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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

Pesquisadores desenvolvem biocombustíveis a partir de resíduos do eucalipto

Aproveitando a alta colheita de eucalipto no Mato Grosso do Sul, pesquisadores do estado estão produzindo combustíveis renováveis por meio do resíduo, que, além de ter alto desempenho, são bastante sustentáveis, pois evitam a emissão de gases de efeito estufa


Foto Divulgação EMBRAP II

Os pesquisadores industriais fazem parte do Instituto Senai de Inovação em Biomassa (ISI Biomassa), localizado em Três Lagoas, em virtude do grande volume de áreas plantadas para atender à demanda das indústrias de papel e celulose na região.

O estado do Mato Grosso do Sul produz 5 milhões de toneladas de celulose por ano – o equivalente a 25% da produção de todo o Brasil – e possui 1,135 milhão de hectares de eucalipto, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ComexStat e Ibá.

Considerando o grande potencial do eucalipto como combustível renovável, os pesquisadores fecharam uma parceria com a Eldorado Brasil com o objetivo de fabricar um combustível chamado diesel verde e outro conhecido como biocarvão. Ambos podem ser usados em processos do ciclo de produção da celulose de eucalipto, desde o abastecimento das máquinas até a geração de energia térmica.

Sob o nome “Forest4fuel”, o projeto foi aprovado em um edital da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento de Ensino, Ciência e Tecnologia do Mato Grosso do Sul (Fundect).


Foto Divulgação SISTEMA FIEMS 

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Um dos pesquisadores e idealizadores do projeto, Thiago Hendrigo de Almeida explica que as raízes e os tocos do eucalipto são ricos em lignina, o que fornece resistência mecânica à planta. Sabe-se que, a partir da pirólise desses materiais, são fabricados biocarvão e bio-óleo pesado e, assim, a pesquisa propõe uma prova de conceito, isto é, tornar real algo que já é conhecido em teoria.

O combustível de eucalipto oferece benefícios que vão além da redução da emissão de GEE. Quando o talhão fica livre de resíduos, o próximo ciclo do plantio é ainda mais rápido.

A Fundect oferecerá R$ 610 mil em recursos para o desenvolvimento do projeto, que ocorrerá ao longo de dois anos.

Fonte: Tissue Online

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