade Fiscal, rejeitou emenda da senadora
Soraya Thronicke pela zeragem da cobrança de impostos federais sobre diesel e
gás de cozinha.
- Sinais: A Associação Brasileira dos
Importadores de Combustíveis, Abicom, pretende entrar novamente com um
questionamento no Conselho Administrativo de Defesa Econômica, Cade, sobre os
preços dos combustíveis praticados pela Petrobras, diz o Valor. A entidade
alega que a petroleira tem sistematicamente desrespeitado o alinhamento ao
preço de paridade de importação, PPI.
- Caminhoneiros: Segundo o UOL, o debate no
Congresso sobre os preços dos combustíveis não agrada parte dos caminhoneiros,
como grupos ligado a Wallace Landim, o Chorão, líder da greve de 2018. Após
reuniões entre lideranças, ficou acertado que a categoria vai pressionar para
que o presidente Jair Bolsonaro se posicione em relação à política de preços da
Petrobras.
- Visão: "O governo
precisa impor uma mudança na política de preços da Petrobras, parar de atrelar
os custos da nossa matriz de combustíveis ao dólar, prejudicando muitos para
enriquecer poucos. A revisão do PPI e do papel da Petrobras é o que tem que ser
enfrentado", afirmou Chorão ao portal.
- Servidores: Após uma série de manifestações
e paralisações no funcionalismo, integrantes do Executivo afirmam que o governo
avalia conceder um reajuste linear de R$400 para todos os servidores da União
em 2022, segundo o Correio Braziliense. Já o Valor diz que Bolsonaro sinalizou
conceder reajuste a policiais rodoviários federais antes de outras categorias,
mas não deixou claro se haverá aumentos para policiais federais.
- IPI: Paulo Guedes condiciona o corte linear
em alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados à manutenção dos
tributos federais que incidem sobre combustíveis, apurou o Scoop. Há pressão
para anunciar o corte do IPI ainda esta semana. Se dependesse da ala política,
a redução do IPI valeria somente para a linha branca. Porém, a equipe econômica
rechaça a ideia. “Se vier, será linear”, disse ao Scoop fonte próxima a Guedes.
Edmar
Soares
DRT 2321
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